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Blog dos Coordenadores ou Blog Comunitário
da
ComUnidade
WirelessBrasil
Julho 2008
Índice Geral do
BLOCO
O conteúdo do BLOCO tem
forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão
Celld-group
e
WirelessBR.
Participe!
25/07/08• Cloud Computing
(01) - "O que é" + Coleção de matérias
Este é o Serviço ComUnitário sobre "Cloud
Computing" (computação em nuvem)
Lembramos:
O objetivo do "Serviço ComUnitário" é trazer aos fóruns assuntos diferentes
da "perguntação e respostação", que está no dia-a-dia dos Grupos.
É, antes de mais nada, um convite à todos para o
debate e para compartilhar seus estudos, visões, experiências pessoais e de
terceiros e suas preciosas opiniões.
O "Serviço" não é exclusividade de "coordenadores", "owners" ou
"moderadores".
Todos os participantes estão convidados a criar "Serviços", formais ou não,
com ou sem formatação, não só para acompanhar assuntos da mídia, mas para
"compartilhar conhecimentos" nas nossas áreas de atuação: TI e Telecom.
Exemplos de "Serviços": comentários sobre cursos que estão realizando,
descrição de projetos, cursos virtuais, relato de atividades profissionais
sem quebra de sigilo empresarial, ou seja, o limite é a criatividade de cada
um.
Hoje somos mais de 4250 participantes somados os dois Grupos, uma imensa
"nuvem" de cabeças pensantes, com um enorme potencial para "chover"
informações e conhecimentos. :-)
Vamos lá? Animação, ComUnidade!!! :-)
02.
O que é "Cloud Computing"
Recorte de uma matéria transcrita mais abaixo:
"O termo “cloud computing” tem se tornado popular
associado à utilização de uma rede massiva de servidores físicos ou virtuais
– uma nuvem – para a alocação de um ambiente de computação. É isso, mas não
só.
Apesar do foco inicial em
hardware, especialistas defendem tratar-se de um conceito mais amplo,
principalmente quando se fala de sua aplicação em negócios.
“O cloud computing é, na
verdade, um super conjunto de recursos que abrange servidores, impressão,
armazenamento e também processos”, afirma Waldir Arevolo, sócio-diretor da
TGT Consulting.
Posto desta forma, o conceito
ganha formas mais complexas do que vem se disseminando até aqui e impõe um
desafio aos que se propõem a utilizá-lo: fazer com que todos estes recursos
trabalhem de forma integrada.
Na verdade, uma arquitetura em
cloud deve dispor de uma infra-estrutura de gerenciamento que inclua funções
como provisionamento de recursos computacionais, balanceamento dinâmico do
workload e monitoração do desempenho.
O conceito já é comum em algumas
empresas, como o Google e o Yahoo, que mantêm parques computacionais com
centenas de milhares de máquinas. Um exemplo: estima-se que as cinco maiores
empresas de busca na Internet tenham ao todo um parque computacional de
cerca de 2 milhões de servidores! "
03.
Coleção de matérias recentes (com a eterna recomendação: prefiram ler na
fonte!!!): :-)
Fonte: CIO
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Fonte: CIO
[24/07/08]
O que é cloud computing?
Apesar de ainda confuso para grande parte dos
executivos de TI, o conceito de cloud computing vem ganhando adeptos
Certamente Nicholas Carr ganhará a inimizade de
um número ainda maior de veteranos da tecnologia com sua mais nova previsão:
a computação em nuvem acabará com a maioria das áreas de tecnologia
corporativas. “Os departamentos de TI não terão muito que fazer depois que a
computação corporativa migrar de data centers privados para a ‘nuvem’”,
escreve Carr em seu novo livro, “The Big Switch: Rewiring the World, from
Edison to Google”.
Exagero? Claro que sim. Mas com um fundo de
verdade. A chamada cloud computing, antes um conceito nebuloso como o
próprio nome sugere, está tornando-se uma tecnologia emergente legítima e
despertando o interesse de CIOs visionários. Altos custos de energia,
pessoal e hardware; espaço limitado nos data centers e, acima de tudo, o
desejo de simplificar suas operações encorajaram muitas companhias jovens —
e um número ainda pequeno de empresas estabelecidas — a apostar na “nuvem”.
O conceito de cloud computing faz enorme sentido
para André Mendes, CIO da Special Olympics. “Ajuda o CIO a remover outra
camada de complexidade da organização e se concentrar em fornecer os níveis
mais altos de valor.” Mendes, que está transferindo grande parte do seu data
center para fora da empresa via serviços convencionais de hospedagem, espera
mudar parar cloud nos próximos anos.
Por que isso está acontecendo agora? Tecnologias
capacitadoras, incluindo a quase onipresente largura de banda e a crescente
virtualização de servidores, aliadas às lições aprendidas com a rápida
ascensão do software como serviço (SaaS), estão incentivando os CIOs olhar
para fora do data center.
Sem dúvida, a computação em nuvem ainda está
engatinhando. As preocupações com segurança e latência de aplicativos
existem e têm fundamento. Além disso, os fornecedores ainda não formularam
plenamente seus modelos de negócio e de preço, uma razão para alguns CIOs
que não colheram o ROI desejado do software como serviço agora olharem com
ceticismo para cloud computing. Mais um problema: transparência. Confiar
dados e aplicativos de missão crítica a terceiros significa que o cliente
tem de saber exatamente como os fornecedores de cloud lidam com
problemas-chave de segurança e arquitetura. Resta saber até que ponto os
fornecedores serão transparentes ao abordar estes detalhes.
Um novo nível de escalabilidade
Ao contrário de muitas “próximas grandes inovações”, cloud computing não
brotou pronta do cérebro de um jovem gênio do Vale do Silício. “É o
resultado lógico do que aconteceu na computação nos últimos 30 anos. Em
certo sentido, é um retorno ao passado, é compartilhamento de tempo levado
ao máximo”, afirma Mendes.
