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Novembro 2007
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09/11/07
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MVNO = "Operadora Móvel Virtual" (11) - WiMAX e MVNO:
uma loucura?
Esta é a "Série" MVNO (Mobile Virtual
Network Operator) do nosso "Serviço ComUnitário".
01.
MVNOs são operadoras que não
possuem espectro próprio e também não contam com infra-estrutura de rede,
mas que por meio de acordos com operadoras móveis tradicionais adquirem
pacotes de minutos de uso (MOU - Minutes of Use) no atacado para
vender aos seus clientes.
Estamos divulgando uma coleção de matérias
como ambientação, para acompanhar sua "história" na mídia e as reações da Anatel.
A idéia é explorar também as matérias mais antigas para acompanhar as
experiências já realizadas (com ou sem sucesso) e a flutuação do
interesse do mercado.
Assim, para variar...vale conferir! :-)
02.
Transcrições de hoje:
Fonte: Thesis
[09/11/07]
WiMAX e MVNO: uma loucura? por Jeff Orr
Fonte: Thesis
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Fonte: Thesis
[09/11/07]
WiMAX e MVNO: uma loucura? por Jeff Orr
O novo estudo do Strategy Analytics, "WiMAX MVNOs: Just Crazy Enough to Work?"
descreve cenários onde o ambiente de WiMAX se apresenta mais receptivo às
operadoras de redes móveis virtuais (MVNO) do que o modelo de negócios
mundial de rede celular. No começo deste ano, a Synterra, um dos mais
importantes fornecedores de infra-estrutura de telecomunicações e acesso de
internet da Rússia, convidoutelcos regionais para uma parceria em MVNO
naseada na oferta de serviços WiMAX, a partir da ibnfra-estrutura de
backbone e espetro da Synterra.
Este tipo de compartilhamento de risco e
investimento faz sentido para operadores de WiMAX", notou Tom Elliot, VP do
Strategy e autor do estudo, "Se os ventos mantiverem a Sprint no WiMAX, a
operadora pode duplicar seu modelo de negócios de atacado do espaço do CDMA
para o WiMAX", acrescentou.
De acordo com o estudo, ó histórico do WiMAX de
arquitetura aberta e de um vastro ecossistema de fornecedores pode apoiar as
MVNO de WiMAX em áreas chaves de dispositivos para consumidores. "As MVNO
celulares, especialmente dos EUA, tendem a ter um portfolio de aparelhos
muito limitado", disse Ben Piper, diretor de Redes Banda Larga do Strategy.
"Já uma MVNo de WiMAX pode, em princípio, permitir que os clientes usem
qualquer dispositivo certificado que queiram", acrescentou.
As tradicionais MVNO celulares têm enfrentado um
ambiente bastante misturado. Além de examinar o jogo tradicional das MVNO e
os fatores que influenciam seu sucesso ou fracasso, este estudo indica as
razões pelas quais o mundo WiMAX pode ser mais favorável às MVNO.
Analista sênior da Maravedis BWA, especialista
em gerenciamento e marketing de produtos. Começou sua carreira no segmento
wireless na Proxim, onde foi gerente sênior de marketing. Antes dos sete
anos trabalhando na Proxim, ficou 10 anos na Diamond Multimedia. No total,
gerenciou produtos que geraram mais de US$ 1 bilhão em receita. É formado em
Engenharia Aeroespacial e Aeronáutica na Embry-Riddle Aeronautical
University (EUA). Vive com a família no Oregon.
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Fonte: Thesis
As operadoras de redes móveis (MNO)
latino-americanas gastarão US$ 93 milhões com serviços gerenciados este ano.
Até 2010 o investimento acumulado previsto é de US$ 500 milhões, o que
representa 9% de todo investimento na região em soluções de ofertas de
serviços para o usuário final. Entre estas, acesso a plataformas por
usuários finais, recarga e pagamento. Estes gastos, na realidade,
representam uma economia de 12% no total de Capex da região. No entanto, os
operadores querem, primeiro, analisar a eficiência da terceirização de suas
redes.
A terceirização e a hospedagem das redes dos
vendors por parte das MNO, chamadas de serviços gerenciados, são encaradas
como forma de redução de custos e melhora de desempenho. A gerente de
pesquisas do CMT Group, Ozgur Aytar, dá algumas pistas de como - e onde - as
cellcos se dispõem a abrir suas redes para terceiros. E sinaliza que
capacitação nos novos serviços IP encabeça a lista das prioridades, seguida
de soluções que substituam a contratação de novos funcionários. É um novo
jeito de fazer negócios.
Aytar (foto) é autora do estudo "Managed
Services in Latin America What It Will Take For MNOs To Make The Jump",
realizada para o Pyramid Research. Ela entrevistou executivos de 20
operadoras móveis da América Latina, quando obteve importantes insights de
como estes CEOs encaram os serviços gerenciados.
