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Setembro 2007               Índice Geral do BLOCO

O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão  Celld-group e WirelessBR. Participe!



30/09/07
 
"TV Pública" ou "TV Brasil" ou "TV Lula" ou "TV do PT" (1)

Olá,
ComUnidade WirelessBRASIL!
 
1.
Nosso "Serviço ComUnitário" vai aos poucos retomando os temas das "séries de mensagens" depois de um pequeno intervalo em que os "serviçais" estiveram meio-desplugados, envolvidos em atividades particulares.  :-)

Aguardamos os debates, rebates, embates e combates sobre todos os temas, sempre no tradicional clima de cordialidade e cavalheirismo comunitário  :-)
 
Uma das "séries" é sobre "TV Digital" e enfoca a parte técnica, padrões, implantação, etc.

Mas ao se pesquisar nos sites de buscas, o termo "TV Digital" vem emaranhado com outro assunto atual e  polêmico: a "TV Pública".
 
Nesta nova "Série" vamos dirigir nossa atenção para a "TV Pública" ou "TV Brasil" ou "TV Lula" ou "TV do PT".   :-)
 
Lembro: não tratamos de assuntos de política partidária em nossos fóruns mas gostamos de acompanhar os programas governamentais - e fazemos isso há vários governos.
Todo conhecem esta frase: Há governo? Então sou contra!  :-)
A nossa adaptação é: Há governo? Então tem que governar...para o povo!  :-))
 
Estamos fazendo a nossa parte: fixamos um olhar crítico nos bons programas governamentais na expectativa de ajudar a fazê-os funcionar em benefício da sociedade.

2.
Como ambientação, transcrevemos mais abaixo dois bons textos colhidos no site da USP - Universidade de S. Paulo.
Eis os "aperitivos":  :-)
 
a. O que é uma TV Pública?  por Adriano Adoryan que apresenta:
Televisão pública e televisão estatal por Orlando Senna, Secretário Nacional do Audiovisual/MinC
 
(...) O debate gerado a partir de uma proposta apresentada pelo Ministro das Comunicações para a implantação de um Canal do Executivo, previsto no decreto de implantação do sistema brasileiro de tv digital, está gerando uma confusão conceitual que faz por merecer alguns esclarecimentos. Confunde-se televisão pública com televisão estatal e, nesse desentendimento das coisas, daqui a pouco estaremos confundindo também suas naturezas e atribuições, que são bem diferentes e não concorrentes, embora complementares. (...)
 
b. A nova rede se enreda por Gabriel Priolli, jornalista e diretor de televisão e presidente da ABTU - Associação Brasileira de Televisão Universitária.
 
(...) Uma teia de equívocos compromete a TV pública que o Governo Federal organiza. O processo de construção da nova rede pública de televisão - batizada TV Lula pelos adversários e auto-designada, provisoriamente ou não, de TV Brasil - vai se convertendo em mais um exemplo cristalino de que as boas intenções nem sempre conduzem a bons resultados. (...)
 
3.
Aprendemos o caminho da coluna "Circuito" da jornalista Cristina de Luca...  :-)
 
No final desta mensagem transcrevemos este texto que também trata do assunto:

Fonte: Convergência Digital
Artigo: Ritu será modelo para integração da TV pública digital
 por Cristina De Luca

Para melhor acompanhar  a matéria, antes, fazemos uma ambientação nestas siglas: RNP - Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, ABTU - Associação Brasileira de Televisão Universitária e RITU - Rede de Intercâmbio de TVs universitárias (tudo transcrito l[a embaixo): 
Vale ler tudo com calma e fazer uma boa ambientação... neste final de domingão!  :-)
Um abraço cordial
Helio Rosa
Thienne Johnson
 
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Fonte: USP

O que é uma TV Pública?  por Adriano Adoryan
 
TV Privada, TV Pública, TV Estatal, TV Educativa, TV Universitária....
Com a definição do padrão de TV Digital no Brasil, as questões sobre quem é quem no contexto das televisões abertas está na pauta de Brasília e dos comunicadores.
Desde o final do ano passado o campo público da televisão brasileira vem, sob a tutela do MinC, articulando e preparando um Fórum Nacional de Televisões Públicas, previsto para 08 a 11 de Maio. Mas existe uma série de divergências em questão. A primeira delas é a definição de TV Pública. Orlando Sena, secretário nacional de audiovisual do Ministério da Cultura, aborda bem o tema, em texto que copio abaixo.
 
