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12/09/06
• A "Urna Eletrônica" é segura? (2)
O juiz Fernando Botelho
descreve procedimentos para comprovar a segurança e a eficácia do sistema de
votação com urnas eletrônicas.
Aqui está o "post" anterior:
A Urna
Eletrônica é segura (1)?
Para estimular o debate técnico deste tema atual e polêmico criamos uma
página especial onde colecionamos material coletado na web.
No final da citada página estão registradas mensagens de Grupos de Debates.
Numa das mensagens são citados um artigo e um documento recente:
- Notícia no site do TRE-MS de 30/08/06:
Presidente do TSE abre cerimônia de lacração dos softwares eleitorais nesta
quinta (31)
- "Urnas Eletrônicas - Nota de esclarecimento da Microbase"
de 31/08/2006
Um dos participantes dos Grupos é o juiz Fernando Neto Botelho.
[Atualização em 16/11/08: Atualmente Fernando Botelho é
Magistrado de carreira do Estado de Minas Gerais e Desembargador do Tribunal de
Justiça/MG, da 13a. Câmara Cível;
ver resumo biográfico mais abaixo]
Toda sua participação nos debates está registrada neste site:
Telecomunicações - Questões Jurídicas.
Fernando Botelho repercutiu este tema numa excelente mensagem que também está
registrada na
página especial onde
descreve procedimentos para comprovar a segurança e a eficácia do sistema de
votação com urnas eletrônicas.
Uma palestra sobre este tema realizada ontem em BH pelo juiz Fernando Botelho
foi notícia hoje no jornal Estado
de Minas, abaixo transcrita:
Voto paralelo testa sistema
Para avaliar a segurança da urna eletrônico, o TRE organiza votação com cédulas
de papel. Da operação participam partidos e a sociedade civil
O Tribunal Regional Eleitoral
de Minas Gerais (TRE-MG) realizará no dia 1º de outubro uma votação paralela ao
pleito oficial para comprovar a segurança e a eficácia do método das urnas
eletrônicas. O procedimento foi explicado em reunião ontem entre a comissão
responsável no TRE pela iniciativa, representantes dos partidos políticos,
entidades da sociedade civil e do Ministério Público. Realizado desde 2002, o
sistema faz uma auditoria por amostragem da votação eletrônica.
Serão sorteadas no dia 30 de setembro
quatro urnas eletrônicas, uma de Belo Horizonte e três do interior, que serão
fiscalizadas no dia do pleito. Os equipamentos serão retirados das seções e
ficarão sob a guarda da Polícia Militar. Para os locais de votação oficial serão
encaminhadas urnas que fazem parte da reserva do estoque do TRE. Não poderá ser
sorteada mais de uma seção por zona eleitoral. As quatro urnas servirão para uma
votação sem efeito oficial, que será filmada e acompanhada por auditores e
fiscais de partidos ou coligações e entidades que se credenciarem.
O juiz Fernando Botelho, presidente da Comissão do TRE responsável pela
organização do processo, explicou as etapas. Atendendo às resoluções 22.154/06,
do Tribunal Superior Eleitoral, e 699/06, do TRE-MG, vão ser distribuídas até
duas mil cédulas de votação. Estas cédulas serão preenchidas preferencialmente
pelos representantes dos partidos. Os votos de papel serão guardados em quatro
urnas de lona, lacradas dia 30 de setembro. No dia 1º de outubro, as urnas serão
levadas ao TRE, onde ocorrerá a transferência dos votos escritos para o sistema
eletrônico.
Os dados das cédulas de papel serão digitados em computadores (um para cada
urna) e depois computados nas urnas eletrônicas. Ao final, a auditoria vai
comparar os impressos do boletim da urna eletrônica com o relatório dos
computadores. De acordo com o juiz Fernando Botelho, a auditoria é uma das
etapas de avaliação do sistema operacional da votação eletrônica. “Há também a
fase de fiscalização da formatação do sistema, no âmbito do TSE, e ainda a dos
registros (inseminação) dos programas em cada urna eletrônica nas zonas
eleitorais, a que chamamos de carga, aberta aos interessados”, diz ele.
CADASTRAMENTO Todo o procedimento será filmado por quatro câmeras e a ata
produzida, depois de encerrada a votação, encaminhada ao presidente da Comissão
Apuradora. Os partidos e entidades têm até o dia 15 de setembro para realizar o
cadastramento e receber as cédulas de papel, se quiserem participar da votação
paralela. Até ontem, PTB, PT e PDT estavam inscritos e PSDB e PFL avisaram que
também pretendem fazer o credenciamento. O Sindicato dos Trabalhadores do
Judiciário Federal em Minas Gerais, a Federação das Indústrias de Minas Gerais e
a Câmara de Dirigentes Lojistas também estão cadastrados.
FERNANDO NETO BOTELHO (fernandobotelho@terra.com.br):
- é Magistrado de carreira do Estado de Minas Gerais e Desembargador do Tribunal
de Justiça/MG, da 13a. Câmara Cível;
- foi Juiz de Direito Titular da 4a. Vara de Feitos Tributários do Estado de
Minas Gerais em Belo Horizonte;
- possui MBA - Master Business of Administration em Gestão de Telecomunicações,
pela FGV/Ohio University-USA (2001/2002);
- foi Membro do Comitê de Defesa dos Usuários de Telecomunicações da ANATEL
(mandato 2002/2003);
- é autor do livro "As Telecomunicações e o FUST" (ed. Del Rey - 2001);
- é Membro da ABDI - Associação Brasileira de Direito de Informática e
Telecomunicações;
- foi Diretor de TI da AMAGIS - Associação dos Magistrados de MG;
- é autor de artigos, palestras, e trabalhos doutrinários sobre regulação de
telecomunicações;
- é Membro da Comissão de TI do TJM - Tribunal de Justiça de MG e Coordenador da
Comissão do Processo Eletrônico do TRE-MG;
- é co-autor dos Livros "Direito Tributário das Telecomunicações" (ed. Thomson
IOB-ABETEL, 2.004) e "Direito das Telecomunicações e Tributação" (ed. Quartier
Latin-ABETEL, 2.006).
Uma webpage mantida
pela ComUnidade WirelessBRASIL registra seus trabalhos e suas participações em
Grupos de Debates.
[Post
atualizado em 16/11/08]