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From: Carlos Carneiro
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; Eduardo Tude ; tele171@yahoo.com.br
Sent: Friday, May 02, 2008 9:34 AM
Subject: Re: [wireless.br] PLC - Power Line Communication
(02) - Banda larga pela rede elétrica
Helio,
Como sempre levantando bem a "bola" com assuntos
interessantes.
Sobre o PLC algumas considerações importantes;
A solução ficou por alguns anos "desinteressada" devido ao
fracasso da solução da Nortel e o estouro da bolha da
internet em seguida.
Ultimamente tem-se evoluído bastante as soluções em Power
Line, o grande desafio hoje são as transmissões em redes
externas, pois em redes internas (condomínios e prédios) os
usuários realizam a adequação da rede de forma rápida com um
baixo a médio investimento, porém em redes externas, em
poder das concessionárias de energia, onde uma grande
maioria das concessionárias não faz um grande investimento a
muitos anos e a maior parte dos investimentos atuais é na
expansão da rede e melhorias em regiões com uma taxa de
crescimento maior do que a rede suporta.
Cada estado tem uma realidade diferente mas no Rio de
Janeiro por exemplo, a realidade que conheço mais de perto e
em diversas cidades, não é difícil de encontrarmos as
famosas "cama de gato" que são cabos sofrendo um nivel de
compartilhamento alto e muitas vezes com diversos cabos
saindo do mesmo poste, isso é péssimo para implantação de
uma solução PLC.
Para se aventurarem no mundo Power Line BroadBand
algumas concessionárias teriam que investir milhões na
melhoria da sua rede mas muitas não estão dispostas a isso.
O que acho uma falta de visão enorme, pois a melhoria da
rede resultaria em menos desperdício com as emendas que
ficam "queimando energia" dia e noite, podendo dessa forma
atender com mais qualidade os seus clientes reduzindo no
final as suas contas com a compra de energia com as
geradoras, podendo ainda gerar receitas de duas formas,
vendendo a transmissão para operadoras e provedores OU
vendendo internet para a população.
Eu fico na torcida aqui para a evolução da tecnologia pois
poderá ser uma saída para fazer o que a promoção da efetiva
desagregação das redes fariam, o aumento da concorrência do
mercado que ainda não foi feito por ingerência e
incompetência dos governos (passado e atual,
principalmente).
Quem viver verá!
Atenciosamente,
Carlos Roberto Maciel Carneiro
carlos.roberto.maciel@gmail.com
Macaé/RJ
Tel.: (22) 3311-4312 (Macaé/RJ)
(11) 6824-6530 (São Paulo/SP)
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O regulamento sobre condições de
uso de sistemas de acesso em banda larga utilizando rede de
energia elétrica, submetido à consulta pública pelo conselho
diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel),
foi bem recebido pela indústria, e deverá atrair
investimentos para a tecnologia. Conhecido como PLC (
Powerline Communication, em inglês) a tecnologia permite a
transmissão de dados utilizando redes de energia de média e
baixa tensão das concessionárias de fornecimento de luz,
para transmissão de dados. O usuário acopla à rede elétrica,
pela tomada de energia, equipamento (modem) que insere
sinais de dados, sem interferir na carga de luz elétrica.
Para Paulo Pimentel, diretor da
Aptel (Associação de Empresas Proprietárias de
Infra-estrutura e de Sistemas Privados de Telecomunicações)
e presidente do Forum PLC Brasil, “essa regulamentação deve
estimular as empresas interessadas neste mercado, porque
antes estavámos todos na incerteza, sem saber como seriam as
regras.” Ele destaca que a necessidade de regulamentação não
é de agora e que, sem legislação, não havia tranqüilidade
para as empresas desenvolverem seus projetos comerciais.
“Basicamente todas as empresas do setor elétrico já fizeram
testes, e só aguardavam a certificação dos equipamentos, e o
documento de uso, para saber como deverá ser utilizada a
tecnologia”.
Ele lembra que até 2005 havia a
homologação da primeira geração de equipamentos, a qual foi
aproveitada por apenas um fabricante. “Hoje os equipamentos
estão muito evoluidos. Naquela época a média de
transferêcnia de dados era de 45 Mbps, em condições ideais,
e atualmente, nestas condições, os equipamentos atingem até
200 Mbps”, diz Pimentel. Ele diz que diversas fabricantes
desenvolveram equipamentos de PLC, dentre elas cita:
Corinext, Mitsubishi, Panasonic, “que está lançando não só
equipamentos de PLC, mas está embutindo o chip em
televisores, e home-teathers”, e a Current, que “já está
preparada para fazer grandes projetos no Brasil”.