Fonte: USP
Televisão pública e televisão estatal por Orlando Senna, Secretário Nacional do Audiovisual/MinC
 
O debate gerado a partir de uma proposta apresentada pelo Ministro das Comunicações para a implantação de um Canal do Executivo, previsto no decreto de implantação do sistema brasileiro de tv digital, está gerando uma confusão conceitual que faz por merecer alguns esclarecimentos. Confunde-se televisão pública com televisão estatal e, nesse desentendimento das coisas, daqui a pouco estaremos confundindo também suas naturezas e atribuições, que são bem diferentes e não concorrentes, embora complementares. A nossa constituição é bem clara quando define, no artigo 223, os três sistemas que compõem o universo televisivo: o privado, o público e o estatal. A tv estatal faz prestação de serviços do governo e apresenta à população o ponto de vista do governo, como componente da variedade de pontos de vista da democracia midiática. A tv pública, também como componente importante da variedade democrática, é porta-voz da sociedade (da pluralidade de opinião e da diversidade cultural) sem intermediação do governo ou dos interesses da tv privada.
 
O ministro Hélio Costa apresentou as linhas gerais de uma proposta para um Canal do Executivo, nela embutida a ampliação da tv estatal (atualmente sob a responsabilidade da Radiobrás), sua presença em todo o território brasileiro. O presidente Lula determinou a realização de uma reunião com os ministros da Cultura e da Educação para a sua análise, já que este canal faz parte do conjunto de quatro canais do estado com criação prevista no decreto: Institucional (executivo, legislativo, judiciário), da Cultura, da Educação e da Cidadania. Ou seja, o ministro das Comunicações está trabalhando na reorganização da tv estatal.
 
A questão da tv pública, pela diversidade de seus segmentos (canais educativos, culturais, universitários, comunitários) e pela sua responsabilidade de expressar o ponto de vista da sociedade, está sendo trabalhada pelo governo no Forum Nacional de TVs Públicas, com a participação de todos os setores do governo envolvidos no tema, de todos os segmentos da tv pública e representantes dos outros sistemas de televisão (estatal e privada), do pensamento acadêmico e de atividades relacionadas com a democratização da informação. O forum iniciou suas atividades em setembro do ano passado e culminará em uma plenária em maio, com a intenção de apresentar o desenho de uma nova política para a tv pública, acoplando às providências referentes à migração tecnológica do sistema analógico para o digital um planejamento de expansão e reorganização do sistema público (articulação de redes, produção de conteúdos, modelos negociais, compartilhamento de infraestrutura, etc).
 
Mas eis que de repente as duas distintas categorias televisivas parecem ser a mesma coisa em declarações de autoridades e na reverberação dessas declarações na mídia. Acontece que o Governo Federal aspira conferir abrangência nacional aos referidos quatro canais do estado e, nesse sentido, tem utilizado a terminologia “rede pública” na caracterização do Canal do Executivo ora em discussão, gerando equívocos na compreensão dos objetivos da proposta, cuja natureza se inscreve no fortalecimento do sistema estatal de televisão. Então, em prol da clareza, melhor que trabalhemos todos, o governo, a mídia e a sociedade, com os conceitos corretos.
 
Há mais uma razão para a confusão. É que, historicamente, os canais estatais e os canais públicos têm estabelecido uma relação de cooperação, às vezes de complementariedade, no que se refere ao compartilhamento de fontes de financiamento, à demarcação de especificidades em relação aos canais privados, à utilização de conteúdos da tv pública pela Radiobrás. Os dois tipos de canais atuam, inclusive, em organismos integrados como a Associação Brasileira de Emissoras Públicas, Educativas e Culturais-ABEPEC. Essa atuação colaborativa tem recebido a denominação genérica de TV Pública, o que serve para determinados propósitos mas que não corresponde à realidade da atuação específica da tv estatal, da voz do governo.
 
No momento em que o País avança na implantação do sistema de tv digital temos uma oportunidade única de desenvolver os sistemas público e estatal de televisão, ampliando as janelas de expressão da sociedade e de prestação de serviços de interesse do cidadão, fortalecendo a capacidade operacional destes sistemas a partir do compartilhamento de infraestruturas instaladas e conferindo uma conseqüente maior capilaridade social destes veículos.
 
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Fonte: USP
A nova rede se enreda por Gabriel Priolli, jornalista e diretor de televisão e presidente da ABTU - Associação Brasileira de Televisão Universitária.
 
