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28/09/05

• Rádio Digital (05) - Apesar de protestos de parte do governo e da sociedade, 12 emissoras começam a testar o padrão americano

----- Original Message -----
From: Helio Rosa
To: Celld-group@yahoogrupos.com.br ; wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, September 28, 2005 5:37 AM
Subject: Rádio Digital (5) - Duas notícias

 
Olá,  ComUnidade WirelessBRASIL !  
Helio Rosa escrevendo.
Nesta ComUnidade (Portal em  www.wirelessbrasil.org)  interagimos e compartilhamos conhecimentos com muita cordialidade, cortesia, tolerância e paz - sempre fazendo novos amigos!

Continuando a série de ambientação e formação de opinião sobre o tema Rádio Digital.
 
Preciso de um voluntário para continuar "ligado" no assunto e  "tocando" esta série de mensagens!!! 
Help!!!  :-)  Obrigado!!!
 
Abaixo, transcrevo duas notícias:
Doze emissoras de rádio testam sinal digital - Terça-feira, 27 setembro de 2005 - IDG Now!
- Rádios testam padrão digital dos EUA - Site Momento Editorial
 
Sempre objetivando a formação da opinião, ressalto este trecho da segunda notícia:
(...)
Mas o padrão IBOC é proprietário. Exige o pagamento de taxas (chamadas royalties) aos fabricantes da tecnologia, o que significa custos altos para os radiodifusores comunitários ou que não têm o poder de mercado das grandes emissoras. Sem falar que a escolha do IBOC poderia encarecer o aparelho de rádio digital. “A implantação da rádio digital não é tão simples quanto trocar um equipamento. O rádio vai mudar com a tecnologia digital e serviços multimídias poderão ser agregados”, ressalta André Barbosa, assessor especial da Casa Civil para assuntos de comunicação eletrônica de massa.
(...)
 
Já vimos nesta série:
Msg (1): 
   Notícias:
- Anatel autoriza primeiros testes de rádio digital  [13/09/05]
- Brasil entra na era do rádio digital       [21/09/05]
  Site WirelessBR:
- Seção DAB - Digital Audio Broadcasting 
 
Msg (2):
- RÁDIO DIGITAL - A um passo da democracia nas ondas sonoras do site Observatório da Imprensa
 
Msg (3)
- Rádio Digital de Juarez Quadros do Nascimento.
 
Msg (4):
IBOC – Sistema de Rádio Digital nos Estados Unidos de Takashi Tome.
 
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
heliorosa@wirelessbrasil.org
Da equipe de moderadores dos Grupos Celld-groupWirelessBr
Coordenador da ComUnidade WirelessBRASIL e do Giga Site WirelessBR
"Owner" do Celld-group: Leonardo Pedrini
 

 
Doze emissoras de rádio testam sinal digital
Terça-feira, 27 setembro de 2005 - 08:45
IDG Now!

Em caráter experimental, 12 emissoras de rádio de seis capitais começaram a transmitir sua programação em sinal digital nesta segunda-feira (26/09). A autorização para testes foi concedida pelo Ministério das Comunicações por um período de seis meses, que poderá ser prorrogado. O Brasil é o quarto país do mundo a adotar o novo sistema em transmissões AM e FM, atrás de México, Canadá e Estados Unidos.
 
Emissoras do Sistema Globo de Rádio, Bandeirantes, Jovem Pan, RBS e Eldorado adotaram a nova tecnologia de transmissão nas cidades de Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Curitiba. Segundo Edilberto de Paula Ribeiro, presidente da Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (Aesp), algumas delas ainda estão regulando o equipamento, mas "o conteúdo da rádio digital será transmitido com uma qualidade de áudio muito melhor do que no rádio analógico".
 
Ribeiro comparou o ganho, para o usuário, com o da transição dos telefones celulares analógicos para os digitais. E explicou que os cidadãos não perceberão diferença nas rádios, já que é necessário possuir um aparelho digital para captar a nova tecnologia.
 
Mas quem usa rádio analógico não será prejudicado, segundo Ribeiro, porque haverá transmissão simultânea dos dois tipos de sinais. "Nós não vamos mudar de freqüência, vai ser a mesma sintonia, sem nenhuma alteração", acrescentou.
 
