Olá ComUnidade!
Um fato muito interessante que aconteceu por esses dias e a mídia
especializada não entrou muito em detalhes.
Saiu até na
ABC News
australiana:
Remote Amazon town to get wireless
Internet - US computer chip giant Intel has unveiled a plan to build a
wireless network in the Brazil town of Parintins to give the Amazon
rainforest community high-speed Internet access.
Isso mesmo!
Parintins,
no Amazonas, ganhou uma rede WiMax!
Também interessante, vale ressaltar: nosso ministro Helio "WiMAX" Costa
nem foi na inauguração (ele se sente “garantido” ou está só
“caprichoso”?).
O trabalho de implantação durou 6 semanas e foi feito por 50 técnicos da
Intel e de empresas aliadas do Vale do Silício.
Foi instalada uma antena WiMax de 100 metros de altura. Em
quatro locais de Parintins - duas escolas, um centro comunitário e um
centro médico - os receptores irão traduzir os sinais de rede para o
protocolo padrão de rede Ethernet. Aproximadamente 70 computadores foram
doados como parte do projeto.
Mas nenhuma residência foi incluída no programa. Como dizem que “Banda
larga sem fio não prevê inclusão digital”....
!
Vamos à um resumo do acontecimento (e mais abaixo, à uma coleção de
notícias sobre o tema):No dia
20/09 o chairman da Intel Corp., Craig Barret, inaugurou uma rede
sem fio em banda larga na cidade de Parintins, na Amazônia, conhecida
por seu Festival Folclórico do Boi-Bumbá (ou Bumba-Meu-Boi como é
conhecido no nordeste). Veja fotos do dia
aqui.
Por meio da rede sem fio em banda larga, os 114 mil moradores de
Parintins, cidade localizada em uma ilha no Rio Amazonas, terão melhor
acesso a serviços de saúde e educação, informa a Intel.
O projeto integra o
Programa World Ahead
e foi criado em parceria com CPqD, Embratel, Cisco, Proxim, Fundação
Bradesco, Universidade Estadual do Amazonas, Universidade Federal do
Amazonas e Universidade de São Paulo. As outras cidades brasileiras
contempladas com o programa são Ouro Preto (MG), Brasília (DF),
Mangaratiba (RJ) e Belo Horizonte (MG).
Combinando Wi-Fi e WiMAX, a solução em Parintins inclui comunicação via
satélite, infovia municipal e telemedicina.
A Cisco forneceu seis access points Cisco AIR-AP1121G, um
roteador de serviços integrados Cisco 1841 ISR Series e dois switches
Cisco Catalyst 2940 Series.
O CPqD, parceiro da Intel na implementação de infovias municipais, foi
responsável pelo planejamento, projeto, especificação e instalação da
infovia de Parintins e da rede WLAN (rede local sem fio) nas escolas e
posto de saúde, bem como pela integração de todos os recursos e
atividades relacionadas ao projeto.
A Embratel participa com o serviço Business Link, através de um segmento
espacial entre Parintins e Manaus.
A Universidade da Amazônia também iniciou um programa de Telemedicina em
conjunto com a Escola de Medicina da Universidade de São Paulo.
A Universidade Estadual do Amazonas colabora com o treinamento dos
alunos via videoconferência, pesquisas na área de saúde e
tele-consultas.
A Proxim forneceu as estações rádio-base Tsunami MP.16 e as licenças de
uso.
Antes, a cidade era atendida somente com um ponto de internet via
satélite do Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao Cidadão (GESAC),
programa do governo federal, com um único computador. A velocidade era
de 64 quilobits por segundo, pouco mais do que um acesso discado. Com a
conexão da Embratel, a velocidade chegará a 1 megabit por segundo,
dezesseis vezes maior.
Há somente um provedor de internet (acesso discado) na cidade. Em
Parintins, a Intel e a Fundação Bradesco treinaram 24 professores por
meio de suas iniciativas educacionais: o 'Programa Intel Educação para o
Futuro', que ensina os professores como usar a tecnologia para melhorar
a maneira com que os alunos aprendem; e o 'Programa Intel Aprender'
prepara estudantes menos privilegiados, com idades entre 10 e 18 anos,
para o mercado de trabalho. O posto de saúde conta com um sistema de
videoconferência, para permitir que os médicos locais possam se
comunicar com especialistas em Manaus e outras cidades.
