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ComUnidade
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Setembro 2007
Índice Geral do
BLOCO
O conteúdo do BLOCO tem
forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão
Celld-group
e
WirelessBR.
Participe!
19/09/07
•
Conferência Nacional Preparatória de Comunicações (2) - Primeiros
"ecos"
Este é mais um "Serviço ComUnitário" que tem o
objetivo de informar, mostrando várias opiniões para que o
leitor/participante forme a sua. :-)
E também, principalmente, é um convite ao
debate, cordial e cortês, que estimule sempre a participação dos membros,
sem inibições.
Lembro também que estamos constantemente "salivando" a atuação de todos,
proativamente, trazendo para os Grupos os temas de seus interesses, suas
atividades profissionais, suas leituras, suas curiosidades e vivências:
esta é a verdadeira preciosidade dos nossos fóruns! :-)
Está em curso no Congresso a Conferência
Nacional Preparatória de Comunicações.
Eduardo Tude, diretor do Teleco,
acompanha a Conferência e anota em seu
Blog Teleco
:
A Abertura da Conferência em
Brasília por Eduardo
Tude
Foi aberta nesta segunda a
Conferência Nacional Preparatória de Comunicações em solenidade na Câmara
federal em Brasília.
A Abertura do evento contou com a presença de autoridades como o Deputado
ARLINDO CHINAGLIA, Presidente da Câmara dos Deputados; HÉLIO COSTA,
Ministro de Estado das Comunicações; André Barbosa da Casa Civil da
Presidência da República; FRANKLIN MARTINS, Ministro-chefe da Secretaria
de Comunicação Social da Presidência da República; RONALDO SARDENBERG,
Presidente da Agência Nacional de Telecomunicações ( Anatel); Deputado
JULIO SEMEGHINI, Presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia,
Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados e o Senador WELLINGTON
SALGADO, Presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação,
Comunicação e Informática do Senado Federal.
Pelo que pude perceber,
não se deve esperar que o processo de debate em curso em Brasília, do qual
esta conferencia faz parte, leve a mudanças imediatas e radicais no atual
marco regulatório brasileiro. O objetivo principal do processo parece ser
encontrar pontos de convergência entre as várias partes envolvidas e obter
avanços onde existe consenso. Procura-se evitar desta forma que processos
como a implantação do 3G e Wimax fiquem paralisados, como ocorreu no ano
passado.
Anexamos mais duas matérias (abaixo
transcritas) na nossa coleção sobre o tema:
Fonte: AESP/Jornal da Câmara
- Agência
Fonte: AESP/ O
Estado de S.Paulo - Economia & Negócios
Aqui estão as matérias citadas na mensagem
anterior que está em nosso
BLOCO:
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Fonte: AESP/Jornal da Câmara - Agência
A necessidade, no Brasil, de uma nova lei sobre
comunicação eletrônica de massa foi o principal ponto levantado pelas
autoridades que abriram na noite desta segunda-feira na Câmara a Conferência
Nacional Preparatória de Comunicações: "Uma Nova Política para a
Convergência Tecnológica e o Futuro das Comunicações". Foi consenso que a
legislação existente não abrange os avanços tecnológicos nem a real
universalização do acesso à comunicação e à informação.
O presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática,
deputado Julio Semeghini (PSDB-SP), um dos organizadores da conferência,
avaliou que esse não é um debate fácil e rápido. "Será uma discussão
continuada, e podem ter certeza de que todos serão incluídos nela",
ressaltou, para manifestantes da platéia que pediam a ampliação da
conferência com debates em cada estado.
Ele espera uma resposta mais rápida no que se refere ao uso do Fundo de
Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust). Segundo o deputado,
já há compromisso na Câmara para que uma comissão especial mude a legislação
para garantir a aplicação do fundo - o que, na avaliação dele, nunca
aconteceu de forma satisfatória desde a criação do Fust, em agosto de 2000.
Início das discussões
Para o ministro das Comunicações, Hélio Costa, o processo que se inicia
agora deve se prolongar por pelo menos um ano. Segundo ele, o ministério
também entende que será necessário organizar debates em todas as regiões do
País, para trazer ao Congresso as dificuldades de cada uma. "Este é o fórum
para discutir uma nova lei de comunicação; por mais que o governo queira
apontar caminhos, é o Congresso que vai defini-los", disse.
O ministro anunciou uma série de medidas para avançar rumo à universalização
enquanto uma nova lei não redefine os parâmetros nacionais. Está programada
para o próximo mês a licitação da telefonia de terceira geração, que combina
acesso à internet de banda larga e à telefonia móvel. Além disso, o
ministério programa para dois anos o atendimento por celulares dos 1,8 mil
municípios hoje excluídos do serviço - que atende 82% da população.
Hélio Costa voltou a comemorar o plano especial de assinatura negociado
entre o ministério e as operadoras, que garante 10 horas de conexão à
internet por linha discada a R$ 7,50 mensais. "Nosso desafio é fazer com que
a tecnologia chegue realmente a quem está fora do sistema", disse.
TV pública
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, ressaltou que o principal foco do
debate precisa ser o de distribuir novas tecnologias para todos os cidadãos,
universalizando os serviços de comunicações. "É preciso fazer uma ponte
entre o Brasil digital e o analógico, conectando os que estão fora da
tecnologia", defendeu.
Ele afirmou ainda que é importante discutir o mercado privado e também o
papel das rádios e TVs públicas. Chinaglia lembrou que na Europa rádios e
TVs públicas têm servido para democratizar a informação. "Neste momento, é
importante discutir um modelo adequado para o Brasil. Um modelo de gestão
administrativa, financeira e editorial", destacou.