É verdade, mas é mais fácil reunir analistas e
insiders de TI para falar sobre os recursos e as metas da nuvem do que
conseguir uma definição exata. Tenha em mente, também, que fornecedores
diferentes terão um enfoque diferente para cloud computing. A visão da
Salesforce.com se assemelha bastante ao SaaS que você conhece hoje. A visão
da IBM inclui mashups de conjuntos de dados massivos de clientes em tempo
real. Uma diferença em relação ao agora familiar modelo de software como
serviço, no qual inúmeros clientes acessam o aplicativo de um fornecedor:
os ambientes de cloud computing também permitem que o usuário rode seus
próprios aplicativos na infra-estrutura do fornecedor.
“O cloud é, basicamente, uma combinação de grid
computing, que tratava basicamente de potência de processamento bruta, e
software como serviço”, diz Dennis Byron, analista da Research 2.0. “Na
realidade, cloud é virtualização de rede.”
No nível do fornecedor, a intenção é permitir que os usuários peçam mais
potência de computação durante o uso. Esse é um ponto-chave. Uma grande meta
de cloud computing – seja o Blue Cloud da IBM ou o EC2 (Elastic Cloud
Computing) da Amazon – é a rápida escalabilidade. Ou, em um termo mais
“moderno”, elastiticidade.
Para Barney Pell, fundador e CTO da Powerset,
startup que está criando um mecanismo de busca em linguagem natural, ser
“elástico” é ter a capacidade de esticar quando necessário e depois
encolher. Sua empresa está empenhada em indexar uma vasta porção da Web e
esta tarefa de computação intensiva é realizada a maior parte do tempo. Os
picos de trabalho ultrapassariam a capacidade de computação normal da
empresa.
Em vez de comprar servidores e mais
infra-estrutura para satisfazer picos de demanda, a Powerset se tornou uma
das primeiras usuárias do EC2 da Amazon e do S3, um serviço de armazenamento
relacionado também da Amazon. A Powerset paga pelos recursos à medida que os
utiliza, liberando verba significativa para outros fins.
Pell sugere que os executivos de TI que estão cogitando serviços em cloud
examinem atentamente quais recursos seu data center utiliza o tempo todo e
quais somente são necessários nos picos de demanda. Além do mais, o uso de
um serviço elástico dá tempo à TI para estabelecer uma linha de base, isto
é, o nível mínimo de recursos necessários para operar o negócio o tempo
todo.
Da mesma forma, grupos ou departamentos nas
empresas muitas vezes precisam lidar com um projeto específico, mas não têm
verba ou não querem comprar a infra-estrutura necessária. Outra situação em
que a computação em nuvem pode funcionar bem.
O New York Times, por exemplo, recorreu a
serviços web da Amazon (EC2 e S3) para gerar PDFs de 11 milhões de artigos
arquivados do jornal em menos de 24 horas utilizando 100 instâncias do EC2,
conta Derek Gottfrid, arquiteto de software sênior do Times, no seu blog.
Maior flexibilidade, menor custo
Para algumas empresas, cloud computing pode ajudar um CIO a atacar vários
problemas de uma vez só, como aconteceu com Doug Menefee, CIO da Schumacher
Group. Quando ingressou na companhia, há três anos, Menefee teve de
enfrentar a falta de planejamento de desastre e encontrar novas maneiras de
fazer TI acompanhar o rápido crescimento do negócio.
Com sede a duas horas a oeste de Nova Orleans e
56 quilômetros ao norte do Golfo do México, a Schumacher monta equipes de
salas de emergência para 150 hospitais nos Estados Unidos. Uma olhada no
mapa mostra como ela esteve perto de ser atingida pelos furacões Katrina e
Rita. “Isso abriu nossos olhos”, recorda Menefee. “Não tínhamos capacidade
de recuperação de desastre e continuidade do negócio. Se nossa sede fosse
destruída, levaria junto todos os escritórios regionais.”
Ao mesmo tempo, o grupo de TI da Schumacher
lutava para acompanhar as demandas de uma empresa cujo faturamento crescia
20% a 30% ao ano — ainda mais rápido levando em conta o número de contratos
complexos que precisava gerenciar. “Podemos sair e ativar cinco ou seis
hospitais amanhã. Precisamos de flexibilidade para mover dados rapidamente”,
diz Menefee. Mas o processo de montar e provisionar novos escritórios
regionais estava demorando meses.
Quando se estabeleceu no novo emprego, Menefee
percebeu que rodar pelo menos alguns dos seus aplicativos fora do data
center da Schumacher resolveria vários problemas. Menefee decidiu combinar
um aplicativo personalizado criado pela fornecedora independente de software
Apptus com um aplicativo CRM da Salesforce.com para lidar com milhares de
contratos entre sua empresa, os hospitais e os médicos. Estas iniciativas,
que envolveram praticamente metade da infra-estrutura de TI da Schumacher,
evitaram os gastos de contratar mais três a cinco funcionários de TI em
tempo integral, ao custo de US$ 40 mil a US$ 80 mil anuais, mais um grande
gasto com hardware adicional.
A segurança, obviamente, impõe uma complexidade.
“O serviço single sign-on e o gerenciamento de senha foram os pontos mais
problemáticos”, conta o CIO.
Apesar de muito contente com sua experiência no cloud, Menefee diz que seu
data center não irá embora tão cedo. A companhia utiliza arquivos de imagem
muito grandes e gráficos escaneados no sistema, o que significa que a
latência se torna um fator importante. Por enquanto, este tipo de trabalho
continua interno. Também há um sistema de billing legado que não se
enquadraria bem em um ambiente hospedado, acrescenta Menefee.
Será que a Schumacher está utilizando nuvem ou,
na realidade, é SaaS? “Existe muita nebulosidade em torno deste termo [cloud
computing]”, diz Menefee. “Para mim, a idéia de usarmos uma infra-estrutura
que não é a nossa, que é gerenciada fora, faz disso cloud. Mas minha
intenção não é fazer parte de uma tendência. Encontro um problema e procuro
uma solução.”
