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Junho 2007
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03/06/07
•
Série sobre "Rádio Digital" (23) - Helio Costa: "A
intenção do governo é optar pelo IBOC"
"Rádio Digital":
continuamos com a "Série" de mensagens para reciclagem e
ambientação.
Nosso objetivo é ampliar o debate para que nossos participantes e
leitores formem sua opinião.
O Rádio Digital tem
sido um tema recorrente em nossos fóruns, por iniciativa dos
Coordenadores e Moderadores dos Grupos.
O assunto tem estado na mídia
espaçadamente e também é polêmico como a "irmã" TV Digital. Mas
não tem dado ibope. :-)
Como tem acontecido "neste país", o
padrão IBOC já está escolhido, estações já estão operando e agora
é preciso fazer "consultas públicas" e "reunir comissões" para
sacramentar o fato consumado.
A mídia especializada - que tem sido
pouco "investigativa" - está nos devendo um "especial" sobre os
testes que estão sendo realizados.
Recortes de matérias transcritas mais
abaixo:
(...) Em relação a
rádio digital, em fase de testes há dois anos, Hélio Costa afirmou
que o governo deverá adotar o sistema norte-americano IBOC. “A
intenção do governo é optar pelo IBOC, mas sem os radiodifusores
brasileiros tenham que pagar royalties”. (...)
(...) A cada seis
meses, explicou o conselheiro, as emissoras que realizam testes
terão de gerar relatórios sobre a funcionalidade, vantagens e
desvantagens obtidos nos seus experimentos. Esses relatórios serão
disponibilizados na página da agência na internet (www.anatel.gov.br),
para acesso da população em geral e em especial aos radiodifusores,
para comentários e avaliação final da Anatel. (...)
Fonte:
Helio Costa defende produção nacional na ampliação da Rádio e TV
Digitais
Aqui está o "sumário" das transcrições de
hoje:
Artigos e Notícias referenciados nas
mensagens anteriores:
--------------------------------------------
Fonte: Abert
[30/05/07]
Helio Costa defende produção nacional na ampliação da Rádio e
TV Digitais
O ministro das Comunicações Hélio Costa
afirmou hoje que o Ministério vai defender a produção nacional na
implantação da rádio e TV digitais. O ministro participou da sessão de
abertura dos trabalhos do 24º Congresso Brasileiro da Radiodifusão.
Hélio Costa comparou a receita das empresas de
telecomunicações e do setor da radiodifusão. As teles, de capital
internacional, lucraram R$ 126 bilhões em 2006, enquanto as rádios e tevês
nacionais lucraram R$ 14 bilhões. “A questão não é ser contra o
investimento estrangeiro, mas temos que preservar a qualidade da
radiodifusão nacional”, afirmou Costa.
Sobre TV digital, o ministro informou como
deverá proceder em relação à proteção dos direitos autorais. “A Europa,
Japão e Estados Unidos enfrentam problemas para proteger conteúdo e no
Brasil não será diferente. A tendência é que o governo leve em
consideração a lei de proteção autoral que já existe”, disse.
Em relação a rádio digital, em fase de testes
há dois anos, Hélio Costa afirmou que o governo deverá adotar o sistema
norte-americano IBOC. “A intenção do governo é optar o IBOC, mas sem os
radiodifusores brasileiros tenham que pagar royalties”.
Hélio Costa também prometeu que o Ministério
vai solicitar à Câmara a revisão da autorização de funcionamento de 83
rádios em situação pendente.
As discussões para adoção tecnológica do padrão
de rádio digital brasileiro deverão considerar aspectos importantes do
veículo para garantir a sobrevivência do segmento. O alerta partiu da
professora de Comunicação da UnB, Nélia Del Bianco, durante apresentação no
Seminário sobre Rádio Digital, promovido hoje, pela Câmara.
A professora disse que o processo de adoção deve atender a gratuidade de
acesso ao rádio e oferecer uma programação gratuita, não inviabilizando a
oferta de dados e serviços pagos, além de proporcionar qualidade de aúdio,
fator que caracteriza o veículo. Ela defendeu menor custo do aparelho
receptor para que se possa popularizar o acesso, evitando assim, a divisão
digital.
Outro ponto importante diz respeito ao
aproveitamento de parque técnico. Segundo ela, a escolha da tecnologia deve
permitir um bom aproveitamento do parque instalado. “Embora haja um desejo
de se adotar o padrão Iboc, o ideal seria que não tivéssemos uma tecnologia
proprietária”, frisou.
Na opinião da professora, os radiodifusores
querem o Iboc, porque a tecnologia oferece uma possibilidade de se manter na
mesma freqüência, sem que haja necessidade de novas concessões. “As outras
possibilidades são fora da banda, ou seja, os radiodifusores teriam que
migrar para outra faixa e, nessa migração, aqueles que já estão
estabelecidos se sentem ameaçados”, disparou.
