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Blog dos Coordenadores ou Blog Comunitário
da
ComUnidade
WirelessBrasil
Junho 2007
Índice Geral do
BLOCO
O conteúdo do BLOCO tem
forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão
Celld-group
e
WirelessBR.
Participe!
09/06/07
• Portabilidade
Numérica (02) - Artigo: "Portabilidade numérica deve aquecer o setor"
No próximo dia 12 acontecerá um
evento
no Rio de Janeiro sobre Portabilidade Numérica: boa
oportunidade para uma reciclagem e ambientação. :-)
"Portabilidade Numérica é
definida como a faculdade do usuário em manter o seu número ao trocar de
prestadora de serviços. Com mais precisão, a Anatel a define como facilidade
de rede que possibilita ao assinante de serviço de telecomunicações manter o
código de acesso a ele designado, independentemente da prestadora de serviço
de telecomunicações ou da área de prestação do serviço." [Trecho do Tutorial
Portabilidade Numérica
do site Teleco].
No dia 16 de março passado anunciamos um novo artigo
sobre o tema "Portabilidade Numérica" do nosso participante
Juiz Fernando Botelho.
A publicação foi simultânea:
- no Portal
Convergência Digital - "Especial:
conflitos da portabilidade numérica" e
- no site comunitário
WirelessBR - "Portabilidade
Numérica"
Como o autor é um Juiz pode-se imaginar, precipitadamente, que é um
árduo texto jurídico-regulatório. :-)
Claro que os aspectos legais estão presentes mas se você não sabe nada
sobre "Portabilidade" então vai aprender "tudo" lendo este artigo.
:-)
No dia 21 de março o
Regulamento Geral de Portabilidade Numérica
foi publicado no Diário Oficial da União.
Aqui está uma matéria recente (transcrição mais abaixo):
Fonte:TelecomOnline
[26/04/07]
Portabilidade numérica deve aquecer o setor por Erasmo Rojas,
diretor da 3G Americas para a América Latina e Caribe
Recortes:
(...) Por ter demorado a permitir a portabilidade, o Brasil se beneficia
de um acúmulo mundial de experiências sobre o tema. (...)
(...) Para os usuários, a portabilidade numérica é um beneficio, pois
passam a ser donos de seu número e têm a flexibilidade para escolher a
prestadora do serviço sem barreiras para mudar de operadora.(...)
(...) Já para as operadoras é um desafio, uma vez que terão de oferecer
serviços cada vez mais sofisticados para reter seus usuários (...)
Amanhã vamos transcrever este artigo - mas vale conferir no original
desde já: :-)
Fonte:TelecomOnline
[22/05/07]
... e quem gerencia a entidade administradora da portabilidade? -
por Marcos Bellotti é gerente de assuntos regulatórios da ClearTech
Mais abaixo ainda está nossa "coleção comunitária" de referências
sobre o tema. :-)
E, claro, o site
WirelessBR possui uma Seção
Portabilidade Numérica . :-)
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Thienne Johnson
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Embora a portabilidade numérica esteja
atualmente no centro de vários debates no Brasil, o país segue uma tendência
regional, na qual o tópico é discutido em outras nações da América Latina,
como México, Colômbia, Chile, Peru, República Dominicana e Equador. Por
aqui, reguladores, operadoras, fornecedores e usuários têm interesses
diferentes no tema. O que está em pauta é o modelo no qual o serviço – que
segundo a Anatel estará disponível em abril de 2009 - vai operar.
Para os usuários, a portabilidade numérica é um
beneficio, pois passam a ser donos de seu número e têm a flexibilidade para
escolher a prestadora do serviço sem barreiras para mudar de operadora. Para
alguns fornecedores - que se encontram em uma fase de estagnação, sem
grandes pedidos e arriscados a fechar postos de trabalho - a implantação da
iniciativa deve movimentar o mercado.
Já para as operadoras é um desafio, uma vez que
terão de oferecer serviços cada vez mais sofisticados para reter seus
usuários. Entretanto, o impacto para essas empresas vai depender
principalmente do modelo de regulação adotado pela Anatel (se contará com
inibidores para diminuir a rotatividade de assinantes) e do apetite por
mercado de cada prestador de serviço. Isso porque muitos temem que a
portabilidade possa ser utilizada por operadores com menos market share para
abocanhar clientes de players maiores. Para evitar isso, outros países
criaram inibidores, como repassar o custo da transferência para o usuário
que desejar migrar e a obrigatoriedade do cliente comparecer pessoalmente no
ato do pedido.
