BLOCO
Blog dos Coordenadores ou Blog Comunitário
da
ComUnidade
WirelessBrasil
Setembro 2007
Índice Geral do
BLOCO
O conteúdo do BLOCO tem
forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão
Celld-group
e
WirelessBR.
Participe!
30/09/07
•
"TV
Pública" ou "TV Brasil" ou "TV Lula" ou "TV do PT" (1)
1.
Nosso "Serviço ComUnitário" vai aos
poucos retomando os temas das "séries de mensagens" depois de um
pequeno intervalo em que os "serviçais" estiveram meio-desplugados,
envolvidos em atividades particulares. :-)
Aguardamos os debates, rebates, embates e combates sobre
todos os temas, sempre no tradicional clima de cordialidade
e cavalheirismo comunitário :-)
Uma das "séries" é sobre "TV Digital" e enfoca a parte
técnica, padrões, implantação, etc.
Mas ao se pesquisar nos sites de buscas, o termo "TV
Digital" vem emaranhado com outro assunto atual e polêmico: a "TV
Pública".
Nesta nova "Série" vamos dirigir nossa atenção para a
"TV Pública" ou "TV Brasil" ou "TV Lula" ou "TV do PT". :-)
Lembro: não tratamos de assuntos de política partidária
em nossos fóruns mas gostamos de acompanhar os programas
governamentais - e fazemos isso há vários governos.
Todo conhecem esta frase: Há governo? Então sou
contra! :-)
A nossa adaptação é: Há governo? Então tem que governar...para o
povo! :-))
Estamos fazendo a nossa parte: fixamos um olhar
crítico nos bons programas governamentais na expectativa de ajudar
a fazê-os funcionar em benefício da sociedade.
2.
(...) O debate gerado a partir de uma proposta apresentada pelo
Ministro das Comunicações para a implantação de um Canal do
Executivo, previsto no decreto de implantação do sistema brasileiro
de tv digital, está gerando uma confusão conceitual que faz por
merecer alguns esclarecimentos. Confunde-se televisão pública com
televisão estatal e, nesse desentendimento das coisas, daqui a pouco
estaremos confundindo também suas naturezas e atribuições, que são
bem diferentes e não concorrentes, embora complementares. (...)
b.
A nova rede se enreda por
Gabriel Priolli, jornalista e
diretor de televisão e presidente da ABTU - Associação Brasileira de
Televisão Universitária.
(...) Uma teia de equívocos compromete a TV pública que o Governo
Federal organiza. O processo de construção da nova rede pública de
televisão - batizada TV Lula pelos adversários e auto-designada,
provisoriamente ou não, de TV Brasil - vai se convertendo em mais um
exemplo cristalino de que as boas intenções nem sempre conduzem a
bons resultados. (...)
3.
Aprendemos o caminho da coluna "Circuito"
da jornalista Cristina de Luca... :-)
Para melhor acompanhar a matéria, antes, fazemos uma ambientação
nestas siglas:
RNP - Rede Nacional de Ensino e Pesquisa,
ABTU -
Associação Brasileira de Televisão Universitária e
RITU - Rede
de Intercâmbio de TVs universitárias (tudo transcrito l[a embaixo):
Fonte: Portal RNP
Fonte:
Convergência Digital
Vale ler tudo com calma e fazer uma boa ambientação...
neste final de domingão! :-)
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Fonte: USP
TV Privada, TV Pública, TV Estatal, TV
Educativa, TV Universitária....
Com a definição do padrão de TV Digital no Brasil, as questões sobre quem é
quem no contexto das televisões abertas está na pauta de Brasília e dos
comunicadores.
Desde o final do ano passado o campo público
da televisão brasileira vem, sob a tutela do MinC, articulando e preparando
um Fórum Nacional de Televisões Públicas, previsto para 08 a 11 de Maio. Mas
existe uma série de divergências em questão. A primeira delas é a definição
de TV Pública. Orlando Sena, secretário nacional de audiovisual do
Ministério da Cultura, aborda bem o tema, em texto que copio abaixo.
