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Abril 2008               Índice Geral do BLOCO

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01/04/08

"Pôr-do-sol analógico" (01)  - "Post" e artigo de Elis Monteiro

----- Original Message -----
From: Helio Rosa
To: Celld-group ; WirelessBR
Cc: ElisM@oglobo.com.br ; josersp@terra.com.br ; smolka@terra.com.br
Sent: Monday, March 03, 2008 4:37 PM
Subject: "Pôr-do-sol analógico" - "Post" e artigo de Elis Monteiro

Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
 
A nossa participante e jornalista Elis Monteiro publicou em seu blog "Telefonia & Etc" no Portal "Globo Online" um "post" sobre os celulares analógicos.
 
Fonte: Telefonia e Etc - O Globo Online
 
Alguns depois, em 25/02/08 publicou no Jornal O Globo ("papel") um artigo sobre o mesmo assunto.
 
Fonte: O Globo ("papel")
EUA desligaram sua rede AMPS; no Brasil, ainda há 15 mil pessoas atendidas por redes antigas
Neste artigo Elis cita as opiniões de alguns de nossos participantes.

Vale conferir, abaixo, as transcrições do "post" e do artigo.

Elis, parabéns pelas  matérias!
Obrigado pela autorização para divulgação na ComUnidade!
 
Mais abaixo ainda temos outra matéria para complementar o assunto:

Fonte: HTML Staff
[14/02/08]   Celulares analógicos serão desativados nos Estados Unidos
 
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Thienne Johnson
 
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Fonte: Telefonia e Etc - O Globo Online
"Pôr-do-sol analógico"
 
Gostei tanto do nome que resolvi escrever um post para aproveitá-lo: é que hoje, segunda-feira, dia 18 de fevereiro de 2008, é um marco importante para a história da telefonia nos EUA e, por que não, também no mundo: as principais operadoras de telefonia celular em atuação na terra do Tio Sam (dentre elas a AT& T Wireless e a Verizon Wireless) estão desativando, oficialmente, as redes de telefonia celular analógicas (AMPS, de Advanced Mobile Phone System), criadas em 1979 pela Bell Labs e inauguradas em 1983.
 
O tal nome "Pôr-do-sol analógico" foi dado pela Comissão Federal de Comunicações americana.
 
Aqui no Brasil, ainda convivemos com redes AMPS em algumas regiões (principalmente quando os clientes estão em roaming em localidades não atendidas pelas redes digitais), mas o prazo para o fim destas está chegando - pelo que eu sei, em 2010 elas devem ser extintas (não tenho certeza absoluta da data, mas acho que é por aí).
 
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Fonte: O Globo ("papel")
[25/02/08]   EUA desligaram sua rede AMPS; no Brasil, ainda há 15 mil pessoas atendidas por redes antigas
 
Elis Monteiro
 
Adeus à tecnologia analógica na telefonia celular! Foi o que fizeram as maiores operadoras de telecomunicações americanas. Depois de anos planejando, finalmente chegou o dia para o desligamento total das linhas analógicas (AMPS, de Advanced Mobile Phone System, a primeira geração de sistemas celulares). A data oficial foi segunda-feira passada, quando a AT&T Wireless e a Verizon Wireless, duas das mais importantes operadoras em atuação na terra do Tio Sam, desativaram as últimas linhas AMPS em operação nas suas redes.
 
A data foi escolhida pela Comissão Federal de Comunicações (FCC), a Anatel dos EUA, e acabou recebendo o charmoso apelido de "pôr-do-sol analógico". Chegava ao fim, desta forma, as primeiras redes de telefonia celular, criadas em 1980.
 
Menos de 1% dos clientes da Verizon, por exemplo, ainda usavam redes AMPS para se comunicar (o que não é pouco, uma vez que ela, juntamente com a AT & T, somam mais de 60 milhões de clientes). Há alguns meses, a operadora, no entanto, já oferecia alternativas digitais para os clientes que ficariam órfãos da AMPS.
 
