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18/12/08
• Msg de Flávia Lefèvre: "Minicom e Anatel advogam para BrOi" + Coleção de Notícias + "O que faremos sem a Flávia?"
----- Original Message -----
From: Flávia Lefèvre
To: Helio Rosa ; Rogerio Gonçalves
Sent: Thursday, December 18, 2008 7:46 AM
Subject: MINICON E ANATEL ADVOGAM PARA BROI
Prezados
Diante do enorme empenho da ANATEL e MINICOM - pasmem, pois o próprio Ministro
foi visitar pessoalmente o Ministro Raimundo Carrero do TCU, para, por
embargos auriculares, defender a Broi, surgem algumas perguntas incômodas:
Por que autoridades do alto escalão da República estão tão empenhadas na
aprovação rápida da Broi? A cautela, como determinou o TCU não é a melhor
orientação neste momento?
A pressa é a corrida contra o andamento da Satiagraha, que poderá revelar
todos os podres que envolvem Brasil Telecon, Opportunity e Fundos de Pensão?
Ou o PGO, recém aprovado, sem qualquer garantia, como gritou a sociedade, não
traz à União as prerrogativas devidas e adequadas à importância das concessões
em questão?
Ou a ANATEL inverteu as prioridades da regulação e, em claro ato de
improbidade administrativa, resolveu por conta dela e contra a Constituição
Federal, a LGT e o Decreto 4.733/2003, deixar de lado o modelo de custos, a
desagregação das redes públicas e o PGMC, para beneficiar os envolvidos com a
grande operação, incluindo-se aí os dirigentes dos Fundos de Pensão,
intimamente ligados ao partido do nosso Presidente da República?
Por que o PSDB anda mudo? Será que não quer ver a revisita do processo de
privatizacão da Telebrás pela sociedade e Ministério Publico? Por quê?
Se fosse o Ministro, os dirigentes da ANATEL ou envolvido com a privatização
da Telebrás, pediria ao Papai Noel uma caixa de calmantes, pois está cada vez
mais revelado o imoral plano urdido pelos envolvidos nos supostos crimes e
improbidades administrativas que estão sendo apurados no bojo da Satiagraha e
nas Representações que já estão com o Ministério Público Federal - inclusive a
da Frente dos Consumidores de Telecomunicações.
Abraço a todos !
Ia desejar um Feliz Natal e Ano Novo, mas algo me diz que, antes do final
deste 2008, ainda teremos muito assunto.
Flávia Lefèvre Guimarães
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Fonte: Teletime
[17/12/08] Anatel
entra com agravo contra cautelar por Mariana Mazza
O gabinete do ministro Raimundo Carrero, do Tribunal de Contas da União (TCU),
confirmou o recebimento de um agravo (recurso) por parte da Anatel para tentar
reverter a medida cautelar que suspendeu a deliberação da anuência para a
compra da Brasil Telecom pela Oi. O recurso foi apresentado pouco antes das
18h, segundo informou o TCU. Apesar de a Anatel ter conseguido protocolar
nesta quarta-feira, 17, o agravo, é pouco provável que o ministro delibere
sobre a questão ainda hoje. O mais provável, de acordo com a análise feita
pelo gabinete, é que só seja dada uma decisão na quinta.
A Anatel decidiu remarcar para amanhã, às 9h30, a conclusão da reunião
deliberativa desta quarta, na confiança de que conseguirá convencer Carrero a
rever sua posição sobre a votação da anuência.. No entanto, é considerado
improvável pelos funcionários do gabinete que a decisão saia em tempo hábil
para a deliberação da Anatel às 9h30. A expectativa é que o ministro divulgue
sua análise sobre o recurso apenas à tarde.
Caso o agravo seja rejeitado, a Anatel poderá recorrer ao Plenário do TCU, mas
devido ao recesso, o caso só deve chegar ao pleno a partir de 21 de janeiro,
quando serão retomadas as sessões.
Além do recurso, uma equipe da Anatel esteve hoje com
o ministro Raimundo Carrero esclarecendo itens levantados pelo tribunal na
cautelar.
O ministro das Comunicações, Hélio Costa, também
esteve com Carrero argumentando a favor da necessidade de deliberação da
anuência à BrOi.
Além da continuação da reunião desta quarta, a agência reguladora manteve a
reunião pré-agendada para a quinta-feira, 18, onde serão deliberados outros
itens. A segunda reunião é considerada uma espécie de estepe para evitar
riscos à deliberação em caso de um pedido de vistas do processo da BrOi. Isso
porque regimentalmente o conselheiro que pede vistas é obrigado a trazer de
novo à pauta o processo na reunião seguinte.