Por ter demorado a permitir a portabilidade, o
Brasil se beneficia de um acúmulo mundial de experiências sobre o tema. O
primeiro caso aconteceu há mais de dez anos (em 1996) no Reino Unido. Ou
seja, podemos aprender com os erros e acertos da implantação em diversos
locais.
Independente do modelo adotado pela Anatel – com
a presença ou não de inibidores - a portabilidade não deverá significar uma
migração desenfreada de usuários. Talvez apenas no começo haja um aumento na
rotatividade. Entretanto, a burocracia que a mudança exige certamente
inibirá a maioria. Em geral, o que motiva o assinante a escolher outro
fornecedor é mais que o preço, tendo como principais motivos o atendimento e
tratamento recebidos. Portanto, haverá uma guerra declarada entre as
operadoras nesse sentido. Vencerá a melhor.
A experiência em outros países mostra uma
rotatividade marginal entre operadoras após a implementação da portabilidade
numérica, de em média 5%. Nos Estados Unidos, por exemplo, o número foi de
9%. Entretanto, a realidade americana é outra: 80% dos clientes são
pós-pagos, ao passo que no Brasil, apenas 20%. Por outro lado, a troca tende
a ser maior em nações que adotam a mesma tecnologia, já que não exige que o
assinante substitua o terminal. Embora a base da maior parte das operadoras
no Brasil seja GSM, a Vivo – líder de mercado com 28% dos usuários - tem
grande parte de sua carteira ainda focada em CDMA (lançou recentemente sua
rede GSM, mas conta apenas com 300 mil usuários). Além disso, o país ainda
mantém cerca de 9,5 milhões de assinantes TDMA (9% dos terminais). O
presidente da TIM já declarou que acredita que a portabilidade numérica tem
potencial para aumentar a base de assinantes da sua empresa em 5 milhões de
pessoas.
Na corrida por experiências com a portabilidade,
a Vivo saiu na frente. A empresa garante hoje a seus clientes CDMA migração
para GSM com a possibilidade de manter o mesmo número – sem custo nenhum ao
usuário, que terá apenas de comprar o novo aparelho e chip. Embora o modelo
de negócios envolvido seja diferente, permite à empresa a criação de uma
infra-estrutura operacional para dar apoio à migração.
No mundo, uma das iniciativas mais bem-sucedidas
– sob o ponto de vista do consumidor - é a de Hong Kong. No tigre asiático,
houve uma verdadeira guerra de preços entre as operadoras, com redução de
até 70% nas tarifas. O mais incrível é que, em seis anos, o volume de
transações de portabilidade foi equivalente a quase 100% da base. Para se
ter uma idéia, a troca de operadoras pelos usuários atingiu até 10% ao mês,
porém chegou ao final do ano com média mensal de 6%.
Entre nossos vizinhos, Porto Rico já possui o
serviço desde 2006. O México promete ter portabilidade até o final deste
ano. O Chile deve ter até a metade de 2007 as normas estabelecidas para o
serviço e tem como meta tê-lo operando em 2009. Por lá, estudos preliminares
mostram que o custo de implementação do serviço seria o equivalente a 2,5%
do valor investido pelas operadoras na nação. Na Colômbia a lei depende da
aprovação do legislativo. Já no Peru, a portabilidade foi aprovada pelo
congresso e deve estar disponível até janeiro de 2010.
No momento, todas as atenções se voltam ao Grupo
de Implementação da Portabilidade (GIP), que conta com a participação das
operadoras e da Anatel. Caberá a ele analisar a situação brasileira,
balancear interesses de operadores, usuários e fabricantes, e extrair o
melhor de experiências ao redor do globo para criar as diretrizes permitindo
que o celular seja tão móvel que o usuário possa carregar até seu número
para onde quiser.