Uma teia de equívocos compromete a TV pública que o Governo Federal organiza. O processo de construção da nova rede pública de televisão - batizada TV Lula pelos adversários e auto-designada, provisoriamente ou não, de TV Brasil - vai se convertendo em mais um exemplo cristalino de que as boas intenções nem sempre conduzem a bons resultados.  
 
 Apoiado por todos os segmentos da TV pública e por setores importantes da sociedade, em particular os que lutam pela democratização da mídia, o projeto saiu bastante fortalecido do Fórum Nacional de TVs Públicas, o grande evento e reorganização desse campo, que ocorreu em maio, em Brasília. Era tido como a ponta de lança de uma nova estrutura para toda a televisão de utilidade pública no país. Três meses depois, entretanto, os erros de condução no processo estão erodindo a base de apoio da nova rede e podem comprometer a sua viabilização.
 
Na "Carta de Brasília" resultante daquele Forum, documento que consolidou os princípios, finalidades e demandas da televisão pública brasileira, o que se propunha era uma ampla reformulação de todos os setores da TV não-comercial, tendo por eixos a introdução da TV digital, novo sistema de transmissão com estréia marcada para dezembro deste ano, em São Paulo, e a decisão do Presidente Lula de dotar o país de uma rede pública de TV forte e competitiva, capaz de rivalizar com as redes comerciais na sedução dos telespectadores. 
 
A tecnologia digital propiciaria as condições técnicas para acomodar novos canais e novos serviços, a nova rede carregaria múltiplos recursos de investimento, e o ambiente favorável permitiria, ao mesmo tempo, consertar o que está errado na televisão pública existente e projetar com precisão o que se quer para o futuro.
 
As entidades representativas do campo público da TV e da sociedade civil propunham, especialmente, que a TV digital concentrasse todos os canais públicos numa mesma faixa do espectro e que a sua transmissão fosse feita conjuntamente, sob controle de um ente público, o chamado "operador de rede". Isso permitira a melhor utilização possível da capacidade do espectro destinada aos canais públicos, que teriam, a cada instante, mais ou menos "banda" disponível para os serviços que oferecessem, dependendo de suas necessidades (muita banda para transmissão de filmes em alta definição, menos banda para a transmissão de debates em definição padrão, por exemplo).
 
Permitiria, sobretudo, maior racionalização no investimento público em transmissores, antenas, retransmissores e sistemas de gerenciamento. O governo federal poria o grosso do dinheiro, os canais públicos complementariam na medida de suas possibilidades, o operador de rede controlaria o tráfego das imagens e todas as demandas seriam compatibilizadas e atendidas.
 
Para isso funcionar, seriam necessárias também algumas medidas regulatórias, a começar pelas outorgas para que os canais públicos hoje existentes apenas na TV a cabo - os canais legislativos, comunitários e universitários - possam operar em TV digital aberta. A regulamentação da publicidade comercial em televisão pública, assim como a implementação do dispositivo constitucional que obriga a TV a privilegiar a educação e a cultura, a produção independente, o cinema brasileiro e a programação regional, seriam outros aspectos legais dessa ampla reforma de todo o campo público da televisão. Impulsionados pelo Governo Federal, teriam sustentação política no Congresso e poderiam vencer o obstinado lobby das emissoras comerciais, sempre no combate a toda e qualquer medida regulatória em seu mercado, ainda que as afete apenas indiretamente.
 
Nada disso, entretanto, foi acolhido pelo grupo interministerial que implementa o projeto da rede pública, coordenado pela Secretaria de Comunicação Social. Fechado em si mesmo desde o final do Fórum de maio, dialogando pouco com os setores que o apóiam, o grupo vem se concentrando exclusivamente na montagem da TV Brasil, em molde de rede anacrônico, autoritário e irrealista. Não considerou a sério a proposta do operador de rede público. Sequer defende o agrupamento dos canais no espectro. E ainda resiste à implementação imediata, simultânea à da TV Brasil, dos outros canais públicos criados pelo decreto presidencial 5820/06, que instituiu a TV digital: os canais da educação, da cultura e da cidadania. São justamente esses canais, com a funcionalidade da "multiprogramação" (várias programações diferentes transmitidas por um mesmo canal), que podem abrigar as emissoras públicas hoje confinadas na TV a cabo e atender as demandas reprimidas de conteúdo independente e regional.
 
