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10/12/06

• "Laptop indiano Mobilis" + "Rede educacional fechada"?
 

Mensagem de Helio Rosa para os Grupos Celld-group e WirelessBR

Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!

 
Obrigado, Diego Duarte e Evandro Bernabe, pelas repercussões. 
E bem vindo, Diego! 
Grande abraço, Evandro, veterano e pioneiro de nossos fóruns!  :-)
 
Diego, lá embaixo transcrevo três referências sobre o "laptop indiano" Mobilis:
- Veja a cara do Mobilis, uma terceira opção de laptop educacional de baixo custo
- Índia também vai oferecer computador para escolas públicas 
- Laptop "alternativo" entra na guerra dos PCs populares
Creio que o Mobilis possui o mesmo DNA do Simputer que já esteve na berlinda por aqui.  :-)
 
Para quem está chegando:
Nesta série de mensagens com "Assunto: Inclusão Digital" estamos coletando e compartilhando informações, "salivando" novas idéias e contribuições.
Quem sabe, com perseverança e criatividade, conseguiremos apontar alguns rumos...
As mensagens anteriores estão registradas no BLOCO - Blog dos Coordenadores da ComUnidade.

Estamos fazendo nossa parte, debatendo aqui em casa mas, certamente, o tema é tão importante que o lugar ideal é a "Casa do Povo", ou seja, o "Congresso Nacional" - apesar dos pesares.
 
Respondo em público uma pergunta recebida "no particular".

Nossas críticas são construtivas: queremos ver os projetos governamentais funcionando a "todo vapor"!!!  (sorry, é a idade)
Além do alcance social estamos preocupados com o gigantesco mercado de trabalho da "inclusão" ("Trabalho para Todos"!), incluindo aí nossos filhos e netos!!!! :-)
 
Sou engenheiro de formação e atuação (estou aposentado do trabalho remunerado mas não da "pensação"... ) :-))
Na ativa, eu e muitos (todos?) dificilmente trabalhamos em situações ideais, com todo o pessoal necessário, tempo suficiente e todos os meios disponíveis.
Na vida real o tempo é curto, falta "gente" e os recursos são limitados.
Deixamos de cumprir as tarefas? Não, pois aprendemos muito cedo, a duras penas, a "tirar leite de pedra" e fazer tudo funcionar, não nos perguntem como...  :-))
 
Esta série de mensagens está dando vazão à uma agonia pessoal: o governo tem tempo, pessoal à vontade e recursos quase ilimitados mas não consegue focar os esforços numa única direção quando se trata de "inclusão".
Tem "GESAC" com pontos de presença de conexão via satélite em mais da metade dos municípios, tem "Computador para Todos" com micros já da faixa dos 800 reais, tem um enorme "baú de grana" chamado FUST com 5 bilhões de reais (imobilizados)...

O programa "PC Conectado", que transmutou-se em "Computador para Todos", foi iniciado no governo passado.
Teve continuidade no governo atual e pode-se dizer que, apesar de não ser um sucesso retumbante ,também não fracassou.
Estes computadores estão sendo adquiridos pela classe média e pelas classes C e D, para instalação em casa.
Pergunto: por que não podem sem instalados também nas escolas?
Não sou xenófobo mas não precisamos mesmo de soluções alienígenas (vixe, tô esnobando hoje).  :-)

De um modo ou de outro, caro ou barato, os novos felizes proprietários de "micros populares" estão dando um jeitinho de se conectar à internet.
Pergunto: por que a escola precisa de servidores para colocar seus computadores em rede com limitação de acesso à internet?
Seus "projetos educacionais" não podem residir na web (2.0?) para poderem ser acessado também de casa?
 
Se tivermos "nestepaís" pelo menos uma escola informatizada (e temos muitas!), se tivermos pelo menos uma "cidade conectada" (e temos Sud Mennucci - e outras no bom caminho) para que inventar novidades complicadas - e estrangeiras?
Olá, D. Mídia! Vamos divulgar estes "casos"?
Olá, Sr. Governo! Vamos estudar e adaptar estes bons exemplos à cada uma das realidades estaduais e municipais? Vamos colocar todos estes projetos sob uma coordenação única? Vamos "fazer"?
 
Feita esta peroração (Houaiss: "discurso breve") :-))  vamos à outro artigo (transcrito mais abaixo):
Governo espera doação de mais 1 mil laptops de baixo custo para estudantes
 
Vejam esta declaração de Mesquita, da RadiumSystems, Pesquisador Auxiliar do projeto da OLCP (leia-se "Negroponte"):
 
(...) “Os laptops estariam conectados a uma rede educacional fechada, controlada pelos educadores e conectada à Internet convencional por meio do servidor da escola”, antecipa Mesquita. "O servidor é que conectará a escola a outras instituições do mundo e a toda Rede mundial de computadores" (...)
 
