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Julho 2007               Índice Geral do BLOCO

O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão  Celld-group e WirelessBR. Participe!



06/07/07
 
Crimes Digitais (8) - "Ecos" da audiência pública + Novo artigo de Fernando Botelho

Olá,
ComUnidade WirelessBRASIL!
 
Continuamos com nosso "Serviço ComUnitário" e a "Série" sobre Crimes Digitais.
 
Convidamos os participantes e leitores - especialistas e leigos - para ajudar neste esforço de esclarecimento.
 
01.
A motivação é uma revisão — chamada de Substitutivo — do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) ao Projeto de Lei da Câmara nº 89, de 2003, e dos Projetos de Lei do Senado nº 137 e nº 76, ambos de 2000.
Todos se lembram deste projeto pois um dos pontos mais polêmicos - hoje retirado do texto - era a exigência de que os provedores mantivessem um cadastro completo e validassem o acesso dos internautas com base nos seus dados pessoais a cada conexão à web.

Ninguém tem dúvidas sobre a necessidade de uma legislação adequada e atual sobre crimes digitais mas, pelo menos na mídia, o conteúdo restante do projeto não foi muito comentado.
O projeto voltou a causar polêmica e novamente corre o risco de não ser avaliado na íntegra.
Daí a importância de procurarmos conhecer e entender para formar opinião e, eventualmente, interagir visando o aperfeiçoamento do projeto.
E isto já está acontecendo pois a reação da sociedade já permitiu sua modificação antes da votação na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
Aqui está o e-mail do senador Azeredo: 
eduardo.azeredo@senador.gov.br
 
02.
Fizemos uma solicitação ao senador Azeredo e fomos atendidos.
Já fizemos uma mensagem contendo uma "resenha didática" elaborada pelo gabinete do senador e o texto integral do projeto.
A mensagem pode ser encontrada nos arquivos dos nossos fóruns (é preciso obter um conjunto senha/id do Yahoo nas home dos Grupos -
Celld-group e WirelessBR).
 
03.
No dia 04 de julho ocorreu uma audiência pública sobre o tema.
O nosso participante juiz Fernando Botelho foi um dos especialistas convidados para debater o tema com os integrantes da CCJ - Comissão de Constituição e Justiça e CCT - Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado.

04.
O Portal Convergência Digital publicou hoje um novo artigo do juiz Fernando Botelho.
 
"A discussão em torno da aprovação de uma Legislação específica para combater os crimes na Internet movimenta a sociedade brasileira. Em artigo especial para o Convergência Digital, o juiz de Direito, Fernando Botelho, de Minas Gerais, observa que crimes comum reclamam medidas concretas e rápidas. Tanto quando o seu equivalente - o do meio eletrônico - que consome cifras imensas do sacrifício nacional, e na visão dele, avança sobre valores significativos da população."
 
Especial:
Parte 01 - Brasil - Crimes e Cibercrimes
Parte 02 - O Crime Cibernético - o 'mito do mal'
Parte 03 - O combate ao cibercrime no mundo
Parte 04 - Para não perder o bonde no combate ao cibercrime
 
05.
No final desta mensagem está nossa "coleção" de matérias sobre o tema.
 
06.
Transcrições de hoje:
 
Fonte: Computerworld
[05/07/07]  
Provedores gastariam R$ 13,2 milhões ao ano com lei de crimes digitais
 
Fonte: Thesis
[04/07/07]  
Lei contra crimes de internet  por Equipe Thesis
 
Fonte: Safernet
[04/07/07]  
Críticas ao projeto de lei de crimes digitais dão tom a audiência esvaziada por Paulo Mario Martins
 
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Thienne Johnson
 
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Fonte: Safernet
[04/07/07]   Críticas ao projeto de lei de crimes digitais dão tom a audiência esvaziada por Paulo Mario Martins

Numa audiência pública esvaziada, as comissões de Constituição e Justiça e de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática do Senado discutiram nesta quarta-feira o substitutivo aos projetos de lei que tratam de crimes na internet. Havia mais expositores do que senadores presentes.

