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27/04/08
• Inclusão digital desarticulada (02) - Os
problemas no GESAC são
antigos
----- Original Message -----
From: Helio Rosa
To: Celld-group@yahoogrupos.com.br ; wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, April 27, 2008 9:30 AM
Subject: Inclusão digital desarticulada (02) - Os problemas no GESAC são
antigos
01.
O "Serviço ComUnitário" iniciou ontem uma série de
mensagens cujo objetivo principal é conhecer e avaliar o programa
governamental ""GESAC", sigla para "Governo Eletrônico -
Serviço de Atendimento ao Cidadão".
02.
"TCU" é a sigla para "Tribunal de
Contas da União".
Numa notícia mais antiga, de fevereiro de 2005,
tomamos conhecimento que a CGU verificava problemas no GESAC já na gestão
de 2004.
CGU é a sigla para "Controladoria Geral da União".
O ministro e o presidente foram citados na notícia: "indignação" e
"surpresa" foram suas reações.
Lembramos que o "governo Lula" teve início em janeiro de 2003.
A notícia é esta, transcrita mais abaixo:
Fonte: TIInside
Dois recortes:
(...) O ministro se mostrou indignado com a falta de supervisão do
programa Gesac por parte do seu próprio ministério, mas também dos
parceiros dos outros ministérios. (...)
(...) Segundo ele, o próprio presidente Lula ficou muito surpreso com a
concentração de pontos do serviço em grandes cidades do interior
paulista. (...)
03.
Vamos às perguntas padronizadas: :-)
GESAC?
Quequéissso? :-)
04.
Nesta "mensagem/post" registrada no BLOCO em abril de 2006
procurávamos responder, já identificando problemas:
Três recortes:
(...) No Programa GESAC serão beneficiadas prioritariamente as
comunidades que apresentarem baixo IDH (Índice de Desenvolvimento
Humano) e que estejam localizadas em regiões onde as redes de
telecomunicações tradicionais não oferecem acesso local à internet em
banda larga. (...)
Numa rápida visita ao quadro citado acima vemos que muitas capitais e
cidades grandes estão relacionadas com grande quantidade de pontos de
presença. Como cidadão meu sentimento é que a primeira providência deve ser
um remanejamento dos pontos de presença. E que o programa de implantação
deve seguir "mesmo" a classificação por IDH. (...)
Vale conferir para prosseguir a "ambientação" no GESAC. :-)
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Fonte: TIInside
Os problemas no desenvolvimento do projeto
Gesac não foram inicialmente verificados pelo Ministério das Comunicações,
mas pela própria CGU (Controladoria Geral da União), diz o ministro das
Comunicações, Hélio Costa.
Em relação à gestão de 2004, foi detectada
“além de outras desconformidades com o contrato (do serviço), que cerca de
30% das unidades visitadas não provêem acesso à internet, embora haja o
pagamento mensal de R$ 952,64 por cada um dessas unidades, as quais
comportam até dez computadores com conexão à internet”.
Há ainda outros problemas identificados nos
relatórios da CGU que dizem respeito à falta de acompanhamento do programa
por parte do próprio Ministério das Comunicações.
Há denúncias, por exemplo, de não funcionamento dos pontos em algumas
escolas (70% dos pontos do Gesac são operados em convênio com o Ministério
da Educação), onde se "cobra" R$ 1,00 de cada aluno por hora de acesso à
internet feita através do Gesac, porque "os alunos não têm este dinheiro
para pagar o serviço."
Indignação
O ministro se mostrou indignado com a falta de
supervisão do programa Gesac por parte do seu próprio ministério, mas também
dos parceiros dos outros ministérios.
Na opinião de Roberto Pinto Martins,
secretário de serviços de telecomunicações do Minicom, este descontrole é
resultado do desconhecimento por parte dos parceiros do custo do acesso: “Eu
acho que eles pensam que isso é grátis e daí não dão importância.”
Certamente para valorizar a prestação do
serviço, o ministro Costa pretende discutir a transferência da
responsabilidade pelo pagamento do serviço para os parceiros. Em
substituição a Antônio Albuquerque, diretor do Gesac exonerado na semana
passada, o ministro está convidando um funcionário do Banco do Brasil, que
foi responsável pela implantação do Internet banking do BB, para dirigir o
Gesac: Eliomar Medeiros de Lima.
Além disso, será firmado um contrato com os
Correios para fazer o monitoramento permanente do funcionamento do programa.
O ministro tem reclamado da instalação de pontos do Gesac em áreas onde
poderia ser utilizado um outro sistema de acesso mais barato, como a maioria
dos mais de 400 pontos instalados no Estado de São Paulo.
Segundo ele, o próprio presidente Lula ficou
muito surpreso com a concentração de pontos do serviço em grandes cidades do
interior paulista. Costa disse suspeitar que isso aconteceu por razões
políticas: “Quando cheguei no ministério, recebi uma cobrança de três pontos
de Gesac para Duque de Caxias, no Estado do Rio, que haviam sido
‘prometidos’ para determinado político. Perguntei se não havia TV a cabo por
perto e que eu não ia pagar quase mil reais por um serviço que poderia
custar R$ 70,00. E não instalamos.”
O ministro não ignora, porém, que um acesso de
2 Mbps, como o provido pelo Gesac, não custa apenas este valor em uma
operadora de TV a cabo ou pelo ADSL de uma empresa de telefonia.