Não sei se estou paranóico mas qualquer referência à "controle de conteúdo" e de "acesso limitado" me deixa assustado, por motivos óbvios.  :-)
 
Vamos à mais uma brincadeira séria?  :-)
Que tal botar uma engenheirada simplista e simplória para pensar e fazer esta inclusão estudando um acesso mais barato à internet a partir de casa e começar a distribuir os "computadores populares" para as escolas, "ontem"?
Se isto for feito garanto que os responsáveis pelos "projetos educacionais" terão uma bela surpresa quando/se um dia chegarem às escolas e comunidades já conectadas.
Madureira, do MEC, seria um deles. Vejam sua declaração: (...) o uso de qualquer tipo de tecnologia gera um impacto no processo pedagógico, exigindo treinamento de docentes. “É preciso capacitar previamente os professores das 160 mil escolas públicas do Brasil nas novas tecnologias nas serem usadas”.  (...)
Até parece... Ô, Madureira! Estamos no Brasil, sô! Bota o computador na escola e veja o que acontece, com ou sem "projeto educacional...  :-))
 
Os programas "Computador para Todos" e o "GESAC" precisam continuar, com ajustes: temos que debater e ajudar!
 
Para encerrar, seguem-se mais duas ótimas e ponderadas referências comentando o programa "Computador para Todos".
 
Tenho freqüentando ultimamente o site BR-Linux.org e recomendo: sempre tem algo mais além do Linux.  :-)
"O BR-Linux foi criado e é editado por Augusto César Campos, que dedica diariamente uma parcela do seu tempo livre a fazer a sua parte para manter informada a comunidade Linux brasileira."

Neste Editorial: Computador para Todos - o que houve com essa criança sem pai? Augusto Campos comenta a troca do Linux pelo Windows pelos compradores dos "micros populares"
 
Neste outro - excelente trabalho! -  "Do Computador Popular ao Computador Para Todos: Uma chance para o Brasil", o gaúcho Mário Teza nos conta a história do "PC Popular".
MárioTeza faz parte da história do desenvolvimento da tecnologia no Brasil, como entusiasta do Software Livre, membro fundador do Projeto Software Livre Brasil, órgão responsável pelo Fórum Internacional de SL, e agora como um dos primeiros cidadãos eleitos para ocupar um cargo de representante da sociedade civil no Comitê Gestor da Internet no Brasil.
 
Trata-se de um "extenso artigo traçando a trajetória completa deste projeto, desde sua concepção inicial no governo FHC, passando pela gestação e efetivo nascimento na gestão atual, e discorrendo sobre as razões de as indústrias terem solicitado o dual-boot e do MCT ter dado o sinal verde" (...)
Vale conferir...tudo!

Bom domingo!
Boas festas!
Um grande e cordial abraço
Helio Rosa
 
Democracia Digital Direta - Use e abuse!!!
• Mensagem para o Presidente da República: Formulário em "Fale com o Presidente"
• Mensagem para todos os Deputados e Senadores: formulário no site "Um Brasil Melhor"
• Ministério das Comunicações - Link para o "Fale Conosco"  na home page
MOBILIS
 
Fonte: W News
Veja a cara do Mobilis, uma terceira opção de laptop educacional de baixo custo
João Loes - 08/12/2006 - 18:24

São Paulo, 08 de dezembro de 2006 – Além do XO, desenvolvido pela OLPC e do Classmate, criado pela Intel, há uma terceira opção de laptop educacional de baixo custo a ser avaliada pelo governo federal. Trata-se do Mobilis, um dispositivo que lembra um tablet e que funciona baseado exclusivamente em Linux – diferente do Classmate, por exemplo, que também pode funcionar com Windows.
Além de rodar Linux, o Mobilis tem tela com tecnologia LCD de 7 a 7,5 polegadas, bateria com autonomia de até seis horas, saída VGA, placa Ethernet, modem de 56k e som estéreo e microfone embutidos. De acordo com José Luiz de Maio de Aquino, secretário da Presidência da República, 50 destes aparelhos serão entregues ao país para ser testados junto com outros 50 XO fornecidos pela OLPC e mil Classmates doados pela Intel . Leia mais sobre o projeto "Um Computador por Aluno".
 
