HBSC, Banco do Brasil, ABN e a operadora Oi compartilham suas
experiências em relação aos pagamentos via celular
Cabe de tudo no conceito de m-payment.
Foi essa a impressão que se teve após o painel sobre o assunto,
realizado na tarde desta quinta-feira (14/6), no Ciab.
Na ocasião, HSBC, Banco do Brasil, Banco Real e a operadora Oi
apresentaram suas versões – nada padronizadas – do conceito.
Segundo Arno Brandes, diretor de TI do HSBC, a instituição
preferiu optar pelo serviço mais fácil e acessível ao cliente.
Para tanto, criou o M-Cash, disponível em qualquer modelo de
celular, seja qual for a operadora. Assim que efetua a compra, o
cliente HSBC informa o número de seu celular, que é cadastrado
no sistema pelo vendedor. O banco recebe a solicitação e efetua
uma ligação via URA de volta ao cliente para que ele confirme a
compra e digite sua senha. Assim, a transação é realizada sem
custo algum para o cliente. “A gente esquece até a carteira, mas
não sai sem celular”, diz Brandes. “De que adiantaria colocar um
serviço mais moderno do que isso se pesaria no bolso do
cliente?”, justifica-se.
O Banco do Brasil pretende oferecer a sua solução de pagamento
móvel até o fim do ano. Bastante semelhante ao conceito do HSBC,
a diferença reside no fato que, em vez de receber uma ligação
para finalizar a compra, a crédito ou débito, o cliente recebe
um mensagem de texto. O projeto vem sendo desenvolvido em
parceria com a Visanet e a intenção é oferecê-lo por meio de
todas as operadoras móveis.
Já o ABN Amro Real foca-se especificamente no varejo, com
transferência via celular da conta do cliente para a conta do
comerciante. Ainda em fase piloto, o Real Pague, como foi
batizado, consiste na entrega de um aparelho celular específico
aos lojistas. Este celular vem com um software instalado que
permite a venda. O cliente, que precisa realizar um cadastro
para usufruir o serviço, digita sua senha no celular do lojista
e, em seu próprio aparelho, recebe um SMS confirmando a
transação. Na verdade, o sistema pode ser comparado a um
aparelho wireless para cartões de débito e até vale refeição. A
diferença é que o aparelho é um celular e o cliente não precisa
carregar cartão, apenas memorizar a senha. Apesar de já estar
testando este sistema específico, o superintendente executivo de
TI do ABN, Cláudio Almeida Prado, admite que discussões sobre
padronização são viáveis. “O Brasil é um caso raro de país em
que cada região tem mais de três operadoras de telefonia móvel
atuando, então você tem de estar preparado para atender a
todos”, diz.
A operadora Oi, por sua vez, se adiantou aos bancos e lançou ela
mesma uma opção de pagamento móvel, em parceria com a empresa de
cobrança Paggo. Já usada por 115 mil clientes no Rio de Janeiro
e aceita em nove mil pontos de venda desde fevereiro, a
tecnologia também baseia-se em SMS. “Não há definição clara do
que é m-payment ainda. Na visão das empresas de
telecomunicações, trata-se de viabilizar todas as operações
bancárias via celular. Na visão dos bancos, é apenas colocar
mais um canal para autorização dos pagamentos”, diz o executivo
Leonardo Caetano. A Oi, pelo visto, já tomou a sua decisão.
Fonte: TIInside
[15/05/07]
Para especialista, gerenciamento remoto é crucial para o banco
móvel
A tendência cada vez maior dos bancos passarem a oferecer
serviços e transações bancárias através de dispositivos móveis,
como telefones celulares e PDAs, traz um novo desafio para todas
as instituições: como gerenciar a infra-estrutura de TI de modo
a assegurar a disponibilidade dos serviços?
“Mobilidade pressupõe disponibilidade dos serviços, já que para
estimular as transações nesses meios o cliente tem que ter
acesso aos sistemas onde estiver e a qualquer hora”, observa o
diretor comercial da Avocent Brasil, Marcelo Landi, ao dizer que
para isso os bancos terão de investir pesadamente em sistemas de
gerenciamento remoto de infra-estrutura de TI.