Medo do controle
Segurança, latência, níveis de serviço e disponibilidade são problemas que,
com razão, preocupam os executivos de TI quando a conversa gira em torno de
cloud computing. Nos próximos anos, os fornecedores terão de trabalhar muito
para resolvê-los de modo a satisfazer os usuários. Mas também existe um
problema menos concreto, porém importante, no cenário de cloud computing: a
cultura.
“Algumas pessoas ainda vêem isso como perda de
controle”, diz Adam Selipsky, vice-presidente da Amazon para gerenciamento
de produto e relações com o desenvolvedor. “Elas estão começando a encarar a
idéia dos dados saírem de suas quatro paredes, mas ainda não a
concretizaram.”
Na verdade, quando perguntado sobre que conselho
daria a outros CIOs que estão cogitando cloud computing, Menefee, da
Schumacher, diz: “O funcionário de TI tradicional resistirá. Procure
recrutar quem tem experiência em desenvolver para a web”.
Dois alertas: embora não seja comum, alguns
aplicativos pedem hardware específico. Se este for o caso, segundo James
Staten, analista-chefe da Forrester, esqueça a idéia de rodar o aplicativo
no cloud. E a performance do banco de dados no cloud pode ser problemática,
diz John Engates, CTO da Rackspace, empresa de hospedagem de TI.
No lado positivo, os CIOs verão benefícios nos
serviços de cloud, incluindo maior escalabilidade, implementação mais rápida
e um data center mais simples. Não há pressa, mas, ao mesmo tempo em que
mantém seus pés fincados no solo, não custa nada você dar uma olhada nas
nuvens.
Você está preparado?
O conceito ganha espaço, mas a maior parte
dos CIOs ainda olha com cautela para a computação em nuvem
Muitos CIOs ainda não estão nada familiarizados
com o conceito de cloud computing. Os analistas da indústria adoram apontar
para a solução da Amazon e conversar sobre o que ela significará para o
futuro de TI: data centers corporativos muito menores, toneladas de dados
armazenados no cloud, prontos para serem misturados (mash up) de muitas
maneiras sob demanda por usuários corporativos. Este é o panorama geral e
interessante. Mas ainda falta muito para que a maioria dos líderes de TI
venha a enxergá-lo em suas próprias empresas.
Recentemente, quando eu participava de uma conference call com cerca de 30
CIOs de algumas grandes empresas dos Estados Unidos e o moderador perguntou
se alguém usava o Elastic Computer da Amazon, não se ouviu um som. Será que
ele estava sendo cogitado a sério por alguém? Novamente o silêncio.
Qual é o problema? Os CIOs que se preocupam com questões de segurança e
compliance envolvendo SaaS me disseram que têm essas mesmas preocupações em
relação à visão da Amazon para o cloud.
Muitos de vocês agora estão percebendo que conhecem mais de cloud computing
do que pensavam. Quanto ao alvoroço da indústria em torno do cloud, ele veio
para ficar. Você verá o cloud em muitos artigos na imprensa. E você
provavelmente ouvirá algumas pessoas falando sobre ele sem terem idéia do
que significa. Líderes de TI, estejam preparados quando essa turma der uma
passada no seu escritório para conversar.
A bola da vez
Conceito de cloud computing tem significados
diferentes para cada um. Na prática, combina diversas tendências dos últimos
anos
Agora, só se fala em nuvem. Segundo observadores
do setor de tecnologia, “cloud computing” é o termo do momento, presente em
todas as conversas. Para os líderes de TI, porém, é hora de ser cauteloso: o
debate em torno do novo conceito torna-se complicado porque significa coisas
diferentes para pessoas diferentes. Mas se seu colega ou seu chefe jogar um
artigo sobre cloud computing na sua mesa e perguntar: “O que temos a ganhar
com isso?”, é melhor você saber o que responder.
Quando empresas como a Salesforce.com falam sobre cloud computing, falam em
utilizar aplicativos via internet. Portanto, quando a Salesforce.com fala
sobre cloud, obviamente está se referindo a software como serviço (SaaS),
também conhecido como software “on demand”. Nomes diferentes para a mesma
idéia.
Quando o Google fala sobre a nuvem, está falando sobre reunir um grande
número de computadores para permitir que pesquisadores em campos de
computação intensiva, como pesquisa médica e de segurança, façam cálculos
massivos. Lembra muito “grid computing”, não? A idéia básica aborda o mesmo
problema, mas a visão do Google reúne muito mais potência bruta de
computação. Simplificando, você pode definir cloud da seguinte forma: muitos
e muitos PCs multicore e servidores funcionando juntos através de redes com
alta largura de banda.
A IBM tem uma abordagem similar em uma solução batizada de “Blue Cloud” e
quer ajudar os clientes a utilizar grandes volumes de potência de computação
combinada via internet. Por enquanto, ainda é uma idéia, mas prepare-se para
ver a IBM arregaçando as mangas ainda este ano.
Quando a Amazon fala em cloud, está se referindo ao seu serviço Elastic
Computer Cloud (EC2). Ao ouvir Jeff Bezos mencioná-lo pela primeira vez, em
uma conferência sobre tecnologias emergentes no MIT, no final de 2006, achei
a idéia simplesmente brilhante. Você precisa de computação extra? Basta
acessar os vastos data centers da Amazon, transbordando de potência de
computação. Adquirira apenas o que você precisa. Obtenha acesso ao servidor
de acordo com a sua necessidade, para qualquer projeto que desejar. E a
Amazon ganha um dinheiro extra com a infra-estrutura que precisa mesmo ter à
disposição para suportar suas impressionantes operações de comércio
eletrônico.
Excelente idéia. Faz um sentido perfeito. Nesta era em que muitos de nós já
estamos familiarizados com o uso de aplicativos via web, a hora não poderia
ser melhor.