Debates
A conferência prossegue até quarta-feira com representante do setor público,
do mercado e da sociedade, além de autoridades estrangeiras. Serão
discutidos o uso de novas tecnologias de comunicação e a adoção de políticas
para assegurar que elas estejam a serviço do desenvolvimento econômico e
social e da distribuição de renda.
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Fonte: AESP/ O Estado de S.Paulo - Economia &
Negócios
Começa amanhã no Congresso um seminário que pode
ter sentido histórico para o futuro das comunicações no Brasil. Com a
presença de líderes e ministros, está começando um dos mais oportunos
debates sobre a reestruturação do setor.
Esse parece ser o momento para a discussão de temas que estão na ordem do
dia, tanto do lado governamental quanto da sociedade, dos usuários e
especialistas.
A melhor pauta de debates, portanto, seria aquela que englobasse pelo menos
11 pontos, incluindo tanto aqueles já levantados pelo Ministério das
Comunicações quanto aqueles que correspondem aos grandes temas de
prioridades e questões não resolvidas.
Do lado do governo, os temas principais são:
1) Criar uma grande empresa operadora nacional de telecomunicações a partir
da fusão da Brasil Telecom e Oi;
2) Fortalecer o poder político do Ministério das Comunicações em detrimento
da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel);
3) Criar uma companhia aérea (estatal) para o transporte postal dos
Correios;
4) Criar o Banco Postal (estatal), depois de encerrar o contrato com o
Bradesco;
5) Ressuscitar velhas estatais como a Telebrás ou reestatizar a falida
Eletronet;
6) Pleitear para o Brasil a posição orbital de satélite hoje pertencente à
Colômbia, para um novo satélite (estatal) brasileiro.
A segunda parte da pauta deveria incluir mais cinco pontos, defendidos pela
maioria dos especialistas, quais sejam:
7) Atualização da legislação brasileira de Comunicações, com a elaboração de
uma Lei Geral de Comunicações, abrangendo telecomunicações, radiodifusão,
comunicação eletrônica, correios e outros serviços;
8) Harmonização das relações entre os setores de radiodifusão e de
telecomunicações, com ampla negociação e entendimento sobre o novo cenário
tecnológico de convergência;
9) Redução da carga tributária sobre serviços de telecomunicações, em que o
Brasil tem sido campeão mundial;
10) Utilização integral dos recursos dos Fundos de Universalização de
Serviços de Telecomunicações (Fust) e de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel),
sem qualquer confisco, nas finalidades legais para as quais eles foram
criados;
11) Profissionalizar e fortalecer a Anatel como instituição principal do
setor.
Uma sugestão oportuna é que sejam discutidas em profundidade até as
propostas estatizantes, nacionalistas e xenófobas, para que se possa
demonstrar sua inadequação ao País neste início de século 21.
O momento não mais comporta o levantamento de questões menores, de interesse
restrito, mas de temas realmente relevantes.
Tomemos alguns pontos, para iniciar o debate.
Primeiro: os entendimentos para uma eventual fusão da Brasil Telecom com a
Oi para a criação de uma megaoperadora 100% nacional devem partir das
próprias empresas e de seus acionistas, num processo espontâneo, que se
apóie na confiança dos investidores e na estabilidade das regras oferecidas
pelo País.
Segundo ponto: muito mais do que discutir o fortalecimento político do
Ministério das Comunicações ou o esvaziamento da Anatel, o País precisa
completar a reestruturação institucional do setor, por meio da Lei Geral das
Comunicações, de modo a concentrar as funções regulatórias, de fiscalização
e de outorga em uma única agência. Esse órgão deverá ser, acima de tudo,
profissional e independente, para poder cumprir suas funções do modo mais
transparente, sem politização nem partidarismo.
Terceiro ponto: caberia ao seminário eliminar das discussões questões tão
inoportunas quanto as propostas de reativação da Telebrás, da Telenet, e da
criação de mais duas estatais, como a empresa aérea dos Correios e Banco
Postal.
Um tema delicado na área internacional é a busca de uma nova posição orbital
para o Brasil. O assunto deve ser conduzido, de preferência, junto à União
Internacional de Telecomunicações (UIT), sem ferir qualquer direito da
Colômbia.
Se a posição orbital se destinar a um satélite estatal, como o Satélite
Geoestacionário Brasileiro (SGB), é essencial que o País inteiro participe
do debate sobre sua real necessidade, alternativas, custos e urgência do
projeto.
A questão dos fundos Fust e Fistel é, acima de tudo, imoral. No orçamento de
2008, dos R$ 2,324 bilhões que deverão ser arrecadados, sob o título de
Fistel, o governo deverá confiscar (contingenciar) R$ 1,9 bilhão.
Por outras palavras, em lugar de usar o fundo para fiscalizar, o governo
simplesmente se apropria da maior parte para outros fins.
O Fust, como sabemos, deveria ser aplicado na universalização das
telecomunicações e inclusão digital. Em 2008, sua arrecadação prevista é de
R$ 600 milhões, sem contar os quase R$ 6 bilhões já recolhidos e acumulados
nos últimos 7 anos, sem qualquer aplicação, até aqui.
Ambos os fundos foram criados com finalidades específicas, mas têm sido
lançados sistematicamente na vala comum do superávit fiscal. Além de imoral,
esse confisco é ilegal e inconstitucional. Merece uma ação pública nesse
sentido.
E-mail:
esiqueira@telequest.com.br
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