Seis especialistas foram convidados para o debate e falaram para uma platéia rotativa de parlamentares, que era composta simultaneamente por três senadores, em média.

Cobranças por mais discussões sobre o tema e críticas ao substitutivo do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) marcaram a reunião, que durou mais de três horas. "Eu sinto necessidade de aprender mais e de termos aqui outros debates. Até porque a reunião estava esvaziada pelo excesso de compromissos dos senadores", reconheceu o senador Eduardo Suplicy.

O presidente da Associação Brasileira de Provedores de Internet (Abranet), Eduardo Parajo, também cobrou um debate mais amplo. Para ele, a audiência foi prejudicada pela baixa presença de parlamentares. "Gostaríamos que a sessão estivesse cheia para que mais senadores estivessem a par dessa questão", afirmou.

O diretor-presidente do Núcleo de Informações e Coordenação (NIC.Br), Demi Getschko, foi outro que pediu mais debate em torno do tema. "Sou favorável a uma discussão mais ampla para que detalhes que possam ser melhorados sejam aprimorados. Porque uma vez promulgada a lei, ela pode depois fugir da intenção de que foi feita", disse.

Mas Azeredo discordou. Na visão dele, a fase de debates já está encerrada. "Da minha parte não há mais necessidade de novas discussões. Já tivemos outras audiências e essa de hoje foi longa, com mais de seis expositores", declarou.

Críticas
A maior parte dos convidados fez críticas ao substitutivo do tucano. Na opinião de Parajo, a inclusão digital ficará prejudicada se houver punição aos internautas que propaguem "códigos maliciosos", conforme previsto no projeto.

Segundo estimativa da Abranet, o custo anual com softwares anti-vírus - ferramenta necessária para evitar a propagação dos "códigos maliciosos" - seria de R$ 65,00. "Como incluir as classes D e E, que não têm recursos?", indagou o presidente da associação.

Getschko também atacou esse ponto do projeto. "Visitantes não podem ser tratados como agentes na rede que podem praticar um dano ou calúnia", defendeu.

A mesma crítica foi feita pelo representante do Ministério das Comunicações no Comitê Gestor da Internet no Brasil, o consultor jurídico Marcelo Bechara. "Difundir códigos maliciosos pode acontecer com qualquer um de nós. Isso é extremamente temerário. O foco tem que ser no internauta que teve dolo e não na vítima", ressaltou.

"O que temos que fazer é ter uma norma precisa, clara e que condene e puna o agente, aquele que vai usar a internet para ter algum proveito ou para prejudicar outrem. Não podemos correr o risco de para matar um macaco, botar fogo na floresta inteira", comparou Bechara.

Poder de polícia
Também houve críticas ao artigo que obriga os provedores de internet a denunciarem à polícia crimes cometidos por usuários. "Não vejo nos provedores o papel de polícia para canalizar denúncia e repassar à polícia. Não é um ônus que nos compete", afirmou Parajo.

Já Bechara, apontou que a atribuição de responsabilidades civis aos provedores de internet prevista no projeto é desnecessária. "Já existe dentro do Direito Civil responsabilidades suficientes. Os textos [do projeto] estão extensos e isso pode causar confusão", disse.

Apesar das críticas, Azeredo sinalizou que não haverá mudanças significativas no projeto. "Agora vamos para a parte final de votação e alguma emenda que possa ser discutida", avisou.

Defensores da aprovação
O juiz de Direito e membro da Comissão de Tecnologia da Informação do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Fernando Neto Botelho, foi um dos poucos que defendeu a proposta relatada pelo senador mineiro. "Recomendo sua aprovação como está", disse.

Ele minimizou o fato de estarem prevista penas de prisão para os infratores involuntários da lei. "Não podemos nos espantar com penas de prisão máximas e mínimas porque não levarão os infratores ao recolhimento, sendo réu primário eles vão ter a sua privação da liberdade convertida em multa ou indenização", declarou.

