BLOCO
Blog dos Coordenadores ou Blog Comunitário
da
ComUnidade
WirelessBrasil
Novembro 2007
Índice Geral do
BLOCO
O conteúdo do BLOCO tem
forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão
Celld-group
e
WirelessBR.
Participe!
13/11/07
•
IGF - Internet Governance Forum (2) - Artigos: Cristina
de Luca + CGI.br + AliceRamos.com + Thesis
01.
O "Serviço ComUnitário" esta fazendo uma ambientação sobre o 2007 -
Fórum sobre Governança da Internet com resgate de informações já
veiculadas e registro das novidades.
É um tema muito interessante e abrangente e ficar "ligado" é
preciso!!! :-)
Contamos com a colaboração de todos com comentários e indicações de
links!
Com esta segunda mensagem creio que completamos as informações
iniciais para permitir o acompanhamento deste importante evento pela
mídia.
02.
Cristina de Luca em sua Coluna Circuito no site Convergência
Digital, entre outros comentários, informa como acompanhar o IGF:
03.
- Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br)
- Neutralidade
- ICANN
04.
Fonte: Thesis
05.
Transcrições de hoje com a eterna recomendação de ler na fonte:
:-)
Fonte: Comitê Gestor da Internet no Brasil
(CGI.br)
-------------------------------------------
Fonte: Comitê Gestor da Internet no Brasil
(CGI.br)
“Governança da Internet é o desenvolvimento e
a execução pelos Governos, sociedade civil e iniciativa privada, em
seus respectivos papéis, de princípios, normas, regras,
procedimentos decisórios e programas compartilhados que delineiam a
evolução e o uso da Internet”.[1]
Quem governa a Internet?
Em tese, ninguém, porque não há um órgão
centralizado com essa competência. Existem alguns atores em
segmentos específicos da Internet, como a ICANN (Internet
Corporation for Assigned Name and Numbers), responsável pelo Sistema
de Registro de Nomes de Domínio. Todavia, a Internet não dispõe, no
âmbito internacional, de um órgão que regule, supervisione ou atue
nas diferentes dimensões da tecnologia de informação do meio
eletrônico, superando os limites e fronteiras regionais.
No Brasil, o órgão responsável pela
coordenação das atividades da Internet é:
- COMITÊ GESTOR DA INTERNET – CGI.BR: Criado
em 1995 pela Portaria Interministerial dos Ministérios das
Comunicações e da Ciência e Tecnologia n° 147, com alterações do
Decreto Presidencial nº 4.826, de 3 de setembro de 2003 é
constituído por membros de governo, do setor empresarial, do
terceiro setor e da comunidade acadêmica. O CGI.br configura um
modelo pioneiro na efetiva participação da sociedade nas decisões
relativas a implantação, administração e uso da rede. Dentre as
atribuições do Comitê Gestor, destaca-se a coordenação da atribuição
de endereços internet (IPs) e do registro de nomes de domínio usando
o domínio de primeiro nível regional “.br”.
Os principais organismos internacionais
envolvidos na gestão, estudo, desenvolvimento, dentre outros atos,
de setores específicos da Internet são:
- WORLD SUMMIT ON INFORMATION SOCIETY (WSIS)
ou em português, CÚPULA MUNDIAL DA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO (CMSI):
Criada pela Organização das Nações Unidas – ONU, tem por objetivo
identificar os principais desafios da sociedade da informação,
diante dos elevados índices de crescimento tecnológico. Conta com a
participação de representantes dos governos, da sociedade civil, da
iniciativa privada, de organizações não-governamentais e de
organismos internacionais. Os relatórios e resultados decorrentes
das reuniões desta Cúpula, realizadas em Genebra-2003 e
Tunísia-2005, estão disponíveis em
www.itu.int/wsis.