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De acordo o Gartner, cloud computing tem
“atributos únicos que demandam análise de risco em áreas como integridade de
dados, recuperação e privacidade, e avaliação de questões legais em áreas
como e-discovery, compliance e auditoria”.
O instituto aconselha aos clientes que exijam
transparência, evitando fornecedores que se recusem a dar informações
detalhadas sobre programas de segurança.
Quer mais informações sobre cloud computing?
Conheça a mais nova tendência em tecnologia.
É preciso, também, perguntar sobre as
qualificações dos arquitetos e codificadores que criaram as políticas; sobre
os processos para controle de risco e o nível de testes que foram feitos
para verificar que os processos estão funcionando da maneira pela qual foram
projetados.
A seguir, você acompanha sete problemas de
segurança que o Gartner alerta seus clientes em relatório a perguntar aos
seus fornecedores antes de fechar contrato com um fornecedor de cloud
computing. O Gartner afirma, também, que o impacto do cloud será semelhante
ao do e-bussines.
1. Acesso privilegiado de usuários. Dados
sensíveis sendo processados fora da empresa trazem, obrigatoriamente, um
nível inerente de risco. Os serviços terceirizados fogem de controles
“físicos, lógicos e de pessoal” que as áreas de TI criam em casa.
Consiga o máximo de informação que você precisa
sobre quem vai gerenciar seus dados. “Peça aos fornecedores que dêem
informações específicas sobre quem terá privilégio de administrador no
acesso aos dados para, daí, controlar esses acessos,” defende Gartner.
2. Compliance com regulamentação. As empresas
são as responsáveis pela segurança e integridade de seus próprios dados,
mesmo quando essas informações são gerenciadas por um provedor de serviços.
Provedores de serviços tradicionais estão
sujeitos a auditores externos e a certificações de segurança. Já os
fornecedores de cloud computing que se recusem a suportar a esse tipo de
escrutínio estão “sinalizando aos clientes que o único uso para cloud é para
questões triviais,” defende o Gartner.
3. Localização dos dados. Quando uma empresa
está usando o cloud, ela provavelmente não sabe exatamente onde os dados
estão armazenados. Na verdade, a empresa pode nem saber qual é o país em que
as informações estão guardadas.
Pergunte aos fornecedores se eles estão
dispostos a se comprometer a armazenar e a processar dados em jurisdições
específicas. E, mais, se eles vão assumir esse compromisso em contrato de
obedecer os requerimentos de privacidade que o país de origem da empresa
pede.
4. Segregação dos dados. Dados de uma empresa na
nuvem dividem tipicamente um ambiente com dados de outros clientes. A
criptografia é efetiva, mas não é a cura para tudo. “Descubra o que é feito
para separar os dados,” aconselha o Gartner.
O fornecedor de cloud pode fornecer a prova que
a criptografia foi criada e desenhada por especialistas com experiência.
“Acidentes com criptografia pode fazer o dado inutilizável e mesmo a
criptografia normal pode comprometer a disponibilidade,” defende o Gartner.
5. Recuperação dos dados. Mesmo se a empresa não
sabe onde os dados estão, um fornecedor em cloud devem saber o que acontece
com essas informações em caso de desastre.
“Qualquer oferta que não replica os dados e a
infra-estrutura de aplicações em diversas localidades está vulnerável a
falha completa,” diz o Gartner. Pergunte ao seu fornecedor se ele tem a “a
habilidade de fazer uma restauração completa e quanto tempo vai demorar.”
6. Apoio à investigação. A investigação de
atividades ilegais pode se tornar impossível em cloud computing, alerta o
Gartner. “Serviços em cloud são especialmente difíceis de investigar, por
que o acesso e os dados dos vários usuários podem estar localizado em vários
lugares, espalhados em uma série de servidores que mudam o tempo todo. Se
não for possível conseguir um compromisso contratual para dar apoio a formas
específicas de investigação, junto com a evidência de que esse fornecedor já
tenha feito isso com sucesso no passado.”, alerta.
7. Viabilidade em longo prazo. No mundo ideal, o
seu fornecedor de cloud computing jamais vai falir ou ser adquirido por uma
empresa maior. Mas a empresa precisa garantir que os seus dados estarão
disponíveis caso isso aconteça. “Pergunte como você vai conseguir seus dados
de volta e se eles vão estar em um formato que você pode importá-lo em uma
aplicação substituta,” completa o Gartner.
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Fonte: Computerworld
Empresa se posiciona para conquistar
espaços no setor; alto executivo afirma que modelo é “a próxima geração do
sistema operacional”.
A Red Hat está apostando cada vez mais no
setor de virtualização. Durante o Red Hat Summit, em Boston (EUA), a
empresa de código aberto dedicou a primeira coletiva do evento ao tema,
além de inúmeras palestras e discussões técnicas.
Em todo o discurso, está claro a vontade de
competir com a VMWare, subsidiária da EMC, que domina boa parte desse
mercado e que durante o IPO de 10% de suas ações levantou estimado 1
bilhão de dólares em 13 de agosto de 2007.
“O nosso modelo de negócio não envolve dar um
brinquedo com funções reduzidas para obrigar ao cliente ter que comprar a
versão paga. Nós damos uma solução completa baseada em Linux”, disse Paul
Cormier, presidente da empresa para produtos e tecnologias, referindo-se
ao modelo tradicional da maior rival. "Assim como o código aberto foi a
evolução do software, a virtualização é a próxima geração de sistema
operacional", acrescentou.
O executivo garantiu que a tecnologia de
virtualização da Red Hat é “hypervisor agnóstica”, ou seja, pode trabalhar
com qualquer hypervisor disponível no mercado. Ele garantiu que a
virtualização é ponto chave para a Red Hat se posicionar perante o
movimento de cloud computing que está surgindo.
