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Setembro 2007               Índice Geral do BLOCO

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16/09/07

•  Série sobre Rádio Digital (30) - Audiência na Câmara + Artigos e notícias

 
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
 
Este é mais um "Serviço Comunitário": estamos acompanhando o processo de implantação do "Rádio Digital".

O ministro Helio Costa e a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) estão fazendo enorme pressão pela adoção do padrão americano.
 
Esse é o sistema preferido pelos atuais donos de rádios no Brasil porque assegura as concessões que eles já têm.
O país pode ainda desenvolver pesquisas no setor e criar uma alternativa nacional para a tecnologia: nossa "Academia" tem competência para isso.
 
Mantivemos na "coluna do meio" do nosso Portal, que registra "posts" do BLOCO - Blog do Coordenadores, nossa última mensagem que fez um vôo panorâmico sobre esta "novela".
 
Amanhã (dia 11, terça) tem audiência na Câmara dos Deputados promovida pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática.
 
A ANATEL, "sob nova direção" dá sinais que vai assumir o controle deste processo: é ver para crer.
 
Estamos adicionando à nossa coleção de artigos e notícias os seguintes textos recentes, transcritos mais abaixo:
 
Fonte: Computerworld
[10/09/07]  
Audiência discute nesta terça implantação da rádio digital no Brasil
 
Fonte: INFO
[28/08/07]  
Anatel não define padrão de rádio digital
 
Fonte: UAI
[04/09/07]  
Rádio digital pode eliminar empregos
 
TI Inside
[27/08/07]  
Entidades civis criticam testes de rádio digital sem método definido
 
Fonte: Agência Brasil
[26/08/07]  
Testes com rádio digital não precisam ser refeitos após Anatel definir metodologia, diz ABERT por Alessandra Bastos
 
Fonte: Valor Online
[22/08/07]  
Ministério das Comunicações enviará avaliação sobre sistema de rádio digital em dois meses
 
Fonte: Agência Brasil
[27/08/07]   Entidades civis criticam testes de rádio digital sem método definido por Alessandra Bastos
 
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
 
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Fonte: Computerworld
[10/09/07]   Audiência discute nesta terça implantação da rádio digital no Brasil
 
Câmara dos deputados vai reunir diversas entidades do setor para discutir os padrões e formas de implementar o padrão digital de rádio no País.
 
A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática promove nesta terça-feira (11/09) audiência pública sobre a implantação da rádio digital no País.
 
Foram convidados para o debate representantes da secretária de Serviços de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações, da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço), da Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (SET) e da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert).
 
O governo acredita que, com a digitalização, haverá uma melhora na qualidade do áudio - a rádio AM terá qualidade de FM, a FM terá som de CD, e será possível transmitir até quatro canais dentro da mesma freqüência. Além disso, com a nova tecnologia, as informações, antes exclusivamente sonoras, passam a ser transmitidas em bits, o que torna possível às emissoras enviar textos e fotos (para aparelhos que tenham visor).
 
A discussão sobre a implantação da rádio digital interessa à indústria, aos radiodifusores comerciais, públicos e comunitários e à sociedade em geral, já que haverá necessidade de trocar os transmissores das cerca de 5 mil emissoras autorizadas, além dos cerca de 200 milhões de aparelhos de rádio existentes no Brasil. A expectativa é que a nova tecnologia esteja em operação já no próximo ano.
 
O Brasil ainda precisa decidir que padrão vai adotar na implantação da rádio digital - norte-americano, europeu ou japonês. O sistema norte-americano, conhecido como In Band On Channel (Iboc), é de propriedade da empresa IBiquity, que cobra royalties mas mantém as mesmas freqüências já em uso pelas emissoras.
 
Esse é o sistema preferido pelos atuais donos de rádios no Brasil porque assegura as concessões que eles já têm. O País pode ainda desenvolver pesquisas no setor e criar uma alternativa nacional para a tecnologia.
 
Com informações da Agência Câmara
 
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Fonte: INFO
[28/08/07]   Anatel não define padrão de rádio digital
 
BRASÍLIA - A Anatel disse que não tem data para definir qual padrão de rádio digital o país vai adotar.
 