Mesmo para os padrões americanos (os EUA ainda estão muito melhor servidos de telefonia celular que o Brasil), o desligamento demorou. De acordo com José de Ribamar Smolka Ramos, especialista técnico da Telebahia Celular S/A (Vivo) e professor do curso de bacharelado em Informática da Universidade Católica do Salvador, a demora pode ser explicada por dois fatores. O primeiro seria o comercial - se em uma determinada região só existe cobertura AMPS (e isso pode ser válido especialmente em áreas rurais), enquanto não houver a alternativa de cobertura digital (GSM ou CDMA 1X/EVDO ou WCDMA), desligar o AMPS significa deixar milhares de clientes sem opção, além das eventuais perdas de receita (mesmo que pequena) e dano para a imagem (que pode ser grande).
 
- Como a justificativa econômica do "overlay" digital nestas áreas é baixa, a menos que haja pressão regulatória (o segundo fator) algumas áreas vão sempre ficando para trás no processo de digitalização da rede de acesso - diz Ribamar.
 
E por que o órgão regulador americano só resolveu marcar data para o desligamento do AMPS agora?
 
- Provavelmente, porque só agora o interesse na liberação do espectro ocupado pelo AMPS (na faixa dos 700MHz) superou a inércia em adotar uma posição que impõe custo nas operadoras, que sempre gera desgaste para o órgão regulador -diz.
 
No Brasil, 15 mil pessoas ainda usam redes AMPS
 
No Brasil, mais de 15 mil pessoas ainda usam redes analógicas, segundo dados da Anatel. Ainda segundo a agência, em outubro do ano passado a participação da AMPS no mercado era de 0,02%. Mas será que a AMPS ainda é necessária, haja vista que algumas operadoras em atuação aqui ainda tiram partido da tecnologia?
 
- A AMPS era a saída para garantir o roaming sempre que o usuário estivesse em uma área onde não houvesse cobertura digital compatível com o seu aparelho. Este foi o caso da Vivo, mas também de todas as demais operadoras durante a transição do TDMA para o GSM - explica Ribamar. - Ocorre que a Vivo já fez o overlay GSM da rede CDMA 1X/EVDO, então o roaming digital GSM já é possível, para os clientes que tenham aparelhos tri-band (a Vivo usa uma faixa de freqüência diferente das outras operadoras para o GSM). Em segundo lugar, que eu saiba, todas as demais operadoras (TIM, Oi e Claro) já terminaram a substituição da rede de acesso TDMA pelo GSM.
 
Como todas as operadoras deverão lançar suas redes WCDMA (o 3G) este ano, até o fim de 2009 deve haver uma tecnologia e faixa de freqüência de operação comuns a todas.
 
- Meu melhor chute é que, uma vez definido o horizonte de universalização do WCDMA, então a Anatel pode marcar a data para o enterro do AMPS. Embora cada operadora possa, conforme suas conveniências, decidir antecipar o desligamento na sua rede.
 
Mas será que a AMPS só traz desvantagem? Para o especialista consultado pelo GLOBO, a resposta é não.
 
- A vantagem do AMPS é que em áreas com baixa densidade de usuários (como áreas rurais, ou pequenas áreas urbanas) dá para oferecer cobertura com pouco investimento. O raio de cobertura de uma célula AMPS é, tipicamente, da ordem de x Km. Uma célula GSM ou CDMA 1x/EVDO tem cerca de y Km de raio, e um node-B UMTS (WCDMA) z Km. Portanto, a mesma área pode ser coberta com menos rádio-bases AMPS do que com rádio-bases digitais (2G ou 3G) - explica.
 
O problema é que todos os serviços que o público se acostumou a associar com o celular (SMS, WAP, acesso à internet, etc.) só são possíveis com cobertura digital.
 
- No fundo, é tudo uma questão econômica. Quanto custa digitalizar versus quanto custa manter a cobertura AMPS? Existe mercado para serviços mais sofisticados que apenas voz? Existe pressão regulatória para liberação do espectro ocupado pelo AMPS? Pois ele pode ser uma opção do tipo "melhor ter um fusca velho que andar a pé".
 