De acordo com o executivo, sem um sistema desses é praticamente
impossível ao banco ofertar serviços móveis em larga escala,
pois isso exigiria que mantivessem profissionais nas agências
capacitados para dar suporte aos sistemas ou várias equipes de
campo para atender os chamados. “Mas nenhuma das duas
alternativas são viáveis. Primeiro, devido aos custos, e depois
porque nenhum cliente vai querer ficar esperando até que o
problema seja resolvido”, sintetiza Landi.
Um sistema de gerenciamento remoto, segundo ele, elimina a
necessidade de visitas recorrentes dos técnicos de TI ao data
center ou às agências, já que o gerenciamento é remoto. Como
exemplo disso, Landi cita o próprio sistema que a Avocent está
trazendo para o Brasil, recém-lançado durante o Ciab.
Denominado Virtual Media Remoto, o sistema, como o nome já
sugere, e baseado na tecnologia de mídia virtual, que oferece o
controle remoto completo ao data center. Além disso, permite que
possam, por exemplo, ser executados ajustes no sistema
operacional e nos aplicativos, fazer download de arquivos e
executar testes de diagnósticos em servidores múltiplos sem
jamais precisar se deslocar até o data center ou a agência
bancária. “Com ele, é possível instalar programas ou carregar
dados em um servidor, sem a necessidade do acesso físico do
profissional de TI até o dispositivo, o que garante mais
segurança e eficiência”, afirma Landi.
Segundo ele, o sistema atende a demanda dos bancos, que estão
preocupados com segurança nos acessos aos servidores e redução
no tempo nas intervenções. "Segurança é uma das principais
preocupações das empresas do setor financeiro. O cliente tem que
ter a garantia de que está efetuando uma transação financeira,
um investimento ou aplicação, de forma totalmente confiável."
Landi informa que algumas empresas já estão conhecendo a solução
no mercado sul-americano, mas em outras partes do mundo existem
clientes que já tiveram resultados com a utilização do Virtual
Media.
Para o gerente regional de vendas da Avocent Brasil, Luiz
Alegro, o tema mobilidade vai ampliar a discussão sobre a
importância da disponibilidade dos serviços no setor bancário. E
ele afirma que, nesse contexto, as soluções da empresa, que são
voltadas ao gerenciamento da infra-estrutura, são fundamentais
para as instituições que estão investindo em alta
disponibilidade de serviços.
A Avocent hoje, segundo Alegro, atende a clientes da área
financeira em todo o mundo como JP Morgan, Wells Fargo, Bank of
America, Credit Suisse, DeutcheBank, entre outros. No Brasil, a
companhia tem projetos com o Banco do Brasil, Itaú, Bradesco,
HSBC, Santander, Unibanco e outras instituições. Da Redação
Fonte: IDG Now!
São Paulo - Sistema já está sendo testado por um banco em São
Paulo e pode chegar ao mercado em até 60 dias, diz diretor de
marketing.
A Redecard anunciou nesta semana um sistema que substitui o
cartão de crédito pelo celular, batizado de Foneshop. De acordo
com a operadora de cartões, o serviço poderá ser utilizado por
qualquer aparelho de qualquer operadora, que receba torpedos
SMS.
De acordo com Ronaldo Varela, diretor de markeitng e produto da
Redecard, um banco já está testando a tecnologia em São Paulo e
poderá lançar o serviço para seus correntistas no prazo de 30 a
60 dias. Outras quatro instituições financeiras também estariam
em processo de negociação, segundo o executivo.
“A vantagem é que o sistema utiliza toda a infra-estrutura que
já existe e é bastante flexível, podendo ser adaptado de acordo
com o modelo desenhado pelo banco”, explica Varela.
Fonte: IDG Now!
[14/05/07]
O celular vai pagar a conta por Daniela Braun editora
do IDG Now!
Durante o evento, grupos de operadoras de todo o mundo
anunciaram alianças e projetos-piloto como o Pay-Buy Mobile,
para padronizar serviços de pagamentos, e envio de remessas
internacionais pelo celular, em parceria com as grandes
operadoras de cartões de crédito e débito, como Mastercard e
Visa.
“O modelo de negócios é sempre complicado especialmente quando
você tem um serviço de pagamentos que envolve várias entidades.
E o 3GSM mostrou que as operadoras de telefonia celular estão
criando blocos para afetar as negociações com as operadoras de
cartões de crédito”, avalia Andy Castonguay, diretor de
pesquisas de Consumo Digital e de Serviços Móveis do Yankee
Group, em Boston, nos Estados Unidos.