- WORKING GROUP ON INTERNET GOVERNANCE (WGIG)
ou em português, GRUPO DE TRABALHO SOBRE A GOVERNANÇA DA INTERNET (GTGI):
Criado após a primeira reunião de Geneva/2003, da CMSI, e igualmente
constituído por representantes do governo, da sociedade civil, da
iniciativa privada e de organismos internacionais, teve por
objetivos: (i) definir o conceito de governança da Internet; (ii)
identificar as políticas públicas necessárias para a gestão da
Internet; (iii) propor os modelos de governança da Internet; (iv)
identificar os papéis de cada ator no desenvolvimento dos mecanismos
de governança da Internet; dentre outros. O relatório final desse
Grupo e outros documentos relevantes estão disponíveis em
www.wgig.org
- INTERNET CORPORATION FOR ASSIGNED NAMES AND
NUMBERS (ICANN) ou em português, CORPORAÇÃO DA PARA ATRIBUIÇÃO DE
NOMES E NÚMEROS DA INTERNET: Trata-se de uma organização
não-governamental, sediada nos Estados Unidos da América que, dentre
suas atribuições, responde por: (i) habilitar entidades para o
registro e administração dos domínios de primeiro nível; (ii)
estabelecer novos domínios de primeiro nível; (iii) gerenciar o
servidor de raiz; (iv) coordenar a designação e atribuição dos
blocos de endereços IP; e, (v) manter o credenciamento das entidades
regionais (de cada país), habilitadas a registrar nomes de domínios
de primeiro nível (ccTLDs). O conselho-diretor da ICANN é composto
por membros nomeados de diferentes organizações e comitês ligados à
Instituição. Todavia, a principal crítica ao ICANN é a influência
direta do Departamento de Comércio dos EUA.
O que é o Fórum sobre a Governança da
Internet?
O Fórum sobre a Governança da Internet é um
processo inclusivo de múltiplos atores: governantes, sociedade
civil, iniciativa privada. Trata-se de uma oportunidade para a
reflexão de temas importantes e necessários ao desenvolvimento da
Internet. É imprescindível pontuar que o Fórum não substitui os
organismos já existentes (tais como os mencionados WSIS, ICANN, e
outros). As atribuições e objetivos do Fórum estão previstos nos
itens 72 a 82, do “Plano de Implementação da Tunísia”[2].
Por que a discussão sobre a governança da
Internet afeta a todos nós?
Note-se que o Fórum não foi idealizado para
especialistas, pois busca exatamente no debate da sociedade
encontrar propostas para a Internet. E por que a sociedade deve
participar? Vejamos:
Quando um cidadão busca acesso pela Internet,
não se preocupa qual será o número de IP que lhe é conferido nem
como essa estrutura é montada (embora tecnicamente seja semelhante à
idéia de números de telefones). Ora, a tecnologia Ipv4 deve ser
impreterivelmente trocada pela Ipv6. Por que isso ainda não foi
feito globalmente? Eis uma questão que poderia ser discutida no
âmbito dos Recursos Técnicos da Internet.
Outro exemplo, um cidadão deveria saber que os
custos da Internet são equivalentes em todo o mundo. Então porque
temos custos mais altos no Brasil do que nos EUA? Este é um dos
temas que atinge as Políticas Públicas ligadas à governança da
Internet e, sobretudo, a inclusão digital.
Há inúmeros outros exemplos tratados no Fórum,
como Acesso ao Conhecimento, Propriedade Intelectual, Questões de
Gênero, Padrões Técnicos, Segurança, etc.
.............................................................................
[1] Essa definição foi apresentada no
relatório final do GTGI, disponível em
www.wgig.org. Os termos foram reproduzidos nos resultados da
segunda fase da Cúpula Mundial da Sociedade da Informação, no item
34 do “Tunis Implemention Plan”.
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Entre os dias 12 e 15 de novembro próximo, a cidade do
Rio de Janeiro será a sede de mais um importante evento organizado pelas
Nações Unidas, o Fórum de Governança da Internet, mais conhecido por sua
sigla em inglês Internet Governance Fórum (IGF).
Essa será a segunda edição do Fórum, que, no ano
passado, realizou-se em Atenas, Grécia. Mas, o que esse Fórum irá tratar?
Trata-se apenas de mais um seminário? Organizado pelas Nações Unidas no
Brasil? Por que no Brasil? governança da Internet? E Internet, por acaso,
tem governo? Se houver, então “é culpa do governo”!
Para aumentar ainda mais a curiosidade do leitor,
gostaria inicialmente de lembrar que, embora o primeiro IGF tenha passado ao
largo da grande mídia brasileira, os assuntos que estão sendo levantados
nesse ambiente já vêm demandando significativo esforço de negociadores
brasileiros desde fins da década de 90.
Dessa vez, tendo em vista que o evento se realizará
aqui em nosso País e que mobilizará mais de dois mil especialistas em
Internet e interessados de todos os cantos do planeta, espera-se que a mídia
nacional se interesse e leve ao brasileiro as melhores informações do Fórum.
