BLOCO
Blog dos Coordenadores ou Blog Comunitário
da
ComUnidade WirelessBrasil

Novembro 2007               Índice Geral do BLOCO

O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão  Celld-group e WirelessBR. Participe!


02/11/07

•  MVNO = "Operadora Móvel Virtual" (09)

Olá,
ComUnidade WirelessBRASIL!
 
Esta é a "Série" MVNO (Mobile Virtual Network Operator) do nosso "Serviço ComUnitário".
 
01.
MVNOs são operadoras que não possuem espectro próprio e também não contam com infra-estrutura de rede, mas que por meio de acordos com operadoras móveis tradicionais adquirem pacotes de minutos de uso (MOU - Minutes of Use) no atacado para vender aos seus clientes. 
 
Estamos divulgando uma coleção de matérias como ambientação, para acompanhar sua "história" na mídia e as reações da Anatel.
A idéia é explorar também as matérias mais antigas para acompanhar as experiências já realizadas (com ou sem sucesso) e a flutuação do interesse do mercado.
Assim, para variar...vale conferir!   :-)

02.
Transcrições de hoje:

Fonte: Thesis
[18/07/07]   
Condutor de negócios por Jana de Paula

Fonte: Convergência Digital
[04/06/07]   
NextWave avalia compra de freqüências no Brasil por Ana Paula Lobo

Fonte: Radialistas-RS
[20/09/06]   
O plano secreto da RBS por Leonardo Attuch

Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Thienne Johnson
 
------------------------------------------------------------- 

Fonte: Convergência Digital
[04/06/07]   
NextWave avalia compra de freqüências no Brasil por Ana Paula Lobo

Com redes próprias funcionando na Suécia, Alemanha e no Canadá, a fabricante de equipamentos sem fio avalia as possibilidades de aquisição de freqüências seja em WiMAX ou em 3G no país, mas afirma que não tem interesse de competir com as operadoras na oferta de produtos para o consumidor final. O objetivo da compra seria a de atuar como 'provedor de rede' para essas concessionárias.

"A idéia é que a gente passe a atuar no modelo, que batizamos de BVNO (Brodband Virtual Network Operator), se compararmos com o modelo das MVNOs (operadoras virtuais) que ganham presença no mundo", destaca Michael Gury, diretor da NextWave, em entrevista ao Convergência Digital.

A fabricante, que tem sede em San Diego, na Califórnia, abre o primeiro escritório na América Latina. O comando da unidade está sob a responsabilidade de Rafael Steinhauser, ex-presidente da Cisco, Nortel e Vésper. O lançamento oficial da NextWave aconteceu no painel Telebrasil, realizado na Costa do Sauípe, em Salvador.

Na ocasião, a empresa já conseguiu costurar uma primeira atuação no país. A NextWave irá desenvolver um projeto para atuar na disseminação das Cidades Digitais no Estado do Rio de Janeiro. A companhia estará à frente da iniciativa em Parati, município da região Sul Fluminense.

A NextWave, que recentemente realizou um IPO na Bolsa de Valores de Nova York e captou cerca de US$ 1,2 bi, quer atuar nos mercados de WiMAX, WiMesh e TDCMA. Na América Latina, explica Steinhauser, a idéia é criar um modelo de negócios mais próximo dos municípios e para disseminar a oferta de acesso banda larga sem fio.

Mundialmente, os produtos da NextWave são utilizados, em regime de OEM, por gigantes do setor, entre eles, Intel, Texas Instruments, entre outras. A fabricante também produz CPEs para WiMAX, mas admite que o custo dos equipamentos ainda é elevado mundialmente. "Acreditamos que com a padronização haverá uma redução de preços das CPEs", declarou Michael Gury.

Como no Brasil, há problemas com relação à venda de licenças para WiMAX, o executivo preferiu não comentar sobre a possibilidade de vir a comercializar, ou até mesmo, produzir localmente, CPEs WiMAX no país. "É preciso aguardar um pouco mais para entender o cenário do Brasil para pensarmos em planos na área", concluiu Gury.

