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Dezembro 2008               Índice Geral do BLOCO

O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão  Celld-group e WirelessBR. Participe!


30/12/08

• WiMAX no e-Thesis: Semana de 01 a 07 de Dezembro

----- Original Message -----
From: Helio Rosa
To: Celld-group@yahoogrupos.com.br ; wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Cc: Jana de Paula
Sent: Tuesday, December 30, 2008 1:30 PM
Subject: WiMAX no e-Thesis: Semana de 01 a 07 de Dezembro
 
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
 
Estamos resgatando as notícias recentes (dezembro 2008) sobre WiMAX, para registro no BLOCO.
Muita informação!
Vale conferir!  :-)
 
Boa leitura!
Ótimo 2009!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Thienne Johnson
 


Semana de 01 a 07 Dezembro no e-Thesis:

[04/12/08]   Conexão WiMAX - Os destaques da semana
 
Por Jana de Paula

O poder de síntese é inerente a poetas e filósofos. Um exemplo é o verso de Fernando Pessoa, "Tudo vale a pena se a alma não é pequena", um primor de sintetização de tantos sentimentos, emoções e vivências de nós, os sofridos filhos de Deus. Mas como não encontrei nem um poeta e nem um filósofo durante o WiMAX Forum Congress Latin America, que se encerra hoje à noite, no Rio de Janeiro, vou tentar sintetizar minhas impressões e vivências  sobre os dois primeiros dias do evento. Antes de qualquer coisa, adianto que espero pela nova versão, no ano que vem, sempre no Rio de Janeiro... Evento nota 10! Parabéns ao Informa Telecoms & Media pela produção. Falo à vontade, pois a cobertura do e-Thesis no evento foi independente, livre e autônoma.

As grandes estrelas da conferência não foram pródigas em novidades. Teresa Kellet, diretora de Desenvolvimento Global da Sprint, repetiu as idéias apresentadas durante o congresso do WiMAX Forum na Ásia, de que LTE e WiMAX não disputam, convergem, o que aqui foi traduzido para WiMAX e 3G. Ron Resnick, presidente do WiMAX Forum, citou a pesquisa mundial da entidade, que prevê 113 milhões de usuários de WiMAX no planeta em 2012, dos quais minguados 13 milhões na América Latina. E garantiu, como já fez antes, que as novas certificações de equipamentos nas diversas bandas estão a caminho. O que não chega a ser uma novidade.

Dentre todos os 'grandes' presentes ao evento, a Intel foi mais precisa. Greg Welch, diretor do grupo de mobilidde da companhia e da Organização Mundial WiMAX para as Américas, disse que a Intel se mantém "apaixonada pelo WiMAX". E é através do WiMAX que ela pretende disseminar suas novas gerações de processadores pelo mundo em geral e o Brasil em particular. Em outras palavras, digo eu, isto significa que a Intel aposta numa franca preferência do mercado pelo mundo IP, através do qual seus novos processadores possam navegar à vontade. Veja
aqui.

Por fim, meu dever de casa foi feito. Como eu prometi, levantei o case de conectividade à internet, via satélite e redes pré-WiMAX e Wi-Fi, no Estado do Amazonas. Alexandre Guimarães, o CIO da Prodam (a companhia de processamento de dados do Amazonas), conversou comigo pelo telefone e explicou mais detalhadamente o projeto. Vejam
aqui. Gostei do que ouvi, posso adiantar. Mas temo que eu seja levada a escrever novos capítulos sobre a Amazônia Digital. Insisto na importãncia do tema.

Até semana que vem...
P.S. Faltou alguma coisa do WiMAX Congress hoje, porque o evento ainda não acabou...
 

[04/12/08]   WiMAX: DNA de 4G, em plena 3G  por Jana de Paula

O WiMAX é uma das boas oportunidades de negócio para as empresas de telecom enfrentarem o ‘downturn' da economia mundial. A disseminação das aplicações de internet têm forte posição neste processo, devido ao aumento da demanda por usuários domésticos e de negócios e das maiores velocidade e capacidade de banda. "Não pensamos que a crise econômica vá afetar o direito do usuário de acessar a internet, pois, de fato, vemos que ele quer ficar mais horas conectado, ter mais bits à sua disposição e dispor de maior variedade de conteúdo", disse Greg Welch, diretor do grupo de mobilidade da Intel ao e-Thesis, durante o WiMAX Forum Congress Latino-America, que se encerra hoje à noite no Rio de Janeiro.

