08/10/06• O
que é IMS?
"O IP Multimedia Subsystem é uma plataforma para controle se
serviços multimídia, que combina recursos de
real-time, como voz e vídeo-telefonia, com serviços
non-real time, independentemente da
tecnologia de rádio empregada. A solução é padronizada internacionalmente
pelo 3GPP, órgão responsável pela padronização das redes de Terceira
Geração.
Ao contrário de uma nova estrutura verticalizada, onde a cada inserção de
uma nova aplicação uma estrutura especial para suportar tal serviço é
requisitada na rede o IMS é centrado no core da malha, com uma
infra-estrutura comum ao controle de todas as aplicações." (Fonte:
Promon)
Aqui está o que
Eduardo Tude, diretor do Teleco registrou no
blog do site:
(...) Teleco coordena painel de IMS na Futurecom - IMS: convergindo redes,
tecnologias e multi-serviços foi o tema do painel coordenado por Jose Luiz
de Souza, Diretor do Teleco, ontem na Futurecom. O painel contou as
presenças de Adalberto Leidenforst (Accenture), Caio Bottiglieri (Nokia),
Carlos Henrique Lobão Pegurier (Telcordia), Cládio Dascal (Tekelec), Ernesto
Rosselot (IBM), Francisco Pinto (Áudio Codes), Herberto Macoto (Nec), Hugo
Palma (Huawei), Jesper Rhode Andersen (Ericsson) e Paulo Roberto Cabestré (CPqD).
A
conclusão foi de que o IMS é uma tendência inexorável, mas que será
adotado paulatinamente pelas operadoras. A nível mundial a Ericsson possui
35 contratos de IMS, a Nokia 18 e a Huawei 1. (...)
Neste artigo publicado no
Convergência Digital, Cássio Garcia expande o conceito:
Evolução da Comunicação Multimídia
Nos últimos anos assistimos à popularização da internet como forma de
comunicação entre pessoas e também à padronização do protocolo IP como forma
de acesso às aplicações na web. Toda essa transformação resultou num
crescimento explosivo na demanda pelo acesso em banda larga.
Com o crescimento de usuários da internet e dos acessos em banda larga,
começaram a se popularizar diversas formas de comunicação em tempo real
sobre a rede IP, que rapidamente se tornaram ferramentas indispensáveis aos
negócios e ao lazer. O processo de comunicação passou a incluir múltiplas
mídias como voz (VoIP), mensagens instantâneas (messengers),
vídeo (Video over IP, videoconferência),
grupos de presença (que indicam o estado de disponibilidade de outros
usuários), colaboração (troca de arquivos em tempo real, navegação
simultânea) e compartilhamento de aplicações, entre outras.
Como resultado desta efervescência de serviços foi sendo criada no usuário
final uma cultura de uso desse tipo de ferramentas e se sedimentaram as
características essenciais de serviços até a pouco tempo inéditos. A
situação atual, no entanto, ainda está longe do ideal.
Desafios da Comunicação Multimídia
De popularidade consagrada mas ainda complexa e pouco prática para o usuário
final, a comunicação multimídia apresenta dificuldades como:
· Os serviços oferecidos por vários provedores de internet ou telefonia
possuem pouca ou nenhuma interoperabilidade entre si. Os usuários de um
serviço muitas vezes só se comunicam com usuários do mesmo provedor;
· O usuário tem de se inscrever em cada serviço de maneira independente. A
sua conexão ao serviço também é feita de forma independente, obrigando-o a
memorizar uma infinidade de logins e
senhas;
· A qualidade do serviço (QoS) varia de forma drástica de um ponto de acesso
a outro.
A padronização de protocolos teve um grande avanço com a definição pelo
IETF-Internet Engineering Task Force do protocolo denominado
Session Initiation Protocol (SIP) e do
seu uso para a oferta de um grande número de aplicações multimídia.
Entretanto, a questão do QoS não foi diretamente endereçada pelo IETF. A
solução a esta questão começou com a definição da arquitetura IMS.
O que é IMS?
O IMS-IP Multimedia Subsystem é um modelo de rede de serviços originalmente
desenvolvido pelo consórcio 3GPP-3rd Generation Mobile System para oferta de
serviços multimídia em redes celulares GSM. Posteriormente, esse modelo foi
incorporado, com outras denominações, em redes CDMA (Multimedia
Domain - MMD), redes de acesso ADSL/Wi-Fi (consorcio TISPAN) e em redes
de TV a cabo (PacketCable), constituindo-se numa padronização para todos os
tipos redes de acesso em banda larga.
O modelo IMS se baseia no protocolo SIP do IETF, porém define claramente as
características do seu uso em cada uma das interfaces de rede de forma a
limitar um pouco a flexibilidade do protocolo IETF. Isso faz com que a
segurança da rede seja aumentada e facilita a interoperabilidade entre
elementos. O modelo se organiza em várias camadas (transporte, controle,
aplicação) e destina especial cuidado à garantia de QoS nas várias redes de
acesso e com o uso de bases de dados de assinantes padronizadas que permitam
a mobilidade de acesso (roaming) entre as várias redes.
O modelo IMS garante ao usuário, portanto, a continuidade da oferta de um
mesmo serviço multimídia (chamada de voz e/ou vídeo, IPTV,
messaging, etc), com mesmo código de
acesso e senha entre várias redes de acesso e conta única. Assegura-se a QoS
adequada para o serviço em cada tipo rede de acesso (celular, ADSL,
cable modem). O modelo unificado de
oferta de serviços também permite a interação entre serviços bastante
distintos como, por exemplo, a visualização na tela da TV do número de
telefone que está chamando no telefone fixo.
O modelo IMS ainda se encontra em fase inicial de implementação (e em alguns
casos de normatização), mas já se constitui num consenso da indústria e dos
provedores de serviços, representando um importante avanço para a
consolidação dos serviços multimídia. Cassio Garcia é diretor da
Nortel Networks do Brasil