Ou seja: o grupo interministerial está cuidando da "sua" TV e deixando todo o resto para depois, para um futuro absolutamente incerto. Quem tem um mínimo de vivência nas questões de política de comunicações sabe que as chances de mudança nessa área são raras, e que condições institucionais como as propiciadas pelo Fórum de maio são irrepetíveis. Portanto, as mudanças desejadas na televisão pública deveriam ser feitas já, agora, neste momento, antes que estréie a TV digital e se feche a janela de oportunidade. Mas o grupo interministerial parece acreditar no mitológico "dia que virá", o amanhã radioso em que todas as utopias se materializarão por si mesmas, como se não fosse necessário construí-las desde o presente. E como se não houvesse sucessão de governo no Brasil, não houvessem inimigos da TV pública esperando chegar ao poder para prejudicá-la.
 
A TV Brasil está se organizando como uma rede de TV em formato convencional, na qual uma emissora central, resultante da fusão da Radiobrás com a TVE do Rio de Janeiro, apresenta-se como "cabeça de rede", isto é, como grande provedora de programação a outras emissoras, possíveis afiliadas. Oferece seu conteúdo em troca da distribuição de seu sinal, na área de alcance da afiliada. Mantém uma estrutura vertical de organização, produzindo a maioria dos programas que exibirá. De lambuja, oferece alguns espaços aos programas regionais e independentes em sua grade de programação. Recusa, entretanto, a idéia de uma rede horizontal, organizada sem hierarquias entre as emissoras aderentes, com múltiplas formas de compartilhamento de programação, estrutura e serviços.
 
A TV Brasil organiza-se, em resumo, como a Globo e as demais redes comerciais, cujo formato é a fonte de todos os problemas de centralismo, baixa diversidade e marginalização cultural que a televisão pública combate. Formato anacrônico e autoritário, repita-se. E também irrealista, porque: 1) presume que as emissoras públicas regionais, sob controle de interesses políticos paroquiais, correrão de braços abertos a reforçar uma estrutura federal de comunicação, o que só beneficiaria o governo central. 2) só seriam admitidas na rede emissoras regionais que adotassem o modelo público, livrando-se da ingerência dos governos que as mantêm, o que demandaria um "desprendimento" que esses governos certamente não têm.
 
Sem dúvida, o maior avanço no projeto da TV Brasil reside na disposição do grupo interministerial em promover uma relativa "desestatização" da nova rede, criando-a sob o modelo de fundação pública de direito privado que a manteria, teoricamente, independente do governo. Essa é uma velha demanda política de todo o campo público da televisão: a de que os canais sejam utilizados para os interesses amplos da sociedade, não as conveniências de governantes. Ao estruturar-se como rede sob efetivo controle público, não-governamental, a exemplo da sempre festejada BBC britânica, a TV Brasil estaria livre de ser TV Lula, ou TV de qualquer futuro governante.Ocorre que, mesmo nisso, o projeto da TV Brasil vai se equivocando.
 
Delineia-se um modelo em que a emissora seria controlada por um Conselho de Gestão, composto por personalidades nomeadas pelo governo, em vez de representantes de entidades da sociedade civil, por elas indicados. Mesmo as personalidades não poderiam escolher livremente os seus sucessores, sendo substituídas por novos indicados do governo, quando concluíssem seus mandatos. Os diretores da emissora, embora subordinados ao conselho, também seriam nomeados pelo governo. Ou seja: TV pública, "ma non troppo". Na verdade, TV estatal em versão "light", supostamente autônoma, mas de fato monitorada.
 
A medida provisória formalizando o projeto da TV Brasil será editada nas próximas semanas. Ainda há tempo para que a rota seja corrigida. O Ministro Franklin Martins, que comanda o processo, tem a opção diante de si. Pode atirar fora o capital político acumulado em anos de lutas da televisão pública brasileira, que apóia a reforma do segmento, ou pode liderar as profundas mudanças necessárias ao reordenamento dessa área, como se espera dele. Vamos torcer pelo bom senso. 
 
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Fonte: Portal RNP
RNP - Rede Nacional de Ensino e Pesquisa
 
Primeira rede de acesso à Internet no Brasil, a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) integra mais de 300 instituições de ensino e pesquisa no país, beneficiando a mais de um milhão de usuários. Em 2005, o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) lançou a Nova RNP. O objetivo é melhorar a infra-estrutura de redes em níveis nacional, metropolitano e local (redes de campus); atender, com aplicações e serviços inovadores, as demandas de comunidades específicas (telemedicina, biodiversidade, astronomia etc.); e promover a capacitação de recursos humanos em tecnologias da informação e comunicação.
 
