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WirelessBrasil
Julho 2008
Índice Geral do
BLOCO
O conteúdo do BLOCO tem
forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão
Celld-group
e
WirelessBR.
Participe!
05/07/09
• Como funciona a
Internet (2) - "Ecos" do "apagão da Telefônica"
----- Original Message -----
From: Helio Rosa
To:
wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Saturday, July 05, 2008 9:01 AM
Subject: Como funciona a Internet (2) - "Ecos" do "apagão da Telefônica"
Abaixo temos os textos das mensagens de
José Roberto de Souza Pinto, Luiz Sergio Lindenberg Nacinovic
e Edmilson.
Obrigado pelas participações!
Registramos também a opinião do Eduardo Tude, diretor do
TELECO
("parceiro informal") postada no "Blog
Teleco".
(...) Não é a primeira vez que isto ocorre no
mundo e certamente não será a última. Não podemos, no entanto, ficar de
braços cruzados e encarar uma falha como esta como uma situação normal.
O momento é de
reflexão e de união de esforços no sentido de buscar soluções para que
isto não se repita. (...)
Na seqüência estão estas matérias, do novo "parceiro"
Tele.Síntese e a indicada pelo
Edimilson:
02.
À propósito.
Li ontem "no papel" um artigo do Estadão (não encontrei link ainda): "Acidentes
acontecem. Planos B existem para isso" por Pedro Dória, jornalista do
Caderno Link.
Comento eu: Todo o conceito da internet como rede aberta baseia-se na
estrutura de "rotas alternativas automáticas". A Internet é o próprio
"Plano B" em "pessoa". :-))
A Telefônica e as autoridades envolvidas nos devem explicações.
Vamos cobrar individualmente?
----- Original Message -----
From: josersp
To:
rosahelio@gmail.com
Sent: Friday, July 04, 2008 4:42 PM
Subject: Com funciona a Internet (1) - "Apagão da Telefônica" + O que é
...
Helio
Excelente a iniciativa de abrir esta discussão.
Desde de janeiro deste ano quando aconteceu uma falha dupla nos sistemas
de cabos internacionais, existe uma grande preocupação com os riscos de
uma paralisação da rede internet. O fato é que tudo mesmo, digo diversas
aplicações, financeiras, comerciais, produção e serviços públicos estão
suportadas pela rede internet.
Esta discussão envolve questões ligadas a investimentos no backbone como
um todo, envolvendo rotas de segurança que não geram receitas.
A verdade é que quanto mais concentrada a operação maior é o risco do
sistema. Uma maior diversidade de prestadores de serviço minimiza os
riscos para a sociedade.
Nada contra a terceirização de atividades, mas a prestadora de serviços
tem que ter um quadro técnico que garanta a gestão de todo processo e
recursos de supervisão do sistema, porque caso contrário, não nem como
informar a população e os clientes o que aconteceu e muito menos aonde foi
e quando vai recuperar o serviço.
sds Jose Roberto
----- Original Message -----
From: luiz sergio lindenberg nacinovic
To:
Celld-group@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, July 04, 2008 3:58 PM
Subject: Re: [Celld-group] Com funciona a Internet (1) - "Apagão da
Telefônica" + O que é Backbone
Você quer apostar que o Controle de
concorrência( largura do suporte imediato para "n" usuários simultâneos) do
backbone estourou devido a procura( aumento de freqüência de usuários +
tempo de uso) e não houve como suportar o impacto, já que a base instalada
deve ser pequena para suportar todos os serviços que lhe atribuem.
Outra aposta que faço é a multiplicidade de sistemas operacionais
interligados servindo de plataforma para Máquinas Virtuais Java rodarem os
mais diversos sistemas e aplicativos. Uma falha no código e a cagada está
feita. Podem botar Jesus Cristo para revisar o código que ele não descobre
onde está o erro nem que a vaca tussa.
----- Original Message -----
From: edmilson
To:
Celld-group@yahoogrupos.com.br
Sent: Saturday, July 05, 2008 4:25 AM
Subject: RE: [Celld-group] Com funciona a Internet (1) - "Apagão da
Telefônica" + O que é Backbone
Pelo o que eu entendi, alguns roteadores na
minha cidade (Sorocaba) entraram em pane, o que fez que todo a trafego
fosse desviado para uma rota alternativa, ou seja de um (Backbone para
outro).
Mais o problema foi que, esta rota "alternativa" ou segundo backbone não
foi capaz de tratar deste trafego extra, Causando então pane em todo o
sistema.