A boa notícia é que a base analógica instalada vem reduzindo ano a ano - de 61.462 em 2006 para 15.581 em 2007. O desligamento, assim, pode ser uma questão de tempo.
 
- Só se pode desligar a cobertura de uma tecnologia, se você tiver uma cobertura sobreposta para atender aos usuários de forma a não quebrar o contrato de prestação de serviço - diz José Roberto de Souza Pinto, engenheiro e consultor na área de telecomunicações.
 
Para quem ainda usa o analógico, o tal "pôr-do-sol" pode ser a diferença entre uma baixa qualidade de voz, velocidade mínima e até clonagem e uma nova vida digital que inclui, SMS e MMS e internet móvel - segundo José Roberto, na rede analógica a taxa de acesso é de 9,6kbps, o que inviabiliza a maior parte das novas aplicações.
 
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Fonte: HTML Staff
[14/02/08]   Celulares analógicos serão desativados nos Estados Unidos
 
Na segunda-feira (18/02) as principais operadoras de telefonia celular dos Estados Unidos, AT&T Wireless e Verizon Wireless, irão desativar as redes celulares analógicas AMPS (Advanced Mobile Phone System).
 
A data estabelecida pela Comissão Federal de Comunicações norte-americana foi apelidada de "pôr-do-sol analógico" e extingue as primeiras redes celulares, que foram desenvolvidas em 1980, dando lugar às redes móveis digitais.
 
A AT&T Wireless anunciou que também irá desativar sua primeira rede de telefonia móvel com a tecnologia digital TDMA (Time-Division Multiple Access). A Sprint Nextel e a T-Mobile USA não possuem redes analógicas.
 
Operadoras de menor porte e que operam telefone rurais também informaram que deixarão de trabalhar com as redes analógicas na segunda-feira.
 
Embora os aparelhos analógicos sejam raridade em território norte-americano, a medida afeta sistemas de alarme mais antigos, baseados nas redes AMPS. As operadoras locais afirmam que têm incentivado a migração de seus clientes há alguns meses.
 
O porta-voz da AT&T, Mark Siegel, afirma que há um número muito pequeno de clientes com terminais analógicos. Segundo ele, 99,9% do tráfego da AT&T está baseado em celulares com a tecnologia GSM (Global System for Mobile Communications).
 
A porta-voz da Verizon, Debra Lewis, estima que menos de 1% dos clientes da operadora tinham celulares analógicos, no ano passado, antes que a empresa iniciasse uma oferta de migração para as redes digitais.
 
Embora os porcentuais sejam baixos, o volume representa alguns milhares de assinantes, já que as redes da AT&T e da Verizon somam 60 milhões de usuários nos Estados Unidos.
 
O "pôr-do-sol" da rede analógica deve deixar no escuro sistemas de alarme mais antigos. Há cerca de três anos, o Comitê de Comunicações da Indústria de Alarmes (AICC, na sigla em inglês) fez uma pesquisa revelando que 1 milhão de residências e empresas usavam alarmes conectados à rede celular analógica nos Estados Unidos, de uma base de 30 milhões de usuários, na época. Há seis meses, a rede de usuários de alarmes analógicos estava em torno de 400 mil, segundo a associação.
 
No Brasil, a tecnologia AMPS teve uma representatividade de apenas 0,01% (15.581 aparelhos) entre os 120,9 milhões de celulares habilitados em dezembro de 2007, segundo a Anatel. Em outubro de 2007 a participação da tecnologia analógica era de 0,02%.
 
O GSM é a tecnologia mais usada atualmente no Brasil, respondendo por 78,4% dos celulares habilitados no Brasil (94,9 milhões de aparelhos) até dezembro de 2007. Em segundo lugar, o padrão CDMA conta com 17,26% de participação (20,8 milhões de celulares) e a tecnologia TDMA é usada em 4,26% da base de celulares (5,1 milhões de aparelhos).

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