Durante a audiência, o chefe de perícia de informática da Polícia Federal, Paulo Quintiliano, considerou que uma lei sobre crimes digitais é bem-vinda. "Sentimos falta de uma lei que contemple essa questão. Hoje existem muitas condutas [crimes] que não podemos fazer nada", afirmou.

"Desde 1996, esperamos ansiosos por uma lei que trate dos crimes cibernéticos. Em vários países já há leis que tratam desse assunto", acrescentou Quintiliano.

Inclusão digital será prejudicada, diz Abranet
A inclusão digital ficará prejudicada se houver punição aos internautas que propaguem "códigos maliciosos",em razão dos aumentos de custos que o usuário terá caso o projeto de lei de crimes digitais for aprovado da maneira como está.. Essa foi a opinião apresentada por Eduardo Parajo, presidente da Associação Brasileira de Provedores de Internet (Abranet), Eduardo Fumes Parajo, durante audiência pública sobre o tema no Senado.

Segundo estimativa da Abranet, o custo anual com softwares anti-vírus - ferramenta necessária para evitar a propagação dos "códigos maliciosos" - seria de R$ 65,00. "Como incluir as classes D e E, que não têm recursos?", indagou.

Parajo também criticou o artigo que obriga os provedores de internet a denunciarem à polícia crimes cometidos por usuários. "Não vejo nos provedores o papel de polícia para canalizar denúncia e repassar à polícia. Não é um ônus que nos compete", afirmou.

Presidente do NIC.br pede mais discussão para o projeto
O diretor-presidente do Núcleo de Informações e Coordenação (NIC.Br), Demi Getschko, pediu agora há pouco mais debate em torno do substitutivo aos projetos que tratam de crimes cibernéticos, em tramitação no Congresso. "Sou favorável a uma discussão mais ampla para que detalhes que possam ser melhorados sejam aprimorados. Porque uma vez promulgada a lei, ela pode depois fugir da intenção de que foi feita", disse durante audiência pública no Senado sobre o tema.

Ele apontou ainda que é preciso pensar no futuro ao se elaborar a lei. "Nós temos um novo universo florescendo. Muitos conceitos que temos hoje poderão mudar. Temos que pensar grande quando pensarmos em legislar sobre isso para não sufocar o crescimento da rede", declarou.

Getschko também criticou o texto do projeto que prevê punição a internautas que propagarem "códigos maliciosos" involuntariamente. "Visitantes não podem ser tratados como agentes na rede que podem praticar um dano ou calúnia", defendeu.

Representante do Ministério das Comunicações critica duramente lei de crimes digitais
Representante do Ministério das Comunicações no Comitê Gestor da Internet no Brasil, o consultor jurídico Marcelo Bechara criticou duramente o substitutivo aos projetos que tratam de crimes cibernéticos, agora há pouco durante audiência pública no Senado sobre o tema. "A proposta merece e deve ser melhorada", afirmou.

Ele apontou falta de clareza na tipificação dos crimes previstos no projeto, o que poderia trazer prejuízos quando o caso chegasse à Justiça. "Não dá para ter um crime que o magistrado vai ter que analisar por analogia. Quando estamos falando de matéria penal, estamos falando da liberdade do cidadão", declarou.

Bechara também reprovou o artigo do projeto que atribui responsabilidades civis aos provedores de internet. "Já existe dentro do Direito Civil responsabilidades suficientes. Os textos [do projeto] estão extensos e isso pode causar confusão", disse.

A punição para o internauta que propaga "códigos maliciosos" involuntariamente também foi alvo de críticas do consultor jurídico. "Difundir códigos maliciosos pode acontecer com qualquer um de nós. Isso é extremamente temerário. O foco tem que ser no internauta que teve dolo e não na vítima", ressaltou.

"O que temos que fazer é ter uma norma precisa, clara e que condene e puna o agente, aquele que vai usar a internet para ter algum proveito ou para prejudicar outrem. Não podemos correr o risco de para matar um macaco, botar fogo na floresta inteira", comparou Bechara.
[Origem:   http://tecnologia.uol....07/04/ult4213u116.jhtm

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Nas mensagens anteriores foram referenciadas as seguintes matérias:
 
Obs: O Portal SaferNet Brasil possui uma página especializada para acompanhamento deste tema.
 