No caso dos países emergentes, o WiMAX surge como o novo padrão de conexão à internet, mais barato do que outras plataformas e capaz de fornecer, mais rapidamente, serviços variados para estes países. "Estamos aqui, hoje, para conhecer nossos reais usuários", disse Welch. Ele admitiu que a companhia, através da Intel Capital, mantém contatos com provedores de serviços no Brasil, apesar de não especificar quais são estes provedores. "Os investimentos em provedores de serviços fazem parte de nossa estratégia, através do Intel Capital Group", lembrou ele. No Brasil, a Intel Capital já é investidora da Neovia e apóia a produção de CPEs pela Parks.

Apesar de, nos Estados Unidos, a Intel ser parceira da rede Xohm, da Sprint-Clearwire, que trafega em 2,5GHz, a companhia diz que está preparada para prover aos fabricantes de dispositivos móveis os processadores que fabrica para a freqüência de 3,5GHz, que deve ser a adotada no Brasil, num primeiro momento.

O executivo preferiu não polemizar sobre uma possível disputa entre LTE e WiMAX nos mercados maduros, ou entre WiMAX e 3G nos emergentes. "Durante um certo tempo, WiMAX e 3G vão conviver, principalmente porque, em tráfego de voz, a 3G vai muito bem. Mesmo na 4G, a voz não vai desaparecer. Mas vemos, em âmbito mundial, algumas mudanças, como na Europa, que redesenha sua estratégia de 3G, enquanto se proliferam os hot-spots de Wi-Fi pelo continente", disse Welch.

Na verdade, Welch não prevê que haja uma única tecnologia que satisfaça a todos. Apenas enxerga o WiMAX como uma tecnologia que atingiu a maturidade em tempo recorde, em comparação com outras, e tem aplicações muito satisfatórias para determinado tipo de rede, como no acesso à web em banda larga em áreas remotas, para citar apenas um exemplo.

O fato é que enquanto as redes de 3G foram arquitetadas para fornecer serviços de voz, o WiMAX, assim como a LTE, são all-IP em seu DNA. Ou seja, enquanto o tráfego de dados foi algo imposto para as redes de 3G, devido ao aumento da demanda por serviços de dados da parte dos usuários, o WiMAX é uma arquitetura considerada de 3G que já nasceu IP. É por isso, talvez, que a Sprint-Nextel anuncia a Xohm como a primeira rede 4G do mundo, antes mesmo de a Quarta Geração estar formatada. Porque, como os futuros padrões de 4G, determinados pelo IMT Advanced da UIT, a Xohm é baseada no WiMAX móvel, que já traz o IP em seu DNA e funciona plenamente no ambiente IP. De momento, a única diferença que se destaca entre o WiMAX e a LTE "é que o WiMAX está aqui, hoje", pondera Welch.
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[04/12/08]   Amazonas decide por modelo próprio de inclusão digital   

O 1,5 milhão de habitantes do interior do Estado do Amazonas, ou seja, aqueles que habitam fora da capital, Manaus, não vão precisar esperar pelo cronograma do Gesac para ter acesso à internet. O governo do Estado do Amazonas decidiu por uma providência doméstica e fechou com a já antiga parceira, a fornecedora de satélite Hughes, um modelo de fornecimento próprio que vai beneficiar, também, as prefeituras destes 61 municípios, através de uma rede de satélite, WiMAX e Wi-Fi. Pois, se hoje já é um problema levar internet a estados do interior do Sul e do Sudeste, a dificuldade é bem maior quando se trata do maior estado brasileiro, que ocupa 60% do território do país, ou 1.570.745,680 quilômetros quadrados, onde a maioria dos agrupamentos populacionais estão distantes de dois a três dias de viagem da capital, por barco.