A RNP foi criada em 1989 pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) com o objetivo de construir uma infra-estrutura de rede Internet nacional para a comunidade acadêmica. A rede começou a ser montada em 1991. Em 94, já atingia todas as regiões do país. Entre 2000 e 2001, a rede foi totalmente atualizada para oferecer suporte a aplicações avançadas. Desde então, o backbone RNP, como é chamado, possui pontos de presença em todos os estados brasileiros. Em 2005, a tecnologia do backbone é novamente atualizada com links ópticos operando a múltiplos gigabits por segundo.
 
A demanda por capacitação de recursos humanos em tecnologia de redes digitais é crescente e acompanha a contínua evolução das tecnologias da informação. Desde a década de 90, a RNP oferece treinamento de técnicos em universidades e institutos de pesquisa e nos pontos de presença da rede RNP, formando pessoal qualificado para administração e operação de redes digitais em escala nacional. A partir de 2005, começaram a ser inauguradas unidades da Escola Superior de Redes RNP pelo país, dando acesso a cursos práticos a um número cada vez maior de profissionais da área de tecnologia da informação e comunicação.
 
A RNP oferece conexão gratuita à Internet para instituições federais de ensino superior ligadas ao Ministério da Educação (MEC), unidades de pesquisa federais ligadas ao MCT, agências de ambos os ministérios e outras instituições de ensino e de pesquisa públicas e privadas. Além da integração do território brasileiro, a rede RNP oferece conexões internacionais para os Estados Unidos. Um universo estimado em mais de um milhão usuários da comunidade acadêmica brasileira se beneficia dessa infra-estrutura que estimula o progresso da ciência e da educação superior no país.
 
Desde 2000, a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) tem se dedicado à promoção do uso de aplicações avançadas em redes de computadores. Telefonia sobre a rede Internet, TV digital transmitida pela rede, educação a distância e videoconferência IP são algumas das aplicações que estão sendo implantadas na forma de novos serviços para os usuários.
 
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Fonte: Portal ABTU
ABTU - Associação Brasileira de Televisão Universitária
 
A ABTU – Associação Brasileira de Televisão Universitária foi fundada em 30 de outubro de 2000, para congregar as instituições de ensino superior que produzem televisão educativa e cultural. Dezenas de IES, de todo o país, vem se lançando no desafio da comunicação audiovisual eletrônica desde meados dos anos 1990, para fazer com que o conhecimento científico gerado na academia chegue ao público mais rapidamente, e de forma mais eficiente. A ABTU é o instrumento político e técnico para a articulação desse grande esforço coletivo.
Sediada atualmente em São Paulo-SP, a ABTU representa o mais novo segmento audiovisual no país e trabalha pela expansão das atividades universitárias no campo da mídia e da teleducação. Suas associadas são instituições conceituadas, nacional ou regionalmente, que transmitem informação e cultura em todas as tecnologias disponíveis de televisão: ondas eletromagnéticas (nas freqüências VHF e UHF), cabo, satélite e internet.
 
A ABTU apóia as Universidades que querem explorar as possibilidades da televisão. Orienta-as no caminho que devem percorrer para operar canais de TV. Ajuda-as a superar as dificuldades de organizar a produção e de garantir um provimento regular de programação. Dá orientação administrativa, técnica e jurídica, além de representá-las junto aos organismos do Estado – Ministério das Comunicações, ANATEL, Ministério da Educação, Congresso Nacional, Poder Judiciário – e demais instituições da sociedade.
 
Como estabelece o estatuto da associação, pode se filiar à ABTU toda e qualquer instituição de ensino superior, independente dela ser universidade, centro universitário, faculdade ou centro de pesquisa. A condição essencial é que tenha atividades regulares de produção de televisão, de caráter educativo-cultural.
 
A Associação Brasileira de Televisão Universitária trabalha pela qualificação da TV brasileira, colaborando para a expansão da televisão educativa e fomentando a criação de canais de TV universitária no país - em qualquer formato, meio ou tecnologia. Contribui para o aprimoramento dos profissionais do setor, e para a melhor informação e formação do público telespectador.
 
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Fonte: Convergência Digital
O que é a RITU - Rede de Intercâmbio de TVs Universitárias

A RITU foi lançada oficialmente no dia 13 de dezembro de 2006, em Brasília, através de um convênio entre a Associação Brasileira de Televisão Universitária (ABTU) e a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). Mas já está vem sendo organizada há dois anos, num trabalho silencioso envolvendo nove universidades. A rede de intercâmbio é operada a partir da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), de São Leopoldo (RS), região metropolitana de Porto Alegre. Para lá são enviados os programas produzidos pelas instituições filiadas da ABTU e pelas universidades federais, vinculadas à RNP - cerca de 100 parceiros.
Cerca de 120 instituições de ensino superior produzem televisão regularmente no país. Elas controlam um mínimo de 52 canais geradores de conteúdo, que estão na TV aberta, na TV a cabo, na TV paga por microondas (MMDS) e na internet. (...)
 