Sobre a questão do gerenciamento das máquinas
virtuais, apontada como um dos grandes problemas da adoção em grande
escala da virtualização no mundo, Brian Stevens, o CTO da Red Hat,
reconheceu que este ainda é problema para que apostou em soluções abertas
de virtualização (baseadas em Xen).
“Há várias soluções abertas de virtualização
em código aberto, mas poucas se comunicam. Estamos trabalhando com a
comunidade para levar o gerenciamento da virtualização em código aberto
para o cliente”, completou o CTO.
A empresa divulgou as suas últimas ferramentas
de gerenciamento de máquinas virtuais baseadas em código aberto. Apostando
em uma biblioteca virtual para gerenciar as aplicações com as várias
instâncias de virtualização (como XenD ou Xen), chamada libvirt, a empresa
pretende aumentar o controle dos clientes ao mesmo tempo em que facilita a
criação de ferramentas para gestão desse ambiente.
O jornalista viajou para Boston, EUA, a
convite da Red Hat.
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Fonte: Computerworld
O termo “cloud computing” tem se tornado popular
associado à utilização de uma rede massiva de servidores físicos ou virtuais
– uma nuvem – para a alocação de um ambiente de computação. É isso, mas não
só.
Apesar do foco inicial em hardware,
especialistas defendem tratar-se de um conceito mais amplo, principalmente
quando se fala de sua aplicação em negócios.
“O cloud computing é, na verdade, um super
conjunto de recursos que abrange servidores, impressão, armazenamento e
também processos”, afirma Waldir Arevolo, sócio-diretor da TGT Consulting.
Posto desta forma, o conceito ganha formas mais
complexas do que vem se disseminando até aqui e impõe um desafio aos que se
propõem a utilizá-lo: fazer com que todos estes recursos trabalhem de forma
integrada.
Na verdade, uma arquitetura em cloud deve dispor
de uma infra-estrutura de gerenciamento que inclua funções como
provisionamento de recursos computacionais, balanceamento dinâmico do
workload e monitoração do desempenho.
O conceito já é comum em algumas empresas, como
o Google e o Yahoo, que mantêm parques computacionais com centenas de
milhares de máquinas. Um exemplo: estima-se que as cinco maiores empresas de
busca na Internet tenham ao todo um parque computacional de cerca de 2
milhões de servidores!
Arevolo explica que, tendo estes parques à
disposição, a aplicação do conceito trata do rearranjo e redirecionamento
dos recursos já existentes para atender novas demandas. “A palavra chave
para isso é gerenciamento, uma vez que estes recursos não estarão no mesmo
lugar e nem pertencerão às mesmas empresas”, afirma.
Apesar disso, o conceito nasce para solucionar
um problema originado dentro das corporações. “As organizações de TI gastam
hoje 80% de seu tempo com a manutenção de sistemas e não é seu objetivo de
negócio manter dados e aplicativos em operação. É dinheiro jogado fora, o
que é inaceitável nos dias de hoje”, defende Clifton Ashley, diretor do
Google Enterprise para a América Latina.
José Nilo Martins, diretor do Google Enterprise
no Brasil, afirma o cloud está profundamente relacionado aos termos software
como serviço (do inglês, SaaS) e ASP (Application Service Provider). “O
cloud é uma evolução de um conceito básico: utilizar serviços de uma rede
externa”, diz.
Desafios a serem vencidos
O que falta para a adoção em massa pelas empresas
- conhecer os componentes e seus responsáveis –
a empresa precisa saber do que a nuvem a composta e quem são os responsáveis
pos seus componentes.
- o conceito segue o modelo de colaboração – o
usuário precisa conhecer e saber usar a plataforma e os padrões, o que vai
lhe permitir ampliar a nuvem e seu valor.
- provar que o conceito pode ir além da
virtualização e do software.
- definir questões relacionadas a gerenciamento
e interoperabilidade.
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Fonte: Computerworld
Fabricante fará pesquisas conjuntas com o
Georgia Institute of Technology e a Ohio State University, como foco no
desenvolvimento de software.
A IBM anunciou nesta quarta-feira (26/03) que
vai trabalhar em conjunto com duas universidades em iniciativas que, segundo
seus expectativas, devem ampliar as funcionalidades de auto-gerenciamento e
auto-recuperação em servidores físicos e virtuais em ambientes
computacionais de grande escala.
A fabricante informou que a parceria será feita
com o Georgia Institute of Technology e a Ohio State University. O acordo
prevê que estudantes e pesquisadores sejam treinados em desenvolvimento de
software que permita o efetivo gerenciamento de recursos de sistemas e
previna problemas em grandes ambientes quando da queda de um serviços
crítico.
Matt Ellis, vice-presidente da IBM para a área
Autonomic Computing, disse que outro ponto que deve ter o foco da parceria é
o desenvolvimento de softwares de auto-gerenciamento que executem funções de
balanço de disponibilidade de sistemas e desempenho, sempre com foco em
ambientes de larga escala.
O executivo disse que os primeiros resultados
das parcerias devem aparecer em doze meses e que a fabricante vai trabalhar
com as universidades com a expectativa de que os resultados das pesquisas
possam se transformar em produtos nos primeiros 24 meses.
Em um ambiente de computação em larga escala,
que a IBM chama de “cloud computing”, dados e serviços ficam hospedados em
data center massivamente escaláveis, que podem ser acessados de qualquer
aparelho conectado à internet. A demanda por estes ambientes vem sendo
estimulada, nos últimos anos, pelo crescimento de tecnologias como redes
sociais, streaming media e aparelhos móveis com acesso a internet, disse
Ellis.
Companhias como a Amazon.com e a Salesforce.com
têm investido no conceito. Ellis disse que, mesmo que a IBM veja o conceito
como uma forma mais barata de prover aplicativos e serviços de gerenciamento
de informações, a pesquisa é importante para manter as mudanças no
horizonte, com mais ambientes virtualizados. Como os ambientes
computacionais estão se tornando mais virtualizados, há uma grande
velocidade no modo como as mudanças ocorrem.
