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ComUnidade WirelessBrasil

Agosto 2007               Índice Geral do BLOCO

O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão  Celld-group e WirelessBR. Participe!


 
• Série sobre Rádio Digital (27) - Silvio Meira + "reunião com o IBOC"

Olá,
ComUnidade WirelessBRASIL!

Este é mais um "Serviço ComUnitário". :-)
 
01.
"Rádio Digital": continuamos com a "Série" de mensagens para reciclagem e ambientação. 
Nosso objetivo é ampliar o debate para que nossos participantes e leitores formem sua opinião.
Em mensagens anteriores reunimos um farto material sobre o tema que pode ser visto na
Seção Rádio Digital do site WirelessBR e no Bloco - Blog dos Coordenadores da ComUnidade.
 
02.
Sílvio Meira dispensa apresentações mas, por via das dúvidas, lá vai: é Professor Titular de Engenharia de Software do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco em Recife, cientista-chefe do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R) e engenheiro formado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).
Meira mantém um blog em http://blog.meira.com/ e uma coluna no Portal G1 http://g1.globo.com/Noticias/Colunas/0,,7421,00.html.

Para nivelamento dos nossos Grupos transcrevo mais abaixo um "post" sobre "Rádio Digital" do blog do Silvio Meira, enviado pelo nosso Courtnay Guimarães para o Grupo WirelessBR: 
[31/07/07]  
Rádio digital [pela porta dos fundos?]

Pela leitura do "post" vemos que o Silvio Meira está sintonizado com nossas preocupações externadas nesta longa série de mensagens.

03.
O Rádio Digital tem sido um tema recorrente em nossos fóruns, por iniciativa dos Coordenadores e Moderadores dos Grupos.
O assunto tem estado na mídia espaçadamente e também é polêmico como a "irmã" TV Digital. Mas não tem dado muito ibope.  :-)
 
04.
Como tem acontecido "neste país", o padrão IBOC já está escolhido, estações já estão operando e agora é preciso fazer "consultas públicas" e "reunir comissões" para sacramentar o fato consumado.
(...) Em relação a rádio digital, em fase de testes há dois anos, Hélio Costa afirmou que o governo deverá adotar o sistema norte-americano IBOC. “A intenção do governo é optar pelo IBOC, mas sem que os radiodifusores brasileiros tenham que pagar royalties”.  (...)
 
Sobre a última audiência pública (12 jul) no Senado sobre o tema, já externei minhas dúvidas sobre a isenção na condução dos trabalhos e na avaliação do resultado: consta que o senador Wellington Salgado (PMDB-MG), que teve a iniciativa do debate, tem fortes vínculos com o ministro Helio Costa.
 
Vem mais reunião por aí:
(...) O Conselho Consultivo da Rádio Digital, criado em março deste ano, reúne-se nas primeiras semanas do mês de agosto. Neste encontro deve finalizar o projeto sobre o Sistema Brasileiro de Rádio Digital, o texto segue para análise do Palácio do Planalto. O sistema híbrido criado a partir da combinação entre o IBOC e o DRM será instituído através de um decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva baseado no texto encaminhado pelo Ministério das Comunicações. A fórmula encontrada pelo governo atende às reivindicações dos radiodifusores, mantendo a possibilidade de exploração de ondas curtas - o setor sempre manifestou preferência pelo IBOC por servir tanto para FM quanto para AM, mantendo as mesmas freqüências e bandas das atuais rádios analógicas. Fonte:
Sistema Brasileiro de Rádio Digital será híbrido (transcrição mais abaixo).
 
05.
No caso da "TV Digital" ainda tivemos a participação das universidades e institutos de pesquisas.
No "Rádio Digital" é diferente: é uma decisão não técnica que, na verdade, corresponde à escolha de uma empresa sem licitação (no caso do IBOC).
Leiam este recorte e façam as contas: 
(...) Segundo o presidente da Abert, o modelo de negócio definido pela Ibiquity para o Brasil prevê que não seja cobrada a licença. O consórcio irá ter remuneração apenas sobre os transmissores e receptores. De acordo com ele, o mercado no Brasil é de cerca de 200 milhões de receptores. (...)    Fonte: Agência Brasil
 
"Remuneração" sobre 200 milhões de receptores...uau!!!
Se o Brasil fosse uma terra de "valeriodutos", quanto valeria essa decisão?
Tudo pode estar sendo feito com a maior lisura mas é preciso mais transparência.
 