--------------------------------------------------------------

Fonte: Thesis
[18/07/07]   
Condutor de negócios por Jana de Paula
 
 "O WiMAX é um condutor interessante para o mercado global de redes em banda larga móvel. E não só para mercados rurais e emergentes, mas, inclusive, para as grandes cidades. Em São Francisco (EUA), por exemplo, sugerimos WiMAX à Virgin Mobile, com sucesso, para atualização de redes móveis, com capacidade de oferecer serviços diferenciados".
 
 A análise é de Richard Jacowleff (foto), presidente de soluções de interconexão da Telcordia. O executivo está no Brasil para uma série de reuniões em São Paulo e Brasília sobre portabilidade numérica (PN), já que a Telcordia é forte candidata à Clearinghouse da PN no país e pretende apresentar suas soluções no processo de avaliação de propostas que será lançado pelo governo brasileiro, no final deste mês.
 
 Mas, além de fornecer solução completa de tecnologia para a Entidade Administradora de PN - que no Brasil é o consórcio privado ABR Telecom -, a Telcordia também atua em consultoria, e encara o WiMAX e as MVNO (mobile virtual network operator) como dois condutores importantes da tecnologia nos próximos anos.
 
 Segundo Jacowleff, o mundo vai mudar em quatro anos e se verá tecnologias, que hoje são chaves, assumirem papel secundário, como a telefonia de voz. "A telefonia em sua feição atual tem prazo de 10 anos", afirma o executivo. Para ele, o catalisador das mudanças é o protocolo IP, que não tem prazo para acabar e adquirirá importância crescente.
 
 Neste cenário, o WiMAX ganha importância e deve ser levado em conta sempre que se pensar em atualização de rede, seja no caso das grandes incumbents, quanto das pequenas operadoras móveis ou de provedores entrantes de segmentos IP, como VoIP e IPTV.
 
 Quanto às MVNOs, Jacowleff concorda que, como alertou o Pyramid Research, elas passam por um período de reavaliação. Mas, ele lembra que quem atravessa dificuldades nesta área foi por ter concentrado seus planos de serviços em voz. "Não é este o modelo de negócios adequado para as MVNO", alerta o executivo.
 
 Ele cita exemplos do mercado norte-americano, onde as soluções de MVNO que obtiveram sucesso foram aquelas que adotaram as redes móveis virtuais em serviços diferenciados, como controle de localização de crianças, através de serviços com GPS, bastante adotado pelos pais dos Estados Unidos. "Estas pessoas não encaram este como um serviço de telefonia, mas um serviço para encontrar crianças, ou seja, a aplicação foi tão bem sucedida que passou a definir o serviço", concluiu. 

-----------------------------------------------------------

Fonte: Radialistas-RS
[20/09/06] O plano secreto da RBS por Leonardo Attuch
 
 Circula em sites especializados em comunicação, material publicado pela Istoé Dinheiro e que revela os planos da RBS de entrar no mercado da telefonia com marca própria. O material também traz números relativos ao faturamento e crescimento do Grupo. Dê uma conferida:
 
 A sigla, desconhecida da maioria dos mortais, é a que mais tem sido pronunciada nos corredores da RBS, o maior grupo de mídia da Região Sul do País, ligado à Rede Globo. Foi assim na segunda-feira 11, na última reunião do conselho de administração, comandada por Nelson Sirotsky, o presidente da RBS, e Pedro Parente, o seu diretor-executivo, que foi chefe da Casa Civil no governo FHC.
 
 Na prática, significa Mobile Virtual Network Operator e, como o próprio nome indica, trata-se de um operador virtual de telefonia móvel. O plano MVNO da RBS, que vinha sendo mantido em absoluto sigilo, foi obtido com exclusividade pela DINHEIRO e prevê a entrada do grupo num novo nicho de atuação: o de telefonia celular.
 
 Nos três Estados do Sul, esse mercado já é muito disputado e atendido pelas gigantes Vivo, TIM e Claro. A diferença, agora, é que a RBS não seria apenas mais uma operadora, no sentido tradicional. Seria uma operadora virtual, que compraria pacotes de minutos das telefônicas e revenderia, com uma marca própria, aos seus clientes. Procurados pela DINHEIRO, Sirotsky e Parente preferiram não comentar nada sobre o projeto, mas não negaram a informação.
 