As notícias da web:
-
Intel cria rede de banda larga wireless
WiMax em Parintins, na Amazônia
-
Intel inaugura ‘cidade digital’ no município
de Parintins Serviços
-
Parintins digital
-
Inclusão digital no meio da selva
-
Intel monta rede WiMAX em ilha do Amazonas
-
Intel transforma Parintins em Cidade Digital
-
Amazonas ganha cidade digital
-
Intel e Unicamp vão criar laboratório para
pesquisas em multicore
-
Intel leva Internet sem fios a ilha da
Amazônia
-
Inaugurada a Cidade Digital de Parintins
Profa. Thienne
Mesquita Johnson
Moderadora do
Grupo WirelessBR
Coordenadora do
Site WirelessBR
Coordenadora Adjunta da
ComUnidade WirelessBRASIL
Home Page
(Universidade da Amazônia)
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Fonte: BLOCO -
Bumba-meu-WiMAX
• Sud Mennucci - Cidade Wi-Fi
ou Cidade Digital ou Cidade Internet "de grátis" - Mensagem de Helio Rosa
para os Grupos
Celld-group
e
WirelessBR:
Olá,
ComUnidade WirelessBRASIL!
Repito minha opinião: "Inclusão digital é
acesso liberado ou facilitado à Internet".
Nas mensagens anteriores citamos a cidade do
interior de S. Paulo que está "dando banho" de inclusão: Sud
Mennucci.
Vou me permitir reproduzir mais abaixo - com uma pequena adaptação - um
"post" de 06 Out 2006 do nosso
Bloco - Blog dos Coordenadores
da ComUnidade.
Vai um recorte, como aperitivo: :-)
(...) Mas, de repente, Sud Mennucci virou um lugar legal. Isso mostra
como o acesso à internet pode ser determinante na vida de uma pessoa". A
palavras do músico e produtor Marcelo Basílio Paya, 30 anos, referem-se
a uma drástica e positiva mudança pela qual a pequena cidade, de 7,5 mil
habitantes a cerca de 640 km da capital paulista, vem passando nos
últimos anos. (...)
Vale conferir o restante!
Esta mensagem não pretende ser uma "pauta"
para a imprensa mas que tal a mídia fazer uma visitinha por lá e trazer
esta cidade digital tupininquim de novo à berlinda? :-) O
momento é oportuno...
(...) O PC à venda por R$ 849 usa
processador Intel Celeron D315, tem HD de 80 GB, 256 MB de memória RAM e
acompanha monitor de 15 polegadas.
O Extra parcela a venda do produto em até 12 parcelas de 70,75, sem
cobrança de juros, portanto. O PC acompanha distribuição Linux. (...)
Em tempo: com o cambio de ontem, o preço
seria U$ 395,6... :-)
Pergunto: quem precisa de "laptop do Negroponte" ou "noteboook
Classmate da Intel", pedagógicos (?), ligados a servidores
especiais, com conexão duvidosa à internet, para fazer inclusão digital
nas escolas "destepaís"?
Mirem-se no exemplo de Sud Mennucci... :-)
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
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Sud Mennucci, pequena cidade do
noroeste de S. Paulo, não precisou de FUST, de "laptop do 100 dólares do
Negroponte", de "notebook Classmate da Intel", leilão de banda larga ou
programa governamental federal de inclusão digital para prover acesso
livre e gratuito aos seus munícipes.
Quem sabe e quer, faz; quem não sabe querer
espera cair do céu.... e corre o risco do céu não ajudar.
Sud Mennucci tem até
site na web.
E, pasmem! - tem uma página que ensina a montar um provedor municipal...!
Sud Mennucci tem estado na mídia como um
exemplo de inclusão digital a ser estudado e seguido.
Transcrevemos um artigo ameno que conta
toda a história; após, listamos outros artigos sobre o tema. Parabéns, Sud
Mennucci!!!
Fonte:
Overmundo
Sud Mennucci, a cidade on line -
06/3/2006 - por Ricardo Fela
"Nasci em São Paulo, moro aqui há alguns anos e não gostava da cidade.