Fonte: Terra
10 de maio de 2005
Índia também vai oferecer computador para escolas públicas 
 
A indiana Encore Software anunciou hoje que vai lançar uma nova linha de computadores de baixo custo que terão preços entre US$ 230 e US$ 280. A empresa desenvolveu há três anos um computador de mão, "simputer", com custo de US$ 200.
O "Mobilis" é um desktop móvel baseado em sistema operacional Linux e que "deve ter custo entre 10 mil e 12 mil rúpias por unidade inicialmente", informou a Encore. "Mas o preço pode cair com um grande volume de produção", disse o presidente-executivo da companhia, Vinay Deshpande, à Reuters. A fabricação da linha Mobilis deve começar em dois a três meses, acrescentou.
Segundo o executivo, o produto é direcionado para o usuário iniciante. Estudantes e pequenos empresários e instituições educacionais "são nossos clientes".
A Índia é uma força mundial reconhecida na área de serviços de software, mas as vendas de hardware não conseguiram sucesso similar por causa de custos altos com insumos e impostos.
Deshpande informou que os novos produtos oferecem processamento de texto, navegação pela Web e interface de transformação de texto em voz.  
 
Fonte: G! - Globo
Governo brasileiro testará em 2007 um PC diferenciado da Índia.
Modelo concorre com duas alternativas.Imprimir
Juliana Carpanez, do G1, em São Paulo 

Alternativa indiana é a mais leve, com 750 gramas Em 2007, o governo brasileiro fará o teste de três laptops populares para definir qual deles será adotado em escolas públicas brasileiras nos próximos anos. Muito se falou sobre a máquina do projeto Um Laptop por Criança (OLPC, na sigla em inglês) e, nesta semana, a atenção se voltou para o Classmate PC, que faz parte de um projeto de inclusão digital da Intel. Quem corre por fora é a Encore Software, que aposta num computador não-convencional para vencer a competição.
O principal diferencial da máquina indiana Mobilis em relação a seus concorrentes é o fato de ela ser um tablet PC -- um portátil com tela sensível ao toque, que dispensa teclado, assim como acontece com os palmtops. O produto apresentado ao mercado indiano em maio de 2005 custa US$ 230 (cerca de R$ 490) e, com esse valor, se apresenta como a alternativa de preço mediano para o projeto de inclusão digital brasileiro. O laptop do OLPC sai por US$ 150 (R$ 320); já o Classmate PC custa US$ 400 (R$ 850). 
Outro diferencial do modelo indiano é o peso: 750 gramas, ou metade do 1,5 kg do laptop de Negroponte. Nessa categoria, o computador da Intel -- que será produzido pelas brasileiras Positivo Informática e CCE -- aparece como a alternativa mediana, com 1,3 kg. Esse chamariz do Mobilis não inclui o peso de um teclado que pode ser enrolado (confira aqui a imagem ampliada) e acompanha o computador da Índia.
Apesar de já ter se manifestado sobre os modelos mais conhecidos, o governo brasileiro não divulgou as especificações do Mobilis. Por isso, é possível que as máquinas enviadas para testes no Brasil sofram alterações em relação à configuração divulgada pela empresa: processador Intel PXA255 de 200 MHz ou 400 MHz, 128 MB de memória RAM, memória flash (com capacidade não-especificada), software livre, tela LCD de 7,5 polegadas e bateria com seis horas de duração. 
 
“Em 2007, vamos testar as alternativas disponíveis, para saber qual delas atende melhor a essa demanda”, afirmou nesta semana José Luiz Aquino, assessor da Presidência da República. Ele disse que, independente de qual seja a escolha, a máquina distribuída para alunos de escolas públicas terá de utilizar software livre -- a alternativa da Intel também é compatível com Windows.
 
Oferta
Ainda não foram divulgados quantos Mobilis serão enviados ao Brasil em 2007, mas é certo que a Encore Software tem um grande desafio pela frente. Até o final do primeiro trimestre, as fabricantes brasileiras devem ceder 800 Classmate PCs para escolas públicas do Brasil, selecionadas pelo próprio governo. Já Nicholas Negroponte, o responsável pelo projeto OLPC, afirma que as escolas nacionais receberão um milhão de máquinas no período de um ano após o lançamento oficial do projeto – entre julho de 2007 e julho de 2008, segundo suas previsões.
“Vamos testar os formatos de tablet e também os laptops, para vermos as dificuldades e os desafios encontrados em cada modelo. Nesse processo de seleção, não podemos esquecer que o foco do projeto é pedagógico, está voltado à educação dos estudantes. Uma hora o governo fará sua escolha e comprará a alternativa selecionada”, afirmou Aquino, sem especificar uma data para a aquisição dos computadores que serão utilizados em escolas públicas.
O representante do governo também lembrou que ainda não há um contrato assinado que garanta a implementação do projeto OLPC no Brasil. Em visita ao país no final de novembro, Negroponte se mostrou bastante otimista e disse ao G1 não acreditar que o Brasil ficaria fora de seu projeto.