Como o assunto deve ser novidade para a maioria, creio
que explicações introdutórias com relação a esse tema são extremamente
necessárias. Inicio por uma retrospectiva histórica.
Durante a Conferência Plenipotenciária da União
Internacional de Telecomunicações (UIT) de 1998, realizada na cidade de
Minneapolis, Estados Unidos, a delegação da Tunísia, propôs a realização de
uma grande conferência internacional para tratar de assuntos relacionados à
sociedade da informação.
A proposta foi recebida com louvor, tendo sido,
inclusive levada à Assembléia Geral das Nações Unidas que ampliou o contexto
da proposta convidando todos os Chefes de Estado e Governo para a construção
da Cúpula Mundial da Sociedade da Informação (CMSI). Ficou decidido que a
Cúpula teria duas fases, sendo a primeira no ano de 2003, em Genebra, e uma
segunda em 2005, na capital tunisiana.
A Assembléia Mundial de Padronização de
Telecomunicações (WTSA) da União Internacional de Telecomunicações (UIT)
realizada na cidade de Montreal, levou pela primeira vez, por decisiva
pressão de negociadores brasileiros – distintos delegados da Agência
Nacional de Telecomunicações (Anatel), a questão da tarifa de interconexão
internacional no tráfego de Internet.
O desequilíbrio econômico gerado pela arquitetura de
tráfego da grande rede de computadores, acentuado pela crescente necessidade
de acesso universal aos recursos da Internet, fez com que o Brasil
propusesse mecanismos alternativos de compensação econômica.
Por certo que a redação original proposta pelo Brasil
foi bastante combatida, e por muitos, incompreendida. No entanto, foi uma
fagulha que possibilitou diversos outros Países perceberem a importância do
tema e viessem se juntar ao esforço do Brasil com vistas a um reordenamento
mais justo do tráfego de Internet.
Parêntese importante para compreender o que está em
jogo aqui. Sabemos que o tráfego mundial de voz e dados tem-se transferido
cada vez mais para redes IP.
Não bastasse o impacto da Internet sobre a cultura, a
sociedade e a economia global, as questões relacionadas à governança da
Internet tornam-se ainda mais relevantes, pois as redes de próxima geração
next generation networks (NGN) das operadoras de telefonia, ao tempo em que
ampliam a oferta de serviços para os consumidores transformando o mundo
quadrado da separação de serviços e tecnologias numa realidade muito
complexa em que tudo será pacotes de dados (ou all-IP), trazem grandes
desafios de conectividade para Países em desenvolvimento.
Conectar-se à Internet significa buscar pacotes de
informações nem sempre disponíveis nas suas fronteiras. Isso faz com que
parte significativa do tráfego de dados gerados pela rede seja de “ligações
saintes” para conexão com pontos de tráfego internacionais, geralmente nos
Estados Unidos ou na Europa, por isso, onerosas – em alguns Países essa
conexão só é possível por satélite!
É por isso que os Países devem poder ter acesso a
recursos financeiros que os habilitem a construir enlaces próprios, os
chamados Network Access Points (NAPs).
Um exemplo, a central de Internet de Johannesburgo
promoveu uma economia de US$ 2,5 milhões no ano de 2005 aos cidadãos dessa
cidade. Não existem dados organizados e públicos sobre o total anual de
recursos drenados pelos NAPs norte-americanos e europeus, mas podemos
imaginar a dimensão do valor apenas por essa cifra economizada pelos
sul-africanos.
Com relação à distribuição dos endereços IP apenas um
exemplo, a África possui menos de 1% de todos os números disponíveis
atualmente sob a tecnologia IPv4.
Será preciso fazer com que o novo protocolo IPv6, que
possibilitará uma infinidade de novos números de acesso à Internet, tenha
melhor distribuição geográfica do que a atual.
Retomando, a partir dessa Assembléia da UIT, o Brasil,
que crescia em números de usuários de Internet e amadurecia em termos de
organização e institucionalização de um órgão gestor da grande rede – o
Comitê Gestor internet, CGI -, se pôs a participar dos principais fóruns de
discussão, inclusive daquele mais importante e polêmico, o Internet
Corporation on Assigned Names and Numbers (ICANN), entidade de direito
privado criado pelo governo dos Estados Unidos para administrar e alocar os
nomes de domínio e endereços IP – ou seja, requisitos técnicos fundamentais
para que todos possam acessar a rede.
