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Setembro 2007               Índice Geral do BLOCO

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19/09/07

• Série sobre Rádio Digital (32) - Preocupação dos pesquisadores e da indústria

----- Original Message -----
From: Helio Rosa
To: Celld-group@yahoogrupos.com.br ; wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, September 17, 2007 5:41 PM
Subject: Série sobre Rádio Digital (19) - Preocupação dos pesquisadores e da indústria
 
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
 
Continuamos o "Serviço ComUnitário" sobre "Rádio Digital" com mais duas matérias:
 
Fonte: Agência Brasil  
[16/09/07]   Pesquisadores demonstram preocupação com modelo de rádio digital no país por Isabela Vieira
 
(...) Pesquisadores e professores da área de Comunicação alertaram na última semana para os rumos dos testes com rádio digital. Em carta divulgada pela internet, eles enumeram sete “preocupações” com o processo de escolha do novo modelo, entre elas a falta de metodologia nos testes e a baixa eficiência de transmissão no padrão In Band - On Channel (Iboc), defendido pela Associação Brasileira de Emissores de Rádio e Televisão (Abert). (...)
 
 
(...) A indústria nacional de aparelhos de transmissão de rádio, se não tiver acesso à tecnologia estrangeira que será usada nas transmissões digitais, pode ter prejuízo e até falir, avalia o representante da Associação Brasileira da Indústria Elétrica Eletrônica (Abinee), Rogério de Souza Corrêa. Independente do padrão escolhido, ele destaca que o Brasil deve firmar acordos para transferência de tecnologia. (...)
 
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
 
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Fonte: Agência Brasil  
[16/09/07]   Pesquisadores demonstram preocupação com modelo de rádio digital no país por Isabela Vieira

 Brasília - Pesquisadores e professores da área de Comunicação alertaram na última semana para os rumos dos testes com rádio digital. Em carta divulgada pela internet, eles enumeram sete “preocupações” com o processo de escolha do novo modelo, entre elas a falta de metodologia nos testes e a baixa eficiência de transmissão no padrão In Band - On Channel (Iboc), defendido pela Associação Brasileira de Emissores de Rádio e Televisão (Abert).
 
Em relação aos testes, além de cobrar a padronização de critérios, os professores afirmam que não estão sendo testados recursos de interatividade e mecanismos que favoreçam a integração do rádio com outras mídias. “O que pode significar a perda da possibilidade de intensificar a participação dos ouvintes na programação das emissoras”, diz o documento.
 
Os professores e pesquisadores acompanham, voluntariamente, testes de emissoras cadastradas à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Há dois anos, cerca de 20 emissoras testam dois modelos de rádio digital, o norte-americano Iboc e o Digital Radio Mondiale (DRM). As experiências devem subsidiar a escolha do modelo a ser adotado no Brasil. No entanto, até agora, a Anatel disse não ter elementos para realizar uma análise técnicas dos modelos.
 
No documento, também não faltaram críticas ao modelo norte-americano Iboc. “Os pesquisadores observaram problemas de interrupções abruptas do sinal digital em locais onde havia fios de alta tensão (rede elétrica), prédios e túneis, forçando o aparelho receptor a transmitir no modelo analógico, com atraso que pode chegar a oito segundos”, diz o texto.
 
O professor Luiz Artur Ferraretto, da Universidade Luterana do Brasil, explica que com esse atraso, chamado de delay, o brasileiro pode até ter que mudar o hábito de assistir jogos de futebol acompanhado de seus aparelhos de rádios.
 
“Nos testes realizados, esse delay significa que o sujeito verá o gol na frente dele no estádio e ouvirá o grito de gol depois de seis ou 12 segundos”, disse. Para ele, não existe a necessidade de migrar de tecnologia antes de ter certeza da qualidade do novos sistema.
 
Os pesquisadores também destacaram que devido aos custos do processo de digitalização, rádios educativas e comunitárias podem ter dificuldades para fazer a transição, já que 50% das emissores provavelmente terão que trocar os transmissores a válvula por modulares e adequar a produção radiofônica, com a troca de equipamentos do estúdio, por exemplo.
 
Outra preocupação diz respeito ao modelo proprietário de tecnologia do Iboc. Diferentemente do sistema europeu (DRM), o norte-americano pode obrigar os radiodifusores a pagarem royalties à empresa Ibiquity, que administra o modelo. A sociedade civil também alerta para os altos custos da digitalização. Porém, o Ministério das Comunicações já sinalizou com financiamento público para a transição.
 
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Fonte: Agência Brasil  
[12/09/07]   Padrão americano de rádio digital pode prejudicar indústria eletrônica brasileira, avalia associação por Isabela Vieira
 
 Brasília - A indústria nacional de aparelhos de transmissão de rádio, se não tiver acesso à tecnologia estrangeira que será usada nas transmissões digitais, pode ter prejuízo e até falir, avalia o representante da Associação Brasileira da Indústria Elétrica Eletrônica (Abinee), Rogério de Souza Corrêa. Independente do padrão escolhido, ele destaca que o Brasil deve firmar acordos para transferência de tecnologia.
 
"Não vejo a intenção dos americanos em transferir tecnologia. Essa questão [da transferência de conhecimento] precisa ser negociada inclusive para que os preços dos produtos atendam a realidade do país”, disse Corrêa. “Se isso não acontecer, estamos fadados a extinção”. Atualmente,  90% de aparelhos analógicos para recepção e transmissão de ondas de rádio são brasileiros.
 
O alerta foi feito ontem (11) durante audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir os testes com os modelos digitais de rádio, o norte-americano In Band on Chanel (Iboc) e o europeu, Digital Radio Mondiale (DRM). Na reunião, a Agência Nacional de Telecomunicações  (Anatel) disse que ainda não pode apontar um padrão para ser seguido pelo país.
 
O Iboc é de tecnologia proprietária e não pode ser usado pelos fabricantes brasileiros sem prévia autorização dos donos, nesse caso a multinacional Ibiquity Digital Corporation. Ou seja, para ser modificado ou produzido no Brasil precisaria pagar licenças. Já o modelo DRM é aberto e permite, por exemplo, que a indústria nacional destrinche seu modo de funcionamento.
 
Outro problema vem sido apontado pela Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço) e outras organizações. O consultor jurídico da associação, Joaquim Carlos Carvalho, disse que o custo dos aparelhos digitais e a licença pode tirar do mercado pequenas emissoras, que não terão dinheiro para migrar para o novo sistema. Sem acesso à tecnologia moderna, as rádios analógicas podem perder a publicidade e acabar extintas. O ministro Hélio Costa, entretanto, garantiu que haverá financiamento público para a transição. Carvalho estima que um aparelho para modular o sinal digital pode custar R$ 100 mil reais.
 
Durante a audiência ontem, o deputado Nazareno Fonteles (PT-PI) propôs que o governo criasse um fundo público para financiar a transição das pequenas emissoras de rádio como forma de garantir justiça social e diversidade da programação radiofônica.
 
O presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, deputado Julio Semeghini (PSDB-SP), ao participar da reunião, disse que a questão deve ser retomada nas discussões da Pré-Conferência Nacional de Telecomunicações na próxima semana. Na ocasião, o Ministério das Comunicações deve apresentar medidas para evitar esses problemas.

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