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O Ministério das Comunicações liberou mais R$ 3,5 milhões para o projeto BH
Digital, realizado em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte. O projeto
de inclusão digital teve início em 2005 e tem como objetivo cobrir 95% da
área da cidade com internet sem fio de alta velocidade, deixando de fora
apenas as áreas de preservação ambiental. O custo total está estimado em
cerca de R$ 4,3 milhões, com a participação de 81% do ministério e o
restante da prefeitura.
As tecnologias usadas, como a WiMax, são as mais modernas sem fio
atualmente. O projeto é realizado em Belo Horizonte por causa do relevo da
cidade. Serão conectadas à internet em banda larga todas as escolas públicas
do município, delegacias, associações de bairro, organizações
não-governamentais (ONGs), órgãos públicos, entre outros. Nos telecentros e
nas escolas, a idéia é ministrar virtualmente cursos de informática, reforço
escolar e formação profissional.
“Esse é um projeto pioneiro que será implantado em todas as capitais do
Brasil. A prioridade é a conexão nas escolas, e depois os postos de saúde e
órgãos de segurança pública”, afirmou o ministro das Comunicações, Hélio
Costa.
A proposta é levar também a internet para todos os bairros carentes,
democratizando o acesso à informação. Por isso, o atendimento atingirá 256
pontos de inclusão digital, até abril de 2008. Ainda haverá redes sem fio em
seis parques e jardins para acesso de visitantes e turistas. Da Redação
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Fonte: Thesis
[20/03/07]
WiMAX aprovado no 3G IMT-2000 por Jana de Paula
A União Internacional de Telecomunicações (UIT) está prestes a aprovar o
WiMAX móvel como tecnologia 3G IMT-2000, o que permitirá ao padrão ocupar as
bandas de freqüência globalmente designadas e completar ou concorrer com
outras tecnologias 3G. O IMT 2000 incorpora as tecnologias CDMA, TDMA e FDMA,
que hoje têm cinco nomenclaturas: WCDMA, CDMA2000, TD-SCDMA, BORD e DECT.
O grupo de trabalho da UIT WP-8F, responsável pelos aspectos globais de
rádio do sistema IMT-2000 e além, analisou uma proposição do IEEE e do WiMAX
Fórum para encampar o WiMAX móvel, especificamente o IP-OFDM, base da
tecnologia 802.16e. A proposta indica que o WiMAX completa a 3G e pode
oferecer aos operadores "caminho adicional de migração" para os serviços de
suporte de banda larga sem fio, fornecimento de acesso de baixo custo nos
ambientes rurais ou como capacidade adicional nas zonas metropolitanas.
O WiMAX móvel foi conduzido à corrente principal de tecnologias sem fio
durante recente reunião do WP 8F, em janeiro passado em Camarões, para
considerar se o WiMAX deveria se juntar à família IMT-2000 durante a
conferência mundial de rádio (WRC-07), que acontece em outubro próximo. Os
principais incentivadores da aprovação do WiMAX em Camarões foram os Estados
Unidos, Reino Unido e Austrália. A luta é para que o padrão móvel seja
aprovado ao final da próxima reunião do WP-8F em Kioto (Japão), em maio
próximo, e que a ratificação final aconteça na reunião anual do grupo, a 25
de junho.
A classificação IMT-2000 qualificará WiMAX para atribuições do espectro do
IMT-2000 durante a WRC-07, quando as bandas 2.3 a 2.4 GHz e 3.4 a 3.6 Ghz
serão consideradas e comunidade 3G pedirá o novo espectro de 1.7GHz. O WiMAX
fixo é hoje desenvolvido na Europa na freqüência de 3.5 GHz, enquanto as
bandas de 2.3 GHz e 2.5GHz são empregadas para o WiMAX móvel. A última banda
que recebeu os auspícios do IMT-2000 foi afetada pela expansão da 3G. Este
conflito aparente levou-a a se opção WiMAX.
A classificação do IMT-2000 para o WiMAX significará não apenas acesso mais
fácil ao espectro mas também um aumento no valor do espectro em pelo menos
dez vezes.Em mais longo prazo, se o WiMAX Fórum e os defensores da
tecnologia ganham os auspícios da UIT, os proprietários de espectro de WiMAX
poderão ser os primeiros operadores de 4G.