Fonte: USP
O debate gerado a partir de uma proposta
apresentada pelo Ministro das Comunicações para a implantação de um Canal do
Executivo, previsto no decreto de implantação do sistema brasileiro de tv
digital, está gerando uma confusão conceitual que faz por merecer alguns
esclarecimentos. Confunde-se televisão pública com televisão estatal e,
nesse desentendimento das coisas, daqui a pouco estaremos confundindo também
suas naturezas e atribuições, que são bem diferentes e não concorrentes,
embora complementares. A nossa constituição é bem clara quando define, no
artigo 223, os três sistemas que compõem o universo televisivo: o privado, o
público e o estatal. A tv estatal faz prestação de serviços do governo e
apresenta à população o ponto de vista do governo, como componente da
variedade de pontos de vista da democracia midiática. A tv pública, também
como componente importante da variedade democrática, é porta-voz da
sociedade (da pluralidade de opinião e da diversidade cultural) sem
intermediação do governo ou dos interesses da tv privada.
O ministro Hélio Costa apresentou as linhas
gerais de uma proposta para um Canal do Executivo, nela embutida a ampliação
da tv estatal (atualmente sob a responsabilidade da Radiobrás), sua presença
em todo o território brasileiro. O presidente Lula determinou a realização
de uma reunião com os ministros da Cultura e da Educação para a sua análise,
já que este canal faz parte do conjunto de quatro canais do estado com
criação prevista no decreto: Institucional (executivo, legislativo,
judiciário), da Cultura, da Educação e da Cidadania. Ou seja, o ministro das
Comunicações está trabalhando na reorganização da tv estatal.
A questão da tv pública, pela diversidade de
seus segmentos (canais educativos, culturais, universitários, comunitários)
e pela sua responsabilidade de expressar o ponto de vista da sociedade, está
sendo trabalhada pelo governo no Forum Nacional de TVs Públicas, com a
participação de todos os setores do governo envolvidos no tema, de todos os
segmentos da tv pública e representantes dos outros sistemas de televisão
(estatal e privada), do pensamento acadêmico e de atividades relacionadas
com a democratização da informação. O forum iniciou suas atividades em
setembro do ano passado e culminará em uma plenária em maio, com a intenção
de apresentar o desenho de uma nova política para a tv pública, acoplando às
providências referentes à migração tecnológica do sistema analógico para o
digital um planejamento de expansão e reorganização do sistema público
(articulação de redes, produção de conteúdos, modelos negociais,
compartilhamento de infraestrutura, etc).
Mas eis que de repente as duas distintas
categorias televisivas parecem ser a mesma coisa em declarações de
autoridades e na reverberação dessas declarações na mídia. Acontece que o
Governo Federal aspira conferir abrangência nacional aos referidos quatro
canais do estado e, nesse sentido, tem utilizado a terminologia “rede
pública” na caracterização do Canal do Executivo ora em discussão, gerando
equívocos na compreensão dos objetivos da proposta, cuja natureza se
inscreve no fortalecimento do sistema estatal de televisão. Então, em prol
da clareza, melhor que trabalhemos todos, o governo, a mídia e a sociedade,
com os conceitos corretos.
Há mais uma razão para a confusão. É que,
historicamente, os canais estatais e os canais públicos têm estabelecido uma
relação de cooperação, às vezes de complementariedade, no que se refere ao
compartilhamento de fontes de financiamento, à demarcação de especificidades
em relação aos canais privados, à utilização de conteúdos da tv pública pela
Radiobrás. Os dois tipos de canais atuam, inclusive, em organismos
integrados como a Associação Brasileira de Emissoras Públicas, Educativas e
Culturais-ABEPEC. Essa atuação colaborativa tem recebido a denominação
genérica de TV Pública, o que serve para determinados propósitos mas que não
corresponde à realidade da atuação específica da tv estatal, da voz do
governo.
No momento em que o País avança na implantação
do sistema de tv digital temos uma oportunidade única de desenvolver os
sistemas público e estatal de televisão, ampliando as janelas de expressão
da sociedade e de prestação de serviços de interesse do cidadão,
fortalecendo a capacidade operacional destes sistemas a partir do
compartilhamento de infraestruturas instaladas e conferindo uma conseqüente
maior capilaridade social destes veículos.
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Fonte: USP
A nova rede se enreda por Gabriel Priolli, jornalista e diretor de
televisão e presidente da ABTU - Associação Brasileira de Televisão
Universitária.
Uma teia de equívocos compromete a TV pública
que o Governo Federal organiza. O processo de construção da nova rede
pública de televisão - batizada TV Lula pelos adversários e auto-designada,
provisoriamente ou não, de TV Brasil - vai se convertendo em mais um exemplo
cristalino de que as boas intenções nem sempre conduzem a bons resultados.