Nélia salientou que, na hora da escolha, também
devemos considerar a portabilidade. Ela afirmou que a tecnologia escolhida
não pode interferir na transmissão terrestre e ainda deve possibilitar uma
adequada recepção móvel. Segundo a professora, é importante observar a
tecnologia do ponto de vista da interatividade em si e com outros meios.
Outra questão defendida por ela é a necessidade
de uma tecnologia que proporcione a coevolução e a coexistência com o
sistema analógico existente. “No caso do rádio digital, assim como na TV
Digital, deve ocorrer um período de transmissão simultânea de conteúdo, até
que o número de receptores digitais possibilite ficar com o novo formato”,
enfatizou.
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Fonte: Adnews
O conselheiro substituto da Anatel, Ara Apkar
Minassian, apresentou ao Conselho de Comunicação Social (CCS) do Senado
Federal um panorama da digitalização da radiodifusão sonora no Brasil. A
sessão foi presidida pelo conselheiro do CCS, Arnaldo Niskier.
Durante a sessão de apresentação, Minassian afirmou que a digitalização
será um salto para a revitalização da radiodifusão sonora, devido à
qualidade de áudio próxima à de um CD para as emissoras de ondas médias e
curtas, as quais se tornarão tão atrativas para o ouvinte e o anunciante
como hoje são as emissoras FM.
O conselheiro relacionou as seis emissoras que obtiveram autorização para
realizar testes com o sistema de rádio digital na faixa de freqüência
modulada (FM) e outras cinco que preferiram fazer experimentos na faixa de
ondas médias (OM). Todas elas optaram pelo sistema norte-americano IBOC,
por ser hoje o mais desenvolvido para fazer a transmissão digital no mesmo
canal da estação analógica e ter custo de implementação baixo.
Já a Faculdade de Tecnologia da Universidade
de Brasília (UnB) realizou testes em ondas curtas (OC) com o sistema DRM,
desenvolvido por um consórcio internacional.
Minassian adiantou que a Anatel está prestes a
autorizar mais uma instituição a realizar testes com sistema DRM: a
emissora estatal Radiobrás (em Brasília e no Rio de Janeiro), em ondas
médias (OM). O sistema DRM acaba de desenvolver a possibilidade de
utilização do mesmo canal da estação em OM, tanto para o sinal analógico
como para o digital, o que representa menores custos para sua
implementação.
O conselheiro informou, ainda, que até o
momento não houve interesse dos radiodifusores na realização de testes com
os sistemas Eureka (europeu) e NISDB-T (japonês).
O europeu tem alto custo de implementação, e operação fora da faixa do
canal de FM, o que por sua vez também tem encarecido o preço dos
receptores.
Já o segundo, pode vir a despertar interesse quando da definição do
Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD), visto que ele é compatível com o
padrão de televisão digital ISDB-T.
Cerca de 95% da população brasileira tem
acesso ao rádio, conforme Minassian, o que dá uma medida da importância e
alcance desse meio de comunicação no país. "Ele exerce papel fundamental
no interior e na Amazônia", assegurou, destacando as transmissões em ondas
médias e curtas, que têm maior alcance e cobertura.
A cada seis meses, explicou o conselheiro, as emissoras que realizam
testes terão de gerar relatórios sobre a funcionalidade, vantagens e
desvantagens obtidos nos seus experimentos. Esses relatórios serão
disponibilizados na página da agência na internet (www.anatel.gov.br),
para acesso da população em geral e em especial aos radiodifusores, para
comentários e avaliação final da Anatel.
Por enquanto, a falta de oferta de receptores de rádio digital no
país é uma barreira que torna os testes com sinal digital inacessíveis à
população, mas Minassian acredita que, em breve, essa questão será
superada com a entrada inicial de produtos importados e o progressivo
crescimento da produção pela indústria nacional. "Não cabe aqui pensarmos
em um sistema que promova a exclusão social; o modelo terá de atender
também à população de baixa renda", afirmou. "Para massificar o rádio
digital acredita-se que o processo deve se iniciar por receptores
instalados em automóveis; sendo que nas residências acontecerá num segundo
momento."
De acordo com Minassian, haverá um período no processo de digitalização em
que o ouvinte terá ao seu dispor tanto o sinal analógico quanto o digital
(simulcasting), para não prejudicar os que ainda possuam aparelhos
analógicos. Durante o período de simulcasting poderão ocorrer
interferências entre transmissões analógicas e digitais. Isso deixará de
ocorrer no momento em que seja desligado o sinal analógico, quando será
possível perceber as melhores características do sinal digital - robustez,
baixo nível de ruídos e eficiência no uso do espectro.
O conselheiro esclareceu que a Anatel se limitará a analisar o processo de
digitalização pelo ponto de vista técnico. Eventuais desdobramentos de
caráter político, como fixação de políticas públicas, política industrial
e outros, estão fora do âmbito dos experimentos atuais. O objetivo da
agência é colocar à disposição da sociedade e das autoridades envolvidas o
resultado dos testes alcançados após avaliação procedida por 13
instituições privadas e públicas, radiodifusores e universidade.
Fonte: TI Inside
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