Qual será a tecnologia de banda larga que vai dominar as próximas gerações
de redes móveis? Ninguém tem ainda a resposta, mas duas delas começam a
despontar na escala de interesse da indústria e das operadoras. A tecnologia
de terceira geração, ou WCDMA, e o WiMAX ensaiam uma disputa que pode
repetir a queda de braço vista nas redes de segunda geração, nas quais o GSM
e o CDMA brigaram pela preferência do mercado. Ainda é cedo para se anunciar
o vencedor e até mesmo para saber se haverá um, mas fornecedores e
operadoras começam a escolher suas armas. A boa notícia é que os dois lados
podem sair ganhando, pois a tendência é de que as tecnologias se
complementem, e não concorram diretamente entre si.
A terceira geração (3G) chega com a vantagem de ser uma tecnologia madura,
já implantada em escala na Europa, com uma grande variedade de terminais a
preços baixos e farto leque de fornecedores. “É uma tecnologia com
histórico, serviço, cliente e estatística”, como define o gerente de novos
negócios da Oi, Sérgio Tigre.
O WiMAX ainda não tem nenhuma grande operação que sirva como referência para
a tecnologia, usada até hoje em operações de nicho. Mas tem a seu favor o
peso de uma Sprint Nextel, terceira maior operadora do mercado americano,
que está investindo US$ 3 bilhões em uma rede WiMAX que cobrirá boa parte
dos Estados Unidos. “Com a adesão da Sprint, o WIMAX entrou definitivamente
no jogo”, acredita o diretor de redes sem fio da Alcatel-Lucent, Edmundo
Neder.
No Brasil, particularmente, as duas tecnologias devem chegar praticamente
juntas ou até com alguma vantagem para o WiMAX, considerando que empresas
como a Embratel, a Brasil Telecom e a Neovia já detêm licença na faixa de
3,5 GHz, apropriada para a solução. As faixas para 3G devem ser licitadas
este ano, assim como novas licenças em 3,5 GHz, que devem contribuir para a
disseminação do WiMAX. Com os leilões à frente, há quem defenda que a
escolha por WiMAX ou 3G vai passar ao largo das vantagens e desvantagens de
cada um dos sistemas. “Será tudo uma questão de disponibilidade de
espectro”, diz o vice-presidente da Ericsson, Jesper Rhode. Ele acredita que
as operadoras que já têm uma rede móvel migrarão naturalmente para a
terceira geração, pois o upgrade sairá mais barato do que a construção de
uma nova rede em outra tecnologia.
No quesito espectro, a 3G apresenta mais clareza do que o WiMAX. Enquanto a
primeira tem sua faixa de freqüência definida mundialmente em 1,9 MHz/2,1
MHz, o WiMAX pode ser encontrado em 2,5 GHz, como nos Estados Unidos e na
Ásia, ou 3,5 GHz, a exemplo da América Latina e da Europa. “A ausência de
uma freqüência única implica perda de escala, roaming e interoperabilidade”,
destaca o diretor do Yankee Group para a América Latina, Luis Minoru.
Além da divisão de freqüência, a tecnologia apresenta múltiplas versões.
Pode ser encontrada no padrão fixo e no móvel. Já houve quem decretasse a
morte da versão fixa, que seria engolida pela evolução da mobilidade, mas o
WiMAX fixo tem garantida a sua sobrevivência por anos, na avaliação de
Minoru. “Na versão fixa, o WiMAX é totalmente complementar à 3G”, diz ele.
Além de servir como backhaul para redes móveis, inclusive de terceira
geração, a tecnologia é vista como alternativa altamente viável para levar
acesso em banda larga a regiões rurais ou com menor densidade de clientes.
Banda larga e backhaul
É justamente esta visão que tem a Oi, segundo o gerente de novos negócios do
grupo. Tigre acredita que a versão fixa é ideal para levar o acesso em alta
velocidade à Baixada Fluminense, uma região onde os clientes estão dispersos
e não justificam o cabeamento exigido para acesso em ADSL. “O WiMAX fixo é
competitivo em custo e qualidade em situações que apresentam dispersão de
clientes”, diz ele. A tecnologia também deverá ser usada pela Oi como
backhaul da rede GSM, à medida que a cobertura chega cada vez mais ao
interior, onde a grande extensão territorial contrasta com o baixo número de
clientes, tornando economicamente inviável o cabeamento. “A Oi já testou o
fixo e constatou excelente disponibilidade de banda, mesmo sem linha de
visada, o que é importante para a operação em uma geografia como a do Rio de
Janeiro”, avalia Tigre.