Já Orlando Cesar de Oliveira,
consultor da Copel Telecom, acredita que a regulamentação
“embora atrasada em relação a outros países, coloca as
empresas de energia elétrica no cenário do mercado de
telecomunicações, e estas empresas poderão resolver um
grande problema nas telecomunicações hoje, que é a rede de
acesso ao usuário.” Como o PLC foi uma tecnologia concebida
para fazera última milha, ele avalia que “é uma grande
alternativa à ADSL”. Ele destaca ainda que o PLC permite um
sistema diferenciado de cobrança, e informa que a Copel “vai
demonstrar que é possível cobrar pela média de uso, e não
pela conexão oferecida, por meio de seu WoD (Rede sob
Demanda, na sigla em inglês), cuja tarifação é feita aos
moldes da cobrança por energia elétrica, ou seja, só se paga
o que usa, e quem usa menos paga menos, quem usa mais pagará
mais. É um sistema mais justo”, conclui o executivo.
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A tecnologia PLC (power line
communications) permite que os fios de cobre que levam a
energia elétrica em 50Hz transportem canais de
telecomunicações em banda larga, na faixa de 1 a 30 MHz. A
idéia do PLC não é nova, mas agora surge revigorada, com
chips de última geração para modems que vão utilizar a rede
de energia elétrica para se comunicarem. Na Internet (Yahoo),
são mais de 22 mil itens sobre o assunto.
De acordo com um participante do
IV Seminário sobre Broad Band Over Power Line, realizado no
Rio de Janeiro pela Associação de Empresas Proprietárias de
Infra-estrutura e de Sistemas Privados de Telecomunicações,
o modelo PLC não constitui uma panacéia, mas sim uma nova
alternativa para a última milha. A equação econômica do
investimento a ser feito para o PLC, em cada caso, decidirá
se a nova tecnologia surge como um sério competidor numa
rede, hoje, fechada ao unbundling (desregramento).
Dotada de alta capilaridade, a
rede de distribuição de energia elétrica com PLC entra como
novo meio para dar banda larga ao usuário, competindo com as
redes de pares de cobre das empresas telefônicas, dotadas de
modems xDSL (x digital subscriber line), ou das redes de
televisão a cabo, equipadas com cable modems.
– Na Europa, as aplicações PLC
passam do estágio de experiências-piloto para o comercial e
os EUA vão ser o grande impulsionador desse mercado – disse
Dymitr Wajsman, diretor da Aptel e membro da UPLC (United
Power Line Council).
Na tecnologia PLC, os fios de
energia atuam como um duto para conduzir sinais de rádio. O
consumidor residencial ou comercial "pluga" na tomada de
energia – agora também de TCs – o seu computador. Os
condutores de energia não devem atuar como antenas. A
Resolução 305 da Anatel (de 26 de julho de 2002) limita a 30
microvolts/m, até 30 m, o campo irradiado.
Na versão PLC anterior, o sinal
de telecomunicações era introduzido no enrolamento
secundário do transformador de distribuição de energia
(aquele que fica no poste e baixa a tensão de 6 KV para 220
V) e que pode servir de 100 a 300 domicílios. A rede de
telecomunicações precisava chegar até esse transformador.
A nova geração PLC introduz o
sinal de telecomunicações (a 40 Mbit/s) num estágio superior
da rede de distribuição elétrica, formado por
transformadores de média tensão (13,8 KV até 34,5 KV)
ligados em anel ou grade e cuja cobertura geográfica de
usuários é muito maior.
Empresas de energia elétrica
como Copel, CEB, Cemig, Ligth, Eletropaulo, Excelsa e CELG,
dentre outras, já conduzem experimentos-piloto na área de
telecomunicações PLC e modems, que, por sua vez, serão
montados no Brasil. Um dos desafios econômicos do sistema
PLC é o investimento necessário para prover às camadas
superiores de gerenciamento dos sinais de telecomunicações,
tal como fazem as operadoras de telecom.
Surgem agora miniempresários que
oferecem serviços em banda larga para prédios e condomínios.
Dados típicos de Curitiba (PR) indicam taxas de adesão de R$
150 e mensalidades de R$ 49 – menores que via ADSL – para
velocidade de 300 kbit/s a 2 Mbit/s. (JCF)
Modems PLC serão fabricados no
Brasil
A Enterprise Buenos Ayres – EBA
–, com sede em Miami, Flórida (EUA), tem filiais em Campinas
(SP), Florianópolis (SC) e negócios na Espanha e vai
fabricar dentro de 90 dias modems PLC (power line
communications) em Santa Rita do Sapucaí (MG) – onde fica
localizado o Inatel –, que serão utilizados na rede de
distribuição de energia elétrica.