O presidente da Aesp disse acreditar que em 30 dias chegarão às lojas os aparelhos com capacidade para sintonizar as rádios digitais. Eles estarão disponíveis nos automóveis a partir do ano que vem.
 
No futuro, o sistema digital permitirá disponibilizar informações escritas em um visor no próprio rádio, o que esta poderá ser uma importante forma de acesso à informação para os portadores de deficiências auditivas. "Você poderá fornecer o nome do cantor, o nome da música, informações de temperatura, até mesmo informações de trânsito ou cotações de moedas, informações do que estiver ocorrendo", exemplificou.
 
 
Rádios testam padrão digital dos EUA
 
As emissoras comerciais, representadas pela Abert, começam a experimentar, no final de setembro, a tecnologia proprietária Iboc.
 
Apesar dos protestos de parte do governo, dos radiodifusores comunitários e dos movimentos pela democratização das comunicações, as emissoras de rádio comerciais já decidiram e começarão a testar, no final de setembro, a tecnologia digital utilizando o padrão norte-americano IBOC, criado por uma empresa dos Estados Unidos chamada iBiquit. Os testes começarão por São Paulo. Atualmente, a transmissão de rádio no Brasil é feita de forma analógica. O sinal digital ocupa menos espaço no espectro de freqüência de radiodifusão e sofre poucas interferências. Isso faz com que o rádio possa transmitir dados e ganhe qualidade do áudio muito superior.
 
Os radiodifusores comerciais, representados pela Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), argumentam que o padrão IBOC é o que melhor atende às suas necessidades, porque permite que migrar para a tecnologia digital sem mudar de canal. Podem ocupar a mesma faixa de freqüência e manter o número no dial (IBOC significa In-Band On-Channel, no mesmo canal). Essa facilidade, na opinião de Ronald Barbosa, assessor técnico da Abert, simplifica a implantação da rádio digital e reduz os custos com a substituição de tecnologia. A migração se daria apenas numa troca de equipamentos, que depende da disposição financeira de cada emissora, mas independe de regulamentação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
 
A Casa Civil e os movimentos de defesa da radiodifusão comunitária, contudo, não entendem assim. Apenas essa troca de equipamentos é estimada em cerca de R$ 75 mil (US$ 30 mil), valor proibitivo para rádios comunitárias. Para os defensores da democratização das comunicações, a tecnologia digital pode mudar a radiodifusão no país e abrir espaço para novos operadores e serviços diferentes e para a popularização da produção e veiculação de conteúdos.
 
Mas o padrão IBOC é proprietário. Exige o pagamento de taxas (chamadas royalties) aos fabricantes da tecnologia, o que significa custos altos para os radiodifusores comunitários ou que não têm o poder de mercado das grandes emissoras. Sem falar que a escolha do IBOC poderia encarecer o aparelho de rádio digital. “A implantação da rádio digital não é tão simples quanto trocar um equipamento. O rádio vai mudar com a tecnologia digital e serviços multimídias poderão ser agregados”, ressalta André Barbosa, assessor especial da Casa Civil para assuntos de comunicação eletrônica de massa.
 
André Barbosa questiona a disposição das emissoras de testar apenas o padrão IBOC, e a pressa com a qual a rádio digital poderá ser introduzida no país sem uma discussão ampla entre governo, radiodifusores e movimentos sociais. Para ele, outros padrões, como o europeu DRM (Digital Radio Mondiale), não-proprietário, também têm que ser testados. O Ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse que o padrão DRM deverá ser testado por emissoras das principais capitais brasileiras. Por não ser proprietário, permite que seus consorciados (várias rádios públicas européias, como a BBC ou a Radio France) desenvolvam pesquisas sobre a base tecnológica oferecida.
 
Já a Anatel argumenta que não há mais espaço no espectro de freqüência de radiodifusão – isto é, não há mais lugar no dial para novas emissoras ou para mudar de lugar as atuais – e, por isso, ao se fazer a digitalização do rádio, é preciso uma solução que permita às emissoras permanecer no mesmo canal. Segundo Ara Apkar Minassian, superintendente de Comunicação de Massa da agência, o IBOC permite usar o mesmo canal.