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Empresa líder em virtualização de servidores
começa a enfrentar a concorrência de gigantes, como a Microsoft
VMware é sinônimo de virtualização de servidor
x86. É líder incontestável, com mais da metade ou 80% do mercado utilizando
seu hipervisor, dependendo de quem está contando. Mas a armadura está
começando a apresentar rachaduras. Produtos concorrentes estão aparecendo em
toda parte. A gigante Microsoft prepara um ataque com a liberação, em breve,
do Hyper-V, ao mesmo tempo em que os investidores puniram a VMware pelo
crescimento decepcionante dos lucros em fins de janeiro, quando as ações da
companhia caíram 34% em um único dia. “A apreensão mora na cabeça de quem
usa a coroa.” Pergunte a Bill Shakespeare – ou Bill Belichick.
“O VMware é o campeão neste momento, mas é mais
ou menos como o New England Patriots”, compara Laura DiDio, analista do
Yankee Group. “Quando você está vencendo, tem um alvo nas costas. Todo mundo
quer derrubá-lo.” Portanto, se VMware é o Patriots, quem são os Giants?
A escolha óbvia é a Microsoft. Mas também
poderia ser a Citrix – ou Sun, Oracle, Virtual Iron, Novell ou Red Hat. A
maior vulnerabilidade do VMware é o preço, diz DiDio, que acaba de divulgar
um relatório sobre a guerra de preços da virtualização.
Uma pesquisa realizada pelo Yankee Group no ano
passado mostrou que 55% dos usuários que estão apostando na virtualização de
servidor planejam adotar o VMware, 29% estão optando por Microsoft, 14%
estão indecisos e o restante está comprando de outros fornecedores. Segundo
algumas estimativas, a VMware detém 80% do mercado ou mais, números não
incluem Unix e virtualização de mainframe, segmento no qual a IBM é um
grande player.
A Microsoft é vista como a empresa que tem maior
chance de superar a forte liderança de mercado da VMware. Mas é um mercado
que está crescendo rapidamente e cada participante tem a oportunidade de
criar seu próprio nicho e desviar clientes da VMware e do seu carro-chefe, o
ESX Server. A seguir, uma visão detalhada das empresas que, na opinião de
diversos analistas, representam as ameaças maiores à VMware.
Microsoft
Thomas Bittman, analista do Gartner, prevê que a Microsoft terá seu próprio
produto, mas ele não ocupará, necessariamente, o primeiro lugar nas mentes
dos usuários. “A VMware será o grande player corporativo e a Microsoft será
o grande player do midmarket”, diz Bittman, que está fazendo um levantamento
sobre o mercado de virtualização. “A batalha será principalmente entre estes
dois. Todos os demais são, basicamente, players em nichos.”
A tecnologia de virtualização de servidor
proprietária da Microsoft é uma das três principais arquiteturas do mercado,
junto com a da VMware e o hipervisor de código aberto Xen. O produto Virtual
Server da Microsoft nunca decolou realmente, apesar de estar no mercado há
muitos anos, mas a empresa está mirando no VMware novamente com o Hyper-V,
que se encontra disponível em versão beta como parte do Windows Server 2008
e deverá ser liberado dentro de cinco meses.
DiDio considera a parceria entre a Microsoft e a
Citrix (dona da XenSource) um elemento relevante da estratégia da Microsoft,
embora outros analistas acreditem que a Microsoft vai enfraquecer esta
relação quando seu próprio hipervisor chegar ao mercado.
Nesta parceria, a Citrix virtualiza o Windows e
a Microsoft suporta produtos Citrix. O System Center Virtual Machine Manager
da Microsoft pode gerenciar tanto o Citrix XenServer quanto o Citrix
Presentation Server. O produto de virtualização de desktop da Citrix
suportará o Hyper-V e haverá interoperabilidade entre servidores virtuais
executados sobre os hipervisores de ambas as empresas, explica DiDio.
A Microsoft também tem parcerias com a Novell e
a Sun, e a próxima versão do Virtual Machine Manager vai gerenciar software
VMware. “A estratégia da Microsoft é, essencialmente, cercar a VMware com
todas estas parcerias”, observa DiDio.
A Microsoft quer se diferenciar ao permitir que
seu hipervisor rode em uma ampla gama de servidores compatíveis com o
Windows, suportando diversos modelos de Linux e simplificando o processo de
instalação, de acordo com Zane Adam, diretor sênior de estratégia de
virtualização da companhia. “Aprendemos uma coisa conversando com os
clientes: haverá hipervisores em toda parte e gerenciá-los será o próximo
grande desafio.”
Mas a tecnologia da Microsoft não tem dois
recursos que os clientes mais exigentes demandam, ressalta Jeffrey Gaggin,
analista de software corporativo da Avian Securities Um deles é a migração
em tempo real, que permite mover de um dispositivo físico para outro uma
aplicação que está rodando em um servidor virtual. Com a solução da
Microsoft, esta migração leva 5 ou 10 segundos, enquanto com a solução da
VMware ela é feita quase que instantaneamente. O segundo recurso ausente é
“hot add”, ou a capacidade de acrescentar memória a um servidor enquanto ele
está executando.
“Para além do servidor está a capacidade de
gerenciar a coisa toda”, diz Gaggin. “É aqui que o VMware, de fato, agrega
valor. Será uma barreira no caminho da Microsoft.” Ainda assim, quando a
Microsoft lançar o Hyper-V, poderá afetar a margem de lucro da VMware. “Será
que as pessoas vão querer pagar mais pela oferta da VMware? É difícil
saber.”
Citrix
Alguns analistas acreditam que a Citrix tem a segunda maior chance de
avançar na liderança de mercado da VMware. A jogada de mestre da Citrix foi
comprar a XenSource, comandada pelos desenvolvedores do hipervisor Xen, no
ano passado, por 500 milhões de dólares.
