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Outubro 2007
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13/10/07
• Pequenos provedores de
Internet (1) - Artigo do presidente da Associação Brasileira de Pequenos
Provedores de Internet (ABRAPPIT)
Temos muitos participantes que são Pequenos
Provedores de Internet ou estão se preparando para entrar no negócio.
As dúvidas e os problemas são enormes mas, de
algum modo, o tema não chega aos fóruns por inibição ou por necessidade de
privacidade.
Estamos convidando todos interessados para debater este assunto.
Estamos à disposição de todos que não queiram se
expor, para intermediar as mensagens preservando o anonimato.
O Teleco publicou esta semana um artigo de
fôlego de Ricardo Sanchez - Presidente
da ABRAPPIT
- Associação Brasileira de Pequenos Provedores de Internet.
Ricardo Sanches é membro fundador e atual Presidente da Abrappit -
Associação dos Pequenos Provedores de Internet e Telecomunicações, sócio
fundador da Linkway Internet Provider, empresa no ramo de prestação de
serviços de conexão à rede internet e telecomunicações, sócio fundador da
NBS–Produtos para Informática, Consultoria e Sistemas Ltda, empresa de
prestação de serviços que atua no mercado de Câmaras Municipais (www.nbsnet.com.br), sócio
Fundador SFK Brasil Materiais Educativos (www.sfkbrasil.com.br). Possui
sólida experiência profissional nos setores de Internet e Telecomunicações.
E-mail:
ricardo@linkway.com.br
Aqui está o trecho inicial do artigo:.
Fonte: Teleco - Seção
"Em Debate" - Destaque da Semana
O papel dos pequenos provedores de Internet e
de serviços de telecomunicações no contexto da oferta de banda larga na
competição na última milha
"Há muitos anos que os pequenos provedores de acesso à Internet vem
solicitando acesso aos recursos de telecomunicações para desenvolverem
suas atividades.
O uso de serviços de telecomunicações, como o acesso discado ou dedicado,
continua sendo barreira para o desenvolvimento da atividade dos pequenos
provedores, em particular, fora das capitais e grandes cidades do país.
Não é só a impossibilidade de escolha pelo usuário do provedor de acesso à
Internet, a questão do subsidio cruzado entre as atividades de exploração
dos serviços de telecomunicações e as atividades do provedor de serviço de
valor adicionado nunca foram resolvidas e hoje são ampliadas sob
denominações como Triple Play.
O tema já foi objeto de inúmeras ações em diferentes esferas sem solução,
vale lembrar das consultas públicas realizadas pela Agencia Nacional de
Telecomunicações - Anatel em torno de soluções para a questão e que até
hoje não produziram qualquer resultado.
Um tema que desapareceu da pauta foi a idéia de definição de um código
especifico denominado 0i00 que possibilitaria o uso dos serviços
telefônicos para acesso direto dos assinantes a qualquer provedor no
território nacional por uma tarifa acessível.
A Agencia Nacional de Telecomunicações - Anatel não produziu soluções para
assegurar o uso dos serviços de telecomunicações para acesso aos
provedores, porém estimulou os provedores a se tornarem prestadores de
serviços de telecomunicações por meio de autorizações de SCM.
Essa visão é equivocada porque o papel do provedor não é limitado a
possibilitar o acesso local à Internet é, principalmente, aplicar a
inovação tecnológica difundindo conteúdos locais para o resto do mundo e
esse papel depende do acesso a recursos do backbone Internet que não
alcança todas as cidades brasileiras."
leia mais!
Vale conferir o original, com diversas ilustrações.
Amanhã vamos transcrever o artigo na íntegra.
Ainda como motivação, transcrevemos
abaixo as repercussões registradas no Teleco.
Para variar, vale conferir! :-)
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Comentários dos
leitores do Teleco
Comentário de Adelmo Santos
Uma matéria que realmente reflete o momento
histórico que vivemos, e que poderá fazer a transformação do Brasil no setor
de telecomunicações. É preciso que o governo brasileiro faça cumprir a lei,
as operadoras ou suas coligadas, não estão autorizadas em nenhum documento a
prover a ultima milha, estas empresas não podem se transformar pelo simples
fato de acharem que pode, serem provedores de internet.
Tenho uma curiosidade pessoal, sem resposta sobre o que acontece com a
internet discada, as operadoras aplicam exatamente o que diz a LGT, fornece
os meios de acesso e os provedores realizam os serviços de venda do conceito
de internet, instalação de modens, autenticação e conteúdo, mas quando o
assunto é banda larga, elas burlam a lei e o governo com o silêncio da
ANATEL aprova esta prática. Porque esta diferença se os serviços são os
mesmos?
Parabéns ao Ricardo da ABRAPPIT pela matéria e a TELECO pela coragem de
publicar um texto tão importante, mas que contraria muitos interesses.
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Comentário de Nelson José Novaes
Engenheiro Agrônomo, Chefe Geral da Embrapa Pecuária Sudeste.
Parabenizo pelo artigo, e seus esforços visando
sensibilizar as autoridades quanto às dificuldades com comunicação na zona
rural.
O artigo é oportuno, e lembramos que somente com seu auxílio e o apoio da
Universidade Federal de São Carlos conseguimos implantar internet de alta
conexão via RNP em 2006, na Embrapa Pecuária Sudeste.