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Fonte: Convergência Digital
[17/12/08]
TCU diz que Anuência Prévia poderia causar "grave lesão ao interesse público"
por Luiz Queiroz e Ana Paula Lobo
Na medida cautelar que suspendeu nesta quarta-feira, 17/12, a reunião do
Conselho Diretor da Anatel que trataria da Anuência Prévia da compra da Brasil
Telecom pela Oi, o ministro Raimundo Carrero, reforça a tese defendida pelo
Ministério Público Federal que a medida não pode ser concedida antes da
regulamentação do Plano Geral de Metas de Competição.
A Agência Reguladora tem um prazo de 15 dias para responder ao Tribunal. Até
lá, o negócio Oi e Brasil Telecom permanece suspenso. Resta, agora, saber como
ficará o acordo que determina o pagamento da multa de R$ 490 milhões pela Oi
aos acionistas da Brasil Telecom, caso o negócio não fosse aprovado até o dia
21 de dezembro.
Nesta semana, o caso BrOI movimentou o cenário brasileiro. As posições da
conselheira Emília Ribeiro, relatora do processo no Conselho Diretor, causaram
polêmica, principalmente, no quesito relativo à obrigação de aporte em
inovação e também na questão mais efetiva do BNDES e dos Fundos de Pensão na
consolidação do negócio.
Nesta terça-feira, 16/12, houve a reunião do conselho consultivo da Anatel
para tratar a questão. O quórum, no entanto, foi baixo. O presidente da Oi,
Luiz Eduardo Falco, tentou mostrar uma série de contrapartidas 'voluntárias' a
serem cumpridas pela nova concessionária.
A anuência prévia caminhava para ser concedida na reunião do Conselho Diretor
da Anatel, nesta quarta-feira, 17/12. Mas a cautelar do Tribunal de Contas da
União suspendeu o processo e, neste momento, não há como a Agência contestar.
Ordem do TCU é para ser cumprida. A medida, na verdade, provocou uma grande
movimentação nos bastidores do Poder Executivo. Há uma grande negociação em
curso para tentar achar uma solução para o caso, sem que aconteça 'conflito de
poderes'.
O TCU acompanha através da Secretaria de Fiscalização de Desestatização, desde
julho, a negociação. E a cautelar é bastante crítica ao trabalho da Anatel e
respalda posição defendida pelo Ministério Público Federal de que não seria
possível conceder Anuência Prévia para a transação antes de a Agência aprovar
o Plano Geral de Metas de Competição.
Os pontos fortes do texto do TCU são:
a) deficiências graves no controle dos bens reversíveis (que podem voltar ao
controle do Estado no caso de intervenção na prestadora ou extinção da
concessão), não tendo a Anatel condições de fornecer a posição atual desses
bens, envolvidos no processo de fusão, ainda que em nível agregado, situação
que implica risco de prejuízos à União. Avalia a Unidade Técnica que, por
ocasião da eventual fusão, é provável que haja racionalização dos bens
utilizados para prestar o serviço, alguns dos quais poderiam ser alienados sem
o conhecimento da Anatel e gerar lucros econômicos à concessionária, os quais
não seriam considerados na definição da composição tarifária, em desfavor do
usuário;
b) deficiências graves no controle dos bens reversíveis (que podem voltar ao
controle do Estado no caso de intervenção na prestadora ou extinção da
concessão), não tendo a Anatel condições de fornecer a posição atual desses
bens, envolvidos no processo de fusão, ainda que em nível agregado, situação
que implica risco de prejuízos à União. Avalia a Unidade Técnica que, por
ocasião da eventual fusão, é provável que haja racionalização dos bens
utilizados para prestar o serviço, alguns dos quais poderiam ser alienados sem
o conhecimento da Anatel e gerar lucros econômicos à concessionária, os quais
não seriam considerados na definição da composição tarifária, em desfavor do
usuário;) falta de informações precisas e, portanto, da análise prévia sobre
os ganhos das concessionárias ao atuar em conjunto, impactando a definição de
tarifas e estabelecimento de parâmetros de compartilhamento de ganhos com os
usuários dos serviços.
