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19/12/06

Web 2.0 (2) - O que é?

Recomendamos a leitura completa do artigo abaixo de B. Piropo sobre a "Web 2.0": muito interessante, muita informação!

Mas quem é Benito Piropo?
A "definição"  :-)  está em Perfil no seu "sítio": http://www.bpiropo.com.br/.  Vale uma visita ao site!

A biografia é extensa e recorto o trecho final:
(...) Em 1986 passou a se interessar por computadores pessoais. Fez cerca de dez cursos de curta duração sobre programação e montagem de micros pessoais. Em 1991 passou a colaborar com o caderno Informática Etc. do Jornal O Globo, onde assina B.Piropo e desde então mantém a coluna Trilha Zero e de 1994 a 1996, a coluna MicroCosmo, além de responder cartas de leitores sobre questões técnicas e escrever artigos eventuais sobre software e hardware. Publicou dois livros sobre informática, ambos editados pela Editora Campus: XTREE, XTREEPRO, XTREEGOLD e OS/2 2.0 - GUIA BÁSICO DA WORKPLACE SHELL. Em 1992/93 manteve uma coluna sobre informática na revista Ele e Ela e de 1992 a 1996 manteve outra coluna sobre informática na revista Mulher de Hoje, ambas da Editora Bloch.
Em 1994/95 manteve o programa CBN Informática, que ia ao ar três vezes por dia em rede nacional na Rádio CBN. Ainda em 1994 participou do programa Informática e Negócios, que ia ao ar semanalmente na TV Manchete, onde mantinha um quadro sobre micros pessoais.
Hoje, B. Piropo, além de reconhecido sanitarista, tornou-se nome conhecido e respeitado entre profissionais de informática atentos às notícias da área. Proferindo palestras empresariais e acadêmicas, realizando a cobertura dos principais eventos de informática no país e no exterior, B. Piropo é docente da PUC e da UniverCidade, no estado do Rio de Janeiro, dois dos mais importantes centros de educação em informática do Brasil. (...)
Um dos assuntos comentados no artigo é o AJAX.
A nossa participante jornalista Elis Monteiro também escreveu "about" recentemente:  O Ajax está com tudo e não abre    


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WEB 2.0
06/04/06

B. Piropo
A grande novidade da Internet é a Web 2.0, a nova geração da Internet.
Que tem provocado artigos como:
- “Web 2.0: o futuro da internet”, de Humberto Oliveira ou
- “Web 2.0 nasce para reinar em 2006” ou ainda
- “Você sabe o que é Web 2.0? Nossos clientes também não”, um artigo escrito a dez mãos.

Trata-se, portanto, ao que parece, de uma grande novidade. E uma grande novidade exige que se escreva sobre ela.
Este artigo, portanto, é sobre Web 2.0 (lê-se “web dois-ponto-zero”). E, se vamos escrever sobre Web 2.0 manda o bom senso que, desde já, nos ponhamos de acordo sobre o que, exatamente, significa esta expressão. Uma tarefa que parece fácil, principalmente para quem se propõe a escrever um artigo sobre Web 2.0.
Mas não é.
Pois acontece que pelo que eu pude apurar Web 2.0 não é uma “coisa”, é um “conceito”. Infelizmente, no momento atual, ainda se trata de um conceito difuso, fluido, que envolve o uso de umas tantas tecnologias, alguns desenvolvimentos de técnicas de criar páginas e sítios da Internet e, sobretudo, um conjunto de ações e participações da parte do usuário. Ou seja: Web 2.0 é, entre outras coisas, uma questão de atitude. Então, para entendermos o que é exatamente Web 2.0 precisaremos rever cada uma destas técnicas e atitudes.
Tentemos, pois.
CSS é a sigla de “Cascading Style Sheets”, ou “folhas de estilo em cascata”. Trata-se de uma técnica de criação de páginas para Internet baseada em um conjunto de padrões estabelecidos pelo W3 Consortium, uma organização não governamental que coordena o estabelecimento de padrões para a Internet. A idéia central era pôr fim ao caos em que se transformou a Internet quando começou a apelar excessivamente para a multimídia, recorrendo a músicas e animações, gerando páginas shakespeareanas cheias de som e fúria, significando nada. O uso das CSS implica tratar separadamente os três elementos básicos de uma página: a estrutura, aí compreendido conteúdo, sons e imagens, os comportamentos, que inclui basicamente efeitos que usam animações, e a aparência, que abrange a tipografia, uso de cores, tamanho e distribuição espacial do conteúdo. Como as CSS abominam o uso de tabelas, há quem classifique os sítios desenvolvidos com seu apoio de “tableless” (ou seja, “sem tabelas”). Se você quer ver um bom exemplo (vá lá, sejamos modestos: um exemplo) visite o sítio DisquePiropo, em < www.disquepiropo.com.br > criado por mim basicamente para demonstrar o uso das CSS. Lá, passe para a seção “CSS” e clique no atalho “clique aqui” para ver como é possível separar inteiramente forma de conteúdo. Se você tem alguma noção sobre o desenvolvimento de páginas da Internet, acredite: a visita vale a pena.