Muitos entendem que o ICANN é efetivamente o órgão
regulador da Internet no mundo, dada a importância da alocação de números IP
e a emergência de novos temas, como ciberssegurança e privacidade, que
dependem em grande medida de colaboração da ICANN para alcançarem soluções
eficazes.
A primeira fase da Cúpula adotou a visão e o
compromisso comuns de que a desejada Sociedade da Informação deveria ser
centrada na pessoa (people centered), inclusiva (inclusive) e orientada para
o desenvolvimento (development oriented), onde todos possam criar, acessar,
utilizar e compartilhar informação e conhecimento, capacitando os indivíduos
e as comunidades a desenvolverem todos os seus potenciais, promovendo o
desenvolvimento sustentável e melhoria a qualidade de vida.
Nas duas fases da Cúpula, os líderes mundiais
reconheceram que os benefícios das tecnologias de informação estão mal
distribuídos entre os Países e mesmo no interior deles.
A Cúpula conclamou a que os Países transformem a
exclusão digital em oportunidade digital, particularmente aqueles que correm
o risco de serem ainda mais marginalizados pelo aprofundamento das
distâncias tecnológicas e as novas exigências sócio-econômicas derivadas
dessa revolução tecnológica.
A Declaração de Princípios de Genebra e o Compromisso
de Túnis, textos resultantes das duas fases da Cúpula, convidam todos os
atores a trabalharem em conjunto com o objetivo de melhorar o acesso à
infra-estrutura de TICs, à informação e ao conhecimento, a treinamento, a
aumentar a confiança e segurança das redes de informação, a criar um
ambiente favorecedor, a desenvolver e alargar as aplicações tecnológicas, a
estimular e respeitar a diversidade cultural,a reconhecer o papel da mídia,
a discutir as dimensões éticas da sociedade da informação e a encorajar a
cooperação regional e internacional.
A Agenda Túnis determinou também criação de um Grupo
de Trabalho que deveria chegar a uma definição de trabalho sobre governança
da Internet. Depois de diversos encontros, o termo “governança da internet”
ficou assim definido:
A governança da Internet é o desenvolvimento e a
aplicação por governos, setor privado e sociedade civil, nas funções que
lhes competem respectivamente, de princípios, normas, regras, procedimentos
de adoção de decisões e programas comuns que configuram a evolução e a
utilização da Internet.
O Fórum de Governança da internet (IGF) foi resultado
da edição tunisiana da Cúpula, produto de intensas negociações que
vislumbravam o desejo, por parte dos Paises em desenvolvimento, liderados
por Brasil, China e Índia, de verem modificados os atuais mecanismos de
gestão da Internet.
Dessa forma, a redação final da Agenda de Túnis, em
seus parágrafos 72 a 78, estabeleceu as condições básicas de funcionamento
do Fórum, expressando de inicio o desejo de que o encontro se constituísse
em um espaço de diálogo entre todos os atores interessados nos assuntos
relacionados à Internet, dando seguimento ao que foi o próprio processo de
construção da Cúpula.
Participariam do Fórum representantes de governos,
sociedade civil, iniciativa privada e organizações internacionais, cabendo
ao Secretariado das Nações Unidas envidar todos os esforços para atender ao
equilíbrio da representação geográfica. Esse mix de participação, inovador
para o sistema das Nações Unidas, ficou conhecido pela alcunha de
multistakeholder.
A Agenda de Túnis manifestava ainda o desejo de que o
IGF se transformasse em espaço privilegiado de discussões sobre políticas
públicas de elementos chave para a governança da Internet com vistas a
melhorar a sustentabilidade, robustez, segurança, estabilidade e
desenvolvimento da rede.
O IGF não é um organismo de decisão, e sim um espaço
para o diálogo para todos aqueles envolvidos na discussão dos assuntos
ligados à governança da Internet.
Assim sendo, o Fórum não deve se sobrepor ou
substituir os mecanismos de governança hoje existentes ou que venham a ser
criados, mas coordenar-se com eles com o propósito de promover ampla
participação em suas atividades, sugerir-lhes questões, emitir recomendações
de caráter não-vinculante (não realizado em Atenas, mas desejado pelo
governo brasileiro nessa edição carioca) e estimular a incorporação dos
princípios da CMSI a seus processos decisórios.