Apoiado por todos os segmentos da TV pública
e por setores importantes da sociedade, em particular os que lutam pela
democratização da mídia, o projeto saiu bastante fortalecido do Fórum
Nacional de TVs Públicas, o grande evento e reorganização desse campo, que
ocorreu em maio, em Brasília. Era tido como a ponta de lança de uma nova
estrutura para toda a televisão de utilidade pública no país. Três meses
depois, entretanto, os erros de condução no processo estão erodindo a base
de apoio da nova rede e podem comprometer a sua viabilização.
Na "Carta de Brasília" resultante daquele
Forum, documento que consolidou os princípios, finalidades e demandas da
televisão pública brasileira, o que se propunha era uma ampla reformulação
de todos os setores da TV não-comercial, tendo por eixos a introdução da TV
digital, novo sistema de transmissão com estréia marcada para dezembro deste
ano, em São Paulo, e a decisão do Presidente Lula de dotar o país de uma
rede pública de TV forte e competitiva, capaz de rivalizar com as redes
comerciais na sedução dos telespectadores.
A tecnologia digital propiciaria as condições
técnicas para acomodar novos canais e novos serviços, a nova rede carregaria
múltiplos recursos de investimento, e o ambiente favorável permitiria, ao
mesmo tempo, consertar o que está errado na televisão pública existente e
projetar com precisão o que se quer para o futuro.
As entidades representativas do campo público
da TV e da sociedade civil propunham, especialmente, que a TV digital
concentrasse todos os canais públicos numa mesma faixa do espectro e que a
sua transmissão fosse feita conjuntamente, sob controle de um ente público,
o chamado "operador de rede". Isso permitira a melhor utilização possível da
capacidade do espectro destinada aos canais públicos, que teriam, a cada
instante, mais ou menos "banda" disponível para os serviços que oferecessem,
dependendo de suas necessidades (muita banda para transmissão de filmes em
alta definição, menos banda para a transmissão de debates em definição
padrão, por exemplo).
Permitiria, sobretudo, maior racionalização no
investimento público em transmissores, antenas, retransmissores e sistemas
de gerenciamento. O governo federal poria o grosso do dinheiro, os canais
públicos complementariam na medida de suas possibilidades, o operador de
rede controlaria o tráfego das imagens e todas as demandas seriam
compatibilizadas e atendidas.
Para isso funcionar, seriam necessárias também
algumas medidas regulatórias, a começar pelas outorgas para que os canais
públicos hoje existentes apenas na TV a cabo - os canais legislativos,
comunitários e universitários - possam operar em TV digital aberta. A
regulamentação da publicidade comercial em televisão pública, assim como a
implementação do dispositivo constitucional que obriga a TV a privilegiar a
educação e a cultura, a produção independente, o cinema brasileiro e a
programação regional, seriam outros aspectos legais dessa ampla reforma de
todo o campo público da televisão. Impulsionados pelo Governo Federal,
teriam sustentação política no Congresso e poderiam vencer o obstinado lobby
das emissoras comerciais, sempre no combate a toda e qualquer medida
regulatória em seu mercado, ainda que as afete apenas indiretamente.
Nada disso, entretanto, foi acolhido pelo
grupo interministerial que implementa o projeto da rede pública, coordenado
pela Secretaria de Comunicação Social. Fechado em si mesmo desde o final do
Fórum de maio, dialogando pouco com os setores que o apóiam, o grupo vem se
concentrando exclusivamente na montagem da TV Brasil, em molde de rede
anacrônico, autoritário e irrealista. Não considerou a sério a proposta do
operador de rede público. Sequer defende o agrupamento dos canais no
espectro. E ainda resiste à implementação imediata, simultânea à da TV
Brasil, dos outros canais públicos criados pelo decreto presidencial
5820/06, que instituiu a TV digital: os canais da educação, da cultura e da
cidadania. São justamente esses canais, com a funcionalidade da "multiprogramação"
(várias programações diferentes transmitidas por um mesmo canal), que podem
abrigar as emissoras públicas hoje confinadas na TV a cabo e atender as
demandas reprimidas de conteúdo independente e regional.
Ou seja: o grupo interministerial está
cuidando da "sua" TV e deixando todo o resto para depois, para um futuro
absolutamente incerto. Quem tem um mínimo de vivência nas questões de
política de comunicações sabe que as chances de mudança nessa área são
raras, e que condições institucionais como as propiciadas pelo Fórum de maio
são irrepetíveis. Portanto, as mudanças desejadas na televisão pública
deveriam ser feitas já, agora, neste momento, antes que estréie a TV digital
e se feche a janela de oportunidade. Mas o grupo interministerial parece
acreditar no mitológico "dia que virá", o amanhã radioso em que todas as
utopias se materializarão por si mesmas, como se não fosse necessário
construí-las desde o presente. E como se não houvesse sucessão de governo no
Brasil, não houvessem inimigos da TV pública esperando chegar ao poder para
prejudicá-la.