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está criando padrões para os testes com os sistemas de rádio digital que poderão ser implantados no Brasil.
 
O ministro das Comunicações, Hélio Costa, pediu que as rádios enviem, o quanto antes, o relatório final com o resultado dos testes.
 
Os testes, entretanto, terão que se enquadrar nos padrões exigidos pela Anatel para serem validados, e não há data para a definição da metodologia para os testes nas freqüencias de FM e Ondas Curtas (OC).
 
A metodologia que deverá ser aplicada pelas rádios AM no testes com o padrão americano Iboc (In Band On Channel) foi encomendada pela Anatel à Universidade de Brasília (UnB) e já está pronta.
 
Após passar por um processo de consulta pública, os resultados estão sendo agora analisados pelos técnicos da Agência. A metodologia poderá ser usada a partir do momento em que for publica no Diário Oficial, e a previsão da Anatel é que isso ocorra em um mês.
 
Entretanto, o padrão para testes na faixa FM com o padrão americano e na freqüência ondas curtas (OC) com o padrão europeu DRM ainda não está definido. As duas, depois de prontas, também passarão pelo processo de consulta pública e a Anatel não têm previsão de quando os testes padronizados poderão ser iniciados.
 
O autor da metodologia dos testes em AM, Lúcio Martins da Silva, avalia que uma quantidade “muito grande” de testes foram feitos nos Estados Unidos por entidades confiáveis. “Tem uma série de testes que não precisariam ser repetidos. Podia ser fazer uma avaliação nos pontos onde se têm alguma dúvida de como o sistema se comporta e se aproveitar os testes já feitos nos EUA, porque o modelo de radiodifusão deles e o nosso são muito parecidos. Em normas, procedimentos e canalizações, são quase idênticos”, afirma o professor.
 
Segundo ele, que é professor do departamento de engenharia elétrica da Universidade de Brasília (UnB) e coordenador na UnB dos testes com o sistema europeu DRM, “aparentemente, não houve grandes problemas ou problemas relevantes na implantação do sistema nos Estados Unidos”.
 
Associações e entidades de rádios comunitárias divergem da opinião de Martins. Afirmam que, no modelo americano Iboc de rádio digital, rádios comunitárias deixariam de existir. Pela legislação brasileira, a potência máxima permitida a uma rádio comunitária é 25 Wattz. O consultor jurídico da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço), Joaquim Carlos Carvalho, diz que, no Iboc, 25 Wattz equivale à potência dos ruídos.
 
Na prática, portanto, “só se ouviria ruído. Estarão fora do mercado todas as rádios comunitárias, educativas e as rádios comerciais pequenas. Só ficarão as grandes emissoras”. Segundo Joaquim Carvalho, o ministério das Comunicações está “pegando um sistema americano, que não é uniforme nos Estados Unidos, atende a poucas empresas e querem unificar isso como um padrão brasileiro”.
 
Para o pesquisador do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) Takashi Tome, São Paulo é um caso onde seria preciso fazer muitos testes, já que por causa da grande quantidade de rádios operando poderia ocorrer interferência nas transmissões. Há também, em muitas transmissões, pontos ou viadutos que funcionam como obstáculos ao sinal. “O interessante seria um conjunto de emissoras realizarem um teste exaustivo na localidade”, diz o pesquisador.
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Fonte: UAI
[04/09/07]   Rádio digital pode eliminar empregos por Heberth Xavier - Estado de Minas 

Fabricantes nacionais de equipamentos de transmissão analógica temem que americanos não liberem tecnologia 
 
A digitalização do padrão de transmissão de rádio no Brasil está provocando um drama entre os fabricantes nacionais de radiotransmissores, receptores e acessórios para emissoras AM e FM, que correm o risco de perder para fabricantes estrangeiros um mercado que já dominam no Brasil. É que o padrão preferido pelo Ministério das Comunicações e pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), o americano Iboc, que permite ao mesmo tempo o tráfego analógico e digital, é uma tecnologia proprietária, que não pode ser usada pelos fabricantes brasileiros sem prévia autorização dos donos, nesse caso a multinacional Ibiquity Digital Corporation. Hoje, os fabricantes nacionais atendem 90% do mercado brasileiro de equipamentos analógicos para transmissão e recepção de ondas de rádio, a maior parte deles, pequenas e médias empresas instaladas em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas.
 