O potencial da Citrix de atrapalhar a VMware
parece estar, em grande parte, na dependência de a Microsoft se posicionar
mais como concorrente ou parceria. Bittman acha que a Citrix adquiriu a
XenSource na esperança de licenciar a tecnologia para a Microsoft e
impedi-la de levar o Hyper-V adiante. Obviamente, isso não aconteceu.
Microsoft, Sun e Oracle impõem à VMware ameaças muito maiores do que a
Citrix.
“A única oportunidade clara é agora, antes que
e a Microsoft entre no mercado”, avisa Bittman. “Depois que o Hyper-V
chegar, não creio que a Citrix será agressiva em virtualização de servidor.
A Microsoft tem grandes recursos. Não vejo como a Citrix possa competir.”
O plano de negócio da Citrix, porém, abrange
mais do que virtualização de servidor, promovendo o software XenDesktop como
“a melhor maneira de entregar desktops Windows”. A Nemertes Research
sustenta que a aquisição pela Citrix dará à XenSource “força financeira e de
marketing substancial” na cruzada para competir com a VMware e que o
acirramento da disputa levará a mais inovação na tecnologia de
virtualização.
DiDio, por sua vez, não vê a Microsoft esfriando
a parceria com a Citrix. “A Microsoft precisa da Citrix neste campo tanto
quanto a Citrix precisa da Microsoft”, argumenta. “A Citrix oferece
virtualização do desktop maravilhosa e gerenciamento de storage maravilhoso.
A Microsoft está atrasada no mercado em muitas destas coisas”, diz.
Sun
O hipervisor Xen provê a base do produto de virtualização de x86 da Sun,
conhecido como xVM. A empresa não está sozinha aqui: o Xen é utilizado por
praticamente todos os grandes concorrentes da VMware, incluindo Oracle,
Novell, Red Hat, Virtual Iron e Citrix. Cada um deles está se esforçando
para garantir que o hipervisor Xen seja mais robusto, porém, mais
importante, cada um deles está tentando se destacar com ferramentas de
gerenciamento, aponta Bittman.
Ele considera a Sun a segunda maior ameaça à
VMware, logo atrás da Microsoft. “Minha visão é de que se a Sun não agir,
será uma corrida com apenas dois cavalos.” O mercado de virtualização ainda
está bastante inexplorado. Apenas cerca de 10% dos servidores são
virtualizados. VMware e Microsoft poderiam conquistar nove entre cada dez
clientes e ainda haveria uma fatia considerável para a Sun, sem mencionar a
Citrix e outros concorrentes, calculam os analistas.
“Há muito espaço para muitas empresas crescerem
nesta arena sem impactar o market share da VMware”, estima Charlie Burns,
analista da Saugatuck Technology. A Sun, de uma maneira geral, não se saiu
bem no mercado de software, mas Bittman está otimista porque a virtualização
é algo muito próximo do expertise da Sun – gerenciamento de hardware.
“Gerenciar máquinas virtuais é só um passo além de gerenciar o próprio
hardware”, diz Bittman. “Consideramos a Sun um azarão. A prova estará na
execução.”
O xVM, da Sun, é um conjunto de tecnologias de
virtualização tanto do desktop quanto do servidor x86. A empresa também tem
um hipervisor SPARC para seu próprio hardware. Recentemente, reforçou seu
portfólio de virtualização com a aquisição da Innotek, que fornece software
de virtualização do desktop dirigido a desenvolvedores que querem criar,
testar e rodar aplicações em diversos sistemas operacionais.
“A verdadeira estratégia deles, obviamente, é
baseada no sistema operacional Solaris, em virtualizar o Solaris”, explica
DiDio. “A abordagem é terem estas áreas contidas, que proporcionam ambientes
de execução isolados dentro do Solaris.”
Oracle
O fundador e CEO Larry Ellison não se esquiva a cutucar a VMware. Ele já
previu que a VMware terá o mesmo fim da Netscape. Ellison está concluindo a
compra da BEA Systems, que tem uma parceira com a VMware para fornecer
produtos de virtualização Java. Esta iniciativa poderá frustrar alguns
planos da VMware, embora ainda não esteja claro como a Oracle pretende
encaixar a BEA em sua estratégia de virtualização, opina DiDio. A Oracle
está estreando no mercado de virtualização com o Oracle VM, que possui
recursos avançados como migração em tempo real.
A Oracle, conhecida por seus produtos de banco
de dados e servidor de aplicação, está direcionando o VM principalmente para
clientes pesados do Oracle. “É uma atitude defensiva”, avalia Bittman. “Eles
não querem a VMware ou a Microsoft sustentando a pilha Oracle. Isso retira o
controle potencial de uma conta. De todo modo, o Oracle VM não precisa gerar
dinheiro. É uma meta defensiva.”
George Hamilton, analista do Yankee Group,
concorda que a iniciativa da Oracle é, em essência, uma reação competitiva
destinada a preservar sua atual base de clientes, e não uma tentativa ousada
de expandir para novos mercados.
Na opinião de DiDio, do Yankee Group, a Oracle
está sendo mais ambiciosa do que isso. Seu histórico de aquisições a
posiciona como um player agressivo em vários mercados e ela não deixará
passar a oportunidade que está sendo oferecida no espaço da virtualização,
em franco crescimento. “Larry Ellison está indo às compras há três anos”,
diz DiDio. “A Oracle quer agarrar uma parcela do mercado de virtualização.”
Virtual Iron
Este fornecedor conta que recebeu um grande incentivo com as modificações de
hardware realizadas pela Intel e pela AMD, que facilitaram desenvolver
software de virtualização. A Virtual Iron sempre suportou o Linux porque o
sistema operacional de código aberto podia ser reescrito de acordo com seus
propósitos. Agora a empresa também pode suportar o Windows por causa das
atualizações de processador, informou o CTO da empresa, Alex Vasilevsky, em
agosto passado.