Mas creio que perdemos uma boa oportunidade de saber mais sobre este "negócio" diretamente da fonte.
Vejam este recoste de uma notícia de ontem (transcrita mais abaixo)
(...) Informações da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) confirmam que os diretores da empresa iBiquity (proprietária do padrão Iboc), Perry Priestley e Fernando Monetti, acompanhados do presidente da Abert, Daniel Pimentel Slaviero, tiveram uma reunião com o ministro das Comunicações, Hélio Costa.  (...) No encontro, os executivos informaram ao ministro que mantiveram reuniões com representantes da Sony, JVC, Gradiente, Panasonic e Semp Toshiba, na semana passada, em São Paulo.  Fonte: Hélio Costa e Abert se reúnem com Iboc
 
06.
Não sou jornalista e apenas procuro fazer uma leitura atenta do noticiário.
Por isso continuo achando que a mídia está dos devendo um aprofundamento crítico e isento deste tema.
 
07.
No final desta mensagem está uma coleção de matérias referenciadas anteriormente.
 
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
 

 
Fonte: Blog Meira.com
[31/07/07]  rádio digital [pela porta dos fundos?]
segundo o globo [via telesíntese], uma reunião em brasília, neste 1o. de agosto, vai bater o martelo sobre o padrão que o país deverá adotar para rádio digital. esquisito, muito esquisito. levamos anos debatendo o padrão de TV digital, que inclusive passou de um governo para outro face aos insistentes apelos da sociedade por mais debate, mais esclarecimentos e transparência.

no caso de rádio digital, até agora, eu não vi nenhum documento resumindo o que está sendo discutido, muito menos alguma notícia de que uma decisão de tão grande importância para o futuro da convergência digital no brasil, vá entrar em debate através de audiências públicas.

muito menos se tem notícias de documentos de proposição, análise, síntese ou argumentação, como este aqui [australiano, onde aac+ tá pegando, transmissões melhores que fm, a 64kbps] e este outro [europeu], que possam nos fazer entender um pouco mais do processo ou da decisão. rádio digital é um mercado imenso. gigantesco. por que é que não está sendo discutido de forma mais transparente? será que é a ressaca do debate ao redor do padrão de TV digital? será que é por isso que não organizamos uma consulta pública como a frança fez?

falando nisso, porque é mesmo que estamos escolhendo [pelo que parece] IBOC [entenda o padrão iboc aqui], o padrão americano, ao invés de DAB+/AAC+, parte do padrão mpeg4 que já escolhemos para TV digital no brasil? aliás, aac+ é uma evolução da codificação aberta usada em iTunes/Pods, sucesso mundial sob qualquer aspecto… ainda mais, um passarinho me soprou que estamos indo [se é que estamos mesmo…] para IBOC AM, que as avaliações mundo afora dizem ser inferior a IBOC FM… por que, mesmo?

independentemente das discussões entre IBOC AM e FM, será mesmo que o país vai cair de novo na armadilha [como nos celulares CDMA, tecnologia da qualcomm, que deu no que deu] de escolher um padrão de rádio que é proprietário de UMA empresa, a ibiquity, que cobra royalties, por estação?… no que faz, aliás, muito bem. o problema é nós ficarmos dependentes disso… o que me leva a concluir que, se a direção for esta, mesmo, este país não aprende nunca. além do mais porque o mundo parece estar escolhendo DAB+…

rádio digital é parte essencial da discussão e da plataforma de convergência digital. rádio digital não transmite só áudio. pode transmitir imagens, mapas, jogos, software. rádio digital é digital, não é rádio. mas… como isso aqui é o brasil e como a discussão anda meio [!] fechada, não há muito mesmo a comentar. talvez, só, lembrar que é exatamente por causa de processos como estes que os aviões andam caindo [demais] no brasil…

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Fonte: Meio&Mensagem
[27/07/07]  
Sistema Brasileiro de Rádio Digital será híbrido por Alexandra Bicca, de Brasília


Presidente Lula deve assinar em setembro decreto que substitui sistema analógico pelo digital
 
