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Outubro 2007               Índice Geral do BLOCO

O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão  Celld-group e WirelessBR. Participe!


30/10/07

MVNO = "Operadora Móvel Virtual" (07)

Olá,
ComUnidade WirelessBRASIL!
 
Esta é a "Série" MVNO (Mobile Virtual Network Operator) do nosso "Serviço ComUnitário".
 
01.
MVNOs são operadoras que não possuem espectro próprio e também não contam com infra-estrutura de rede, mas que por meio de acordos com operadoras móveis tradicionais adquirem pacotes de minutos de uso (MOU - Minutes of Use) no atacado para vender aos seus clientes. 
 
Temos uma coleção de matérias sobre MVNO e estamos divulgando como ambientação, para acompanhar sua "história" na mídia e as reações da Anatel.
A idéia é explorar também as matérias mais antigas para acompanhar as experiências já realizadas (com ou sem sucesso) e a flutuação do interesse do mercado.
Assim, para variar...vale conferir!   :-)

02.
Transcrições de hoje:

Fonte: Thesis
[23/04/07]  
MVNO para WiMAX, na Rússia  por WiMAX Day
Fonte: Carta Capital
[14/02/07]  
Celulares virtuais por André Siqueira

03.
Artigos transcritos nas mensagens anteriores:

Fonte: Teleco
[15/09/06]
MVNOs - Modelos de Negócio por Rafael Frade, Consultor de Negócios e Tecnologia da Promon.

Fonte: Thesis
[26/09/06]
MVNO: além da vã filosofia por Jana de Paula

Fonte: Thesis
[09/05/07]   Virgin: medo do WiMAX? por WiMAX Day
 
Fonte: Convergência Digital 
[11/10/07]   Correios de Portugal disputam telefonia com MVNO por Ana Paula Lobo 

 Fonte: CBEJI - Centro Brasileiro de Estudos Jurídicos da Internet
 
[24/03/05]   
Primeiro o VOIP, agora as MVNO, os novos desafios para a ANATEL por Hélio Moraes [ Pinhao e Koiffman Advogados]

Fonte: FonteMídia / Cache do Google
[02/06/03]
Emissora de TV inicia em julho próximo a sua entrada no mercado de MVNO (Mobile Virtual Network Operator). Serviços inicialmente serão oferecidos na Europa.  [MTV adota tecnologia da SmartTrust para oferecer serviços móveis pelo telefone celular]

Fonte: Thesis
[12/08/07]    
MVNO a caminho da MVNE por Guy Zibi  

Fonte: Thesis
[16/07/07]  
MVNO: (nem tão) más notícias  por Pyramid Research

Fonte: Teleco
[08/11/04]
Mobile Virtual Network Operators - MVNO - O que está faltando?
por
Raul Aguirre - Managing Partner da DiamondCluster International no Brasil e América Latina

Fonte: ITweb
[08/10/07]  
Operadora virtual está distante da regulamentação por Carlos Eduardo Valim/Gazeta Mercantil

Fonte: WirelessBR (republicação em 18/09/06)
[Mar 2002] 
Parceria em redes móveis já desperta interesse por Jana de Paula

Fonte: BLOCO
[18/09/06] 
MVNO (Mobile Virtual Network Operator) 

Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Thienne Johnson

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 Fonte: Thesis
 [23/04/07]  
MVNO para WiMAX, na Rússia  por WiMAX Day
 
 O vasto território da Federação Russa apresenta desafio formidável a qualquer rede de telecomunicações. Num esforço de lançamento de WiMAX nesta região, a Synterra, fornecedora de WiMAX, propôs um programa de parcerias junto a companhias que possam instalar as redes em pequenas regiões daquele grande país a partir de contratos de MVNO (mobile virtual network operators).
 
 Diante de uma entusiástica assistência, durante a Conferência de Banda Larga sem Fio 2007, em Moscou, na semana passada, o presidente da Synterra, Vitaly Slizen, disse que após vários anos de trabalho em Moscou, o modelo de negócios da companhia tornou-se viável. Apesar disso, a expansão de sua rede às numerosas regiões da Rússia consumiria muito em tempo e capital. Por isso, Slizen propôs que as companhias regionais acionem serviços de WiMAX sobre uma base de MVNO, utilizando-se das radiofreqüências da Synterra.
 
 No modelo apresentado pelo executivo, a companhia regional adquire e instala as estações de base locais e é, também, responsável pelo marketing do serviço. A Synterra fornece à operadora regional apoio total no desenvolvimento do serviço, tecnologia e regulamentação; e se compromete, também, a gerenciar o tráfego do operador regional.
 