Segundo Alexandre Guimarães (foto), CIO da Prodam, a empresa de processamento de dados do Amazonas, que elaborou o projeto junto com a Hughes, o motivo número um do projeto é levar à Aprove Imageminternet para a população, para que a web funcione como meio de informação e gere uma transformação cultural. Neste projeto, a interligação dos órgãos públicos é mais uma conseqüência, mas não o foco principal. "A população ribeirinha está bastante atrasada em relação ao resto do país e queremos disseminar o uso de internet para superar este gap", disse ele.

Por se tratar de uma população predominantemente das classes C, D e E não se espera, de imediato, que cada amazonense do interior tenha seu PC ou laptop. O projeto prevê a instalação de pelo menos um tele centro em cada município, com dez estações de trabalho cada um, o que deve ser suficiente para atender ao número de habitantes de cada município, a maioria com menos de 30 mil habitantes (alguns nem chegam a 5 mil), exceção feita aos municípios maiores, como Parintins, que tem mais de 100 mil habitantes.

Pelo cronograma acordado entre Prodam e Hughes, serão quatro tele centros em funcionamento ainda este ano, mais 15 até abril de 2009 e o restante nos próximos dois anos, o prazo máximo de conclusão do projeto. Um dos pontos principais para a Prodam foi obter da Hughes o compromisso de instalação de um hub de transmissão de dados via satélite em Manaus, de modo a permitir a disseminação dos novos serviços pelo estado. A Hughes já havia instalado outro hub, de broadcast, para fornecimento de TV via satélite, infra-estrutura que atualmente permite a toda a população acesso a programas educativos, promovidos pela Secretaria Estadual de Educação. Estas "tele-aulas" são bastante concorridas e são poucos os trabalhadores que não acessam os programas à noite, após a jornada de trabalho.

No caso do hub de dados, a ser instalado até o início do ano em Manaus, ele estará interligado ao hub da fornecedora de satélite que fica em São Paulo e deve funcionar em moldes parecidos ao de broadcast, levando acesso à internet, entretenimento e serviços públicos à população em rede IP, com WiMAX e Wi-Fi 'na ponta'. "Todos os órgãos estaduais estão implicados no projeto, bem como as prefeituras. Das prefeituras, estarão interligados, além das sedes muncipais, as Câmaras Municipais, secretarias de Justiça, escolas municipais e estaduais, hospitais e centros de saúde, os escritórios da Universidade Estadual do Amazonas (UEA), as secretarias municipais de administração e todos os órgãos estaduais", explica Guimarães.

Cada um destes órgãos usará a internet para levar à população, via rede pré-WiMAX em banda não-licenciada, os serviços que presta - educação, saúde (telemedicina, por exemplo), formação e especialização de mão-de-obra de nível superior e pós-grduação (através da Universidade Estadual do Amazonas), ensino de primeiro e segundo graus, lazer, turismo, serviços administrativos e de apoio ao cidadão etc.

Apesar de grande parte da iniciativa privada ainda não se interessar pelo mercado amazonense de tecnologia, por não enxergar um pólo usuário lucrativo na região, tem sido junto á iniciativa privada que o Estado do Amazonas vem conseguindo apoio, até agora. Enquanto atrasam os trâmites para a disseminação do Gesac, por exemplo, um projeto do Ministério das Comunicações, o estado já atraiu o interesse da Intel e um pool de empresas para o Projeto Parintins Digital, um tipo de trial, apesar de bem sucedido, que completa dois anos agora. Agora, a Hughes decidiu por ampliar sua participação local e ser o fornecedor de conectividade à internet do estado. Ler mais...
 

[04/12/08]   Banda de guarda e portabilidade devem constar das atribuições dos 3,5GHz por Jana de Paula

A Brasil Telecom sugere que se destine 10 MHz por faixa para criação da chamada Banda de Guarda, no documento com as atribuições das sobras de faixas de freqüências entre 3.500MHz e 300MHz, motivo da Consulta Pública 54, em curso. O diretor de tecnologia da BrT, Orlando Ruschel, afirmou, durante o WiMAX Forum Congress Latin America, que acontece no Rio de Janeiro, que o governo não pode deixar por conta de quem vier a adquirir licenças o ônus de sua criação. "Afinal é um espectro que não se vai utilizar. Mas sua criação é importante para a eficiência do seu uso", disse ele. Sob o ponto de vista do executivo, para a eficiência do uplink e do downlink, uma operadora do porte da BrT precisa de no mínimo 30MHz, considerado até agora como o máximo a ser licitado por operadora. "Assim mais 10 MHz de guarda, pelo menos, são essenciais".

