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Outubro 2007
Índice Geral do
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O conteúdo do BLOCO tem
forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão
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e
WirelessBR.
Participe!
03/10/07
•
TV Digital (9) -"Espectro" + "Set-top box" + "Faltam
profissionais" +" Cursos sobre"
01.
Vamos nos situar? :-)
Nosso "Serviço ComUnitário" possui em andamento duas "Séries" sobre TV
(transcritas no BLOCO):
1. "TV Digital", com ênfase nos problemas técnicos como "padrão",
espectro, "set-top box", início das transmissões, etc).
2. "TV Pública" ou "TV Brasil" ou "TV Lula" ou "TV do PT".
Esta última, como veremos nas próximas
mensagens, permite ainda um desdobramento pois na mídia existem duas "TVs
Públicas", com mesmo nome mas significados e enfoques diferentes:
1. "TV Pública" significando a nova
rede "Empresa Brasil de Comunicação" com nome de fantasia "TV Brasil",
resultante da fusão de duas empresas já existentes - Radiobrás e Associação
de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp) que o governo pretende criar
por Medida Provisória logo após as votações da CPMF, conforme noticiário de
ontem.
Esta rede tem previsão da jornalista Tereza
Cruvinel como presidente, do jornalista Orlando Sena como diretor-executivo,
da jornalista Helena Chagas como diretora de jornalismo e do economista Luiz
Gonzaga Belluzzo como presidente do Conselho Curador.
2. "TV pública" significando o universo
das emissoras públicas, educativas, culturais, universitárias, legislativas
e comunitárias; sobre este "universo" tivemos dois eventos recentes:
a.
I Fórum Nacional de TVs Públicas -
evento "chapa branca", realizado em maio, iniciativa da Secretaria do
Audiovisual do Ministério da Cultura junto à Casa Civil e às entidades
representativas do campo público de televisão
b.
Encontro 'O Desafio da TV Pública',
organizado em junho pela TVE Brasil, reuniu dirigentes de emissoras de todo
o Brasil, além de convidados internacionais e representantes do Governo, de
estatais, do mercado publicitário, da produção independente e de várias
áreas relacionadas com televisão.
Isto posto, voltemos à "área técnica", ufa! :-)
02.
Transcrevemos mais abaixo estas matérias (com a
recomendação de preferir sempre a leitura na fonte!) :-)
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Fonte: Computerworld
Superintendente Ara Minassian explica como tem preparado
o espectro para o lançamento da TV Digital em todo o Brasil e como adianta
os trabalhos em relação ao Minicom.
Mesmo antes do decreto 5820, que definiu que o Brasil
usaria como base para a implantação da TV Digital no Brasil o padrão
japonês, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já estava se
preparando para atender ao novo modelo.
De acordo com o superintendente da Anatel, Ara Apkar
Minassian, os trabalhos começaram em 2001, com o congelamento das emissoras,
que não permitiu alterações naturais realizadas. “A partir disso,
conseguimos trabalhar sempre com seis meses de antecedência em relação aos
planos do ministério das Comunicações”, afirma o executivo.
Segundo ele, no intervalo entre 2001 e 2005, foi feito um
plano de revisão, quando foi revisitado o plano de resolução do canal
digital. “Se não fizéssemos isso, corríamos o risco de inviabilizar a
implementação hoje”, conta.
Por isso, a estratégia foi desenhar o pior cenário, que
era o da hipótese de o governo dar um novo canal para cada emissora e isso
permitiu a preparação atual. Com a cautela, Minassian diz que foi possível
preparar o espectro para a cidade de São Paulo há seis meses. “A meta é
fazer com que até março de 2008, todas as capitais do País tenham o seu
plano de televisão revisto”, estima.
As cidades que serão atendidas na segunda etapa do plano
de implementação da TV Digital – Brasília, Belo Horizonte, Salvador e Rio de
Janeiro – somente Salvador está faltando para completar o processo, mas
mesmo assim está nas etapas finais.
Em São Paulo, Anatel definiu três áreas das cidades para
o estabelecimento de um ponto central, a partir de onde cada emissora
deveria colocar uma antena num raio de 2 Km.
Mesmo com todas essas definições de canais novos para a
TV Digital, Minassian afirma que o telespectador não vai perceber mudança
alguma, porque o receptor (também chamado de set up Box ou decodificador),
fará automaticamente a mudança para o canal que o telespectador vê com o
sinal analógico. “Uma emissora que usa o canal 25, vai continuar sendo o
canal 25, mesmo se no espectro isso corresponda a outro número”. Conta.