O padrão CSS não é novidade, já existe deste o final do século passado (ou seja, há cerca de oito ou nove anos) e vem sendo cada vez mais extensamente adotado. Web 2.0 não exige o uso das CSS. Mas, para ser enquadrado como um “sítio web 2.0” espera-se que ele seja desenvolvido com o uso das CSS.
RSS é a sigla de “Really Simple Syndication”, uma expressão difícil de traduzir porém fácil de entender: ela designa a ação de distribuir um “anúncio” eletrônico sobre novidades ou notícias publicadas na Internet. Este anúncio é feito sob a forma de um documento cujo formato é aderente ao padrão XML (“eXtensible Markup Language”, um padrão para criação de páginas baseado em “marcações” que são interpretadas pelo programa que as exibe) distribuído automaticamente aos “assinantes” do serviço, que contém essencialmente um resumo da novidade ou notícia e um atalho (“link”) para o sítio que a publicou. Para receber esses anúncios (conhecidos por “RSS feeds” ou “web feeds”) é preciso instalar na própria máquina um programa leitor (ou agregador) de “feeds” e inscrever-se em um ou mais sítios que os distribuem. Se quiser mais detalhes sobre o assunto visite a seção “Pesquisar” de meu sítio e faça uma busca com “RSS”.  Embora a tecnologia possa ser usada, por exemplo, para que duas empresas troquem informações comerciais de forma automatizada, o RSS é empregado cada vez mais como forma de divulgar entre os internautas interessados as notícias e novidades postadas em sítios interativos, como fóruns e concentradores de informações.

RSS também não é novidade: sua primeira especificação foi proposta em 2000. Web 2.0 não exige o uso de RSS. Mas, para ser enquadrado como um “sítio web 2.0” espera-se que ele distribua informações entre seus freqüentadores usando RSS.

AJAX é o acrônimo de “Assynchronous JavaScript and XML”. Como o nome indica, AJAX não é uma tecnologia, mas a extremamente bem sucedida união de diferentes tecnologias independentes visando um determinado fim. A idéia é excelente e sua aplicação tem se mostrado altamente eficiente. Vamos tentar explicar a coisa resumidamente. Em uma página da Internet desenvolvida usando a tecnologia convencional, quando o usuário clica em um atalho ou interage de alguma outra forma com a página, uma solicitação é enviada de sua máquina ao servidor onde o sítio está hospedado que, cumprindo o solicitado pelo usuário, “monta” novamente a página usando a linguagem HTML (o padrão de linguagem usada para criar páginas web e que é interpretado pelo programa navegador para exibi-las) e a envia para a máquina do usuário. Ou seja: a cada solicitação, todo o conteúdo da página transita pela rede enquanto o usuário espera. Pois bem: quando se usa o AJAX, no primeiro acesso à página, o programa navegador carrega o “AJAX engine”, um conjunto de rotinas de programação desenvolvidas usando a linguagem Java que a partir de então se torna responsável tanto pela “montagem” (“renderização”) da página quanto pela comunicação com o servidor. Desta forma a interação do usuário se faz com o “AJAX engine”, o que permite entre outras coisas renovar apenas um pequeno trecho da página em resposta a uma solicitação do usuário, algo muito mais rápido que renovar desnecessariamente a página inteira. Em outras palavras: a interação do usuário não mais depende da comunicação de sua máquina com o servidor e sim com o “AJAX engine”. Como não mais é feita em sincronia com o servidor, é “assíncrona”. E por ser assíncrona, baseada em JavaScript transmitindo solicitações e informações formatadas no padrão XML, ganhou o nome de AJAX. Aqui não dá para descer a detalhes mais profundos mas se você quiser saber mais sobre o AJAX leia o excelente artigo de Jesse James Garret
Ler o restante deste artigo de B. Piropo em WEB 2.0.