Já para Carlos Barroso, diretor de Tecnologia e Operações da Neovia, é muito importante que as atribuições das sobras dos 3,5GHz esclareçam de forma definitiva o conceito de mobilidade restrita. Segundo ele, nem todos os players concordam com a proposta de incluir os serviços de banda larga via espectro de rádio freqüência como um Serviço Móvel Pessoal (SMP). Na questão da banda larga, que implica transmissão de dados via IP e, não, de voz, é mais importante, neste momento, a definição do conceito de portabilidade e nomadismo.

"Pesquisas apontam que mais de 90% das pessoas que desejam banda larga sem fio se interessam pelas aplicações IP. Estas aplicações, de imediato, exigem mais portabilidade do que mobilidade. Acredito que os termos portabilidade, ubiqüidade e mobilidade restrita devam constar, de forma inequívoca, das atribuições dos novos serviços de banda larga que muitos dos candidatos às sobras de freq6uência dos 3,5GHz pretendem fornecer", disse ele.

A Neovia é pré-candidatas às sobras dos 3,5GHz e inscreveu-se no primeiro Leilão do WiMAX, que seria realizado há dois anos, até ser suspenso Tribunal de Contas da União. No caso da Neovia, que adquiriu em 2001 durante a primeira licitação de faixas deste espectro, na Região 3, de São Paulo, a idéia é adquirir, agora, espectro em âmbito nacional. A provedora de serviços sem fio - composta de ‘funding' da Intel Capital, DGF, Stratus e Venice (os investidores iniciais, originários do Banco Garantia) - está em fase de migração de 80212.d para 802.16.e.
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[04/12/08]   WiMAX da Brasil Telecom é nômade  por Jana de Paula

Para a Brasil Telecom, uma das operadoras que adquiriu licenças no espectro de 3G, em dezembro de 2007, o WiMAX é encarado como a rede de transmissão de serviços IP. Com uma rede de WiMAX em fase de soft-launch em Porto Alegre, Curitiba e São Paulo, a BrT, que já é proprietária de espectro em 3,5GHz, projeta lançar uma operação em larga escala, na cidade de São Paulo, no início do próximo ano.

Segundo Orlando Ruschel, a estratégia é que as aplicações que exigem mais banda usem tecnologia FTTX, no caso da telefonia fixa, e a mobilidade e o nomadismo fiquem a cargo do HSDPA (3G) e do WiMAX. "HSDPA e WiMAX não têm necessidade de competir. Vemos a 3G para a mobilidade plena e o WiMAX para aplicações que sejam mais nômades do que móveis, com downloads mais pesados e outras aplicações intensivas de banda em pontos como aeroportos providas pelo WiMAX", disse ele.

Apesar de considerar "que todas as aplicações são possíveis em 3G", Ruschel vê que o WiMAX tem o atrativo de custos menores. "As operadoras enfrentam problemas de usar a 3G como acesso primário, devido ao alto consumo de banda. É onde o WiMAX entra como auxiliar neste tráfego de dados. Além disso, o WiMAX permite o uso de MIDs (dispositivos de internet móvel), outro drive muito forte desta tecnologia. Assim, visualizamos não um, mas dois espectros, o que vai nos permitir pelo menos dobrar nossa capacidade de prover serviços".

Outra vantagem do WiMAX é um movimento pelo verde em algumas das principais cidades, que restringem ou proíbem totalmente o uso de armários de rua, entre elas Brasília, Curutiba e Porto Alegre, todas áreas de atuação da BrT. "O WiMAX, assim, passa a prestar serviços de acesso web e VPN, umas das razões pelas quais optamos pelo padrão 80216.e", continua o diretor de tecnologia da BrT.
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[03/12/08]   Alvarion já tem 30 operadoras clientes de WiMAX na A. Latina por e-Thesis

A Alvarion anunciou hoje que sua base de clientes na América Latina já supera 30 operadoras. Até o momento, a companhia israelense realizou entregas de equipamentos WiMAX para redes implantadas na América Latina, especialmente na Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, México, Paraguai, Peru e Venezuela, num volume total de negócios de US$ 100 milhões.

