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31/07/08
• Sobre "planos_B" (2) - Comentário de Bruno Cabral
----- Original Message -----
From: bruno@openline.com.br
To: wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, July 31, 2008 2:41 PM
Subject: Re: [wireless.br] Sobre "planos_B" - Mensagem de José Smolka
Prezados Prof Smolka, Helio de demais colegas
Concordo com grande parte de seus argumentos mas gostaria de tecer alguns
comentários, inclusive porque tenho "em bancada" algumas idéias (em
preparação para uma tese que tenho desenvolvido a algum tempo) sobre a
responsabilidade (ou ausência dela) nos ambientes de grandes corporações (as
famosas "SA", onde alguém é contratado para administrar a empresa em nome
dos acionistas capitalistas que supostamente são os verdadeiros donos das
empresas)
É sabido até do mundo mineral que os executivos (e técnicos) contratados
nessas empresas "sem dono determinado" tem total aversão a riscos que possam
danificar suas carreiras/reputações, ou imputar-lhes algum tipo de
responsabilidade (bem, com ressalvas, como na confusão acionária da BrT).
Digo mais, em se tratando de administrar o que é dos outros (afinal os
acionistas não participam no dia a dia da empresa), maximizar o lucro dos
acionistas em detrimento de medidas de segurança não é algo incomum, se
fosse não veríamos casos como o das carteiras podres de muitos bancos na
quebradeira recente iniciada no sub-prime dos EUA.
Há inclusive uma máxima bastante conhecida, piada do pessoal da área de
administração de empresas, onde um fluxograma começa com "errou? sim ->
alguém viu? não -> esconda" (adaptada para inúmeras áreas de trabalho,
pesquise no google images "fluxograma solucionador de problemas" ou veja no
link em [1]).
Isso colocado, e voltando ao caso em tese, do blackout, há de se perguntar
se o acesso alternativo aos consoles dos roteadores é ou não é uma medida
que extrapole as possibilidades de risco razoáveis numa rede de proporções
como a da Telephonica, ou mesmo de qualquer outra tele. E mais ainda, se o
risco de manter a manutenção do core de uma rede de grande porte a cargo de
pessoal terceirizado ao invés de técnicos que vistam a camisa da empresa e
sejam bem pagos pela importância do trabalho que realizam (de preferência
com vários NOCs distribuidos ao invés de centralizar tudo num só) é uma
atitude responsável.
Divago, aqui com meus botões, se é admissível que a simples redução de
custos de empresas concessionárias de serviços públicos, que recebem
assinatura básica de vulto dos consumidores para manter a rede funcionando,
seja motivo para não existência de planos C e D para situações adversas (já
que o plano "B" falhou), ou se fosse mesmo uma usina nuclear, se
simplesmente aceitaríamos de bom grado o meltdown do sistema e ficaria mais
uma vez por isso mesmo como parece ser de praxe no Brasil.
[]s, !3runo Cabral
[1]
http://bp2.blogger.com/_piWRN4VrWJM/RxoHq-a_vYI/AAAAAAAAAIE/_JZArH8P6Fo/s1600-h/Solucionador+de+problemas.JPG
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