Mas, observa Burns, todos os fornecedores estão
se beneficiando de atualizações de hardware. “A questão passa a ser, então,
quem é capaz de suportar estas mudanças com o código mais otimizado ou a
funcionalidade mais ampla, ou quem é capaz de convencer estes designers de
chips que eles precisam continuar fazendo mais”, diz. A Intel e a AMD
enfrentam uma faca de dois gumes, já que melhorias em hardware relacionadas
a virtualização permitiriam que os usuários executassem mais workloads em
menos servidores.
As ferramentas de gerenciamento da Virtual Iron
oferecem capacidades de migração e disaster recovery em tempo real, segundo
DiDio. Bittman classifica a Virtual Iron como a quinta maior ameaça à
VMware, na frente da Novell e da Red Hat, posicionadas em sexto e sétimo
lugares, respectivamente. “AVirtual Iron tem tecnologia interessante, mas é
improvável que sobreviva como um pequeno fornecedor”, prevê Bittman.
“Provavelmente será adquirida por alguém.”
Pequenas e médias empresas tendem a ser atraídas
para a Virtual Iron. “O plano go-to-market da Virtual Iron é simples”, diz
Hamilton. “Eles tentam se posicionar como uma empresa que oferece
capacidades muito semelhantes às da VMware por um quinto do preço.”
Novell
O hipervisor Xen é embutido gratuitamente no SUSE Linux Enterprise Server 10
da Novell e só é necessária uma licença do Linux para todas as imagens
virtuais em um servidor físico, segundo DiDio. A Novell procura se
diferenciar com o ZENworks Virtual Machine Management, que permite aos
usuários gerenciar qualquer ambiente virtual, seja ele Xen, Microsoft ou
VMware.
“O posicionamento da Novell é de quem oferece
ferramentas de gerenciamento muito boas com o pacote ZENworks”, analisa
Hamilton. Como a Microsoft, a Novell poderá conquistar clientes por causa do
seu expertise em gerenciar um sistema operacional, na opinião de Burns.
“Pelo fato de terem uma distribuição de Linux,
eles podem fazer mudanças e dizer ‘as mudanças que fizemos aqui foram para
fazê-lo funcionar melhor em um ambiente virtual. Mas você precisa usar nossa
versão de virtualização ao mesmo tempo’”, diz Burns. “O VMware não tem
isso.”
A Novell deu um grande passo no dia 25 de
fevereiro, quando declarou que desembolsará 205 milhões de dólares para
adquirir a PlateSpin, fornecedora que ajuda os clientes a adotar, estender e
gerenciar virtualização de servidor no data center. A PlateSpin comercializa
o PowerConvert, que realiza conversão físico-virtual de sistemas Windows
para XenEnterprise Virtual Machines da XenSource.
Red Hat
A distribuição Red Hat Enterprise Linux vem com o hipervisor Xen
gratuitamente, enquanto o RHEL Advanced Platform inclui recursos extras como
virtualização de storage, redundância e clustering de alta disponibilidade.
A estratégia da Red Hat se torna ainda mais interessante com a
disponibilização recente do RHEL no serviço Elastic Compute Cloud (EC2) da
Amazon.com, em que os usuários pagam pequenas taxas mensais.
“A Red Hat está divulgando agressivamente o fato
de que sua solução de virtualização é muito mais econômica do que a da
VMware”, observa DiDio. O vice-presidente da Red Hat, Scott Crenshaw,
declarou que as empresas poderão economizar “de 20 mil dólares a 30 mil
dólares em custos de licenças” em comparação ao VMware.
Bittman descarta as chances da Red Hat, dizendo
que suas capacidades de gerenciamento são abaixo da média. A Red Hat se
encontra em posição semelhante à da Novell, ambas tendo a vantagem de
distribuir seu próprio sistema operacional Linux. “Nesta altura, é realmente
uma questão de quem faz primeiro”, acredita Burns. “Quem oferece primeiro e
de uma maneira confiável e robusta.”
VMware
A VMware certamente não está de braços cruzados vendo a concorrência
aumentar e se fortalecer. Em janeiro, a empresa fechou um acordo para
comprar a Thinstall, fornecedora de virtualização de aplicação. A VMware
promoveu o VMworld na Europa, entre os dias 26 e 28 de fevereiro, e fez
diversos anúncios, incluindo acordos com a HP, Dell, IBM, Fujitsu e Siemens
para fornecer servidores com uma versão enxuta do hipervisor da VMware
embutida no hardware. A companhia também anunciou planos de abrir seu
hipervisor a fornecedores de segurança com um conjunto de APIs projetadas
para facilitar a criação de produtos que protejam máquinas virtuais.
A empresa não está preocupada com a
concorrência, revela Stephen Herrod, CTO da VMware, justificando que
“produtos de possíveis concorrentes ainda não chegaram de fato”. De todo
modo, a VMware talvez seja obrigada a reduzir preços, diz DiDio, mas de uma
maneira geral está tomando as atitudes certas. “A VMware tem um mercado a
perder. Caberá aos concorrentes tomá-lo”, afirma Didio.
Além dos já mencionados, o mercado de
virtualização inclui players em nichos como a Cassatt, Egenera e Parallels.
Se os clientes corporativos expandirem o uso de virtualização tanto quanto
alguns analistas prevêem, até alguém com 1% do mercado poderá ter muito
sucesso. “Estamos apenas nas bordas de um mercado emergente. Qualquer um
destes players em nichos poderá se tornar grande”, sentencia DiDio.
Avanços de hardware estão propiciando que mais
fornecedores desenvolvam software de virtualização. A VMware pode manter
suas participação dominante no mercado, mas terá que trabalhar duro para
rechaçar a concorrência. “A tecnologia da VMware ainda está à frente da
concorrência. Mas o acostamento da estrada está apinhado de empresas que
tinham tecnologia superior e saíram do mercado. Lembre-se da Netscape”, diz
Hamilton. “A VMware terá que oferecer uma proposta de valor melhor do que
apenas ser o único fornecedor que existe.”
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