Wally Swain, VP sênior de Mercados Emergentes do Yankee Group, comentou durante o WiMAX Forum Latin America Congress, que acontece no Rio de Janeiro, que " a falta de infra-estruturas cabeadas e a baixa penetração da banda larga, de um lado, associada ao grande número de oportunidade de licenças de WiMAX, de outro, cria um atrativo futuro para o mercado WiMAX na América Latina. A Alvarion criou uma infra-estrutura para dar suporte as operadoras WiMAX na região e vem trabalhando ativamente para criar novas oportunidades no promissor mercado de banda larga."

A América Latina tem uma população de 550 milhões de pessoas, com uma penetração de banda larga inferior a 15%. O Brasil, por exemplo, tem apenas 3% de taxa de penetração da banda larga e mais de 40% de suas cidades registram falta de serviços de telefonia móvel, de banda larga e de TV a cabo. A América Latina é também uma das regiões mais urbanizadas, com 75% dos residentes morando em zonas metropolitanas. O WiMAX oferece excelente solução para atingir com rapidez este grande número de usuários finais, com economia de investimentos em termos de tempo e custo quando comparado com a estruturas cabeadas. Acompanhando as necessidades específicas deste mercado, as soluções da Alvarion capacitam as operadoras a atingir o mais forte posicionamento de negócios, através da sua capacidade de oferecer a maior cobertura e capacidade de tráfego para alavancar a experiência do usuário final.
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[03/12/08]   Alcatel-Lucent: ser WiMAX é ser IP por Jana de Paula

A Motive, empresa especializada em software para serviços de comunicação de dados em banda larga móvel, adquirida pela Alcatel-Lucent,anuciou hoje a primeira solução do mercado que permite integrar equipamentos de WiMAX fixo, nômades, móveis e integrados. A idéia é que com a solução seja mais fácil desenvolver uma nova clientela de WiMAX, reduzindo custos e complexidade de gestão de provisão de assinantes..

Em cooperação com a ZyXEL, a Motive demonstrou a interoperabilidade da solução de gestão de serviços WiMAX no dispositivo residencial ZyXEL Mimo Max-206M23. Compatível com os protocolos baseados nos padrões TR-069 e OMA-DM, esta que é a primeira solução de gestão de dois protocolos do mercado, permite que operadoras automatizem e gerem os principais processos de serviços de forma digital, tais como ativação, diagnósticos e resolução de problemas, além da manutenção dos diversos equipamentos de WiMAX interligados.

Valérie Layan, VP de Desenvolvimento de Negócios e Estratégias de WiMAX da Alcatel-Lucent, disse durante o WiMAX Forum Congress Latin America, que a aquisição da Motive foi estratégica para a companhia franco-americana, que pretende ser um fornecedor completo de soluções em WiMAX. A gestão de provisionamento de clientes se apresenta crucial para o gerenciamento de redes de WiMAX de maior porte. "Muitas operadoras precisam de ajuda para promover a migração de suas redes. E, depois, gerenciar esta rede é tão importante quanto implantá-la", afirmou a executiva.

De acordo com Bob Perez, analista de banda larga do IMS Research, "é importante simplificar as implementações de serviços de WiMAX sem comprometer a qualidade de distribuiçao dos serviços. E as operadores demandam cada vez mais tecnologias padronizadas".

Já David Stevenson, VP da Motive, salientou que, segundo o WiMAX Forum, o planeta terá 113 milhões de usuários de WiMAX em 2012. "Os fornecedores que desejam usufruir deste mercado lucrativo devem comercializar rapidamente seus serviços de WiMAX, mantendo seu nível de qualidade e confiabilidade".