Os testes com o padrão digital estão sendo feitos em 20 emissoras de rádio no Brasil, mas os equipamentos com a nova tecnologia já estão sendo vendidos em São Paulo pela Chilena Continental/Lenza, que, segundo o assessor técnico da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Ronald Siqueira Barbosa, instalou um parque de fabricação de antenas digitais no país. Além disso, Harris Digital, Nautel e BE, todas americanas, estão comercializando a tecnologia em território brasileiro. “A Harris está montando um grande parque no Brasil para a fabricação de emissores”, conta. Na avaliação dele, os fabricantes locais, ainda presos ao sistema analógico, não serão prejudicados pelas mudanças, mas serão forçados a negociar com a Ibiquity Digital Corporation a aquisição do direito de uso do Iboc. A outra opção, economicamente inviável, seria desenvolver um padrão próprio.
 
“Se o governo não deixar claro que essa tecnologia deverá ser repassada para os fabricantes nacionais, as empresas do setor vão simplesmente fechar as suas portas”, diz o presidente do Sindicato das Indústrias de Eletroeletrônica do Vale da Eletrônica de Santa Rita do Sapucaí (Sindvel), Roberto de Sousa Pinto. Segundo ele, o município abriga oito das 10 fabricantes nacionais de equipamentos radiotransmissores e receptores. “Só aqui seriam fechados mais de mil postos de trabalho”, avisa. A estimativa é de que a substituição do padrão analógico pelo digital vai demandar investimentos de US$ 500 milhões nas emissoras de rádio AM e FM do país.
 
Segundo Rogério de Souza Correia, sócio da Teletronix, fabricante de transmissores para radiodifusão em FM há 11 anos, que emprega 40 empregados no chão de fábrica, com salário médio de R$ 900, os equipamentos que produz são vendidos em todo o território brasileiro, na América Latina – “do México à Argentina” – e até na Espanha. “O Iboc é um padrão fechado, se o governo não negociar a transferência de tecnologia para as indústrias nacionais, estaremos fora do mercado, porque nem sequer sabemos se os americanos têm intenção de negociá-la”, sustenta.   
 
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Fonte:TI Inside
[27/08/07]   Entidades civis criticam testes de rádio digital sem método definido
 
A falta de uma metodologia que traga critérios e parâmetros para os testes com a nova tecnologia digital é a principal crítica dos especialistas e das entidades civis que fazem parte do conselho consultivo criado pelo Ministério das Comunicações para a digitalização do rádio no país. “Os testes foram feitos sem a existência de uma metodologia que pudesse dar unidade a eles”, diz a representante da Universidade de Brasília (UnB) no conselho, Nelia Del Bianco.
 
O representante da Frente Nacional por um Sistema Democrático de Rádio e TV Digital no conselho, Jonas Valente, reclama: “Não há uma avaliação concreta sobre as tecnologias. Não há nenhum técnico do estado acompanhando esses testes. Vai haver só uma coletânea dos relatórios”, reclama. A Frente representa cerca de cem entidades da sociedade civil.
 
O ministro das Comunicações, Hélio Costa, declarou que a decisão do governo sobre a adoção de um sistema digital não será feita antes da entrega dos resultados dos testes com o padrão norte-americano e da posterior análise, mesmo que seja preciso prorrogar prazos. Mas disse também que não irá esperar a realização dos testes com o padrão europeu DRM, que estão atrasados. A idéia é que o país adote os dois sistemas. O norte-americano para as rádios AM e FM e o europeu para as rádios de ondas curtas (OC).
 
Para a professora da UnB, mesmo os testes feitos com o sistema de rádio digital norte-americano In Band – On Chanel (Iboc) são de pouca serventia. “Você não pode comparar o resultado dos testes, uma vez que há divergência sobre a forma de realização dos mesmos”, diz Nelia, referindo-se à falta da metodologia.
 