Fonte: Convergência Digital
Especial: Artigo do juiz Fernando Botelho
[06/07/07]   Parte 01 - Brasil - Crimes e Cibercrimes
[06/07/07]   Parte 02 - O Crime Cibernético - o 'mito do mal'
[06/07/07]   Parte 03 - O combate ao cibercrime no mundo
[06/07/07]   Parte 04 - Para não perder o bonde no combate ao cibercrime
 
 
Fonte: Thesis
[04/07/07]   Lei contra crimes de internet  por Equipe Thesis 
 
Fonte: Safernet
[04/07/07]   Críticas ao projeto de lei de crimes digitais dão tom a audiência esvaziada por Paulo Mario Martins
 
Convergência Digital
[04/07/07]   Lei de combate aos cibercrimes permanece sem previsão de votação por Ana Paula Lobo
 
Fonte: Convergência Digital
 
Fonte: Estadão
[03/07/07]   Senado promove debate aberto sobre lei de crimes na internet
 
Fonte: UOL Tecnologia
[19/06/07]   OAB ataca Febraban e pede mais discussão sobre lei de crimes virtuais -
Da Redação
 
Fonte: Canal Rio Claro 
[05/06/07]  
Fecomercio apóia projeto de lei de crimes na internet
 
Fonte: IDG Now!
[30/05/07]   Senador retira conceito de "defesa digital" de projeto de crimes virtuais por Guilherme Felitti
 
Fonte: IDG Now!
[30/05/07]   Crime digital: compare as principais leis mundiais com projeto brasileiro  por Guilherme Felitti
 
Fonte: IDG Now!
[23/05/07]   Novo texto de projeto de crimes virtuais tem definições vagas, dizem analistas  por Guilherme Felitti
 
Fonte: IDG Now!
[23/05/07]   Projeto de lei de crimes virtuais volta à pauta e cria polêmica com provedores  por Redação do IDG Now!

Fonte: AliceRamos.com
[26/03/07]   Crimes e Cybercrimes  : I -  Introdução  / II – O Crime Cibernético  / III – O Cybercrime noutros Países  /  IV – A Convenção Internacional do Cybercrime  / V –  O projeto de lei brasileira  por Juiz Fernando Botelho
 
Fonte: AliceRamos.com
[14/05/07]   O Brasil precisa enfrentar o infocrime por Eduardo Azeredo
 
Fonte: IDG Now!
[24/04/07]    
Entrevista com senador Eduardo Azeredo por Daniela Braun e equipe (aguarde o download do arquivo mp3!)
 
Fonte: IDG Now!
[29/05/06]  
Projeto de crimes digitais volta à pauta na Comissão do Senado  por redação do IDG Now!
 
Fonte: UOL Tecnologia
[22/05/07]  
Pedido de senadora pode adiar votação do projeto de crimes digitais por Daniel Pinheiro
 
Fonte: UOL Tecnologia
[22/05/07]   
Internet brasileira precisa de marco regulatório civil por Ronaldo Lemos
 
Fonte: UOL Tecnologia
[22/05/07]  
Lei de crimes digitais foi pouco discutida, dizem críticos; Azeredo discorda por Daniel Pinheiro
 
Fonte: UOL Tecnologia
[20/05/07]   Projeto de lei quer "provedor dedo-duro" e permite justiceiros virtuais na Web por Francisco Madureira e Daniel Pinheiro. 
 
Fonte: UOL
[20/05/07]   "Provedor não é polícia", diz presidente da Abranet por Francisco Madureira e Daniel Pinheiro.
 
Fonte: Caderno Link do Estadão
[14/05/07]   Projeto de Azeredo cria ‘legítima defesa digital’
 
Fonte: SaferNet Brasil
[19/10/06]  
Especial: Crimes Digitais por Jussara Maturo, Jacílio Saraiva e Françoise Terzian

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