 O plano faz todo o sentido para uma empresa como a RBS, avalia Virgílio Freire, que é um dos principais consultores do País na área de telecomunicações.Tem grande chance de dar certo. BRAINPIX Branson, o pioneiro: Dono da Virgin criou uma MVNO que virou exemplo de sucesso Elaborado sob medida pela consultoria McKinsey para a RBS, o documento confidencial obtido pela DINHEIRO foi um dos últimos esboços do projeto, impresso exatamente às 17h48 do dia 3 de agosto.
 
 O documento diferencia uma operadora tradicional de uma MVNO. Enquanto a primeira tem de investir fortunas em operação de rede e infra-estrutura, como as antenas e as estações rádio-base, a segunda cuida apenas da interface com o cliente, fazendo o marketing do produto e também agregando novos conteúdos.
 
 Para uma empresa de mídia como a RBS, dona de 55 veículos de comunicação, entre jornais, rádios e emissoras de televisão, há duas vantagens óbvias. A primeira é a possibilidade de reduzir drasticamente o custo de divulgação com propaganda. A segunda é a capacidade de oferecer conteúdos exclusivos, como um pacote de notícias locais e os lances de um Grêmio e Internacional para torcedores fanáticos. Segundo a Mckinsey, ao firmar uma parceria com as operadoras móveis tradicionais para revender os minutos, a RBS conseguiria alavancar o valor dos seus ativos, como as marcas e o conteúdo jornalístico. Além disso, de acordo com os consultores, fortaleceria a sua ligação com públicos jovens, o que é estratégico para editoras de jornais que, a cada ano, vêem seu público envelhecer e essa é uma das questões que mais preocupam Sirotsky, o presidente da Associação Nacional de Jornais.
 
 O modelo MVNO já foi testado em várias partes do mundo, mas o grande exemplo de sucesso é o da Virgin Mobile, criada em 1999 pelo bilionário inglês Richard Branson. Hoje, a empresa tem cinco milhões de clientes no Reino Unido, nos Estados Unidos,na Austrália e na África do Sul e já foi apontada várias vezes nesses países como a marca mais admirada no mercado de telefonia celular, mesmo sem jamais ter investido uma única libra em infra-estrutura de rede. Além disso, como a Virgin é também uma gravadora, ela tem facilidade para disponibilizar, em primeira mão, uma série de ringtones musicais aos seus clientes.
 
 Um outro sinal de que o valor da telefonia celular hoje está mais ligado ao conteúdo do que à engenharia foi a decisão anunciada pela Telecom Italia de se dividir em duas empresas: uma de banda larga e mídia e outra de infra-estrutura de telecomunicações.
 
 É a prova de que a RBS caminha na direção correta, diz Virgílio Freire. Há excesso de oferta de infra-estrutura e escassez de conteúdo de qualidade no celular. Na prática, o plano MVNO da RBS representa a volta do grupo gaúcho à área de telefonia. Em junho de 1998, quando a Companhia Rio-Grandense de Telecomunicações (CRT) foi privatizada, a RBS uniu-se à Telefônica e participou do consórcio vencedor. Meses depois, quando veio a privatização do Sistema Telebrás, a RBS pretendia oferecer um lance pela Brasil Telecom, mas foi traída pela decisão da Telefônica de adquirir a Telesp, o que fez com que a própria participação na CRT acabasse sendo vendida.
 
 Todos esses movimentos eram decorrentes da intuição da família Sirotsky de que haveria uma forte convergência entre mídia e telefonia celular. Pedro Parente, que conduziu algumas privatizações no governo FHC e chegou à RBS em 2003, também tem sido um entusiasta da idéia. Agora, depois de um forte crescimento do grupo, que viu o faturamento saltar de R$ 538 milhões para R$ 860 milhões entre 2002 e 2005, o projeto de entrar com tudo na telefonia finalmente amadureceu. R$ 860 milhões é o faturamento anual do grupo RBS, dono de 55 veículos de comunicação R$ 93 milhões foi o lucro registrado no balanço do último exercício 5 milhões é a base de clientes da Virgin Mobile, a maior MVNO do mundo.

[Procure "posts" antigos e novos sobre este tema no Índice Geral do BLOCO]


ComUnidade WirelessBrasil                     Índice Geral do BLOCO