Aconteceu em S. Paulo, de 13 a 15 deste
junho, o CIAB 2007, maior evento do setor
financeiro da América Latina.
O tema foi "Mobilidade – seu banco sempre com você".
1.
O que é "Mobile Banking"?
O termo "banking" nem precisaria de tradução mas já
parecem as primeiras referências na mídia aos neologismos
"bancalização" e "bancarização".
Se você possui conta em banco então já está "bancarizado".
As transações feitas pelos usuários dos
bancos via websites seguros é conhecida como "online
banking" ou "internet banking".
Estas mesmas transações realizadas por dispositivos móveis
como celulares, palms, smartphones, etc, recebe a
denominação de "mobile banking".
Os pagamentos feitos pelo celular são chamados de "mobile
payment" ou "m-payment".
Não há definição clara do que é m-payment ainda. Na visão
das empresas de telecomunicações, trata-se de viabilizar
todas as operações bancárias via celular. Na visão dos
bancos, é apenas colocar mais um canal para autorização
dos pagamentos.
Para os bancos, os usuários do serviço pré-pago de
telefonia, a maior parte deles também "não-bancarizados",
são clientes potenciais para serem conquistados.
O uso do celular como cartão de pagamento
"por proximidade" já está sendo chamado de "
e-money".
Uma das novas tecnologias para comunicações entre
dispositivos é a
NFC - Near Field Communication
(comunicação por campo de curta distância).
O site comunitário WireelssBR possui uma
Seção NFC
e, entre outros, há artigo em inglês contendo os fundamentos
técnicos.
A importância do "mobile banking" está resumida aqui: "A
proposta inovadora no 3GSM World Congress é uma associação
global entre 19 operadoras, que possuem operações mundiais,
com instituições financeiras mundiais, para o
desenvolvimento de uma plataforma global de atendimento
capaz de suportar mais de 1,5 bilhões de assinantes. A
expectativa é que esta plataforma possa vir a movimentar
mais de US$
1 trilhão em 2012."
-------------------------------------------------------
A EverMobile, empresa especializada em
soluções para viabilização de Serviços Financeiros Móveis,
é uma das finalistas do Prêmio BREW 2007 Developer Awards,
evento que elege os melhores projetos mundiais
desenvolvidos em tecnologia wireless. A EverMobile, única
empresa brasileira entre os finalistas, concorre na
categoria “Melhor Aplicação de Negócios e Produtividade”
com a solução de Mobile Banking baseada na tecnologia BREW
(Ambiente binário de tempo de execução para aplicativos
sem fio), da Qualcomm.
É a segunda vez que a solução chega à
final da premiação. “O mobile banking é inovador e atende
completamente a todos as premissas de uma instituição
financeira, sobretudo em relação à usabilidade e
desempenho. Este prêmio é muito importante, pois demonstra
o empenho da EverMobile em manter o Brasil como referência
mundial de tecnologia de ponta para o mercado financeiro”,
avalia Raul Pavão, diretor de marketing da EverMobile.
Os vencedores do prêmio serão
anunciados na cerimônia que ocorrerá durante a Conferência
BREW 2007, de 20 a 22 de Junho no Manchester Grand Hyatt,
em San Diego. Neste ano, a premiação será divida nas
seguintes categorias: Best Up and Coming, Best Business or
Productivity, Best Location-Based Service, Best Community
(formerly Best Communications), Best Entertainment, Best
Game e The People's Choice Award. Nesta última, os
conferencistas votarão em sua aplicação favorita, entre as
finalistas.
A solução de Mobile Banking
O Mobile Banking da EverMobile permite o acesso a contas
bancárias por meio de um telefone celular com as mesmas
características de autenticação e de segurança, como nos
serviços bancários efetuados pela Internet. Todas as
transações estão asseguradas através de um nível adicional
de criptografia simétrica (DES/RSA/RC4), sobre o SSL
128bits. A solução está baseada numa tecnologia exclusiva,
comercializada pela EverMobile, que possibilita alto
desempenho do aplicativo, máxima segurança e uma interface
gráfica que facilita a navegação e execução das operações,
melhorando significativamente a experiência do usuário.
A solução que hoje chega à final do
prêmio teve sua origem em 1994, quando a companhia
desenvolveu um aplicativo que fornecia informações
bancárias vai pager. “Desde aquela época procuramos inovar
na área de mobilidade, começamos com o pager e, seguindo
um processo natural de evolução para a telefonia celular,
desenvolvemos soluções em WAP e SMS”, lembra Jenner
Soares, líder da equipe de desenvolvedores da EverMobile.
Foi durante este processo que a equipe
de desenvolvimento da empresa conheceu a tecnologia BREW,
tida como segura, com bom desempenho no modo offline e com
maior compactação de informações, o que significa redução
de custo para o usuário final. Os trabalhos com a nova
tecnologia começaram em 2003 e, em 2004, a solução foi
apresentada à operadora Vivo. “Em conjunto com a Vivo,
apresentamos o aplicativo ao Banco do Brasil e em 2005 a
Mobile Banking chegava ao mercado”, lembra Soares.
-----------------------------------------------
Fonte: Thesis
A mobilidade no setor bancário é uma
realidade - isso não se discute. A questão é saber que
relacionamento existirá entre bancos e operadoras de
telefonia móvel nesse novo cenário. Para os diretores
das áreas de TI das instituições financeiras, a
tecnologia da mobilidade só será, de fato, viável, em
três anos.
Durante o painel "Visão Estratégica
de Lideranças de TI", no Ciab Febraban, Alexandre de
Barros, do Itaú, salientou que é preciso definir,
rapidamente, um único padrão para que a tecnologia do
banco móvel se consolide. "Trata-se de uma situação que
terá de ser enfrentada em conjunto pelos bancos, sob a
coordenação da Febraban." Ele acrescentou que essa
discussão terá de contar, também, com as empresas de
cartão de crédito e com as empresas de telefonia.
Júlio Almeida Gomes, do Unibanco
também entende que é preciso avançar na questão. E o
debate é o caminho para isso. Já Gustavo Roxo da
Fonseca, do Banco Real, entende que as instituições
terão de definir, por si mesmas, se a mobilidade e a
segurança da informação são diferenciais competitivos e,
dependendo da resposta, apostar ou não suas fichas na
nova tecnologia. Mas ele também está no grupo dos que
acreditam que deverá haver, ainda, muita discussão em
torno do tema para que o banco no celular se torne um
produto popular.
Novos mercados
CEO do HSBC, Jacques Depocas,
mostrou os motivos para o Brasil ter sido escolhido pela
cúpula do banco para sediar um centro mundial de
desenvolvimento de TI. Embora ainda esteja atrás de
potências mundiais do offshore outsourcing, como a
Índia, o Brasil começa, aos poucos, a conquistar espaço
nesse mercado. Prova disso são os investimentos do HSBC
em seu Centro de Tecnologia Global (GLTb), um dos únicos
três existentes no mundo - os outros dois ficam na China
e na Índia.
O GLTb recebeu investimentos de R$ 12
milhões e deverá empregar 200 profissionais de TI. "A
qualidade da mão de obra do Brasil foi fundamental nessa
escolha, mas se levou em conta o baixo turn over dos
funcionários", avaliou. O país, na opinião de Depocas,
deverá se tornar, nos próximos anos, um player mundial
no setor.
Robert Payne, da IBM, outro
participante do painel, considera importante que, antes
de aderir ao outsourcing, as empresas levantem custos e
objetivos. Tanto Payne como Depocas avaliam que
terceirização não agoniza. Apenas amadurece.