De acordo com a VP de WiMAX da Alcatel-Lucent, o funcionamento de uma rede WiMAX é muito mais do que CPEs, dispositivos etc. Ela lembra que ingressar em WiMAX é penetrar no mundo IP, uma estratégia que requer boa avaliação de risco, capacidade de rede, tempo de mercado e uma série de outros fatores cruciais para o sucesso do empreendimento. "As operadoras buscam os provedores para que estes as introduzam no negócio de WiMAX. O importante é pensar numa abordagem que vá além da decisão de implantar uma rede WiMAX. Mas, sim, como a opção por uma rede IP", disse Layan.
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[03/12/08]   13 milhões de assinantes de WiMAX na A.Latina em 2012  por e-Thesis

O WiMAX Forum projeta que haverá mais de 13 milhões de consumidores da tecnologia de banda larga sem fio e móvel em 2012. De acordo com estudos feitos pela entidade que reúne o creme do ecossistema de WiMAX, 70% deste total de assinantes usarão dispositivos móveis e portáteis para acessar, principalmente, serviços de internet em banda larga. O estudo WiMAX Forum Worldwide Subscriber and User Forecast levantou o progresso dos provedores de serviços WiMAX, fabricantes de equipamentos, desenvolvedores de conteúdo e assinantes em várias regiões do mundo. Os resultados, segundo o próprio fórum, refletem um crescimento acelerado do ecossistema de WiMAX, a boa aceitação da tecnologia e aumento de demanda por serviços de internet móvel em todo o mundo.

Ron Resnick, presidente do WiMAX Forum, disse que os dispositivos de WiMAX já estão disponíveis a um custo significativamente inferior ao de outras tecnologias. "Os países da América Latina começam a se comprometer e a vencer etapas para assegurar que os serviços de banda larga sem fio se tornem realidade e permitam aos operadores atingir diversas regiões, com necessidades de mercado e economia distintas e aumento da população", acrescentou ele.

Pelos dados do WiMAX Forum, existem 95 implementações na região CALA, com dez deles no Brasil e seis no Peru. Na Argentina, cerca de 100 companhias manifestaram interesse em adquirir licenças no espectro entre 3,3 e 3,7 GHz. Na Colômbia, o Ministério das Comunicações pretende licitar bandas de freqüência no próximo ano. Na Jamaica, o Ministério da Indústria, Tecnologia, Energia e Comércio (MCT) divulgou informação sobre a próxima licitação para bandas nos 2,5GHz. A intenção do governo jamaicano é liberar 125 MHz, distribuídos para serviços de banda larga sem fio e 3G, e 65MHz para assinantes de serviços de TV (STV), nas bandas entre 22500 MHz e 2650 MHz.
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[02/12/08]   Algumas sugestões à consulta sobre WiMAX  por Jana de Paula

A Consulta Pública 54 que irá regular o WiMAX em 3,5GHz, só termina em 5 de janeiro próximo. Iniciada a dois de novembro passado, já foram enviadas algumas sugestões. Maximiliano Salvadori Martinhao citou algumas para os presentes à sua palestra no primeiro dia do WiMAX Forum Congress Latin America, hoje de manhã, no Rio de Janeiro.

Foi enviada, por exemplo, a idéia de separação do espectro a ser adquirido pelas grandes operadores daquele com interesse para pequenos players. Outra sugestão foi a destinação de parte do espectro licitado para as cidades digitais, que hoje trafegam em banda não-licenciada. Até agora, de acordo com as sugestões que já chegaram a Anatel, há uma preferência pela frequüência em FDD, apesar de o TDD ser uma opção tecnológica melhor. Segundo Martinhao, apesar de a preferência dos técnicos ser pelo TDD, se a sugestão do FDD se apresentar forte, ela será levada em conta.

Por enquanto a idéia é licitar blocos de 50 MHz, num limite máximo de 30 MHz por operadora. Mas há operador pequeno solicitando a redução do tamanho destes blocos.

Quanto às atuais autorizações do espectro de 3,5GHz, elas serão preservadas, garante o executivo. Mas haverá necessidade de atualização dos contratos para inserção de serviços de inclusão digital. Outra sugestão que já chegou à Anatel é de a agência se engajar no fomento a projetos de pesquisa e desenvolvimento, o que levaria a necessidade de se criar mecanismos para o processo.

WiMAX: agente de banda larga

Para a Anatel, o WiMAX é encarado como uma das tecnologias viáveis para se aumentar o acesso à internet em banda larga no país. Martinhao citou nominalmente pelo menos mais uma: o PLC, ou a banda larga na rede elétrica, cujo processo de regulamentação, segundo ele, "já está na mesa do Conselho Diretor da Anatel".