A gente vivia ilhado porque a realidade é muito grande entre o
interior e os grandes centros. Mas, de repente, Sud Mennucci virou um
lugar legal. Isso mostra como o acesso à internet pode ser
determinante na vida de uma pessoa". A palavras do músico e produtor
Marcelo Basílio Paya, 30 anos, referem-se a uma drástica e positiva
mudança pela qual a pequena cidade, de 7,5 mil habitantes a cerca de
640 km da capital paulista, vem passando nos últimos anos.
Graças a um projeto inédito no Brasil,
todos os moradores podem ter, em casa ou em locais públicos, acesso
grátis à internet banda larga sem fio (rede Wi-Fi). Para receber o
sinal, basta que a pessoa compre uma antena a um custo médio de R$
200,00. A partir daí, o uso é irrestrito. Não é preciso assinar
provedor nem pagar mensalidade.
Tudo isso porque, até 2002, a cidade não
possuía nenhum provedor comercial e o acesso à web só era possível via
discagem interurbana para provedores da região, o que prejudicava e
encarecia até mesmo os trabalhos da prefeitura. Para resolver o
problema, o município instalou duas antenas e implantou a rede a um
custo de R$ 18 mil e R$ 1,8 mil mensais para dez pontos de navegação
nos órgãos públicos, transformando-se no próprio provedor
da cidade.
No ano seguinte, estendeu o serviço para a
população a um custo de R$ 2,8 mil mensais e viu o número de pontos
saltar de dez para noventa. No ano passado, ampliou a capacidade total
de acesso de 1 MB para 2 MB e chegou a mais de trezentos pontos de
internet, entre particulares, comerciais e públicos. O custo para a
Prefeitura subiu para R$ 4,4 mil mensais, ainda considerado baixo se
for levando em conta o acesso gratuito à população.
"Se cerca de dez outras prefeituras da
região se unissem para implantar o sistema, poderíamos derrubar esse
custo para R$ 3 mil", diz o prefeito Celso Junqueira, que estima uma
meta de novecentos pontos de acesso até o fim de 2006.
O impacto social da implantação da rede é
impressionante. As três escolas públicas do município (duas municipais
e uma estadual) hoje são equipadas com um total de 60 computadores em
que os alunos podem navegar todos os dias. Nos horários livres de
aulas, especialmente à noite e nos finais de semana, o uso é extensivo
a toda população, com direito a monitoria de funcionários treinados
para ajudar os usuários.
Além disso, recentemente, Sud Mennucci
inaugurou, na biblioteca municipal, um telecentro com 10 computadores
que dão acesso livre para qualquer morador.
Da 'ilha' para o mundo
O sucesso da rede Wi-Fi de Sud Mennucci é
fácil de ser percebido. Em outubro passado, a cidade ficou em quarto
lugar na final do Torneio Bancos em Ação, uma parceria entre a ONG
norte-americana Junior Achievement e o Citibank. Perdeu apenas para
Belo Horizonte (MG), Uruguaiana (RS) e Recife (PE).
Registrou o maior índice de participantes
da competição em comparação com outras 100 cidades brasileiras que
disputaram as 10 vagas da final e classificou mais equipes (seis) que
a cidade do Rio de Janeiro (quatro) para a fase semifinal. Também foi
a cidade com maior número de equipes (três) classificadas para a
final.
No torneio, que acontece em vários países,
estudantes, divididos em equipes, têm de cuidar de um "banco" através
de um jogo virtual. Ou seja, simulam operações do mercado financeiro,
como cálculos com juros de curto e longo prazo em captação de
empréstimos; operações de marketing para aumentar e manter a base de
clientes etc. É bom lembrar: estamos falando aqui de estudantes de
escolas públicas!
"Não seria possível participar do torneio
se não tivéssemos acesso livre à internet. A disputa é feita
virtualmente, on line", explica Junqueira.
Curiosidade
"A onda agora aqui é a cyberfofoca. Com
essa história de acesso livre, todo mundo tem MSN e as notícias locais
correm soltas. Cidade pequena, sabe como é, né?", brinca Marcelo Paya,
que revela como a rede Wi-Fi mudou o comportamento de Sud Mennucci em
vários sentidos.
"Tem muito mapa em que Sud nem aparece, mas agora posso comprar CD por
internet, montar meu selo, divulgar minha banda Seresteros de
Guantanamo e produzir trabalhos da região sem sair daqui. Tudo com a
vantagem de não ter de encarar a poluição de uma cidade grande". Já
está divulgando, Paya. O endereço dos caras é
www.seresteros.com.