 O fato é que a Synterra precisa destes operadores regionais para respeitar o acordo feito com a Agência Federal para Educação da Rússia, fechado no ano passado, para interligar 53 mil escolas regionais via internet. O contrato, no valor de 3 bilhões de rublos (US$ 116 milhões) foi assinado com a subsidiária RTKomm, da Synterra.
 
 Última milha
 
 Diante da necessidade de atingir as regiões periféricas da Rússia a partir do acesso em última milha, a idéia da Synterra é criar um backbone para acesso de massa em todo o país; para isso, depende do acesso local regional. O que a Synterra propõe aos operadores regionais, através de uma rede WiMAX, é um acesso a preço de US$ 5 por gigaoctet, contra o preço atual de banda larga, que varia entre US$ 30 e US4 40 por gigaoctet. Para as companhias que têm o acesso aos clientes locais e capital e infra-estrutura para lançar a rede, esta é a principal vantagem, segundo Slizen, já que podem fornecer uma conectividade a preço baixo, graças ao backbone da Systerra.
 
 Este modelo de MVNO para o WiMAX pode incrementar os negócios na Rússia. Ele permite que pequenas empresas construam seus negócios sobre o espectro da Systerra (o que reduz o investimento em radiofreqüência) e oferece serviços de internet em regiões que não dispõem de modelos alternativos de acesso em banda larga.
 
 Obstáculos
 
 Mas subsistem obstáculos neste modelo de negócios. Slizen reconheceu que os principais deles a serem ultrapassados se referem às questões de regulamentação. Mas, se mesmo diante das dificuldades, a Synterra atingir seu objetivo, ela será um dos primeiros operadores a oferecer soluções de MVNO para WiMAX.
 
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Fonte: Carta Capital
[14/02/07]  
Celulares virtuais por André Siqueira

Graças ao avanço da tecnologia, empresas de outros setores podem oferecer serviços de telefonia móvel
 
ESPN  As concessionárias de telecomunicações costumam encabeçar as listas de reclamações dos órgãos de defesa do consumidor. Por outro lado, grandes redes do varejo crescem à custa de um relacionamento próximo com os clientes. Que tal, então, assinar um plano de telefonia celular da Casas Bahia, ou do Magazine Luiza? A proposta pode parecer absurda, mas especialistas dizem que é apenas uma questão de tempo, até que o serviço passe a ser oferecido também por empresas de fora do setor. O modelo, chamado de MVNO (sigla em inglês para operadora virtual de rede móvel), é utilizado há cinco anos nos EUA e na Europa, onde grupos como Disney e Virgin alugam a capacidade das telefônicas e mantêm suas próprias redes de assinantes. Em outras palavras, compram minutos de ligações e os revendem para os clientes.

Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a MVNO está em estudos desde 2006 e deve ser submetida à consulta pública ainda este ano. São os primeiros passos para a regulamentação. Enquanto isso, alguns grupos brasileiros de peso estariam conduzindo, em sigilo, análises de viabilidade para o novo negócio. Alguns dos possíveis interessados no modelo seriam a Casas Bahia e o conglomerado de comunicação RBS. Oficialmente, entretanto, ambos negam ter projetos nessa área.

Não é só a falta de regras que mantém os planos engavetados. As experiências internacionais mostram que não é tão fácil emplacar uma operadora virtual. Em primeiro lugar, é preciso lembrar que nenhuma telefônica emprestaria a própria infra-estrutura para um potencial concorrente. A idéia é que as novas participantes do mercado explorem o excesso de capacidade das veteranas. Ou seja, só serão bem-vindas se provarem que vão aumentar o volume de ligações na rede alugada, em vez de roubar a clientela do senhorio.

Um bom exemplo é o da Virgin Mobile, operadora virtual presente em seis países, que se valeu da marca para alcançar o público jovem, ansioso por fazer parte do universo criado pelo milionário inglês Richard Branson, dona da gravadora Virgin Records, da companhia aérea Virgin Atlantic e uma série de outros negócios. Só na França, onde o serviço foi lançado em 2006, a operadora conquistou 400 mil clientes nos primeiros nove meses. Outra operadora virtual, a Disney Mobile tornou-se, por razões óbvias, sucesso entre as crianças.

Nos dois casos, as MVNOs exploram clientelas pouco ou mal atendidas pelas operadoras convencionais. Ambas mantêm contratos com a empresa de telecomunicações Sprint, que é remunerada pelo uso da infra-estrutura.