A TV Brasil está se organizando como uma rede
de TV em formato convencional, na qual uma emissora central, resultante da
fusão da Radiobrás com a TVE do Rio de Janeiro, apresenta-se como "cabeça de
rede", isto é, como grande provedora de programação a outras emissoras,
possíveis afiliadas. Oferece seu conteúdo em troca da distribuição de seu
sinal, na área de alcance da afiliada. Mantém uma estrutura vertical de
organização, produzindo a maioria dos programas que exibirá. De lambuja,
oferece alguns espaços aos programas regionais e independentes em sua grade
de programação. Recusa, entretanto, a idéia de uma rede horizontal,
organizada sem hierarquias entre as emissoras aderentes, com múltiplas
formas de compartilhamento de programação, estrutura e serviços.
A TV Brasil organiza-se, em resumo, como a
Globo e as demais redes comerciais, cujo formato é a fonte de todos os
problemas de centralismo, baixa diversidade e marginalização cultural que a
televisão pública combate. Formato anacrônico e autoritário, repita-se. E
também irrealista, porque: 1) presume que as emissoras públicas regionais,
sob controle de interesses políticos paroquiais, correrão de braços abertos
a reforçar uma estrutura federal de comunicação, o que só beneficiaria o
governo central. 2) só seriam admitidas na rede emissoras regionais que
adotassem o modelo público, livrando-se da ingerência dos governos que as
mantêm, o que demandaria um "desprendimento" que esses governos certamente
não têm.
Sem dúvida, o maior avanço no projeto da TV
Brasil reside na disposição do grupo interministerial em promover uma
relativa "desestatização" da nova rede, criando-a sob o modelo de fundação
pública de direito privado que a manteria, teoricamente, independente do
governo. Essa é uma velha demanda política de todo o campo público da
televisão: a de que os canais sejam utilizados para os interesses amplos da
sociedade, não as conveniências de governantes. Ao estruturar-se como rede
sob efetivo controle público, não-governamental, a exemplo da sempre
festejada BBC britânica, a TV Brasil estaria livre de ser TV Lula, ou TV de
qualquer futuro governante.Ocorre que, mesmo nisso, o projeto da TV Brasil
vai se equivocando.
Delineia-se um modelo em que a emissora seria
controlada por um Conselho de Gestão, composto por personalidades nomeadas
pelo governo, em vez de representantes de entidades da sociedade civil, por
elas indicados. Mesmo as personalidades não poderiam escolher livremente os
seus sucessores, sendo substituídas por novos indicados do governo, quando
concluíssem seus mandatos. Os diretores da emissora, embora subordinados ao
conselho, também seriam nomeados pelo governo. Ou seja: TV pública, "ma non
troppo". Na verdade, TV estatal em versão "light", supostamente autônoma,
mas de fato monitorada.
A medida provisória formalizando o projeto da
TV Brasil será editada nas próximas semanas. Ainda há tempo para que a rota
seja corrigida. O Ministro Franklin Martins, que comanda o processo, tem a
opção diante de si. Pode atirar fora o capital político acumulado em anos de
lutas da televisão pública brasileira, que apóia a reforma do segmento, ou
pode liderar as profundas mudanças necessárias ao reordenamento dessa área,
como se espera dele. Vamos torcer pelo bom senso.
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Fonte: Portal RNP
Primeira rede de acesso à Internet no
Brasil, a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) integra mais de 300
instituições de ensino e pesquisa no país, beneficiando a mais de um
milhão de usuários. Em 2005, o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT)
lançou a Nova RNP. O objetivo é melhorar a infra-estrutura de redes em
níveis nacional, metropolitano e local (redes de campus); atender, com
aplicações e serviços inovadores, as demandas de comunidades específicas (telemedicina,
biodiversidade, astronomia etc.); e promover a capacitação de recursos
humanos em tecnologias da informação e comunicação.