Se de um lado as administradoras de cartões e instituições
financeiras possuem experiência, presença e escala no varejo, as
operadoras têm como trunfo o uso de suas redes e a oferta dos
celulares. Pela praticidade e penetração, os terminais móveis
podem substituir os ainda pensados terminais de pagamentos
eletrônicos e ainda atingir segmentos nos quais os cartões de
plástico não conseguem chegar.
O foco dos projetos de pagamentos móveis em todo o mundo está em
micropagamentos. São transações de alto volume e baixo valor com
ganho de escala e presença em segmentos como transportes, vendas
porta-a-porta, serviços de entrega, programas de benefícios e
até pagamentos entre pessoas.
Nas Filipinas, a operadora Smart introduziu uma forma inovadora
de vender créditos para celulares usando agentes de vendas nas
comunidades. “O crédito acabou virando moeda de troca entre as
pessoas e se expandiu para outros tipos de pagamento”, conta
Castonguay.
Nos Estados Unidos, além do PayPal, plataforma de pagamentos
entre pessoas do eBay, que pegou o caminho dos celulares, em
abril do ano passado, a empresa californiana Obopay, lançada em
2005, começa a ganhar espaço apostando na conveniência do cartão
de crédito pré-pago pelo celular.
“Se você saiu para jantar com os amigos e não tinha dinheiro
para pagar pode transferir um crédito de Obopay do seu celular
para o Obopey da pessoa por mensagem de texto. Depois ela
converte esse valor em dinheiro”, explica o consultor. “Isso
pode ser interessante para controlar gastos entre adolescentes e
até mesmo dentro de uma família”. Segundo Castonguay, o serviço
é usado por mais de 100 mil norte-americanos.
Diante dos fatos, os atores da cadeia do m-payment decidiram
parar de ensaiar acordos, temendo ficar no papel de coadjuvantes
em um mercado que deve saltar de 3,2 bilhões de dólares no mundo
em 2003 para prováveis 37 bilhões de dólares no ano que vem. É o
que revela uma pesquisa da consultoria Arthur D. Little,
mencionada na reportagem "A cash call", da revista inglesa The
Economist.
A reportagem sobre o futuro do dinheiro eletrônico cita países
como a Áustria, onde é possível passar um dia inteiro se
locomovendo ou comprando mercadorias apenas com o celular,
danceterias de Londres, em que os clientes preferenciais recebem
entradas no celular, e dedica boa parte de seu conteúdo à
explosão dos pagamentos móveis no Japão.
Lançado em março de 2004, o serviço de pagamentos móveis da NTT
DoCoMo - operadora que conta com mais de 55% do total de 95
milhões de terminais do Japão - já reúne mais de 18,3 milhões de
clientes, segundo a empresa. Ao aproximar os
‘celulares-carteira’ de terminais específicos, os japoneses
podem fazer praticamente todos os tipos de operações de débito e
crédito, comprar passagens e até abrir a porta de casa.
O serviço se baseia na tecnologia Near Field Communications
(NFC), um padrão de comunicação wireless de curto alcance
inserido nos chips FeliCa, fabricados pela Sony, que são
integrados aos celulares vendidos pela operadora bem como aos
terminais de ponto de venda que reconhecem o sistema.
Além de se envolver na tecnologia, a NTT DoCoMo se baseou em
alianças e aquisições para aprofundar seu envolvimento e sua
rentabilidade no negócio de pagamentos móveis. Aliou-se à Sony
na produção dos terminais adaptados ao serviço e é parceira da
fabricante de eletroeletrônicos na bitWallet, empresa que opera
o serviço de pagamentos móveis Edy, no Japão, e que tem mais de
43 mil pontos de venda em operação no país, segundo a reportagem
da The Economist.
Para garantir a disseminação nos pontos de venda, terreno
dominado por administradoras de cartões, a NTT foi ainda mais
agressiva. Em abril de 2005 adquiriu 33,4% de participação na
Sumitomo Mitsui Cards por 98 bilhões de ienes (1,79 bilhão de
reais) e, março de 2006, ficou com 18% da emissora de cartões UC
Card, do Mizuho Bank, por 1 bilhão de ienes (17,9 milhões de
reais).
