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Julho 2008 Índice Geral do BLOCO
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----- Original Message -----
From:
bruno@openline.com.br
Prezados Prof. Smolka e demais colegas,
(...) Mas as interconexões AS-AS mostram apenas a
organização lógica da Internet. Por baixo disto (e muito mais obscura) está a
estrutura física de encaminhamento do tráfego. É um fato (e não só no Brasil)
que a posse física dos meios de conexão interfere muito na maneira como as
coisas ocorrem na prática. Vamos ver, como exemplo, a RNP (ASN 1916). Ela é
dona dos seus roteadores, mas os links que os conectam certamente não são de
sua propriedade. Então, no mapa que mostra a topologia da RNP (e também o seu
"estado de saúde") em
http://www.rnp.
Sim, os links podem ser de propriedade de outras teles. Por outro lado, como
exemplifiquei ao falar sobre o movimento de concentração de tráfego de cada
tele dentro sua própria rede, elas costumeiramente não "alugam" portas MPLS
das outras, se utilizando de links físicos dedicados para comunicação (o
antigo SLDD, em menor escala, ou espaço
em fibra ótica, quer "apagada" ou na hierarquia SDH, onde há isolamento
entre as conexões, em maior escala).
Felizmente(?
ligação com os PTT de lá).
Por outro lado a pouco tempo houve um problema com outra rede IP, menos (ou
nada) noticiado, onde ela inadvertidamente se anunciou como trânsito
nacional para o exterior. Como os links dela não agüentaram o tranco do
tráfego de todos os outros backbones (nem poderiam, a tele não era tão grande)
houve uma parada por saturação do tráfego internacional, esta felizmente
identificada e sanada com o isolamento do AS em questão até que a configuração
do mesmo foi consertada e sem causar o celeuma deste episódio (quem quiser
saber
mais sobre esse caso deve consultar o histórico da lista GTER do Grupo de
Engenharia de Redes do registro.br)
Eu não me sinto conhecedor o suficiente para sugerir ao NIC.BR, ao Comitê
Gestor ou a quem quer que seja uma intervenção maior nessa questão dos PTTs,
mas me admira bastante a ANATEL ter feito pressão pelo peering entre a Intelig
e a Embratel no berço da privatização (quando todas ainda tinham "medo" da LGT,
o que hoje já não tem) e não ter feito o mesmo entre as outras teles fixas
(não só em IP, acho o mesmo na interconexão STFC) ou entre estas e as empresas
detentoras de licenças SCM.
Com isso chegamos ao absurdo da tarifa de interconexão Classe V (*) de IP
custar de mais de R$1200 por mega enquanto as teles cobram dos usuários finais
(de ADSL) cerca de 10 a 15% desse valor. Ou existirem SCM pagando R$450 o mega
enquanto outros pagam de R$1500 (no Nordeste) a R$14000 (em Manaus!) pelo
mesmo mega de Internet.
Dá para criar um ambiente de competição sério e benéfico para o consumidor com
tanto disparate no preço do insumo? E a solução para a competição será
concentrar ainda mais o mercado?
[]s, !3runo Cabral
(*) o nome pomposo de uma tele trocar tráfego com a outra, onde a que tem
maior tamanho cobra uma tarifa pelo excedente do que fornecer para a menor. A
tele que não tem o volume para justificar interconexão precisa pagar trânsito
como um cliente qualquer.
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