Quanto à telefonia , ainda não conseguimos ter acesso ao DDR, apesar dos
esforços dispendidos e através dos inúmeros contactos já realizados com a
EMBRATEL, A falta de infraestrutura em telecomunição no campo, é prejudicial
ao desenvolvimento do agronegócio em muitos aspectos, como informações em
tempo real, acessos aos mercados nacionais e internacionais, etc.
Um abraço, e continue nesta luta, que muito contribuirá para possibilitar
acesso à informação pelo homem do campo.
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Comentário de Luiz Antonio Napolitano
Sallada
Vice Presidente Agroceres
O artigo do Ricardo Sanches não me surpreende,
pois conheço o seu poder de argumentação e sei que é grande. Com certeza foi
aqui na Agroceres, bem como na Embrapa, que ele percebeu mais claramente as
dificuldades que o Agribusiness brasileiro enfrenta com problemas de
comunicação.
A necessidade da de fato inclusão digital do pessoal de campo é uma
necessidade urgente e séria. As dificuldades de alguém que tem base nada
mais que 2 quilômetros da cidade para acessar a internet é incrível, a
ginástica, engenharia e custos que as empresas que correspondem por 95% do
superávit comercial do país passam é uma coisa absurda.
Pelo que se apresenta no artigo e pelas conversas que pessoas ligadas a área
de telecomunicações soluções tecnológicas existem e nós as aguardamos
ansiosamente.
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Comentário de Eustáquio Souza Martins
Diretoria Técnico Comercial
O Ricardo está de parabéns, esta materia é
realmente exclarecedora, pena que MINISTROS, ANATEL, PRESIDENTE DA
REPÚBLICA... e outras autoridades não deem ouvidos.
A WKVE leva hoje links IPs a mais de 50 cidades no leste mineiro, tentando
amenizar custos para os provedores locais. Investimos mais de dois milhões
de reais em infra para que isto ocorra. Só que, continuamos sem visibilidade
perante as autoridades e, o que é pior, a própia ANATEL não nos dá a mínima.
Acho que fomos a sexta empresa a tirar a licença SCM e um dos poucos que tem
a concessão da 3.5 Ghz em algumas áres de numeração.
Fizemos investimentos sem futuro... infelizmente.
Espero que o Ricardo e outros mais continuem conoscco nesta luta.
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Comentário de Luis Carlos Trevelin
Professor doutor do Departamento de Computação da UFSCar
Parabenizo ao Ricardo pela forma brilhante com
que aborda neste artigo a questão da exclusão digital de quem vive foram dos
grandes centros urbanos e sua relação com os pequenos provedores de
telecomunicaçoes e internet e à TELECO pela oportunidade de sua publicação.
Ricardo é feliz quando coloca a questão da não regulamentação, ou
necessidade de atualização desta para o momento atual onde as demandas têm
nova natureza e onde existe espaço para pequenos provedores, e que a
princípio não interessa às grandes operadoras mas, que é estratégico para o
país.
A analogia com serviços bancários, onde hoje soms tarifados para trabalhar
para os bancos (mina de ouro!), mostra claramente quem são os beneficiários
da inovação tecnológica neste país. Cabe de fato ao governo um olhar mais
amplo e mais patriótico a estas questões.
É notório que os grupos que mais faturam hoje no país são as multnacionais,
em áreas estratégicas, em detrimento de nossas empresas.
Incluo neste contexto de inovação a participação das universidades como
parceiras neste processo.
Considero o artigo um importante ponto de discussão e quem sabe um
referencial para uma mudança estratégica no país, tanto na área das
telecomunicações e internet quanto em outras áreas onde a inovação se
apresenta como fator determinante de progresso.
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Comentário de Sidney Regi Junior
GSA - Tecnologia e Sistemas
Sobre a exclusão digital!
É impressionante que num país com tanto potencial como o nosso ainda existam
cláusulas de barreiras políticas acertadas entre quatro paredes e à meia luz
e que beneficiam apenas os grandes grupos e alguns políticos em detrimento
das pessoas e empresas que trabalham e que realmente desenvolvem esse país.
A questão da exclusão digital no meio rural, onde atuamos e onde está o
nosso cliente, tem inviabilizado inúmeros negócios da nossa empresa, pois
muitas vezes não podemos atender a demanda existente, não por falta de
capital, nem por falta de vontade e muito menos por falta de determinação de
determinação, mas sim por falta de infra-estrutura de comunicação.
A nossa empresa poderia realmente estar contratando mais pessoas e
investindo muito mais se o governo tomasse algumas medidas simples no
sentido de liberar o uso de tecnologias já existentes para esse fim.
É triste pensar assim, mas tudo indica que grandes lobs não querem o
desenvolvimento desse setor, sem antes estarem preparados para explorá-lo
predatoriamente.
Mas uma luz no fim do túnel surge quando empresas com a SAP e outras grandes
do setor, começam a enxergar e focar no agronegócio nacional. Quem sabe
agora os cachorros grandes se entendam?
Vamos continuar lutando!
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Comentário de Sergio Luis da Silva
Professor UFSCar
Oportuno e pertinente o artigo. Qualquer esforço
no sentido ampliar a hoje tímida competição que existe em vários segmentos
das telecomunicações é muito bem vindo. Isso terá reflexos na cidadania pela
inclusão digital, e no ambiente dos negócios, dado ser o uso da internet
fator cada vez mais crítico para a inserção competitiva global de nossas
empresas em qualquer setor do agronegócio, da indústria, ou dos serviços.
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