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17/04/08

• Traffic Shaping (02) - Comentário de Carlos Carneiro

----- Original Message -----
From: Carlos Carneiro
To: wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Cc: Celld-group@yahoogrupos.com.br ; ElisM@oglobo.com.br ; tele171@yahoo.com.br
Sent: Thursday, April 17, 2008 5:23 PM
Subject: Re: [wireless.br] Traffic Shaping (1) - Artigo de Elis Monteiro

Helio,
Boa tarde!

Aproveitando para desejar também os votos de felicidades a jornalista Elis Monteiro;

Excelente entrevista e batendo na tecla junto com o Rogério quanto ao cumprimento do Art. 207 da LGT, entre outros Artigos não cumpridos ao qual o governo e a agência descaradamente fecham os olhos.

Quanto ao "Traffic Shaping", vamos olhar um pouco mais para o lado de investimento em infra-estrutura para depois discutirmos o porque da utilização do controle de tráfego.

Para se viabilizar e disponibilizar Link de Internet de forma mais barata para os usuários é necessário o compartilhamento das vias, das redes, da mesma forma que é feito com as centrais telefônicas, estradas, ... quase tudo hoje em dia.
Calcula-se qual o máximo que a "via" comporta, baseando-se em cálculos de uso médio e contando que todos não estão no mesmo local no mesmo momento tem-se a definição da quantidade de usuários por habitantes, assinantes por capacidade de central, e usuários por compartilhamento de banda.

O problema todo que no Brasil investe-se pouco em planejamento, olha-se menos ainda para o usuário dos serviços e os olhos brilham quando se tem muita gente no mesmo espaço (pois isso é sinal de lucro, mais receita com menos investimento em expansão) com isso os investimentos em infra-estrutura e ampliação das redes são mínimos porém o negócio começou a desandar com a popularização dos "glutões" da internet, os programas P2P que sugam os links dos clientes deixando uma margem de ociosidade menor nos links dos provedores e das operadoras, como sempre, para toda praga existe uma solução :)) nesse caso a praga para os provedores e operadoras eram os programas P2P e a solução as implementações de filtros de QoS nos roteadores, concentradores e multiplexadores que fazem parte das redes de dados das empresas citadas.

Com isso consegue-se dar menor prioridade ao mal dos problemas (das operadoras e provedores) e o cliente que procure outra solução ou vá comprar programa legal e musica que não seja pirata(pois a disseminação dos programas P2P para transferirem arquivos *ilegais* garantiram esse status que ao ver das operadoras e provedores eram a solução na justificativa ao mercado) porém além de extrapolarem no limite do cidadão de escolher aquilo que quer e priorizar aquilo que quer ou não quer algumas empresas definem prioridade baixa nos serviços fornecidos pelos concorrentes ou nos serviços que vão de frente com o seu portifolio de produtos, como é o caso do VoIP com os serviços STFC das operadoras.

Vale ressaltar que 1Mb de link disponível full para o cliente custa para a operadora ou provedor muito mais do que eles pagam, por isso a necessidade do compartilhamento.

Existem serviços de link de internet full, clear channel, sem filtros, sem compartilhamento, porém custa-se mais de 60 vezes do que se paga por um acesso a internet ADSL fornecido pela operadora que atua na cidade do Rio de Janeiro(sem contar a taxa do provedor).

E sem contar que para os serviços de telecomunicações paga-se próximo dos 40% de Impostos DIRETOS sobre o valor final no estado do Rio de Janeiro, ficando somente para o estado em ICMS 25% da fatura.

Sem contar que para cada metro de fibra lançada pode-se custar até mais do que R$10,00 podendo custar mais de R$10.000,00 o lançamento de um quilometro de fibra.

Que são investimentos altos e de retorno demorado.
(E na moda de roubo de cabos nas grandes cidades, um investimento arriscado)

Pois bem, os motivos e desculpas para o compartilhamento e o filtro de tráfego são diversos.
Para se discutir o assunto de tamanha complexidade devemos levantar as diversas questões envolvidas para constatarmos se é válido ou não os filtros, e dando como válido quais os limites para impedirem abusos por parte dos prestadores de serviços.

Atenciosamente,
Carlos Roberto Maciel Carneiro
carlos.roberto.maciel@gmail.com
Macaé/RJ
Tel.: (22) 3311-4312 (Macaé/RJ)
(11) 6824-6530 (São Paulo/SP)

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