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Fonte: Convergência Digital
Artigo: Ritu será modelo para integração da TV pública digital por Cristina De Luca
 
Ainda não se sabe se a TV Brasil, a nova rede de TVs públicas brasileiras, será constituída por decreto ou por projeto de lei. Mas uma decisão já foi tomada: ela será digital.
A torre da TV Cultura, em São Paulo, receberá um transmissor moderno e potente, com capacidade para fazer multiprogramação e interatividade.
Radiobrás tem uma parceria com a TV Cultura para transmitir digitalmente, as duas, a partir do dia 2 de dezembro, usando a torre da TV Cultura de São Paulo. Os equipamentos que estão sendo adquiridos pela TV Brasil e pela Fundação Padre Anchieta, em São Paulo, nos dão a possibilidade de fazer multiprogramação e interatividade, disse nesta sexta-feira Delcimar Martins, assessor especial da SECOM, durante o primeiro Workshop para a TV Pública, realizado na Bahia pela Abepec, Associação Brasileira das Emissoras Públicas, Educativas e Culturais.
Entre os muito pontos discutidos no evento, alguns preocupam mais que outros. Entre eles, estão a necessidade de construção de políticas públicas para interatividade plena, garantindo financiamento para investimentos em equipamentos de transmissão e recepção que suplante o sucateamento tecnológico das TVs públicas, investimentos na produção de software e, sobretudo,em um canal de retorno; e a necessidade de ter a integração das redes garantindo o compartilhamento de recursos técnicos, infra-estrutura física, produção e troca de conteúdos.
Financiamento
Para resolvê-los o governo já adotou algumas medidas. Vem já há algum tempo negociando com o BNDES a criação de linhas de financiamento para migração para o modelo digital. Ainda não se sabe se a fundo perdido ou não. E se haverá uma específica para digitalização dos acervos.
Há quem defenda a contratação de uma consultoria que aponte o necessário para uma TV pública funcionar minimamente decente como TV Digita e faça um inventário confrontado a planta atual com essa planta básica para saber quanto cada emissora teria que pedir ao banco.
Também quanto à integração, estão em curso discussões sobre o modelo de gestão. Se haverá ou não um operador público de rede.
- Todos os estudos estão sendo refeitos. Os econômicos. Os técnicos. Temos organismos internacionais estudando a composição desta malha prevendo a existência de um operador de rede pública, não um operador público de rede, já que provavelmente o setor privado vai operar as suas próprias redes. Porém, para não correr o risco de desinformar sobre a questão, o que posso dizer com certeza é que estamos em pleno processo de debate, disse Mário Borgneth, assessor especial do Ministério da Cultura.
 
Intercâmbio digital
Mas já se bateu o martelo, por exemplo, na construção de uma rede de intercâmbio de conteúdos utilizando as redes de alta conexão de internet, em parceria com a Rede Nacional de Pesquisa (RNP), nos moldes da Rede de Intercâmbio de TVs universitárias (Rede RITU).
- Convidamos o MEC e o MCT para uma conversa e a partir daí nos foi oferecido um diálogo de negócios com a RNP que gerou um processo de discussão muito grande dentro do ministério, com a Radiobrás, com o grupo executivo. Hoje nós temos uma proposta de integrar as 53 emissoras das TVs educativas estaduais e as TVs universitárias que fazem parte da ISI, em um projeto de três anos de construção, onde, em uma primeira etapa, até dezembro deste ano, nós da TV Brasil estaremos montando uma estrutura dentro da RNP para transmissão.
A idéia, como na RITU, é a de compartilhar programas e operar conjuntamente uma grade nacional de programação. Construir meios de permutar programas, para aumentar a qualidade e a diversidade de conteúdos dos canais, reduzindo os custos de programação e permitindo concentrar os recursos disponíveis na produção. Trabalhar a horizontalidade para troca de programação, com rapidez e interatividade.
- A partir deste piloto da TV Brasil, de integração das suas bases estaduais, em quatro estados, a gente pretende apresentar o modelo às emissoras da Abepec e às emissoras universitárias e discutirmos o custo disso.

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