Foram as seguintes as operadoras consultadas: as
subsidiárias regionais de America Movil; Telefônica e TIM; e as operadoras
CTI, Movistar e Telecom Personal, da Argentina; Brasil Telecom, Claro, Oi,
TIM e Vivo, do Brasil; Entel PCS, Smartcom e TEM, do Chile; Comcel e TEM, da
Colômbia; Porta, do Equador; Telcel e TEM, do México; Claro, do Peru; e
Digitel, Movilnet e Movistar, da Venezuela.
A BrT GSM, inclusive, é a primeira operadora
brasileira a fechar uma parceria, com a Siemens, de serviço gerenciado. O
fato de ela ser a última entrante no competitivo mercado local da telefonia
móvel, pesou nesta decisão.
Aumento do apetite
A tendência de alguns segmentos do negócio das
operadoras - aí incluída a manutenção da rede - se transformarem em
commodities, bem como a necessidade de atualização e construção de novas
redes são fatores que tornam as operadoras latino-americanas suscetíveis aos
serviços gerenciados. O principal causador deste aumento de apetite são os
gastos com soluções de gestão de rede e a instalação de plataformas de
prestação de serviços ao usuário final.
Segundo o Pyramid, os operadores móveis
investiram US$ 8,5 bilhões em serviços de rede no ano passado. Deste total,
70% foram com gastos em construção, manutenção e operação de redes,
hospedagem e treinamento. É grande, também, a fatia das despesas com
plataformas de hardware e software, entre elas soluções e aplicações de
billing e gerenciamento de ferramentas.
Caso as operadoras da América Latina mantenham
os gastos neste ritmo, eles serão responsáveis - até 2010 - por pelo menos
80% do total dos investimentos. Ou seja, em quatro anos, os gastos das
operadoras tendem a ficar próximos dos US$ 7 bilhões. Para reduzir esta
perspectiva de perda, terceirizar é preciso.
No NOC, não!
Mas, estes fatos, por mais contundentes que
sejam, não tornam as MNO dispostas a terceirizar redes ou hospedar-se nos
vendors a qualquer preço e - muito menos - abrir o core das suas redes fora
do ambiente estritamente interno. Esta foi uma das principais conclusões do
estudo de Aytar.
"À pergunta se as operadoras estão prontas a
terceirizar o NOC, recebemos um sonoro e indiscutível não", disse a
analista. O centro de operações de rede é encarado como seu coração, onde as
operadoras concentram grande parte de sua inteligência e expertise. "As MNO
não querem perder o comando de suas redes e, inclusive, alguns entrevistados
levantaram a questão de que os vendors não estão prontos para o serviço
gerenciado", disse Aytar.
Um dos CEO entrevistados foi bem claro quanto a
esta questão: "Não nos sentimos atraídos pela idéia de um NOC compartilhado.
Não queremos terceirizar este elemento, apesar das diversas ofertas que
recebemos. Não estamos prontos para a terceirização plena e não acreditamos
que os vendors também o estejam. Isto não ocorrerá em nossa companhia, pelo
menos nos próximos cinco anos", enfatizou.
Outra resposta também foi bem característica:
"Terceirizar é uma grande idéia que apreciamos em nossa companhia, na
teoria; mas ninguém a adota na prática".
Alguns dos respondentes, mesmo reconhecendo que
as operadoras caminham para os serviços gerenciados como forma de ganhar em
eficiência e reduzir OPEX, preferem não compartilhar seus NOCs.
Isto também é verdadeiro quanto a
disponibilidade de suas redes à formação de MVNO (mobile virtual network
operators). Aytar destacou que as MNO não se sentem prontas - ao menos no
mercado da América Latina - a ceder infra-estrutura para que outras,
virtuais, concorram com elas na preferência do assinante.
Aytar, no entanto, salienta que, mesmo diante
desta resistência inicial, os serviços gerenciados se apresentam
irreversíveis. Ela destaca a crescente pressão competitiva, concorrencial,
operacional e financeira "que torna clara a revisão radical do papel do
operador em relação às redes através do mundo". A analista sabe que as
operadoras gravitam em direção a modelos de negócio de 'baixo custo' que
envolvam terceirização e hospedagem como saídas para controle de custos, ao
mesmo tempo em que expandem suas empresas.
Em recente pesquisa do Pyr, constatou-se que 30%
do total dos operadores móveis indicaram já ter mantido algum tipo de
parceria para gerenciamento ou hospedagem de serviço. E, mais, 50% deles
demonstraram interesse por este tipo de solução, em particular se as
condições de custo e qualidade forem destacadas. Outro resultado flagrante é
que apenas 20% das MNO se mostraram absolutamente contra este tipo de
engajamento.