Em outubro de 2006, portanto, mais de duas mil pessoas
se reuniram em Atenas para a primeira reunião do IGF. Noves fora, as
questões diretamente relacionadas ao interesse brasileiro original pelo
Fórum – nomes de domínio, endereçamento IP, interconexão, distribuição dos
servidores-raiz da rede – foram discutidas topicamente em um workshop
paralelo às sessões plenárias, essas sim, de maior vulto.
Espera-se que agora seja diferente. O governo e a
sociedade civil dessa vez, tendo em vista que o IGF se dará em terras
brasileiras, se mobilizaram e conseguiram até o momento uma importante
vitória fazendo incluir uma plenária dedicada a “Recursos Críticos” logo
como primeiro item da agenda, pautando o 2° IGF pelos temas originais da
governança da Internet.
Esperamos, portanto, que o problema de fundo da
Internet, seja amplamente discutido, sem qualquer demérito a temas
importantes como direitos humanos, segurança e acesso.
Estou certo de que não veremos uma mudança radical na
administração da Internet apenas com a realização desses IGFs, mas a
mobilização de vários especialistas e a publicidade global que o evento
atrai serve de alento para os desejam ver na rede mundial de computadores um
ambiente mais democrático, livre, seguro e equilibrado, onde todos possam
ter acesso a essa fantástica ferramenta de comunicação e desenvolvimento.
IGF Brazil 2007 -
http://www.igfbrazil2007.br
Data: de 12 a 15 de novembro
Horário: 12 de novembro - das 10h30 às 18h30, 13 a 14 de novembro - das 8h30
às 19h30 e 15 de novembro - das 8h30 às 11h30
Local: Windsor Barra Hotel - Av. Lúcio Costa, 2630 - Barra da Tijuca - Rio
de Janeiro/RJ
Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil - CGI.br
O Comitê Gestor da Internet no Brasil coordena e
integra todas as iniciativas de serviços Internet no País, promovendo a
qualidade técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Mais
informações em http://www.cgi.br/.
Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação (NIC.br)
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR - NIC.br
( http://www.nic.br) é uma entidade civil,
sem fins lucrativos, criada para implementar as decisões e projetos do
Comitê Gestor da Internet no Brasil - CGI.br (
http://www.cgi.br ), que é o responsável por coordenar e integrar as
iniciativas de serviços da Internet no País. O NIC.br é o braço executivo do
CGI.br e responde pelo registro de nomes de domínio (Registro.br -
http://www.registro.br ), pelo Centro
de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (CERT.br
- http://www.cert.br), pela implantação e
operação dos Pontos de Troca de Tráfego (PTT.br -
http://www.ptt.br ) e pelo Centro de Estudos
sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br -
http://www.cetic.br ), cujo objetivo é
produzir e divulgar informações sobre a disponibilidade e o uso da Internet
no País.
Contatos para a imprensa:
Contatos para imprensa - Nações Unidas:
No Rio de Janeiro
Valéria Schilling, Centro de Informação das Nações Unidas
Telefone: (21) 2253 2211
valeria@unicrio.org.br
Em Genebra
Rolando Gómez, Serviço de Informação das Nações Unidas
Telefone: (41) 22 917 2326
rgomez@unog.org
Em Nova York
Edoardo Bellando, Departamento de Informação Pública das Nações Unidas,
Telefone: 1-212-963-8275
bellando@un.org
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Começa hoje no Rio de Janeiro o segundo encontro do
Fórum para Governança de Internet (IGF). Acesso, diversidade cultural,
sistemas abertos, segurança e uso da web no desenvolvimento dos países são
os temas-chaves do evento. Durante a abertura, Sha Zukang,
sub-secretário-geral da ONU para Assuntos Econômicos e Sociais, lembrou que
apesar de a ONU não ser a responsável pela gestão da internet, o fórum
proporciona um palanque comum para que suas oportunidades sejam maximizadas
e os riscos, reduzidos.
"O Fórum não tem o poder para tomar decisões, mas pode
guiar aqueles que o têm", acrescentou. Segundo o executivo da ONU, são as
regras definidas pelo IGF que permitem a discussão virtual sobre qualquer
assunto relacionado à internet, "sua governança, seu uso ou abuso". Outra
característica positiva do IGF é sua capacidade de reunir stakeholders que
habitualmente não se comunicam entre si.
Os ministros de Assuntos Estratégicos, Mangabeira
Unger; da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende; e da Cultura, Gilberto Gil,
assinaram hoje, durante o evento, portaria para a criação de grupos de
trabalho destinados a agilizar a inclusão digital no Brasil. A portaria
prevê a criação de um grupo de trabalho para debater temas fundamentais, que
vêm sendo discutidos em vários países, como o fomento à produção de conteúdo
nacional e o aprimoramento do sistema vigente de direito autoral. O Brasil é
signatário da Convenção da Organização das Nações Unidas para a Educação,
Ciência e Cultura (Unesco) sobre Promoção e Proteção da Diversidade das
Expressões Culturais, documento criado com o objetivo de proteger as
expressões culturais dos países contra a hegemonia da indústria do
entretenimento.
A convenção estabelece um novo paradigma no mercado
internacional dos produtos culturais, até então sujeitos unicamente às
regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). Entre os benefícios que a
aprovação convenção da Unesco trouxe aos países signatários, destaca-se a
garantia do poder soberano do Estado na adoção de políticas culturais.
Durante o encontro de quatro dias, aproximadamente
1.650 representantes governamentais de 90 paises, do setor privado,
sociedade civil, comunidades acadêmicas e tecnológicas, tratarão, de igual
para igual, de tópicos previamente selecionados por eles mesmos. Workshops
tratarão de questões como o Sistema de Segurança para Extensão de Domínio de
Nome - standard técnico que poderá melhorar a segurança da DNS global; a
transição atual da Versão 4 para Versão 6 do Protocolo da Internet; os
próximos desafios para segurança e privacidade; permitindo liberdade de
expressão para a Internet. De acordo com os Repórteres sem Fronteiras, no
mínimo 64 bloggers e dissidentes cibernéticos de 13 paises encontram-se em
prisões.
Os Best-Practices Forums (Fóruns para Excelentes
Práticas) abordam desde as políticas nacionais para Internet, privacidade,
até a proteção ao consumidor e proteção infantil. Um painel sobre o papel da
indústria na defesa dos direitos humanos pretende envolver representantes do
Google, Microsoft, Yahoo e Vodafone, assim como do Comitê Mundial de
Liberdade para Imprensa e Centro de Democracia e Tecnologia.
As onze "Coalizões Dinâmicas" vão tratar de questões
como spam; privacidade; stands de abertura; acesso e conexão para locais
distantes e comunidades rurais isoladas; um Código de Conduta; diversidade
lingüística; acesso ao conhecimento; liberdade de expressão e liberdade de
mídia na Internet; colaboração online; identidade de Gênero e Governança de
Internet; e uma estrutura de princípios para a Internet. Espera-se que
outras "Coalizões Dinâmicas" sejam lançadas durante o encontro.
Participantes do setor privado incluem Alcatel-Lucent,
Cisco Systems, France Telecom, Google, IBM, Intel, Microsoft, Nokia Siemens,
Sun Microsystems, Verizon e Yahoo. Da sociedade civil serão Anestia
Internacional, a Associação para Comunicação Progressiva e Save the Children
(Salve as Crianças), entre outras.
O Fórum do IGF é resultado direto da Cúpula Mundial da
Sociedade de Informação, fase de Tunísia (2005). Na agenda deste encontro
para a Sociedade de Informação, governos pediram ao Secretário-Geral da ONU
para convocar um "novo forúm sobre diálogo de políticas" para discussão de
assuntos relacionados a elementos cruciais da Governança da Internet. Por
não ser um organismo de decisão, a reunião do Rio não terá um documento
final, mas tentará incentivar um diálogo aberto entre os participantes sobre
políticas públicas relativas à Internet e criar novas dinâmicas entre as
instituições participantes.
O primeiro encontro do Fórum aconteceu no ano passado
em Atenas. O próximo Fórum, ano que vem, será convocado na Índia e em 2009
no Egito. Azerbaijão e Lituânia se ofereceram para hospedar o encontro final
em 2010. Subseqüentemente, as regras do Fórum serão revistas e possivelmente
renovadas pelos Estados Membros da ONU.
Às 19h30, no Circo Voador, na Lapa (RJ), Mangabeira
Unger, Gilberto Gil e o vice-governador do Rio de Janeiro, Luis Fernando
Pezão, debaterão com o público o tema "Apropriação social das novas
tecnologias da informação e o futuro do Brasil".
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