A metodologia que deverá ser aplicada pelas rádios AM no testes com o padrão americano Iboc foi encomendada pela Anatel à UnB e já está pronta. A metodologia passou por um processo de consulta pública e os resultados estão sendo agora analisados pelos técnicos da agência. A metodologia poderá ser usada a partir do momento em que for publica no Diário Oficial, e a previsão da Anatel é que isso ocorra em um mês.
 
Entretanto, a metodologia para testes na faixa FM com o padrão americano e na freqüência ondas curtas (OC) com o padrão europeu DRM ainda não foram concluídas. As duas, depois de prontas, também passarão pelo processo de consulta pública. A Anatel não têm previsão de quando os testes poderão ser iniciados.
 
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), cujas rádios membro realizam os testes com o Iboc, informou que as emissoras não terão que refazer os testes depois que a Anatel publicar a metodologia. Os relatórios dos testes com o Iboc serão apenas adaptados, diz o presidente da Abert, Daniel Pimentel Slaviero. “Não há necessidade de novos testes. Não precisam de mais testes AM e FM, porque eles já vêm ocorrendo com as 15 emissoras que já estão no ar. O que realmente precisa é de uma consolidação desses números de uma maneira uniforme, que são os critérios propostos pela Anatel”, explica.
 
De acordo com o ministro Hélio Costa, 21 rádios espalhadas por quase todas as capitais brasileiras já operam em testes com o Iboc. Dessas, 15 emissoras – localizadas nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre – são registradas na Abert.
 
Com informações da Agência Brasil. Da Redação

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Fonte: Agência Brasil
[26/08/07]   Testes com rádio digital não precisam ser refeitos após Anatel definir metodologia, diz ABERT por Alessandra Bastos

 Brasília - Os testes com o sistema de rádio digital norte-americano In Band – On Channel (Iboc), que já vem sendo realizados pelas emissoras ligadas à Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, não terão que ser refeitos depois que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) definir a metodologia deles. Os relatórios dos testes com o Iboc serão apenas adaptados, diz o presidente da Abert, Daniel Pimentel Slaviero.
 
“Não há necessidade de novos testes. Não precisam de mais testes AM e FM, porque eles já vêm ocorrendo com as 15 emissoras que já estão no ar. O que realmente precisa é de uma consolidação desses números de uma maneira uniforme, que são os critérios propostos pela Anatel”, explica Slaviero.
 
Na última reunião do conselho consultivo, no último dia 1º, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, solicitou às emissoras de rádio que enviassem seus relatórios em até 30 dias, mas depois disse que poderia prorrogar o prazo, se fosse necessário. “Este prazo é absolutamente factível. As rádios precisam agora adequar aos critérios da Anatel”, diz o presidente da Abert.
 
Segundo a Anatel, a expectativa é publicar em breve a metodologia que deverá ser aplicada nos testes pelas rádios AM - que já está pronta, após passar por consulta pública. Porém, a metodologia para as rádios FM e Ondas Curtas (OC) ainda não está terminada. Depois de pronta, ainda terá que passar pelo processo de consulta pública, da mesma forma que ocorreu no processo com a AM.
 
Os resultados da consulta pública são passados aos técnicos da Anatel que, após análise, repassam a metodologia para aprovação da diretoria da agência. Só então o texto é publicado no Diário Oficial - o que, segundo a assessoria, não tem previsão de ocorrer.
 
“Entendemos que essa é uma decisão que precisa ser tomada agora, com máxima urgência, porque todos os competidores do rádio já estão operando no âmbito digital, inclusive a televisão, que começa as transmissões em dezembro. E o rádio está fora”, reclama Slaviero.

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Fonte: Valor Online
[22/08/07]   Ministério das Comunicações enviará avaliação sobre sistema de rádio digital em dois meses

SÃO PAULO - O ministro das Comunicações, Hélio Costa, afirmou que vai enviar a avaliação sobre o padrão para rádio digital nos próximos dois meses para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que terá palavra final sobre o assunto.
 
Nós do ministério estamos trabalhando em conjunto com deputados e senadores das comissões de telecomunicações do Congresso para finalizar o projeto do padrão da rádio digital, que depois será encaminhado ao presidente , disse Costa hoje durante cerimônia de abertura da feira Broadcast & Cable, em São Paulo.
 
