From: Siqueira
To:
Celld-group@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, May 10, 2005 4:20 PM
Subject: Re: [Celld-group] Dados pela rede elétrica: PLC
Olá, Helio
Como eu trabalhei com essa tecnologia, tenho
alguns comentários a fazer sobre o sistema.
Não funciona.
O grande problema é que os dados são transmitidos em "alta
freqüência", pode ser de 1Mhz até 10Mhz, ou 10Mhz até 20Mhz, ou
20Mhz até 30Mhz.
Ai que está o problema: como os dados são em
"alta freqüência" o fato de se colocar um capacitor em alguma
tomada próxima do ponto onde se pretende capturar a rede irá matar
o sinal, pois como sabemos o capacitor é um curto em alta
freqüência, matando assim o sinal.
Um exemplo marcante para nós foi uma vez
instalando a rede, um computador não queria funcionar, depois de
muito pensar, percebi um "carregador de celular" numa tomada
próxima. Retirei o carregador de celular da tomada e a rede voltou
a funcionar.
Portanto, na minha opinião, isso não
funciona.
Imagina em um prédio, vc ta na Internet, seu filho coloca o
celular para carregar e a Internet para. Sem cabimento.
Eles disseram que no chip de 200Mbps foi
resolvido esse problema, mas eu não acredito, pois esse é uma
problema físico, (o capacitor funciona assim e ponto final).
Ouvi falar de um projeto canadense que
pretende usar o PLC na "última milha", mas a conexão final (mesmo)
com o usuário seria através de wi-fi, ou outra tecnologia.
Ou seja, o PLC seria para distribuir os dados, e o wi-fi para
fazer a conexão.
Isso poderia funcionar pois a rede de distribuição elétrica é mais
controlável, não é qualquer um que colocar um capacitor na rede.
Acho que é isso.
[]s
Siqueira
Pelo que foi noticiado a
BRT irá oferecer uma solução de rede local (LAN) via PLC para o
usuário compartilhar a sua conexão de "banda larga" (ADSL) entre os
computadores da sua residência. Isto os usuários já fazem através de
redes cabeadas ou através de redes wireless WiFi domésticas.
Portanto esta solução não trará maiores benefícios aos consumidores
com relação ao acesso à Internet em "banda larga" ou concorrência
entre entre as operadoras. Compartilhar uma "banda larga" de 250,
400, 600 ou 800kbps a 200Mbps me parece uma piada de mau gosto, pois
esta é a realidade da BRT no Rio Grande do Sul.
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Uma questão....
Pelo que havia entendido
esta solução de distribuição ia ser não só residencial ( casas
especificamente se falando), mas também para prédios
residenciais.... Se esta segunda opção, distribuição dentro dos
prédios for válida, então o Sistema pode ser interessante....Do
contrário não traz nada de novo que um equipamento Wi-Fi de 200
"cruzeiros" não faça....
Grande Abraço,
Jose Eduardo
Moura
Mais alguém envolvido com projetos de PLC para comentar e/ou dar um
depoimento?
05.
Aqui está nossa coleção de textos sobre o assunto:
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Projeto piloto da empresa de energia do Paraná vai atender,
em um primeiro momento, 300 clientes oferecendo velocidade
de 100 MB por segundo.
O PLC (Power Line Communication – ou internet via rede
elétrica) começa a dar seus primeiros passos para chegar ao
mercado. A Copel (Companhia Paranaense de Energia) vai
inaugurar um projeto piloto oferecendo conexão à internet
pela rede elétrica em banda ultralarga ainda em 2007. A
informação é de Orlando Cesar, consultor de telecom da
empresa, em entrevista exclusiva ao COMPUTERWORLD.
De acordo com ele, o projeto – que vai atender um grupo de
300 clientes – oferecerá velocidades de acesso a 100 MB por
segundo para cada cliente. “Cada cliente vai ter, em sua
casa, um modem de 100 MB. E só precisa conectar seu
computador na tomada de energia. O projeto é a primeira
aplicação que traz realmente wide band ao mercado”, garante.
A aposta da empresa de energia foi em gerar outras opções de
monetizar o PLC, buscando outros caminhos além do retorno
sobre a assinatura mensal dos clientes. “A idéia é oferecer
ter uma rede A2A – any to any – qualquer serviço, de
qualquer provedor para qualquer cliente”, explica. Como a
empresa tem um backbone de fibra ótica passando por boa
parte do estado do Paraná, oferecer a conexão via internet
tornou-se um passo “óbvio”.
Orlando Cesar destaca que outros serviços serão oferecidos
pela rede assim que as parcerias forem fechadas. “A empresa
não ganha necessariamente pela conexão, mas pela entrega dos
serviços. Este modelo de negócios é a maneira mais eficiente
para aumentar o acesso à internet no Brasil, com novos
atores oferecendo novas possibilidades”, arremata.