E o Brasil, que ultrapassou o Japão no final do ano passado,
tornando-se o quinto maior mercado de celulares ativos do mundo,
quer deixar de ser apenas expectador de modelos como o da
DoCoMo, saindo da fase de ‘testes de conceito’, da qual se ouve
falar pelo menos desde 2000.
De olho nos mais de 100 milhões de terminais habilitados e no
potencial de segmentos que ainda não oferecem pagamentos
eletrônicos, operadoras, administradoras de cartões, bancos,
varejistas e empresas de benefícios desenrolam seus modelos de
negócios e começam a anunciar serviços de pagamentos pelo
celular este ano.
Já pensou em pagar a corrida de táxi, a entrega de pizza, as
compras online, a latinha de refrigerante e até o pão de queijo
com seu celular, em reais? Então prepare-se para começar a
deixar a carteira em casa.
(...)
NFC
NFC é o acrônimo de Near Field Communication (comunicação
por campo de curta distância). As condições em que se dá essa
comunicação são reguladas pelo NFCIP-1 (Near Field
Communications Interface Protocol – 1). Trata-se de uma
comunicação sem fio tipo “peer to peer”, onde há apenas dois
dispositivos envolvidos. O protocolo regula a comunicação sem
fio entre dispositivos eletrônicos em uma freqüência de 13,56
MHz. O que caracteriza a tecnologia (e que lhe deu nome) é a
curtíssima distância em que se dá a troca de dados: de zero a
vinte centímetros. Na prática isso significa que para iniciar a
comunicação é preciso encostar os dispositivos um no outro.
Os protocolos e padrões que regulam a NFC são estabelecidos pelo
Near Field
Communications Fórum, uma associação sem fins lucrativos
criada pela Nokia, Phillips e Sony. Seu objetivo é possibilitar
que os usuários possam ter acesso a conteúdo e serviços de uma
forma simples e intuitiva. Ela foi concebida a partir da
combinação de duas tecnologias complementares: a RFID, que
possibilita que um dispositivo identifique o outro, e a
transmissão de dados sem fio, que permite que, após
identificados, os dispositivos se comuniquem e troquem dados.
Por exemplo: se ambos forem dotados da tecnologia NFC, o simples
ato de encostar um telefone equipado com câmara digital em uma
televisão fará com que as fotos sejam exibidas na tela da TV. E
arquivos de música ou filmes digitalizados podem ser trocados
entre um computador e um “player” simplesmente encostando um no
outro.
Os dispositivos podem se comunicar em modo ativo ou passivo. No
modo ativo, ambos geram campos de radiofreqüência para
transportar os dados. No modo passivo, apenas um dispositivo
emite o campo de radiofreqüência, enquanto o outro transfere
seus dados por modulação – algo importante quando um dos
dispositivos é um telefone celular, que pode operar em modo
passivo para poupar carga de bateria. Nesse caso, quem inicia a
comunicação fica responsável por gerar o campo. A transferência
de dados pode se dar em taxas de 106 Kbits/s, 212 Kbits/s ou 423
Kbits/s dependendo de negociação ao ser estabelecida a conexão.
A obrigatoriedade de que os dispositivos estejam muito próximos,
quase se tocando, para que a conexão seja mantida, ao contrário
do que parece, é vantajosa. A primeira vantagem é a segurança:
não há como capturar os dados transmitidos, a não ser que o
malfeitor esteja praticamente encostado em sua vítima enquanto a
transação é feita. A segunda é a facilidade de operar o sistema.
Senhas, configurações, ajustes, tudo isso é dispensável: se você
quer que dois dispositivos se comuniquem via NFC, simplesmente
encoste um no outro. Nada mais intuitivo. Os dispositivos se
reconhecerão e a conexão será fechada automaticamente, de forma
inteiramente transparente ao usuário, que não precisa tomar
nenhuma outra ação ou iniciativa.
A característica mais interessante da NFC é que ela pode ser
usada apenas para estabelecer a conexão inicial entre
dispositivos, ou seja, identificar-se mutuamente. Daí em diante
a toca de dados pode ser feita através de outro protocolo como
Bluetooth ou Wi-Fi, que permitem manter a conexão mesmo que os
dispositivos se afastem.
Para saber mais sobre a tecnologia NFC, consulte o documento “NFC
White Paper” (...)
Matérias referenciadas e transcritas nas
mensagens anteriores: