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WirelessBrasil
Dezembro 2008 Índice Geral do BLOCO
O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão Celld-group e WirelessBR. Participe!
30/12/08
• WiMAX no e-Thesis: Semana de 01 a 07 de Dezembro
O poder de síntese é inerente
a poetas e filósofos. Um exemplo é o verso de Fernando Pessoa, "Tudo vale a
pena se a alma não é pequena", um primor de sintetização de tantos
sentimentos, emoções e vivências de nós, os sofridos filhos de Deus. Mas como
não encontrei nem um poeta e nem um filósofo durante o WiMAX Forum
Congress Latin America, que se encerra hoje à noite, no Rio de Janeiro,
vou tentar sintetizar minhas impressões e vivências sobre os dois primeiros
dias do evento. Antes de qualquer coisa, adianto que espero pela nova versão,
no ano que vem, sempre no Rio de Janeiro... Evento nota 10! Parabéns ao
Informa Telecoms & Media pela produção. Falo à vontade, pois a cobertura do
e-Thesis no evento foi independente, livre e autônoma.
As grandes estrelas da conferência não foram pródigas em novidades. Teresa
Kellet, diretora de Desenvolvimento Global da Sprint, repetiu as idéias
apresentadas durante o congresso do WiMAX Forum na Ásia, de que LTE e WiMAX
não disputam, convergem, o que aqui foi traduzido para WiMAX e 3G. Ron Resnick,
presidente do WiMAX Forum, citou a pesquisa mundial da entidade, que prevê 113
milhões de usuários de WiMAX no planeta em 2012, dos quais minguados 13
milhões na América Latina. E garantiu, como já fez antes, que as novas
certificações de equipamentos nas diversas bandas estão a caminho. O que não
chega a ser uma novidade.
Dentre todos os 'grandes' presentes ao evento, a Intel foi mais precisa. Greg
Welch, diretor do grupo de mobilidde da companhia e da Organização Mundial
WiMAX para as Américas, disse que a Intel se mantém "apaixonada pelo WiMAX".
E é através do WiMAX que ela pretende disseminar suas novas gerações de
processadores pelo mundo em geral e o Brasil em particular. Em outras
palavras, digo eu, isto significa que a Intel aposta numa franca preferência
do mercado pelo mundo IP, através do qual seus novos processadores possam
navegar à vontade. Veja
aqui.
Por fim, meu dever de casa foi feito. Como eu prometi, levantei o case de
conectividade à internet, via satélite e redes pré-WiMAX e Wi-Fi, no Estado do
Amazonas. Alexandre Guimarães, o CIO da Prodam (a companhia de processamento
de dados do Amazonas), conversou comigo pelo telefone e explicou mais
detalhadamente o projeto. Vejam
aqui. Gostei do que ouvi,
posso adiantar. Mas temo que eu seja levada a escrever novos capítulos sobre a
Amazônia Digital. Insisto na importãncia do tema.
[04/12/08]
WiMAX: DNA de 4G, em plena 3G por Jana de Paula
O WiMAX é uma das boas oportunidades de negócio para as empresas de telecom
enfrentarem o ‘downturn' da economia mundial. A disseminação das aplicações de
internet têm forte posição neste processo, devido ao aumento da demanda por
usuários domésticos e de negócios e das maiores velocidade e capacidade de
banda. "Não pensamos que a crise econômica vá afetar o direito do usuário de
acessar a internet, pois, de fato, vemos que ele quer ficar mais horas
conectado, ter mais bits à sua disposição e dispor de maior variedade de
conteúdo", disse Greg Welch, diretor do grupo de mobilidade da Intel ao
e-Thesis, durante o WiMAX Forum Congress Latino-America, que se encerra hoje à
noite no Rio de Janeiro.
No caso dos países emergentes, o WiMAX surge como o novo padrão de conexão à
internet, mais barato do que outras plataformas e capaz de fornecer, mais
rapidamente, serviços variados para estes países. "Estamos aqui, hoje, para
conhecer nossos reais usuários", disse Welch. Ele admitiu que a companhia,
através da Intel Capital, mantém contatos com provedores de serviços no
Brasil, apesar de não especificar quais são estes provedores. "Os
investimentos em provedores de serviços fazem parte de nossa estratégia,
através do Intel Capital Group", lembrou ele. No Brasil, a Intel Capital já é
investidora da Neovia e apóia a produção de CPEs pela Parks.
Apesar de, nos Estados Unidos, a Intel ser parceira da rede Xohm, da
Sprint-Clearwire, que trafega em 2,5GHz, a companhia diz que está preparada
para prover aos fabricantes de dispositivos móveis os processadores que
fabrica para a freqüência de 3,5GHz, que deve ser a adotada no Brasil, num
primeiro momento.
O executivo preferiu não polemizar sobre uma possível disputa entre LTE e
WiMAX nos mercados maduros, ou entre WiMAX e 3G nos emergentes. "Durante um
certo tempo, WiMAX e 3G vão conviver, principalmente porque, em tráfego de
voz, a 3G vai muito bem. Mesmo na 4G, a voz não vai desaparecer. Mas vemos, em
âmbito mundial, algumas mudanças, como na Europa, que redesenha sua estratégia
de 3G, enquanto se proliferam os hot-spots de Wi-Fi pelo continente", disse
Welch.
Na verdade, Welch não prevê que haja uma única tecnologia que satisfaça a
todos. Apenas enxerga o WiMAX como uma tecnologia que atingiu a maturidade em
tempo recorde, em comparação com outras, e tem aplicações muito satisfatórias
para determinado tipo de rede, como no acesso à web em banda larga em áreas
remotas, para citar apenas um exemplo.
O fato é que enquanto as redes de 3G foram arquitetadas para fornecer serviços
de voz, o WiMAX, assim como a LTE, são all-IP em seu DNA. Ou seja, enquanto o
tráfego de dados foi algo imposto para as redes de 3G, devido ao aumento da
demanda por serviços de dados da parte dos usuários, o WiMAX é uma arquitetura
considerada de 3G que já nasceu IP. É por isso, talvez, que a Sprint-Nextel
anuncia a Xohm como a primeira rede 4G do mundo, antes mesmo de a Quarta
Geração estar formatada. Porque, como os futuros padrões de 4G, determinados
pelo IMT Advanced da UIT, a Xohm é baseada no WiMAX móvel, que já traz o IP em
seu DNA e funciona plenamente no ambiente IP. De momento, a única diferença
que se destaca entre o WiMAX e a LTE "é que o WiMAX está aqui, hoje", pondera
Welch.
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[03/12/08]
Alvarion já tem 30 operadoras clientes de WiMAX na A. Latina
por e-Thesis
A Alvarion anunciou hoje que sua base de clientes na América Latina já supera
30 operadoras. Até o momento, a companhia israelense realizou entregas de
equipamentos WiMAX para redes implantadas na América Latina, especialmente na
Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Costa Rica, Equador, El Salvador,
Guatemala, México, Paraguai, Peru e Venezuela, num volume total de negócios de
US$ 100 milhões.
Wally Swain, VP sênior de Mercados Emergentes do Yankee Group, comentou
durante o WiMAX Forum Latin America Congress, que acontece no Rio de Janeiro,
que " a falta de infra-estruturas cabeadas e a baixa penetração da banda
larga, de um lado, associada ao grande número de oportunidade de licenças de
WiMAX, de outro, cria um atrativo futuro para o mercado WiMAX na América
Latina. A Alvarion criou uma infra-estrutura para dar suporte as operadoras
WiMAX na região e vem trabalhando ativamente para criar novas oportunidades no
promissor mercado de banda larga."
A América Latina tem uma população de 550 milhões de pessoas, com uma
penetração de banda larga inferior a 15%. O Brasil, por exemplo, tem apenas 3%
de taxa de penetração da banda larga e mais de 40% de suas cidades registram
falta de serviços de telefonia móvel, de banda larga e de TV a cabo. A América
Latina é também uma das regiões mais urbanizadas, com 75% dos residentes
morando em zonas metropolitanas. O WiMAX oferece excelente solução para
atingir com rapidez este grande número de usuários finais, com economia de
investimentos em termos de tempo e custo quando comparado com a estruturas
cabeadas. Acompanhando as necessidades específicas deste mercado, as soluções
da Alvarion capacitam as operadoras a atingir o mais forte posicionamento de
negócios, através da sua capacidade de oferecer a maior cobertura e capacidade
de tráfego para alavancar a experiência do usuário final.
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[03/12/08]
13 milhões de assinantes de WiMAX na A.Latina
em 2012
por e-Thesis
O WiMAX Forum projeta que haverá mais de 13 milhões de consumidores da
tecnologia de banda larga sem fio e móvel em 2012. De acordo com estudos
feitos pela entidade que reúne o creme do ecossistema de WiMAX, 70% deste
total de assinantes usarão dispositivos móveis e portáteis para acessar,
principalmente, serviços de internet em banda larga. O estudo WiMAX Forum
Worldwide Subscriber and User Forecast levantou o progresso dos provedores de
serviços WiMAX, fabricantes de equipamentos, desenvolvedores de conteúdo e
assinantes em várias regiões do mundo. Os resultados, segundo o próprio fórum,
refletem um crescimento acelerado do ecossistema de WiMAX, a boa aceitação da
tecnologia e aumento de demanda por serviços de internet móvel em todo o
mundo.
Ron Resnick, presidente do WiMAX Forum, disse que os dispositivos de WiMAX já
estão disponíveis a um custo significativamente inferior ao de outras
tecnologias. "Os países da América Latina começam a se comprometer e a vencer
etapas para assegurar que os serviços de banda larga sem fio se tornem
realidade e permitam aos operadores atingir diversas regiões, com necessidades
de mercado e economia distintas e aumento da população", acrescentou ele.
Pelos dados do WiMAX Forum, existem 95 implementações na região CALA, com dez
deles no Brasil e seis no Peru. Na Argentina, cerca de 100 companhias
manifestaram interesse em adquirir licenças no espectro entre 3,3 e 3,7 GHz.
Na Colômbia, o Ministério das Comunicações pretende licitar bandas de
freqüência no próximo ano. Na Jamaica, o Ministério da Indústria, Tecnologia,
Energia e Comércio (MCT) divulgou informação sobre a próxima licitação para
bandas nos 2,5GHz. A intenção do governo jamaicano é liberar 125 MHz,
distribuídos para serviços de banda larga sem fio e 3G, e 65MHz para
assinantes de serviços de TV (STV), nas bandas entre 22500 MHz e 2650 MHz.
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[02/12/08]
Algumas sugestões à consulta sobre WiMAX por Jana de
Paula
A Consulta Pública 54 que irá regular o WiMAX em 3,5GHz, só termina em 5 de
janeiro próximo. Iniciada a dois de novembro passado, já foram enviadas
algumas sugestões. Maximiliano Salvadori Martinhao citou algumas para os
presentes à sua palestra no primeiro dia do WiMAX Forum Congress Latin America,
hoje de manhã, no Rio de Janeiro.
Foi enviada, por exemplo, a idéia de separação do espectro a ser adquirido
pelas grandes operadores daquele com interesse para pequenos players. Outra
sugestão foi a destinação de parte do espectro licitado para as cidades
digitais, que hoje trafegam em banda não-licenciada. Até agora, de acordo com
as sugestões que já chegaram a Anatel, há uma preferência pela frequüência em
FDD, apesar de o TDD ser uma opção tecnológica melhor. Segundo Martinhao,
apesar de a preferência dos técnicos ser pelo TDD, se a sugestão do FDD se
apresentar forte, ela será levada em conta.
Por enquanto a idéia é licitar blocos de 50 MHz, num limite máximo de 30 MHz
por operadora. Mas há operador pequeno solicitando a redução do tamanho destes
blocos.
Quanto às atuais autorizações do espectro de 3,5GHz, elas serão preservadas,
garante o executivo. Mas haverá necessidade de atualização dos contratos para
inserção de serviços de inclusão digital. Outra sugestão que já chegou à
Anatel é de a agência se engajar no fomento a projetos de pesquisa e
desenvolvimento, o que levaria a necessidade de se criar mecanismos para o
processo.
WiMAX: agente de banda larga
Para a Anatel, o WiMAX é encarado como uma das tecnologias viáveis para se
aumentar o acesso à internet em banda larga no país. Martinhao citou
nominalmente pelo menos mais uma: o PLC, ou a banda larga na rede elétrica,
cujo processo de regulamentação, segundo ele, "já está na mesa do Conselho
Diretor da Anatel".