Da mesma forma, os 3,5GHz, cujo leilão das sobras deve ocorrer ainda no primeiro semestre de 2009, é apenas uma das faixas de freqüências analisadas pelo órgão para ampliar o processo de inclusão digital. Os 450 MHZ, disse ele, têm vantagem de cobertura para áreas remotas com grande densidade populacional, a um custo mais baixo. Os 2,5GHz também têm seu reuso em estudo. O órgão avalia ainda os 1,5GHz, os 2,3 GHz, os 3,3GHz aos 3,4GHz... Só os 700 MHz que, de momento, se apresentam intocáveis, enquanto durar o processo de migração de TV analógica para TV digital, o que deve ocorrer em 2016.

No estudo realizado durante dois anos, para ser apresentado na reunião do WRC-07, promovida pela UIT no ano passado, a Anatel constatou que até 2020 o Brasil vai precisar de 1.080 MHz para banda larga. E este espectro tem que ser encontrado entre os 400 MHz e os 5 GHz, sendo que acima dos 3,5GHz a situação se complica, pois trata-se de faixas utilizadas por sistemas de satélite internacionais, dos quais o país depende, devido à sua dimensão e geografia.
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[02/12/08]   Mobilidade restrita é boa? É ruim? Eis a questão  por Jana de Paula

A mobilidade restrita volta à baila. Se chegou a parecer que este quesito era já questão resolvida, ou seja, ultrapassada, hoje, durante o Regulatory Focus Day, do Congresso do WiMAX Forum para América Latina, que acontece no Rio de Janeiro, ficou comprovado que não. A mobilidade restrita está mais do que cogitada para fazer parte do documento final, que resultará da Consulta Pública 54, que trata das sobras de bandas de freqüência nos 3,5GHz, para regulamentação do uso de WiMAX no país, nesta faixa. A consulta tem prazo de encerramento previsto para 5 de janeiro próximo, e pelo andar da carruagem, até lá o tema deverá incitar muito debate. A mobilidade restrita é boa? É ruim? Eis a questão.

Pelo que se depreendeu de todas as apresentações dos palestrantes nacionais neste Regulatrory Focus Day, a mobilidade é a verdadeira pedra no sapato e parece que virou pomo de discórdia entre os diversos players. Isto para nos atermos, de momento, apenas à freqüência de 3,5GHz, que, ao contrário da de 2,5GHz, já tem cronograma de licitação. As previsões apontam que se começará a desenhar o cenário competitivo do WiMAx no Brasil, em meados de 2009.

Neste assunto de mobilidade restrita, a primeira questão é que para a própria Anatel - a quem cabe formatar o documento final, com base nas sugestões documentadas e em suas próprias pesquisas e análises - a sua definição é de difícil trato. Maximiliano Salvadori Martinhao, gerente da Divisão de Espectro da Anatel, reconheceu, durante sua apresentação na manhã de hoje, que o termo "mobilidade restrita soa como um animal gasoso invertebrado", tão difícil é sua definição. E, embora a mobilidade restrita ou 'nomadismo' seja uma definição da União Internacional de Telecomunicações (UIT), baseada, portanto, no consenso dos vários organismos regulatórios e certificadores a ela atrelados, quando chega a hora de os reguladores defini-la, eles enfrentam o impasse. "Parece um dilema singelo, mas de fato não é. Se a mobilidade restrita for atrelada ao Serviço Móvel Pessoal (SMP), isto irá aumentar o custo das licenças. A outra opção é considerar o serviço para 3,5GHz apenas nos casos fixo e nômade. A Anatel precisará fazer esta consideração - se permite ou não a mobilidade restrita", comentou ele.