A Anatel comemora a medida, já que evitou uma corrida por
canais.
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Fonte: B2B Magazine
Gratuito, porém nem tanto. Para desfrutar dos
benefícios da TV Digital que chega ao Brasil em 2 de dezembro na região
metropolitana de São Paulo, o consumidor terá que colocar a mão no bolso.
Segundo o presidente da Eletros - Associação Nacional de
Fabricantes de Produtos Eletrônicos, Lourival Kiçula, o conversor ou "set-top
box", aparelho que possibilita a recepção do sinal digital, deve chegar ao
mercado com o preço na faixa de 700 reais.
A justificativa ficou por conta dos componentes e oferta
limitada no início das transmissões, que encarecem o produto. "Não tem
volume, a produção ainda é pequena. A medida que o volume aumentar o custo
de produção baixa e o repasse do preço deve chegar ao consumidor", alega
Kiçula.
As previsões, no entanto, não são muito animadoras. De
acordo com ele, a expectativa é de que o custo só caia quando ganhar escala,
projetada apenas para o quinto ano após a implantação da TV Digital no
Brasil.
Os fabricantes LG, Panasonic, Philips, Samsung, Semp
Toshiba, Sony e Tectoy já se preparam para o lançamento de seus produtos que
variam entre conversores puramente e até televisores em LCD ou Plasma com o
conversor já embarcado. Os primeiros aparelhos devem chegar às lojas a
partir deste mês, acompanhando a campanha que anuncia o lançamento da TV
Digital.
Ao que tudo indica, o acesso inicial à novidade deve
ficar restrito a alguns curiosos, de renda média e alta, dispostos a pagar
por ela.
Hoje há cerca de 70 milhões de TVs no Brasil. Os
consumidores que não quiserem correr atrás dos conversores agora e
preferirem esperar os preços baixarem podem ficar tranquilos, que não
deixarão de ter acesso aos canais. A transmissão analógica da programação
das TVs abertas funcionará simultaneamente em VHF com a versão digital,
exibida em UHF.
"O sinal analógico só será desligado quando a penetração
e transição para o digital for completa", assegurou José marcelo Amaral,
diretor de tecnologia da TV Record e membro do conselho deliberativo do
Fórum Brasileiro de TV Digital. O desligamento da TV analógica está previsto
para 29 de junho de 2016.
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Fonte: Computerworld
Samsung, Philips, RF Telavo e Linear dizem que devem
aumentar as contratações, mas salientam que quem vai precisar de mais
mão-de-obra são as radiodifusoras.
Há uma carência tremenda de profissionais especializados em TV Digital no
mercado e fabricantes como a Philips, Samsung, RF Telavo e Linear
concordam que a demanda ainda vai aumentar.
“Se houvesse oferta de mão-de-obra, contrataria hoje
pelo menos 50 profissionais, principalmente na área de radiofreqüência”,
ressalta o diretor executivo da RF Telavo, Jakson Alexandre Sosa. Para
solucionar o problema e diante do fato de que as universidades não têm
cursos voltados para a área, a empresa diz que está formando sua própria
mão-de-obra. “Varremos as faculdades do estado de São Paulo e não achamos
ninguém, então partimos para buscar pessoas no nosso centro no Rio Grande
do Sul”, conta.
Leia também: Conheça algumas opções de cursos de TV
Digital
Segundo ele, o problema é que, como de praxe, depois do
treinamento e de as pessoas ficarem lapidadas as emissoras as levam
embora. “As radiodifusoras têm várias facetas e muitas áreas que precisam
de especialistas, como em produtos e aplicativos de middleware que formam
um cenário amplo que as fazem ter mais problemas que nós”, afirma.
Na Samsung o problema da falta de profissionais só não
é maior, segundo Benjamin Sicsú, vice-presidente da companhia, porque a
empresa possui um centro de pesquisas que ajuda na formação de pessoas.
“Quem tem institutos desse gênero precisa treinar e contratar com
antecedência”, explica. Apesar disso, ele diz que a empresa deverá
aumentar o número de contratações e que a preocupação é especialmente com
profissionais que entendam de semicondutores, porque “os profissionais de
eletrônica são muito bons”, avalia.
A Philips conta que também não tem sofrido tanto porque
acredita que ainda não chegou a hora em que precise de pessoas realmente
especializadas. “Os produtos mais imediatos já estão prontos, como o set
up box – talvez em dezembro e em 2008 é que precisaremos de mais
desenvolvimento interno”, acredita Walter Duran, diretor de tecnologia da
empresa.