Da mesma forma, os 3,5GHz, cujo leilão das sobras deve ocorrer ainda no
primeiro semestre de 2009, é apenas uma das faixas de freqüências analisadas
pelo órgão para ampliar o processo de inclusão digital. Os 450 MHZ, disse ele,
têm vantagem de cobertura para áreas remotas com grande densidade
populacional, a um custo mais baixo. Os 2,5GHz também têm seu reuso em estudo.
O órgão avalia ainda os 1,5GHz, os 2,3 GHz, os 3,3GHz aos 3,4GHz... Só os 700
MHz que, de momento, se apresentam intocáveis, enquanto durar o processo de
migração de TV analógica para TV digital, o que deve ocorrer em 2016.
No estudo realizado durante dois anos, para ser apresentado na reunião do
WRC-07, promovida pela UIT no ano passado, a Anatel constatou que até 2020 o
Brasil vai precisar de 1.080 MHz para banda larga. E este espectro tem que ser
encontrado entre os 400 MHz e os 5 GHz, sendo que acima dos 3,5GHz a situação
se complica, pois trata-se de faixas utilizadas por sistemas de satélite
internacionais, dos quais o país depende, devido à sua dimensão e geografia.
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[02/12/08]
Mobilidade restrita é boa? É ruim? Eis a questão por
Jana de Paula
A mobilidade restrita volta à baila. Se chegou a parecer que este quesito era
já questão resolvida, ou seja, ultrapassada, hoje, durante o Regulatory Focus
Day, do Congresso do WiMAX Forum para América Latina, que acontece no Rio de
Janeiro, ficou comprovado que não. A mobilidade restrita está mais do que
cogitada para fazer parte do documento final, que resultará da Consulta
Pública 54, que trata das sobras de bandas de freqüência nos 3,5GHz, para
regulamentação do uso de WiMAX no país, nesta faixa. A consulta tem prazo de
encerramento previsto para 5 de janeiro próximo, e pelo andar da carruagem,
até lá o tema deverá incitar muito debate. A mobilidade restrita é boa? É
ruim? Eis a questão.
Pelo que se depreendeu de todas as apresentações dos palestrantes nacionais
neste Regulatrory Focus Day, a mobilidade é a verdadeira pedra no sapato e
parece que virou pomo de discórdia entre os diversos players. Isto para nos
atermos, de momento, apenas à freqüência de 3,5GHz, que, ao contrário da de
2,5GHz, já tem cronograma de licitação. As previsões apontam que se começará a
desenhar o cenário competitivo do WiMAx no Brasil, em meados de 2009.
Neste assunto de mobilidade restrita, a primeira questão é que para a própria
Anatel - a quem cabe formatar o documento final, com base nas sugestões
documentadas e em suas próprias pesquisas e análises - a sua definição é de
difícil trato. Maximiliano Salvadori Martinhao, gerente da Divisão de Espectro
da Anatel, reconheceu, durante sua apresentação na manhã de hoje, que o termo
"mobilidade restrita soa como um animal gasoso invertebrado", tão difícil é
sua definição. E, embora a mobilidade restrita ou 'nomadismo' seja uma
definição da União Internacional de Telecomunicações (UIT), baseada, portanto,
no consenso dos vários organismos regulatórios e certificadores a ela
atrelados, quando chega a hora de os reguladores defini-la, eles enfrentam o
impasse. "Parece um dilema singelo, mas de fato não é. Se a mobilidade
restrita for atrelada ao Serviço Móvel Pessoal (SMP), isto irá aumentar o
custo das licenças. A outra opção é considerar o serviço para 3,5GHz apenas
nos casos fixo e nômade. A Anatel precisará fazer esta consideração - se
permite ou não a mobilidade restrita", comentou ele.