De qualquer forma, o que ele pretende é ter um
sistema misto que use os recursos mais baratos disponíveis, reservando o
satélite para as localidades onde ou acesso seja impossível, ou ainda
maximizar o acesso a um ponto Gesac em 2 Mbps com a utilização da tecnologia
WiMax ou PLC, como tem defendido.
Aperto e MMDS
Costa conheceu no último final de semana o
experimento que vem sendo feito na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
com o sistema da empresa Aperto, que permite acessos sem fio de 128 kbps até
a 40 quilômetros de distância, a um custo de R$ 35 mil a torre central (que
ficaria conectada ao satélite do Gesac) e R$ 4 mil em cada ponto dentro
desta área.
Além disto, o ministro pretende conhecer as
experiências de utilização da faixa de MMDS para transmissão de dados que
vêm sendo realizadas pelo grupo Abril, segundo o ministro.
Na verdade, a Abril é, em conjunto com os
demais associados da Neotec (associação dos MMDS), uma das desenvolvedoras
de testes para acesso a dados por redes de MMDS, ainda que a TVA ocupe, sem
dúvida, papel de liderança no processo. “Eu acho que colocando o MMDS na
ponta do Gesac, podemos multiplicar enormemente o acesso. Da Redação
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Fonte: BLOCO
05/10/06
•
GESAC - Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao
Cidadão: Programa do Governo Federal - ("Post" de Helio Rosa)
Faço uma visita à
página
oficial do GESAC e colho dois
dados: Em março de 2004 havia 3200 postos de presença; o
quadro de pontos de presença em operação,
atualizado em setembro de 2006, relaciona 3222. Ou seja, nos últimos dois e
meio anos foram criados apenas 22 novos postos.
(...) No Programa GESAC serão beneficiadas prioritariamente as comunidades
que apresentarem baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e que estejam
localizadas em regiões onde as redes de telecomunicações tradicionais não
oferecem acesso local à internet em banda larga. (...)
No site da Folha Online encontramos uma
classificação dos municípios pelo IDH.
Numa rápida visita ao quadro citado acima vemos que muitas capitais e
cidades grandes estão relacionadas com grande quantidade de pontos de
presença. Como cidadão meu sentimento é que a primeira providência deve ser
um remanejamento dos pontos de presença. E que o programa de implantação
deve seguir "mesmo" a classificação por IDH.
Sobre o IDH anoto na
Folha Online:
(...) O IDH foi criado originalmente para medir o nível de desenvolvimento
humano dos países a partir de indicadores de educação (alfabetização e taxa
de matrícula), longevidade (esperança de vida ao nascer) e renda (PIB per
capita). O índice varia de zero (nenhum desenvolvimento humano) a 1
(desenvolvimento humano total). Países com IDH até 0,499 têm desenvolvimento
humano considerado baixo; os países com índices entre 0,500 e 0,799 são
considerados de médio desenvolvimento humano; países com IDH maior que 0,800
têm desenvolvimento humano considerado alto. (...)
Como informação adicional, o Brasil possui
um total de 5564 municípios.
Vejamos então
O que é o Programa GESAC conforme
texto da página oficial:
"O programa GESAC – Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao Cidadão,
do Governo Federal, tem como meta disponibilizar acesso à Internet e mais um
conjunto de outros serviços de inclusão digital à comunidades excluídas do
acesso e dos serviços vinculados à rede mundial de computadores.
A Internet é hoje uma importante via de comunicação e de cidadania. Conhecer
e fazer uso dessas tecnologias deve deixar de ser um privilégio de poucos
para transformar-se em um extraordinário fator de promoção social,
possibilitando, inclusive, abertura de oportunidades de trabalho para
milhões de pessoas.
No Programa GESAC serão beneficiadas prioritariamente as comunidades que
apresentarem baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e que estejam
localizadas em regiões onde as redes de telecomunicações tradicionais não
oferecem acesso local à internet em banda larga. Segundo pesquisa divulgada
em setembro de 2003 pela ANATEL, somente 8% da população brasileira têm
acesso à internet. Desse total, apenas 9,3% pertencem às classes C, D e E.
Esse é o atual quadro da nossa exclusão digital.
Contribuir para mudar esta realidade é o principal objetivo do programa. Não
apenas levando o acesso à internet mas, provendo um conjunto de facilidades
adicionais para que as comunidades explorem ao máximo todos estes recursos
informacionais.
O Governo acredita estar diante da oportunidade da criação de uma rede
horizontal solidária de cooperação, que possibilite maior intercâmbio de
informações, oportunidades para melhoria da vida, geração de cultura e de
negócios. A implementação de projetos e políticas públicas na área social
podem ser mais eficazes graças a esse canal de comunicação.
No dia 16 de junho de 2003 foi disponibilizado o primeiro Ponto de Presença
GESAC: no Colégio Estadual Belmiro Soares, cidade de Paranaiguara-GO. Quando
em março de 2004 este número tinha alcançado 3.200 comunidades com o serviço
GESAC, com média superior a 400 instalações por mês.
Cerca de 22 mil computadores estão conectados na rede GESAC, e com
comunicação à internet. Assim, as perspectivas é de atender um número
superior de 6,4 milhões de pessoas.
A conexão é estabelecida por meio de satélite, facilitando alcançar regiões
onde ainda é raro encontrar possibilidade de conexão internet. Para um país
continental e com grandes áreas sem acesso a qualquer tecnologia digital, só
mesmo esse tipo de conexão permitiria interligar brasileiros de todas as
partes do país sem as barreiras geográficas do território nacional.
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