Tanto a Virgin quanto a Disney são empresas que produzem conteúdo e, com isso, driblam o segundo grande desafio das operadoras virtuais, que é a comunicação com o cliente. Para João Castanho Neto, sócio da consultoria Thymus Branding, os celulares são um meio tão eficiente para reforçar a imagem de um grupo que podem tornar coerente o risco de entrar no novo negócio. “Os consumidores se relacionam com marcas, não com produtos”, diz.

Neto aponta a Natura e a TAM como empresas que, no Brasil, conseguem se comunicar com grandes públicos a partir de um conjunto de valores. Teoricamente, isso as habilitaria a vender tanto os respectivos cosméticos e passagens aéreas quanto, por que não?, assinaturas de telefonia celular. “A estratégia faz sentido do ponto de vista das marcas, mas é claro que seria preciso fazer uma série de análises mercadológicas antes”, diz o consultor. Mesmo com o uso de redes já existentes, o lançamento de uma operação de MVNO requer altos investimentos em distribuição, atendimento e publicidade, além de pesquisas prévias para descobrir onde estão os potenciais clientes.

Até certo ponto, é difícil prever se uma marca vai conquistar o público na área de telefonia móvel. O canal de esportes ESPN criou uma operadora celular virtual, em meados de 2006, com a meta de chegar a 250 mil clientes no primeiro ano de funcionamento. O serviço foi encerrado no fim de dezembro, com meros 10 mil assinantes.

No Brasil, que se aproxima dos 100 milhões de celulares em operação, pode parecer difícil encontrar brechas para expandir ainda mais a base de usuários. Estudos mostram, entretanto, que as vendas de aparelhos ainda podem crescer, por exemplo, entre a população de baixa renda. A saída está em buscar nichos de mercado, uma tarefa difícil para as grandes operadoras, com estruturas de vendas e atendimento aos clientes padronizados, que nem sempre agradam a todos.

Segundo o Procon-SP, 30% das reclamações enviadas ao órgão de defesa do consumidor entre janeiro e outubro de 2006 eram endereçadas a empresas da área de telefonia. Os celulares responderam por mais da metade das queixas (1.524, no total).

“Os grupos que atuam no varejo sabem onde está a demanda e conhecem bem o público, por isso um serviço lançado por um deles teria um apelo fantástico”, afirma Luis Claudio Rosa, presidente da Option, uma empresa que presta serviços de telefonia na área corporativa. O executivo vislumbra outros nichos a serem explorados pelas MVNOs, tão logo a atividade seja regulamentada. “Existe espaço também para a entrada de pequenas operadoras, que podem ser usadas pelas grandes para aumentar a própria receita”, defende.

De acordo com a sócia da IBM Business Consulting Services, Manzar Feres, as novas tecnologias de transmissão de dados sem fio também podem facilitar a entrada de outros competidores no setor de telecomunicações. Hoje, é comum conectar um computador portátil à internet em cafés e livrarias, por meio de um sinal de rádio que abrange, aproximadamente, o perímetro das lojas. O chamado WiMax, entretanto, promete ampliar essa cobertura para raios superiores a 50 quilômetros, o que permitiria, ao menos em tese, a oferta de serviços de telecomunicações dentro dessa área.

“Uma empresa dona de muitos pontos-de-venda, estrategicamente localizados em áreas populosas, teria condições de oferecer serviços de telefonia e internet, como se fossem os ramos de uma árvore”, explica Manzar. O tronco, nesse caso, seria a operadora convencional, que leva a rede de cabos e fios até cada loja. A idéia, ressalva a consultora, não é original. Durante alguns meses especulou-se, nos EUA, que a rede de supermercados Wal-Mart teria planos de se tornar uma operadora virtual por meio do WiMax.

Um dos motivos de esse modelo ainda não ter vingado em nenhuma parte do mundo é uma deficiência do WiMax na transmissão de voz. “Há um atraso que não é sentido quando os dados trafegam na rede, mas torna-se intolerável durante uma conversa telefônica”, explica a consultora. “Mas esse é um problema que deverá ser resolvido em pouco tempo pela indústria.”

O que está em curso, segundo a maioria dos especialistas do setor, é uma mudança no modelo de negócios das empresas de telecomunicações. Se, no passado, os grandes grupos competiam para ver quem tinha a maior rede de fios e cabos, hoje a briga é para oferecer os melhores serviços e cativar o público. Ainda que seja preciso perguntar aos possíveis assinantes: “Quer pagar quanto?”

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