Segundo o representante da Anatel, o objetivo é encontrar um equilíbrio de
mercado entre os serviços sem fio fixos e móveis, prestados por operadores
fixas, móveis, de broadcast etc. E isso, por enquanto, ainda depende, da parte
do órgão regulador, das análises que serão feitas sobre as sugestões
documentadas que a agência receberá até 5 de janeiro próximo. O que não impede
que os players do setor tenham seus próprios pontos de vista. Elizabete do
Couto, diretora-executiva da Embratel, que pode apresentar um case de sucesso
de WiMAX em 3,5GHz - com 600 estações de base cobrindo atualmente 200 cidades;
e a previsão de em 2009 atingir entre 50% e 60% de todo o universo das micro e
pequenas empresas brasileiras - por exemplo, defende que a licença adquirida
pela Embratel em 2001 deve permitir que a incumbent ofereça qualquer tipo de
serviço. Hoje, a oferta está restrita ao ambiente fixo apesar de executiva
afirmar que a companhia está pronta para oferecer serviços nômade:
"Mas os equipamentos ainda não estão homologados. Assim, apesar de nossa
licença permitir a prestação do serviço, de sermos proprietários de espectro
na faixa regulamentada, nós não podemos prestar o serviço. Isto não parece ter
senso. Para o modelo de negócios de WiMAX ser viável, o regulador tem que
cumprir sua obrigação com o mercado, no sentido de facilitar a oferta, pelos
players que detêm licenças de uso de espectro e de prestação de serviços, de
tudo o que puderem oferecer. Isto seria o mínimo", defendeu a executiva.
José Luiz Frauendorf, diretor executivo da Neotec, operadora wireless,
considerar a mobilidade plena fundamental para o desenvolvimento das
tecnologias móveis do mundo IP, entre elas o WiMAX, Mas, alega que, de
momento, do jeito que o mercado se apresenta hoje, a viabilidade da banda
larga para a massa da população brasileira deve ter prioridade sobre a
mobilidade. "O mais importante é possibilitar a inclusão digital. É eu poder
conectar meu laptop por onde eu for" exemplificou ele.
A etapa a ser cumprida, para Frauendorf, é, primeiro, a portabilidade e,
depois, a mobilidade. "O WiMAX não pode ser empurrado mais para frente pela
pressão de quem não presta serviço nesta tecnologia. E, mais, o WiMAX não é
sinônimo de SMP. Atrelando uma coisa à outra vai-se aumentar o custo das
licenças em três a quatro vezes. Já se o mercado se contentar, por ora, com os
serviços fixos e nômades, será possível obter bom fluxo de negócios para,
depois, se pensar em mobilidade", ponderou ele.
Na ótica do executivo este argumento é contrário ao de alguns players que, ao
pretenderem adiar a discussão até que se atinja maturidade para a mobilidade
plena, quem sairá perdendo é o mercado de mobilidade brasileiro como um todo.
Sua defesa se baseia no fato de o WiMAX ser uma tecnologia de ponta, com DNA
em IP, barata, com capacidade de oferecer serviços a custos palatáveis pelos
usuários brasileiros e de uso universal. Para ele, é preciso entender o WiMAX
em seu modelo de negócios para mercados emergentes em geral e para o Brasil em
particular.
"De fato, é preciso levar em conta que o WiMAX tem uma imensa variedade de
modelagem de negócios. Nos mais de 150 cases já implantados no mundo, como os
da Índia, China e Rússia, por exemplo, todos têm uma modelagem própria. Na
Embratel consideramos o modelo de negócio da 3G (Claro) e o de WiMAX como
diferentes e complementares", continua Elizabete do Couto.
Isto significa que a mobilidade restrita é boa? Não necessariamente. Num
momento que os mercados do mundo se preparam para a implantação do padrão
802.16e; que o novo 802.16n já está no forno e que todo um mundo de mobilidade
e ubiqüidade se abre, adiar a mobilidade plena é frustrante. Esta tem,
inclusive, o aval da própria UIT, que trabalha para inserir o 16n nas
interfaces do IMT Advanced, a Quarta Geração da mobilidade, por vir. Para os
heavy users, isto significa não poder usar no Brasil, por pelo menos uns três
anos, os novos PCs ultramóveis que começam a ser lançados por vendors no
mercado mundial. Implantar o padrão 802.16e para prover mobilidade restrita é
como tem um jumbo voando como um teco-teco. Isto sem levar em conta as
questões de mercado, a pressão das grandes operadoras de 3G, o esforço de
fabricantes como a Intel de tornar o mercado brasileiro um grande consumidor
das novas máquinas equipadas com seus novos processadores e um longo etc.
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