Além disso, aponta a Sefid que a Anatel “tampouco tomou providências capazes
de operacionalizar o modelo de custos e viabilizar o estabelecimento de
tarifas de interconexão e de público, bem como realizar o apreçamento de
elementos de rede, que devem estar sujeitos à desagregação em um ambiente de
competição, conforme preconizado pela política setorial”; e
c) ausência de regulamentação do Plano Geral de Metas de Competição, previsto
no inciso I, do § 1º, do art. 6º do Plano Geral de Outorgas (Decreto
6654/2008);
O órgão concede 15 dias para a Anatel providenciar as respostas, mas é bom
frisar que o órgão regulador entra em recesso no próximo dia 22 de dezembro. O
Convergência Digital disponibiliza a íntegra da cautelar do Tribunal de Contas
da União.
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Fonte: Convergência Digital
[15/12/08]
BrOi: Emília Ribeiro quer investimento em P&D e infra-estrutura para RNP
por Luiz Queiroz
A conselheira Emília Ribeiro, relatora do processo de Anuência Prévia para a
compra da Brasil Telecom pela Oi, exigirá um compromisso formal de
investimento em Pesquisa e Desenvolvimento por um prazo de 10 anos por parte
dos acionistas da nova tele. A idéia é destinar um percentual mínimo de 0,5%
da receita líquida da concessionária para P&D.
Os recursos para Pesquisa e Desenvolvimento serão apurados nos moldes atuais
do Fundo de Universalização do Serviço de Telecomunicações (FUST) e do Fundo
para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (FUNTTEL), explica
estudo feito pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, à pedido da
conselheira.
A proposta é que o dinheiro dessa contrapartida seja aplicado em parcerias
com instituições científicas e tecnológicas; parques tecnológicos;
incubadoras de empresas e empresas incubadas que tenham por missão
institucional, dentre outras, executar atividades de pesquisa básica ou
aplicada de caráter científico ou tecnológico.
Ainda pela proposta, a gestão das parcerias e dos recursos, bem como a
avaliação da performance dos investimentos em P&D ficaria a cargo do ProTIC
(Programa de Pesquisa e Desenvolvimento de Tecnologias de Informação e
Comunicação). Sua criação é uma idéia há tempos em discussão no Palácio do
Planalto, mas ainda não oficializada. O ProTIC seria o braço operacional do
Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologias Digitais para Informação
e Comunicação (Cetic), entidade que ficará sob o controle da Rede Nacional
de Pesquisa (RNP).
Criado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia a partir da percepção de que
os ambientes estão cada vez mais digitalizados e as novas mídias ganhando
espaço no cotidiano das pessoas, apesar da oferta insuficiente de conteúdos,
o Cetic tem a missão de fomentar uma base industrial no Brasil; desenvolver
capacitação e formação de pessoal e gerar produtos aplicados gerados a
partir da interação entre as universidades e empresas.
Na prática, o Governo transfere para o ProTIC, agora com recursos oriundos
da BrOi, as decisões para complemento de pesquisa na área de Tecnologia da
Informação. A aposta é de que, assim, o governo terá mais condições de
direcionar esse desenvolvimento através de chamadas públicas voltadas às
universidades, com prioridade para cinco grandes temas: Educação, Saúde,
Segurança, Treinamento e Formação profissional.
RNP
A nova empresa resultante da fusão Oi Brasil Telecom terá também de se
comprometer a disponibilizar uma infra-estrutura voltada para a criação de
uma rede de educação e pesquisa avançada no país, através da cessão de fibra
óptica para uso não comercial pela Rede Nacional de Pesquisa (RNP).
Com essa contrapartida, a BrOI ficaria responsável, em âmbito nacional, pela
interconexão de universidades, centros de pesquisa, laboratórios, hospitais
de ensino e museus já interligados no país, para geração de conhecimento e
inovação através da rede acadêmica.
Essa infra-estrutura serviria à RNP para a evolução de pesquisas no mundo
Internet, através da criação de aplicações, serviços e protocolos de rede.
Além disso, a RNP ficaria responsável pelos testes de novos produtos,
serviços e aplicações para empresas de telecomunicações, assim como, para
programas nacionais de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação.
"A indústria de telecomunicações brasileira, especialmente com o advento de
uma grande empresa de telecomunicação nacional, deve ser capaz de gerar
conhecimento e inovação no país. Os avanços e tendências tecnológicos e a
convergência de modelos e culturas de comunicação e colaboração tornaram
estratégica a viabilização de políticas públicas de incentivo à Pesquisa e
Desenvolvimento nesta área", salienta o estudo do MCT.
O Conselho Diretor da Anatel debate a Anuência Prévia da Anatel na
quarta-feira, dia 17, em Brasília. Se a transação for confirmada, a nova
empresa custará aos cofres da Oi cerca de R$ 13 bilhões.