No Brasil, Copel, CEB, Cemig,
Ligth, Eletropaulo, Excelsa e CELG, dentre outras, já
conduzem experimentos-piloto na área de telecomunicações PLC
e vão formar o mercado inicial para a produção da EBA
Brasil.
A tecnologia do chip set para os
modems é da DS2 espanhola e constitui cerca de 60% do custo
do equipamento, já montado na China e agora no Brasil, para
diminuir impostos.
Do ponto de vista operacional,
uma estação master para processamento de sinal é ligada por
uma unidade de acoplamento à rede de baixa tensão (220 V)
que serve de 45 a 60 domicílios e nela injeta um sinal de 45
Mbit/s.
Cada usuário é dotado de um
modem PLC que provê a quatro portas em sistema de rede local
Ethernet, a 2 Mbit/s. A estação master vai ligada por rede
Ethernet de alta velocidade a um sistema de telecomunicação
de hierarquia superior (anel óptico).
Ao detalhar um sistema PLC,
Alexandre de Moura Vidal, da EBA Brasil, mostrou que a faixa
de 1 a 30 MHz disponível para banda larga pode ser dividida
em três subfaixas, cada uma carreando 1.280 portadoras. Tais
portadoras são alocadas dinamicamente entre os diversos
usuários. A modulação utilizada para melhor robustez é OFDM
– S2 (orthogonal frequency division multiplexing).
Copel de olho nas
telecomunicações
Empresas de energia elétrica
sempre lidaram com telecomunicações e agora se voltam para a
área de distribuição de sinais, na chamada última milha. A
empresa estatal de energia elétrica do Paraná – Copel – já
na década de 50 lidava com telecomunicações unidirecionais.
Nos anos 60, a Copel cuidou da
eletrificação rural com sistemas carrier. Nos anos 80, ela
adotou o rádio SHF (desativado em 2001). Em 1994, a Copel
inaugurou seu backbone óptico, que deverá alcançar 82% da
população em 2005.
A empresa, que serve a 3 milhões
de consumidores de energia – dos tipos residencial (77%),
comercial e rural –, possui 91 mil pontos de transformação
urbanos e 225 mil rurais.
Segundo Lourival Lovato, da
Copel, os mercados potenciais para o uso da tecnologia PLC (power
line communications) na Copel são os poderes públicos (29
mil consumidores), os serviços públicos (3,4 mil
consumidores) e órgãos do Estado (1,5 mil).
Na área rural, com poucos
consumidores por transformador, o uso de PLC é
economicamente mais difícil. A meninas dos olhos da Copel é
vender para o Governo do Paraná a idéia da tecnologia PLC –
com investimentos a fundo perdido – para levar a 2.037
escolas estaduais serviços Internet de banda larga.
A Copel foi a 5ª empresa do
Brasil a ganhar da Anatel autorização para o SLE (Serviço
Limitado Especial) e em 2002 para SCM (Serviço de
Comunicação Multimídia), que a habilita a penetrar no
segmento residencial com banda larga. A Copel oferece mais
de 10 produtos de TCs ao mundo corporativo, em diversas
tecnologias e formatos.
O projeto Irma (italiano) é para
o gerenciamento remoto de medidores de energia elétrica e
por extensão gás – ainda que eletricidade e gás formem um
casamento explosivo – e água. O Irma utiliza tecnologia da
Enel (o medidor é do tamanho de uma caneta) e conta com US$
1 milhão de investimentos da CE a fundo perdido.
A Copel, representante
latino-americana do projeto, conduz desde 1999 experiência
de medição remota de medidores, em Londrina (PR), em
parceria com o Sercomtel, que fornece comunicações a 2,4
Kbit/s. Um concentrador varre a cada 20 minutos os
dispositivos medidores sob sua supervisão e envia os sinais
para uma central. O custo da medição deve ficar abaixo de R$
1, para ser viável economicamente.
Na área de PLC, a Copel montou
em 2001, em Curitiba (PR), uma demonstração juntamente com a
empresa suíça Ascom. A Copel vem efetuando experiências em
banda larga utilizando a tecnologia PLC com equipamentos EBA
e Ascom. "O desafio é montar o modelo de negócios", admitiu
Lourival Lovato.