Segundo o representante da Anatel, o objetivo é encontrar um equilíbrio de mercado entre os serviços sem fio fixos e móveis, prestados por operadores fixas, móveis, de broadcast etc. E isso, por enquanto, ainda depende, da parte do órgão regulador, das análises que serão feitas sobre as sugestões documentadas que a agência receberá até 5 de janeiro próximo. O que não impede que os players do setor tenham seus próprios pontos de vista. Elizabete do Couto, diretora-executiva da Embratel, que pode apresentar um case de sucesso de WiMAX em 3,5GHz - com 600 estações de base cobrindo atualmente 200 cidades; e a previsão de em 2009 atingir entre 50% e 60% de todo o universo das micro e pequenas empresas brasileiras - por exemplo, defende que a licença adquirida pela Embratel em 2001 deve permitir que a incumbent ofereça qualquer tipo de serviço. Hoje, a oferta está restrita ao ambiente fixo apesar de executiva afirmar que a companhia está pronta para oferecer serviços nômade:

"Mas os equipamentos ainda não estão homologados. Assim, apesar de nossa licença permitir a prestação do serviço, de sermos proprietários de espectro na faixa regulamentada, nós não podemos prestar o serviço. Isto não parece ter senso. Para o modelo de negócios de WiMAX ser viável, o regulador tem que cumprir sua obrigação com o mercado, no sentido de facilitar a oferta, pelos players que detêm licenças de uso de espectro e de prestação de serviços, de tudo o que puderem oferecer. Isto seria o mínimo", defendeu a executiva.

José Luiz Frauendorf, diretor executivo da Neotec, operadora wireless, considerar a mobilidade plena fundamental para o desenvolvimento das tecnologias móveis do mundo IP, entre elas o WiMAX, Mas, alega que, de momento, do jeito que o mercado se apresenta hoje, a viabilidade da banda larga para a massa da população brasileira deve ter prioridade sobre a mobilidade. "O mais importante é possibilitar a inclusão digital. É eu poder conectar meu laptop por onde eu for" exemplificou ele.

A etapa a ser cumprida, para Frauendorf, é, primeiro, a portabilidade e, depois, a mobilidade. "O WiMAX não pode ser empurrado mais para frente pela pressão de quem não presta serviço nesta tecnologia. E, mais, o WiMAX não é sinônimo de SMP. Atrelando uma coisa à outra vai-se aumentar o custo das licenças em três a quatro vezes. Já se o mercado se contentar, por ora, com os serviços fixos e nômades, será possível obter bom fluxo de negócios para, depois, se pensar em mobilidade", ponderou ele.

Na ótica do executivo este argumento é contrário ao de alguns players que, ao pretenderem adiar a discussão até que se atinja maturidade para a mobilidade plena, quem sairá perdendo é o mercado de mobilidade brasileiro como um todo. Sua defesa se baseia no fato de o WiMAX ser uma tecnologia de ponta, com DNA em IP, barata, com capacidade de oferecer serviços a custos palatáveis pelos usuários brasileiros e de uso universal. Para ele, é preciso entender o WiMAX em seu modelo de negócios para mercados emergentes em geral e para o Brasil em particular.

"De fato, é preciso levar em conta que o WiMAX tem uma imensa variedade de modelagem de negócios. Nos mais de 150 cases já implantados no mundo, como os da Índia, China e Rússia, por exemplo, todos têm uma modelagem própria. Na Embratel consideramos o modelo de negócio da 3G (Claro) e o de WiMAX como diferentes e complementares", continua Elizabete do Couto.

Isto significa que a mobilidade restrita é boa? Não necessariamente. Num momento que os mercados do mundo se preparam para a implantação do padrão 802.16e; que o novo 802.16n já está no forno e que todo um mundo de mobilidade e ubiqüidade se abre, adiar a mobilidade plena é frustrante. Esta tem, inclusive, o aval da própria UIT, que trabalha para inserir o 16n nas interfaces do IMT Advanced, a Quarta Geração da mobilidade, por vir. Para os heavy users, isto significa não poder usar no Brasil, por pelo menos uns três anos, os novos PCs ultramóveis que começam a ser lançados por vendors no mercado mundial. Implantar o padrão 802.16e para prover mobilidade restrita é como tem um jumbo voando como um teco-teco. Isto sem levar em conta as questões de mercado, a pressão das grandes operadoras de 3G, o esforço de fabricantes como a Intel de tornar o mercado brasileiro um grande consumidor das novas máquinas equipadas com seus novos processadores e um longo etc.
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