O Brasil é o segundo maior mercado de emissoras de rádio do mundo – são aproximadamente 3668 rádios comerciais registradas, sem contabilizar as emissoras comunitárias. Esse mercado deve passar por profundas transformações nos próximos dois anos com a transição do sistema analógico para o digital. Segundo fontes do mercado, o governo federal deve antecipar sua decisão sobre o padrão de rádio que será adotado no país. O anúncio deve ser feito nos próximos dias e a novidade é que, ao contrário do que se imaginava, a escolha não será por apenas um dos sistemas (americano IBOC – da Ibiquity – ou o europeu DRM), mas sim pela composição dos dois em um sistema híbrido: o IBOC com FM e AM e o DRM com ondas curtas.
O Conselho Consultivo da Rádio Digital, criado em março deste ano, reúne-se nas primeiras semanas do mês de agosto. Neste encontro deve finalizar o projeto sobre o Sistema Brasileiro de Rádio Digital, o texto segue para análise do Palácio do Planalto. O sistema híbrido criado a partir da combinação entre o IBOC e o DRM será instituído através de um decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva baseado no texto encaminhado pelo Ministério das Comunicações. A fórmula encontrada pelo governo atende às reivindicações dos radiodifusores, mantendo a possibilidade de exploração de ondas curtas - o setor sempre manifestou preferência pelo IBOC por servir tanto para FM quanto para AM, mantendo as mesmas freqüências e bandas das atuais rádios analógicas.
O veículo que faz parte do cotidiano dos brasileiros e que sempre exerceu papel importante na formação de opinião agora chegará aos seus ouvintes com um som semelhante ao de um CD. Este deve ser o grande trunfo dos proprietários de emissoras rádios para convencer a população a comprar os receptores digitais.
A implantação do rádio digital deve trazer impactos também para os mercado publicitário, pois a multiprogramação representará novas possibilidades de exploração do mercado de forma segmentada, além da necessidade de divulgação pela indústria dos lançamentos de equipamentos retransmissores. Os radiodifusores terão que modernizar suas estruturas de transmissão e irradiação. Essa mudança do analógico para o digital vai exigir investimento médio de US$ 120 mil a US$ 150 mil por emissora para compra de transmissores e sistemas irradiantes digitais. Os recursos para esses investimentos viriam de modalidades financiamento que já estão sendo viabilizadas para implantação da TV Digital, que são recursos disponibilizados para os radiodifusores pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), além de outras modalidades que estão sendo discutidas pelo governo.
 
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Fonte: Meio&Mensagem
[31/07/07]   Hélio Costa e Abert se reúnem com Iboc

Associação dos radiodifusores diz que ministro ouviu relatos dos executivos da iBiquity, proprietária do padrão norte-americano
 
Informações da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) confirmam que os diretores da empresa iBiquity (proprietária do padrão Iboc), Perry Priestley e Fernando Monetti, acompanhados do presidente da Abert, Daniel Pimentel Slaviero, tiveram uma reunião com o ministro das Comunicações, Hélio Costa. O objetivo do encontro, de acordo com o que foi informado pela entidade foi reforçar o interesse da empresa no Brasil e reconhecer a importância do mercado nacional no cenário do rádio digital. No encontro, os executivos informaram ao ministro que mantiveram reuniões com representantes da Sony, JVC, Gradiente, Panasonic e Semp Toshiba, na semana passada, em São Paulo. Nestes encontros, Priestley e Monetti foram acompanhados pela assessoria técnica da Abert, pelo presidente da Aesp, Edilberto de Paula Ribeiro, e pelo consultor Acácio Costa.Ao final do encontro, Hélio Costa destacou que a reunião foi bastante produtiva e que, até o mês de setembro, o governo deverá ter condições de tomar uma decisão sobre a implantação da tecnologia no país. A Abert diz que a tendência é de que para AM e FM o padrão escolhido seja o americano Iboc. Para Ondas Curtas, a opção que tem se mostrado mais adequada é o DRM (europeu), conforme antecipado por Meio & Mensagem no dia 27 de julho (leia aqui).  A reunião, que ocorreu no Ministério das Comunicações, também contou com a participação do diretor geral da Abert, Flávio Cavalcanti Júnior, o assessor técnico da Associação, Ronald Barbosa e do diretor do Departamento de Indústria, Ciência e Tecnologia do Ministério das Comunicações, Igor Vilas Boas de Freitas.
 
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