Abertas às sugestões
As operadoras móveis, portanto, estão abertas a
idéias e sugestões por parte dos fornecedores que se apresentem como
parceiros potenciais. Elas reconhecem que a capacidade de geração de lucro
em suas redes se reduz a cada dia e está na hora de avaliar com boa
disposição ofertas que impliquem economia.
E, enquanto defendem a cidadela de seus NOCs
tantos dos vendors como das MVNO, apresentam-se dispostas a terceirizar
funções que possam ser rapidamente implantadas. Antes, porém, não dispensam
a necessidade de criação de massa crítica interna. Se bem que, neste ponto,
suas respostas apresentem contradição, pois, ao mesmo tempo em que querem
aperfeiçoar a inteligência interna antes de "abrir" suas redes, as
operadoras reconhecem que capacitação em novas tecnologias é o tipo de
serviço para o qual se interessam em obter suporte dos vendors.
"Muitos dos entrevistados tendem a terceirizar
serviços nos quais ainda estão em aprendizado. Rodar serviços em IP é o tipo
de segmento que eles admitem parceria, em curto prazo", completa Aytar.
Outro ponto que a analista destacou em seu
estudo é a tendência de as operadoras buscarem gerenciamento onde não
pretendem realizar novas contratações. "Um entrevistado me disse que encara
a capacidade de crescimento de sua base de assinantes independente do
aumento no número de funcionários. Ele acredita que redução nos custos de
contratação se afigura bastante interessante, contanto que acompanhada de
menores custos e maiores ocasiões de se destacarem frente à concorrência",
acrescenta a analista.
Requisitos básicos
O negócio, sem dúvida, apresenta-se atraente
para os vendors, pois é claro o aumento do uso de sua capacidade. Os
fornecedores, porém, precisam se adequar ao tipo de perfil desejado pelas
operadoras. E este perfil é pouco maleável. Não é curta a lista de
qualidades que uma MNO que atua na América Latina espera de possíveis
contratos de terceirização e hospedagem com um ou mais fornecedores. Eles
devem ter capacidade de adaptação às necessidades específicas da operadora;
flexibilidade no atendimento à demanda do cliente; experiência comprovada no
mercado mundial; competitividade; capacidade de inovação tecnológica;
posição agressiva frente ao mercado; saúde financeira e aptidão de oferecer
bons preços.
Aytar conta que um entrevistado salientou ter
critérios de preços realmente ‘duros' quanto ao custo por hora, por recursos
disponíveis e uma série de outros fatores. Mas apresentar bons preços não
resolve a questão. Ao ser questionado sobre as condições exigidas de um
fornecedor, o CEO de uma operadora latino-americana foi específico:
"O presidente de um vendor, ao vir me procurar,
perguntou por que ainda não havíamos feito nenhum negócio com ele. Eu
respondi que ainda não havia visto uma apresentação verdadeira, profissional
e completa da parte deles; que seu conjunto de soluções não havia me
impressionado e que não estava seguro se suas soluções tinham as
possibilidades técnicas que procurávamos. Estamos abertos a negócios, mas
cada fornecedor que deseja negociar conosco deve ser topo de linha e não,
simplesmente, prover produtos e serviços baratos".
A sáude financeira é outro ponto crucial. Como
lembrou um entrevistado por Aytar, o fornecedor precisa "de estabilidade
financeira para não colocar nossas operações em perigo". É fundamental,
também, que o possível parceiro traga qualificação técnica compatível com a
encontrada internamente "Buscamos capacitação de classe internacional para
uma companhia de classe internacional", salientou um dos entrevistados.
Aytar destacou, ainda, de seu estudo, o fato de
muitas MNO estarem predispostas a realizar parcerias com fornecedores de
menor porte, altamente capacitados e inovadores, que tragam soluções de
curto prazo. A tendência, porém, não exclui os grandes vendors. Como
salienta a analista, a marca tem muito peso. Empresas como Siemens, Nokia,
Ericsson etc. têm esta vantagem, de transmitirem a percepção de já terem
enfrentado e resolvido problemas. Mas numa escolha pesará, também, inovação
e agilidade. O que demonstra que tanto os pequenos quanto os grandes vendors
estão no páreo.
Os antes fornecedores de equipamento devem, cada
vez mais, se transformar em fornecedores de serviços, que se sofisticam.
Mesmo empresas grandes, de enorme capacidade de produção, podem perder
oportunidades para as menores, pelo que se chama notória especialização. E a
necessidade de olhar o cliente, no final, graças a Deus, é cada vez melhor
apercebida, pelas MNO, como seu real core business. A rede é, mais, vetor de
competência e, menos, o principal ativo de uma empresa.
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