A RNP foi criada em 1989 pelo Ministério da
Ciência e Tecnologia (MCT) com o objetivo de construir uma infra-estrutura
de rede Internet nacional para a comunidade acadêmica. A rede começou a
ser montada em 1991. Em 94, já atingia todas as regiões do país. Entre
2000 e 2001, a rede foi totalmente atualizada para oferecer suporte a
aplicações avançadas. Desde então, o backbone RNP, como é chamado, possui
pontos de presença em todos os estados brasileiros. Em 2005, a tecnologia
do backbone é novamente atualizada com links ópticos operando a múltiplos
gigabits por segundo.
A demanda por capacitação de recursos
humanos em tecnologia de redes digitais é crescente e acompanha a contínua
evolução das tecnologias da informação. Desde a década de 90, a RNP
oferece treinamento de técnicos em universidades e institutos de pesquisa
e nos pontos de presença da rede RNP, formando pessoal qualificado para
administração e operação de redes digitais em escala nacional. A partir de
2005, começaram a ser inauguradas unidades da Escola Superior de Redes RNP
pelo país, dando acesso a cursos práticos a um número cada vez maior de
profissionais da área de tecnologia da informação e comunicação.
A RNP oferece conexão gratuita à Internet
para instituições federais de ensino superior ligadas ao Ministério da
Educação (MEC), unidades de pesquisa federais ligadas ao MCT, agências de
ambos os ministérios e outras instituições de ensino e de pesquisa
públicas e privadas. Além da integração do território brasileiro, a rede
RNP oferece conexões internacionais para os Estados Unidos. Um universo
estimado em mais de um milhão usuários da comunidade acadêmica brasileira
se beneficia dessa infra-estrutura que estimula o progresso da ciência e
da educação superior no país.
Desde 2000, a Rede Nacional de Ensino e
Pesquisa (RNP) tem se dedicado à promoção do uso de aplicações avançadas
em redes de computadores. Telefonia sobre a rede Internet, TV digital
transmitida pela rede, educação a distância e videoconferência IP são
algumas das aplicações que estão sendo implantadas na forma de novos
serviços para os usuários.
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A ABTU – Associação Brasileira de Televisão
Universitária foi fundada em 30 de outubro de 2000, para congregar as
instituições de ensino superior que produzem televisão educativa e
cultural. Dezenas de IES, de todo o país, vem se lançando no desafio da
comunicação audiovisual eletrônica desde meados dos anos 1990, para fazer
com que o conhecimento científico gerado na academia chegue ao público
mais rapidamente, e de forma mais eficiente. A ABTU é o instrumento
político e técnico para a articulação desse grande esforço coletivo.
Sediada atualmente em São Paulo-SP, a ABTU representa o mais novo segmento
audiovisual no país e trabalha pela expansão das atividades universitárias
no campo da mídia e da teleducação. Suas associadas são instituições
conceituadas, nacional ou regionalmente, que transmitem informação e
cultura em todas as tecnologias disponíveis de televisão: ondas
eletromagnéticas (nas freqüências VHF e UHF), cabo, satélite e internet.
A ABTU apóia as Universidades que querem
explorar as possibilidades da televisão. Orienta-as no caminho que devem
percorrer para operar canais de TV. Ajuda-as a superar as dificuldades de
organizar a produção e de garantir um provimento regular de programação.
Dá orientação administrativa, técnica e jurídica, além de representá-las
junto aos organismos do Estado – Ministério das Comunicações, ANATEL,
Ministério da Educação, Congresso Nacional, Poder Judiciário – e demais
instituições da sociedade.
Como estabelece o estatuto da associação,
pode se filiar à ABTU toda e qualquer instituição de ensino superior,
independente dela ser universidade, centro universitário, faculdade ou
centro de pesquisa. A condição essencial é que tenha atividades regulares
de produção de televisão, de caráter educativo-cultural.
A Associação Brasileira de Televisão
Universitária trabalha pela qualificação da TV brasileira, colaborando
para a expansão da televisão educativa e fomentando a criação de canais de
TV universitária no país - em qualquer formato, meio ou tecnologia.
Contribui para o aprimoramento dos profissionais do setor, e para a melhor
informação e formação do público telespectador.
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Fonte: Convergência
Digital
O que é a RITU - Rede de Intercâmbio de TVs Universitárias
A RITU foi lançada oficialmente no dia 13 de dezembro de 2006, em
Brasília, através de um convênio entre a Associação Brasileira de
Televisão Universitária (ABTU) e a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP).
Mas já está vem sendo organizada há dois anos, num trabalho silencioso
envolvendo nove universidades. A rede de intercâmbio é operada a partir
da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), de São Leopoldo
(RS), região metropolitana de Porto Alegre. Para lá são enviados os
programas produzidos pelas instituições filiadas da ABTU e pelas
universidades federais, vinculadas à RNP - cerca de 100 parceiros.
