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Dezembro 2008
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01/12/08
• Telebrás e Eletronet: de novo... (14) - Editorial no AliceRamos.com: "TELEBRÁS -
mitos e verdades"
01.
Anotamos (e transcrevemos parcialmente) o novo Editorial de Alice Ramos:
Fonte:
AliceRamos.com e
Adnews
[01/12/08]
TELEBRÁS - mitos e verdades
Recorte:
(...) A coluna ouviu “fontes seguras” dentro do próprio
Minicom, (bem como em outros setores) e todas foram unânimes em afirmar, que a
tal ressurreição é assunto que não está em nenhuma pauta no ministério e que
tudo não passa de mais uma especulação para fazer com que as ações da Telebrás
voltem a subir na Bolsa de Valores. Ou seja, uma nova tentativa de provocar
mais uma vez uma alta vergonhosa das ações da empresa. (...)
02.
No texto da Alice é citado o programa SGB - Satélite
Geoestacionário Brasileiro.
Anotamos esta notícia recente sobre o tema:
Fonte: 24HorasNews
Ao debate! :-)
01/12/2008
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Tudo aconteceu em apenas quatro horas e quatro
minutos, contrariando as expectativas iniciais de especialistas que imaginavam
que um evento de tamanha complexidade pudesse consumir o dia todo. Às 14 horas
e quatro minutos do dia 29 de julho de 1998, o leiloeiro Alexandre Runte,
experiente no ofício, bateu seu martelo pela última vez naquela jornada.
Era o final de um leilão especial, transmitido
ao vivo para todo o País pela televisão; Realizado na sede da Bolsa de Valores
do Rio de Janeiro, e que teve uma batalha campal tomando as ruas pelos que
eram contrários a privatização, o leilão colocou fim a uma era de 26 anos no
Brasil: a do monopólio estatal das telecomunicações.
Por 22,1 bilhões de reais, as empresas do Sistema Telebrás acabavam de ser
privatizadas, sem levar em conta os protestos da população.
A partir daquele instante, teve início uma era,
cuja característica principal almejava-se, seria a universalização e a
competição entre as operadoras nas áreas de telefonia fixa – local e longa
distância – e telefonia celular, novos investimentos na ampliação da
capacidade instalada, melhoria da qualidade na prestação de serviços à
população, com preços justos e com o Estado deixando de ser empresário para
desempenhar o papel de formulador de políticas públicas, de regulador e
fiscalizador dos serviços.
Pelo menos esse era o discurso apresentado à
sociedade para justificar a privatização.
Almejava-se na verdade muito mais que isso.
Esperávamos uma era auto sustentada no fundamento da universalização do acesso
aos serviços antes monopólio estatal, rompendo uma história de números
perversos que no monopólio estatal brasileiro não conseguiu eliminar, por
exemplo, mais de 80% dos terminais telefônicos residenciais concentrados nas
famílias das classes A e B, demanda reprimida de cerca de 10 milhões de
terminais, apenas 2% das propriedades rurais com acesso a telefones, numa
demonstração da total incapacidade do modelo em acompanhar a demanda social do
País.
Até aí acontece o esperado, com suas derivadas
resultantes tanto da evolução tecnológica, quanto da evolução das demandas
políticos-sociais do Brasil.
Inesperadas e inexplicáveis são as inquietudes
que sempre brotam no dia-a-dia, sobre temas e assuntos vinculados àquela
Estatal, que assolam o País até hoje, e aqui e acolá, ecoa em setores
sensíveis e passíveis de especulação, como o caso ocorrido em dezembro do ano
passado,(essa coluna publicou extensa matéria sob o título: "Ressurreição da
Telebrás começa a tomar forma" quando boatos fizeram disparar acima da
racionalidade, o valor das ações da Telebrás.
No inicio do segundo semestre de 2008 o assunto
ressurgiu e voltamos a escrever sobre o tema, "Nova Telebrás pode ser o
Operador Nacional das Redes IP" e ficamos durante vários meses recebendo uma
verdadeira enxurrada de e-mails dos nossos leitores, perguntando, por exemplo:
“Essa idéia realmente existe, dentro do
governo???”
“Particularmente concordo com essa idéia, caso tudo ocorra da forma que vem
sendo comentada, ou seja, a partir do backbone da Eletronet e com vistas até
para o SGB”.
“Venho tentando com alguns jornalistas e com a própria Telebrás, informações
sobre o status atual do projeto de reativação da empresa. Pergunto isso pelo
fato de existir um Fato Relevante publicado pela Telebrás que informa sua
participação no projeto de universalização da banda larga no Brasil.”