De acordo com o executivo, quem realmente vai sofrer
com a falta de profissionais são as radiodifusoras, que demandarão
profissionais para o desenvolvimento do Ginga. “A chave do ouro está no
middleware, que fica entre o sistema operacional e o hardware e vai
determinar as aplicações”, descreve.
A Linear, fabricante nacional de equipamentos de
transmissão de sinais para TV, contratou recentemente 23 pessoas para a
linha de montagem e seis para desenvolvimento dos primeiros transmissores.
O executivo diz que é difícil principalmente encontrar pessoas para o
desenvolvimento, porque não existe formação para isso. “E a demanda ainda
vai aumentar muito depois do início oficial das transmissões”, aposta.
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O COMPUTERWORLD lista alguns cursos sobre o novo padrão
de TV Digital que estão disponíveis na UFRJ, Mackenzie, Metodista e Inatel.
Confira e programe-se.
A demanda por profissionais especializados em TV Digital tende a aumentar
até o começo de dezembro deste ano – quando começam as transmissões nesse
padrão de radiodifusão – e também depois, quando o número de espectadores
crescer. O COMPUTERWORLD apurou com fabricantes que a falta de
profissionais já é significativa e por isso levantou algumas universidades
e instituições que oferecem cursos na área, para que você se prepare e
aproveite a onda.
Entre as instituições que procuramos, poucas oferecem
cursos específicos e outras têm planos, como a Universidade de São Paulo,
que está articulando um curso de pós-graduação na área.
Leia também: Faltam profissionais especializados em TV
Digital
Guido Lemos, professor da Universidade Federal da
Paraíba – que trabalhou no desenvolvimento do middleware – conta que tem
uma disciplina de um semestre sobre o tema no curso de pós-graduação em
informática e que os alunos da graduação podem participar das aulas dentro
do programa de disciplinas optativas.
As iniciativas mais adiantadas, no entanto, são do
Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Presbiteriana Mackenzie, Universidade
Metodista de São Paulo e Instituto Genius.
A Inatel tem turmas de pós-graduação em Engenharia de
Sistemas de TV Digital e Internet Protocol Television (IPTV) em Campinas
(SP), São Paulo capital e Santa Rita do Sapucaí (MG), sede do Inatel.
A Metodista também tem algumas iniciativas em TV
Digital e, de acordo com o professor Sebastião Squirra, há inclusive uma
idéia de fazer com que o curso de graduação em Rádio e TV seja totalmente
voltado para as mídias digitais. “Procuramos aqui fazer uma interface
entre a tecnologia e a comunicação”, explica. O destaque, entretanto, é
para a Pós-graduação em Produção para TV Digital, que abrirá uma nova
turma em breve. Squirra afirma ainda que a universidade tem um sub-Grupo
de pesquisa focado especificamente em TV Digital, dentro do ComTec
(Comunicação e Tecnologias Digitais).
O Mackenzie também tem uma Pós-graduação em TV Digital,
voltada para engenheiros e outros profissionais graduados e com
conhecimentos técnicos que atuam com sistemas de empresas de rádio e
televisão, oferecida no campus São Paulo. O objetivo do programa é estudar
os parâmetros básicos e padrões da digitalização da imagem e som, da
compressão do sinal digitalizado, da modelagem o do canal, dos padrões
adotados e dos testes de desempenho. Além disso, visa a compreensão da
implantação da TV digital no Brasil e de outros meios de transmissão da TV
digital.
Outra opção é o curso de Pós-graduação em TV Digital
oferecido desde 1987 pela UFRJ, nos modelos Scritco-Sensu e Lato-Sensu
desde 1999. Além disso, a instituição tem cursos de extensão em TV Digital
regularmente, que segundo escreveu o leitor e professor associado do
departamento de eletrônica da UFRJ, Eduardo A. B. da Silva, abastece a
necessidade de algumas emissoras de televisão.
Finalmente, o Genius Instituto de Tecnologia em
parceria com o Centro Federal de Educação Tecnológica do Amazonas (CEFET-AM)
oferece cursos no Centro de Capacitação Tecnológica Anísio Teixeira.
Conduzido pelo líder de projetos no Genius, Valteir Romão, o curso tem
duração de 552 horas, é gratuito e voltado principalmente para o
desenvolvimento de projetos em TV Digital.
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