Cerca de 120 instituições de ensino superior produzem televisão
regularmente no país. Elas controlam um mínimo de 52 canais geradores de
conteúdo, que estão na TV aberta, na TV a cabo, na TV paga por
microondas (MMDS) e na internet. (...)
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Ainda não se sabe se a TV Brasil, a nova
rede de TVs públicas brasileiras, será constituída por decreto ou por
projeto de lei. Mas uma decisão já foi tomada: ela será digital.
A torre da TV Cultura, em São Paulo,
receberá um transmissor moderno e potente, com capacidade para fazer
multiprogramação e interatividade.
Radiobrás tem uma parceria com a TV Cultura para transmitir
digitalmente, as duas, a partir do dia 2 de dezembro, usando a torre da
TV Cultura de São Paulo. Os equipamentos que estão sendo adquiridos pela
TV Brasil e pela Fundação Padre Anchieta, em São Paulo, nos dão a
possibilidade de fazer multiprogramação e interatividade, disse nesta
sexta-feira Delcimar Martins, assessor especial da SECOM, durante o
primeiro Workshop para a TV Pública, realizado na Bahia pela Abepec,
Associação Brasileira das Emissoras Públicas, Educativas e Culturais.
Entre os muito pontos discutidos no evento, alguns preocupam mais que
outros. Entre eles, estão a necessidade de construção de políticas
públicas para interatividade plena, garantindo financiamento para
investimentos em equipamentos de transmissão e recepção que suplante o
sucateamento tecnológico das TVs públicas, investimentos na produção de
software e, sobretudo,em um canal de retorno; e a necessidade de ter a
integração das redes garantindo o compartilhamento de recursos técnicos,
infra-estrutura física, produção e troca de conteúdos.
Financiamento
Para resolvê-los o governo já adotou algumas medidas. Vem já há algum
tempo negociando com o BNDES a criação de linhas de financiamento para
migração para o modelo digital. Ainda não se sabe se a fundo perdido ou
não. E se haverá uma específica para digitalização dos acervos.
Há quem defenda a contratação de uma consultoria que aponte o necessário
para uma TV pública funcionar minimamente decente como TV Digita e faça
um inventário confrontado a planta atual com essa planta básica para
saber quanto cada emissora teria que pedir ao banco.
Também quanto à integração, estão em curso discussões sobre o modelo de
gestão. Se haverá ou não um operador público de rede.
- Todos os estudos estão sendo refeitos. Os econômicos. Os técnicos.
Temos organismos internacionais estudando a composição desta malha
prevendo a existência de um operador de rede pública, não um operador
público de rede, já que provavelmente o setor privado vai operar as suas
próprias redes. Porém, para não correr o risco de desinformar sobre a
questão, o que posso dizer com certeza é que estamos em pleno processo
de debate, disse Mário Borgneth, assessor especial do Ministério da
Cultura.
Intercâmbio digital
Mas já se bateu o martelo, por exemplo, na construção de uma rede de
intercâmbio de conteúdos utilizando as redes de alta conexão de internet,
em parceria com a Rede Nacional de Pesquisa (RNP), nos moldes da Rede de
Intercâmbio de TVs universitárias (Rede RITU).
- Convidamos o MEC e o MCT para uma conversa e a partir daí nos foi
oferecido um diálogo de negócios com a RNP que gerou um processo de
discussão muito grande dentro do ministério, com a Radiobrás, com o
grupo executivo. Hoje nós temos uma proposta de integrar as 53 emissoras
das TVs educativas estaduais e as TVs universitárias que fazem parte da
ISI, em um projeto de três anos de construção, onde, em uma primeira
etapa, até dezembro deste ano, nós da TV Brasil estaremos montando uma
estrutura dentro da RNP para transmissão.
A idéia, como na RITU, é a de compartilhar programas e operar
conjuntamente uma grade nacional de programação. Construir meios de
permutar programas, para aumentar a qualidade e a diversidade de
conteúdos dos canais, reduzindo os custos de programação e permitindo
concentrar os recursos disponíveis na produção. Trabalhar a
horizontalidade para troca de programação, com rapidez e interatividade.
- A partir deste piloto da TV Brasil, de integração das suas bases
estaduais, em quatro estados, a gente pretende apresentar o modelo às
emissoras da Abepec e às emissoras universitárias e discutirmos o custo
disso.
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