“Não tenho quase informações sobre a reativação da Telebrás, projeto, aliás,
do qual eu não concordo. Já temos estatais demais...” (E lembrem-se que ainda
nem sabíamos do pré- sal).
“... Esse modelo que está sendo divulgado por aí não dará certo. A troca de
metas de PSTs por Backhaul é exemplo de como metas mais ousadas podem ser mais
eficazes e menos dispendiosas para a sociedade do que reativar uma empresa
estatal que nunca deu conta do recado...”.
E agora, mal se aproxima dezembro e os boateiros de plantão iniciam um novo
“golpe”, oportunizando o momento político de substituição de um Membro do
Conselho Administrativo da Telebrás, para disseminarem a falsa idéia de que
permanece ou ressuscita-se no bojo das telecomunicações do Brasil, a idéia de
que a empresa será reativada operacionalmente para tornar-se o “Grandioso e
Magnânimo Operador de Rede do Governo Brasileiro”, abrigando em seu seio a
falida Eletronet, para juntas comporem a tábua da salvação das ações de
inclusão digital e a implantação e operação de redes de banda larga no Brasil,
competindo com a iniciativa privada.
Ler mais: TELEBRÁS -
mitos e verdades
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Fonte: 24HorasNews
[03/11/08]
Rússia e França
vão ajudar Brasil em projeto de satélite
As agências espaciais russa (Roskosmos) e francesa (CNES) estão ajudando o
Brasil a desenvolver o projeto do seu satélite geoestacionário.
De acordo com a AEB (Agência Espacial Brasileira), a cooperação tem caráter de
consultoria e não prevê a compra pelo Brasil de tecnologia de nenhum dos dois
parceiros.
O diretor de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento da AEB, Thyrso Villela,
disse que os acordos prevêem ajuda aos técnicos brasileiros na definição do
modelo e nas configurações do satélite geoestacionário. A cooperação dos
franceses foi acertada em junho. Com os russos, foi assinada neste mês. Os
dois grupos vão trabalhar de maneira separada.
"O que nós queremos é aproveitar ao máximo a experiência desses países para
nos ajudar a ter a melhor configuração possível [do satélite], com a melhor
relação custo/benefício e que atenda efetivamente às demandas do país", disse
Villela.
Satélites geoestacionários giram na mesma velocidade do planeta e, por isso,
ficam parados sobre um mesmo ponto. Esse é um tipo estratégico de tecnologia,
porque permite, por exemplo, a captura ininterrupta de imagens sobre uma mesma
região da Terra.
O Brasil já teve um satélite geoestacionário, utilizado para telecomunicações
e fabricado fora do país. Mas perdeu o controle sobre ele depois da venda da
Embratel, no governo FHC. Hoje, o país depende do aluguel de satélites,
inclusive para as comunicações militares.
No início da década, o Brasil fez um projeto preliminar que apontou para a
necessidade de o país ter "no mínimo dois, talvez três" desses satélites, de
acordo com Villela. O novo projeto deverá ser o primeiro satélite
geoestacionário com tecnologia nacional, algo que países como a Índia já têm.
Em uma reunião marcada para dezembro, AEB, ministérios e a Aeronáutica devem
definir quais missões serão cumpridas pelos equipamentos. Entre as prioridades
estão a comunicação militar e o controle do tráfego aéreo.
A expectativa é que o projeto esteja pronto até junho de 2009. Segundo Villela,
se cumprido o cronograma, é possível que o satélite seja construído num prazo
de até cinco anos.
O estudo preliminar apontou custo total aproximado de R$ 600 milhões. O valor
depende da configuração dos satélites.
Villela admite que o Brasil não tem condições de construir alguns
equipamentos, como aqueles que vão fazer o satélite funcionar por vários anos
no espaço e os de controle de atitude e órbita. Mas afirma que o país não se
comprometeu nos acordos a comprar a tecnologia de qualquer dos dois parceiros.
Em fevereiro, a Folha publicou reportagem sobre negociações sigilosas entre o
ministro Nelson Jobim (Defesa), e o presidente francês, Nicolas Sarkozy,
envolvendo o projeto do satélite geoestacionário. Os franceses querem vender a
tecnologia aos brasileiros.
A Rússia também quer vender esse tipo de tecnologia ao país. Em 2006, a
Roskosmos chegou a dizer que o "desconto" de US$ 10 milhões na "passagem" do
astronauta brasileiro Marcos Pontes para a Estação Espacial Internacional a
bordo de uma nave russa tinha interesse comercial.
Em dezembro, Sarkozy virá ao Brasil para fechar parcerias com o governo que
prevêem transferência de tecnologia.
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