A definição no padrão para rádio digital é esperada desde que o governo escolheu o padrão vencedor para a TV digital. Nas transmissões de TV, será adotado um padrão híbrido, que incorpora aspectos das três tecnologias, apresentadas por EUA, Japão e União Européia. Segundo Costa, o Brasil fez a escolha acertada e escolheu um padrão que reúne o que há de melhor dos três. O sistema híbrido é fruto de uma parceria entre o Brasil e o Japão, que tocarão em conjunto seu desenvolvimento. Um sistema híbrido nos moldes do escolhido para a TV poderá também ser utilizado na rádio digital, segundo o próprio ministro já afirmou anteriormente.
(José Sergio Osse | Valor Online)
 
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Fonte: Agência Brasil
[27/08/07]   Entidades civis criticam testes de rádio digital sem método definido por Alessandra Bastos 

Brasília - A falta de uma metodologia que traga critérios e parâmetros para os testes com a nova tecnologia digital é a principal crítica dos especialistas e das entidades civis que fazem parte do conselho consultivo criado pelo Ministério das Comunicações para a digitalização do rádio no país. “Os testes foram feitos sem a existência de uma metodologia que pudesse dar unidade a eles”, diz a representante da Universidade de Brasília (UnB) no conselho, Nelia Del Bianco.
 
O representante da Frente Nacional por um Sistema Democrático de Rádio e TV Digital no conselho, Jonas Valente, reclama: “Não há uma avaliação concreta sobre as tecnologias. Não há nenhum técnico do Estado acompanhando esses testes. Vai haver só uma coletânea dos relatórios”, reclama. A Frente representa cerca de cem entidades da sociedade civil.
 
O ministro das Comunicações, Hélio Costa, declarou que a decisão do governo sobre a adoção de um sistema digital não será feita antes da entrega dos resultados dos testes com o padrão norte-americano e da posterior análise, mesmo que seja preciso prorrogar prazos. Mas disse também que não irá esperar a realização dos testes com o padrão europeu DRM, que estão atrasados. A idéia é que o país adote os dois sistemas. O norte-americano para as rádios AM e FM e o europeu para as rádios de ondas curtas (OC).
 
Para a professora da UnB, mesmo os testes feitos com o o sistema de rádio digital norte-americano In Band – On Chanel (Iboc) são de pouca serventia. “Você não pode comparar o resultado dos testes, uma vez que há divergência sobre a forma de realização dos mesmos”, diz, referindo-se à falta da metodologia.
 
A metodologia que deverá ser aplicada pelas rádios AM no testes com o padrão americano Iboc foi encomendada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) à UnB e já está pronta. A metodologia passou por um processo de consulta pública e os resultados estão sendo agora analisados pelos técnicos da Anatel. A metodologia poderá ser usada a partir do momento em que for publica no Diário Oficial, e a previsão da Anatel é que isso ocorra em um mês.
 
Entretanto, a metodologia para testes na faixa FM com o padrão americano e na freqüência ondas curtas (OC) com o padrão europeu DRM ainda não foram concluídas. As duas, depois de prontas, também passarão pelo processo de consulta pública. A Anatel não têm previsão de quando os testes poderão ser iniciados.
 
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), cujas rádios membro realizam os testes com o Iboc, informou que as emissoras não terão que refazer os testes depois que a Anatel publicar a metodologia. Os relatórios dos testes com o Iboc serão apenas adaptados, diz o presidente da Abert, Daniel Pimentel Slaviero.
 
“Não há necessidade de novos testes. Não precisam de mais testes AM e FM, porque eles já vêm ocorrendo com as 15 emissoras que já estão no ar. O que realmente precisa é de uma consolidação desses números de uma maneira uniforme, que são os critérios propostos pela Anatel”, explica Slaviero.
 
De acordo com o ministro Hélio Costa, 21 rádios espalhadas por quase todas as capitais brasileiras já operam em testes com o Iboc. Dessas, 15 emissoras - localizadas nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre - são registradas na Abert.

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