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Dezembro 2008               Índice Geral do BLOCO

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06/12/08

• Troncobrás, IPbrás... Será este o caminho? - Mensagem de Julião Braga

----- Original Message -----
From: Julião Braga
To: wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Saturday, December 06, 2008 7:23 AM
Subject: Re: [wireless.br] Troncobrás, IPbrás... Será este o caminho?

Olá Prof. Smolka.

Alguns comentários, sem preocupação de sequência ou de totalidade, mas fazendo a referência. Inicialmente a parte do !3runo:

Terceiro: Esse debate, garanto, ninguém gostaria de perder. Sempre vejo, na medida em que questões muito importantes e valiosas para se compreender as coisas sejam remetidas ao "off topic" fico um pouco triste em perder a participação. Portanto, recomendaria ao Hélio, autorizar a continuação do debate. Caso não seja possível, face aos objetivos da lista, criei uma lista em um de meus servidores, para permitir que os interessados em assuntos "expurgados" possam ter continuidade. Como não pretendo ser recorrente no objetivo, a lista é livre e, o coordenador não terá autoridade para excluir nenhum de seus inscritos, como premissa básica. Mas, o coordenador irá se sujeitar à "sabedoria das multidões", nesse caso, os membros da lista. Em outras palavras, irá usar o senso comum, preterindo o bom senso. A lista offtopic@pegasus.com.br  é, preferencialmente, técnica. O coordenador, entretanto, reconhece que, no Brasil vivemos um momento, curiosamente, com perspectiva histórica. Logo, alguns assuntos que afetam a sociedade brasileira, especialmente em geral, são bem vindos. É o caso do PL do Senador Azeredo. Alguns dizem que a lei é do Portugal. Pessoalmente, até gostaria que fosse, pois quem conhece o Portugal sabe de sua disposição ao debate.

Primeiro: Observação que apoio integralmente. Acho, inclusive, que a governança da Internet brasileira (e global), deveria impor certas regras em relação ao QoS, enquanto o IPv6 não for integralmente implementado. Nós, da chamada "última milha" ficamos obstinados a estabelecer QoS, por exemplo, no VoIP e, as concessionárias que ofertam os serviços de Internet (ilegalmente constituídas, diga-se de passagem), fazem-nos de gato-e-sapato. Muitas vezes, até mesmo os nossos ISPs, na sua grande maioria, por razões técnicas, ignoram ou cometem alguns erros involuntários, frequentemente punindo o "infeliz" de seus usuários.

Segundo: Pessoalmente discordo do ponto de vista de que telefonia IP não terá a mesma disponibilidade que a telefonia convencional. Se isso fosse verdade, a prodigiosa Internet, já a teria descartado. Um bom exemplo é o Japão e sua invejável disponibilidade de banda ao usuário final. Os agregados à Internet indicam que teremos cada vez mais banda e o custo tendendo a zero. VoIP e a multimídia, em geral, serão os motores de finalização da tendência. Banda, IPv6 e algumas tecnologias tendendo a aparecer no horizonte irão impulsionar a perspectiva para atender as nossas expectativas, como usuários. Já passei umas referências aqui na lista, mas recomendaria, em especial o Towards 2020 Science: http://research.microsoft.com/towards2020science/downloads/T2020S_ReportA4.pdf.

Portanto, penso que o VoIP, em particular irá eliminar o monstro da telefonia fixa, pouco escalável, cara e abusiva (esse, o principal fator).

Agora, a parte do Rogério:

3. O "peering" é a grande saída, para permitir que a evolução seja mais rápida. Nesse aspecto, fico atônito em relação às decisões (ou falta de), do nosso Comitê Gestor. Por um lado ele é agressivo e corajoso, mas por outro, como no caso dos PTTs, suas atitudes são carentes, ingênuas e parece que exibe receios, incompreensíveis. Se os PTTs são fundamentais e se está provado, incessantemente pelo Comitê Gestor, que sob o ponto de vista econômico mais de um PTT em uma mesma localidade tende a aumentar os custos, qual a explicação do PTTMetro + TerreMark em São Paulo? Será que o Comitê Gestor não pode deliberar, em benefício da sociedade brasileira? Será que a verba do FUST (inquestionável, onde ela está), não poderia ser aplicada aos projetos que, já sabemos irão estabelecer critérios mais justos para nosso acesso à Internet? Ou até mesmo, para ensinar à imprensa que internet não é Internet garantindo que os profissionais da imprensa brasileira entendam do que falam, dando a importância precisa nos seus comentários?

4. A minha proposta da RNP, é provocativa. Não tenho certeza, na verdade, de como deveria ser o modelo. A única coisa que sei é de que o cenário atual induz a pensar de que NÃO estamos no caminho certo. E, se não houver intervenção, teremos um quadro irreversível no futuro. Volto à questão abordada em (3). Fora o aspecto histórico, alguém é capaz de me explicar porque temos dois PTTs em São Paulo? Mais ainda, COMO uma instituição fortemente ligada a área acadêmica permite a existência de dois PTTs? Quais os interesses estão no jogo? Embora eu tenha a resposta, porque no PTT da TerreMark não está conectado ao PTTMetro? Posso citar um exemplo simples. Estou, atualmente, envolvido na consultoria de uma empresa que PRECISA ir para um PTT (curiosamente, um PTT em São Paulo). Meu projeto, que deve indicar a decisão de como a empresa deve se comportar está atrasado em 2 meses, na espera das ponderações sobre NAP-BR x PTTMetro. Na prática, respostas às perguntas acima. Vejam, como para mim, esse debate é importante. Justificável ansiedade. E, a razão pela qual considerei em minha proposta, a intervenção da Sociedade Brasileira de Computação já que o chamado NAP Brasil (aka, TerreMark) foi e é estimulado pela Fapesp.

5. Imagino que deveríamos alterar "bens reversíveis" para "bens reversíveis viáveis". Com isso, poderemos evitar a reversibilidade de parte da infraestrutura que não serve para nada. Portanto, considero a questão muito bem colocada.

6. Aqui, temos uma questão fundamental para expressarmos antecipadamente nosso ponto de vista, preparando-nos para o debate com a ANATEL, que regula serviços e não tecnologia. Respondendo a essa questão, colocada por você, quem sabe poderemos estabelecer o foco correto, capacitados a responder com objetividade às consultas públicas que virão? E, quem sabe induzir ao equilíbrio do pilar sob o qual foi estabelecida a LGC? Para ser mais objetivo, ensinar ao governo brasileiro que a competição sadia é o sucesso da empreitada.

[]s,
Julião

PS: Porque chamam o usuário de "última milha" se ele é a razão, mais importante, de tudo? Deveria ser considerados "primeira milha", a infraestrutura, "meia milha" e o objetivo (ou servidores/aplicações), "última milha".
 


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