Esta problema não é raro, já aconteceu uma ou
duas vezes antes, uma vez eu lembro foi o caso de uma fibra óptica cortada
ao longo de uma estrada.
Mais resumindo, a Telefonica hoje no Brasil é
uma empresa totalmente terceirizada e sem capacidade técnica, para reagir
em casos de emergência com este.
Obrigado.
Edmilson.
Fonte: Blog Teleco
[04/07/08]
Reflexões sobre a pane da Telefônica por
Eduardo Tude, diretor do TELECO
O backbone IP da Telefonica entrou em colapso ontem, deixando boa parte do
estado de São Paulo sem acesso à Internet. Usuários residenciais do Speedy,
empresas, órgãos do Governo, hospitais, passaram o dia sem ter acesso à
Internet e a sistemas vitais para execução de suas atividades diária.
A sede da Teleco, aqui em São José dos Campos,
foi uma das afetadas. Vocês podem imaginar o impacto em uma empresa onde
tudo é feito na ou para a Internet.
O problema parece ter sido resolvido e tudo
voltou à normalidade esta manhã. Não devemos, no entanto deixar passar este
momento sem uma pausa para refletir.
Não se trata de promover uma caça às bruxas, mas
de entender o que aconteceu e o que pode ser feito para que isto não se
repita.
As operadoras de telecomunicações têm a
consciência de que sua missão é prover um serviço contínuo e de alta
disponibilidade. Utilizam em seus projetos de rede uma série de redundâncias
para manter o serviço em caso de falhas de componentes físicos, como corte
de um cabo ou falha de hardware de um equipamento. Dificilmente se verá nos
sistemas de telecom uma falha como o apagão de energia que ocorreu em
Florianópolis alguns anos atrás pelo corte do único cabo que levava energia
elétrica para a Ilha.
Mas, as redes de telecom estão se tornando cada
vez mais dependentes das camadas de software que se responsabilizam por
funções centrais do seu funcionamento das redes. Some-se a isto o aumento da
quantidade de usuários e da complexidade do sistema. Cresce desta forma a
possibilidade de aparecerem situações raras, não conhecidas no projeto, e
que podem ocasionar falhas como esta.
Não é a primeira vez que isto ocorre no mundo e
certamente não será a última. Não podemos, no entanto, ficar de braços
cruzados e encarar uma falha como esta como uma situação normal.
O momento é de reflexão e de união de esforços
no sentido de buscar soluções para que isto não se repita.
Fonte: Tele.Síntese
[04/07/08]
Falha em roteador da Telefônica foi a causa do
apagão no Estado de SP por
Fátima Fonseca
O problema na rede de dados da Telefônica, que afetou todo o Estado de São
Paulo, foi gerado por uma falha num roteador, instalado em Sorocaba,
município no interior do Estado. É um equipamento de borda, instalado em uma
rede MPLS (Multiprotocol Label Switching), segundo informou o presidente da
Telefônica, Antônio Carlos Valente, em coletiva à imprensa no final da tarde
de hoje. “Detectamos que o problema foi gerado numa parte muita baixa da
rede e que estava gerando a propagação desse problema, incluindo a não
aplicação dos sistemas de proteção nas camadas mais altas”, informou
Valente.
A razão específica da falha, no entanto, ainda
não foi identificada. A operadora contratou o CPqD, que vai fazer um laudo
técnico do equipamento, que deve estar concluído em dez dias. “Coletamos as
informações junto com o pessoal do CPqD e com os profissionais da Anatel,
que estiveram uma parte do dia conosco para que todas as análises sejam
feitas e termos um diagnóstico preciso”, informou Valente. “Neste momento a
gente não sabe ainda qual a razão específica da falha”, admitiu.
No total a rede de dados da Telefônica tem 75
mil circuitos, sendo 36 mil na rede MPLS (desses 18 mil foram afetados,
atingindo cerca de três mil clientes). A rede Frame Relay tem 36 mil
circuitos e não foi afetada, segundo Valente. A pane atingiu diretamente
grandes clientes da operadora e órgãos públicos – entre os usuários da rede
de dados da Telefônica estão 1.600 delegacias no Estado, 205 agências do
INSS, a Companhia de Engenharia de Tráfego da cidade de São Paulo,
secretarias municipais e estaduais, hospitais, além de 560 prédios do
Tribunal de Justiça do Estado. “Hoje posso dizer que a situação está
controlada”, afirmou Valente. Enfatizou que das 1,600 delegacias, apenas
quatro ainda estavam sem conexão ontem à tarde e nos demais órgãos
praticamente todos estavam com a situação normalizada.