A Brasil Telecom tem visão muito semelhante, com a diferença de já possuir
licenças em 3,5 GHz em algumas áreas. Para o diretor de tecnologia da BrT,
Dante Nardelli Júnior, o WiMAX fixo complementará a rede de acesso à banda
larga da operadora, ao passo que a 3G será usada em aplicações que exigem
mobilidade. “A mobilidade é um atributo cada vez mais desejado”, avalia.
Já o WiMAX móvel permanece como incógnita uma vez que os primeiros
equipamentos no padrão ainda não estão plenamente certificados. Também não
se sabe exatamente quanto custará os terminais móveis, aguardados para 2008.
Os aparelhos de terceira geração, por sua vez, caminham para valores
inferiores a US$ 100, como o modelo da LG vencedor da concorrência para o
programa 3G for All, que busca a massificação da tecnologia e conta com a
adesão de 12 operadoras de todo o mundo.
“Telecomunicações é um jogo que exige escala e o GSM provou isso”, defende o
diretor da 3G Americas, Erasmo Rojas, que acredita na predominância da 3G
para serviços de voz por causa da escala alcançada na produção dos
terminais.
A experiência brasileira em 3G começa agora, com a decisão da Telemig
Celular de instalar uma rede WCDMA na freqüência de 850 MHz, que ela já
detém, sem necessidade de esperar pelo leilão da faixa de 1,9 GHz. Rojas
explica que quanto mais alta a freqüência menor a propagação do sinal e,
portanto, exige-se mais equipamentos para a mesma área de cobertura. “Assim,
a 3G em 850 MHz, apesar de menor escala de equipamentos, tem menor custo
para cobertura”, afirma ele. Assim como a Telemig, a Claro deve aderir ao
projeto de 3G em 850 MHz, dada à disponibilidade de espectro que ela possui
nesta faixa.
A escolha dos fornecedores
Assim como as operadoras, a indústria fornecedora está tomando decisões
importantes sobre qual dos lados seguir neste momento de transição. Sobram
argumentos a favor ou contra as tecnologias dependendo da escolha de cada
um. O cenário ainda não é totalmente claro, pois alguns fornecedores ainda
pendem para ambas as tecnologias ou nenhuma delas, mas muitos nomes já podem
definitivamente serem associados a algum dos lados, ou a ambos.
Fabricantes como Alcatel-Lucent e Nokia-Siemens optaram por acompanhar o
desenvolvimento da 3G e do WiMAX, ao passo que outros como Ericsson e Huawei
foram somente para 3G. Entre os que ficaram apenas com o WiMAX figuram
Motorola, Nortel e Samsung, sem contar os fornecedores de chipsets, como
Intel, Toshiba e Texas.
Estas empresas travam agora uma briga de mercado pelos contratos que se
avizinham. Projeção da consultoria IDC é de que os investimentos em
infra-estrutura WiMAX somarão US$ 115 milhões em 2011 na América Latina,
frente aos poucos R$ 24 milhões esperados para este ano. Para o analista de
telecom da IDC Brasil, Brendan Conroy, a preocupação do Brasil em disseminar
a banda larga como ferramenta de inclusão digital pode ser um aspecto
favorável à versão fixa do WiMAX. Para que isso aconteça, no entanto, o país
precisará adotar políticas públicas neste sentido.
O cenário no Brasil tenderá a ficar mais claro com o leilão das freqüências,
tanto de 3G quanto de WiMAX, aguardados para este ano. Decidida a questão de
quem fica com qual espectro, ambas as tecnologias tendem a ser
implementadas, seja de forma complementar ou não. “O conjunto de fatores que
determinará o sucesso de cada rede é muito grande”, diz Neder, da Alcatel,
enumerando custo da infra-estrutura, estratégia comercial da operadora,
valor do terminal, receita média por usuário e até condição sócio-econômica
da região coberta. A contar pelo número de variáveis, a resposta à pergunta
que abriu esta matéria possivelmente só será respondida em alguns anos.
[Procure "posts"
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