Histórico
Valente relatou que o problema começou por volta
de meio dia de quarta-feira, com instabilidade na rede de dados. “Esses
problemas foram se acentuando ao longo do dia e na quinta-feira a situação
já era de uma falha grave”. Ele destacou que embora a rede tenha
redundância e contingência, foi difícil identificar o problema por se tratar
de uma rede com centenas de elementos. “Identificar um elemento falho numa
rede ativa não é tarefa das mais simples”, desabafou.
Na noite de quinta-feira, a Telefônica, com a
ajuda de fornecedores, conseguiu apenas identificar as regiões onde não
havia problemas. Só por volta de 23h00 identificou que o problema estava na
região de Campinas, mais especificamente num equipamento localizado em
Sorocaba.
O presidente da Telefônica destacou que a
empresa reconhece a falha e contou que passou o dia de hoje ligando para
grandes clientes, autoridades dos governos federal, estadual e municipal,
para os ministérios da Comunicação e da Previdência, e para a Anatel.
“Reconhecemos publicamente a falha e não nos furtamos a pedir desculpas”,
afirmou.
À tarde, Valente também foi a uma reunião no
Procon, onde estavam representantes do Ministério Público e do Idec
(Instituto de Defesa do Consumidor) para discutir danos aos consumidores e
formas para compensar os clientes afetados. “No caso das empresas e de
governos há contratos, com níveis de qualidade, penalidades pela não
prestação de serviços, situações específicas”, comentou Valente. “Em relação
aos clientes residenciais, a Telefônica já decidiu que não será cobrado o
serviço no período em que o mesmo não foi fornecido”.
O presidente da Telefônica, Antonio Carlos
Valente, explicou hoje que o problema técnico que deixou a Internet fora do
ar em São Paulo começou em Sorocaba, no interior do Estado. De acordo com
Valente, o roteador (equipamento da rede) que detonou a interrupção dos
serviços foi detectado e isolado, mas o problema persistiu. "A Telefônica
vai contratar um instituto independente, o CPqD (Centro de Pesquisa e
Desenvolvimento em Telecomunicações), que emitirá um laudo em 10 dias para
saber o que realmente aconteceu", afirmou.
Tecnicamente falando, explicou Valente, o
problema aconteceu na parte baixa da rede e o que se está procurando
entender é por que ele subiu para a parte alta. "A instabilidade no sistema
começou a ser sentida por volta das 12h de quarta-feira na rede de dados da
Telefônica. O problema foi sanado por volta das 23h de quinta-feira",
afirmou. Segundo o executivo, até as 17h desta sexta-feira, quatro
delegacias, um posto do INSS e seis das 560 unidades ligadas ao Tribunal de
Justiça no Estado ainda apresentavam instabilidade.
Em reunião no Procon-SP, no final da tarde de
hoje, a Telefônica assegurou que irá reparar os prejuízos sofridos pelos
usuários do serviço (assinantes) e pessoas físicas atingidas de forma
indireta pelo problema técnico. Para os assinantes, explicou Valente, a
empresa apresentou ao Procon a proposta de um abatimento de três dias - 72
horas - na próxima fatura. Em relação às grandes empresas, que têm contratos
prevendo multa à Telefônica por descumprir o serviço, Valente afirmou que a
empresa discutirá caso a caso a compensação dos prejuízos.
Falha humana
Valente disse que a hipótese de falha humana como causa do problema técnico
não foi descartada, embora não exista nenhum indício neste sentido. "Pela
característica do problema, é praticamente impossível que tenha sido uma
ação isolada, de alguém que tenha invadido a rede para provocar o problema."
Ao ser questionado se houve demissões na área em
que ocorreu o problema e se isso poderia ser a origem dos ataques, Valente
respondeu que, como em outras empresas, existe na Telefônica um processo de
terceirização de serviços. "Mas isso é um procedimento normal e não se
acredita que esta tenha sido a causa do problema", acrescentou.
Valente reiterou que, desde o primeiro momento,
a empresa tem sido transparente e ética. Também assegurou que a Telefônica
não faltará com suas responsabilidades. "Ainda que o erro possa ter
acontecido em equipamentos de fornecedores nossos, a responsabilidade pelo
que aconteceu é da Telefônica", disse.
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