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Junho 2008               Índice Geral do BLOCO

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12/06/08

• Mobile Banking / Mobile Payment (7) - CIAB 2008

Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!

Este é o Serviço ComUnitário sobre "M-Banking / M-Payment"

01.
Está "rolando" o CIAB 2008 (Congresso e Exposição de Tecnologia da Informação das Instituições Financeiras) que tem como tema central "Tecnologia e Segurança".
(...) "O Ciab Febraban, em sua 18ª edição anual, deverá confirmar sua posição de maior evento da área da América Latina. As últimas edições registram uma média de 1,5 mil congressistas (nacionais e internacionais), de 15 a 16 mil visitantes, além de 80 expositores." (...) (Fonte: e-Thesis).

02.

Vamos ao nosso "resumo comunitário", com solicitação de ajuda para atualização permanente do texto.  :-)

O que é "Mobile Banking"? 

O termo "banking" nem precisaria de tradução mas notamos referências na mídia aos neologismos "bancalização" e "bancarização".
Se você possui conta em banco então já está "bancarizado".  As transações feitas pelos usuários dos bancos via websites seguros é conhecida como "online banking" ou "internet banking".

Estas mesmas transações realizadas por dispositivos móveis como celulares, palms, smartphones, etc, recebe a denominação de "mobile banking". 
Os pagamentos feitos pelo celular são chamados de "mobile payment" ou "m-payment".

Não há definição clara do que é m-payment ainda.
Na visão das empresas de telecomunicações, trata-se de viabilizar todas as operações bancárias via celular.
Na visão dos bancos, é apenas colocar mais um canal para autorização dos pagamentos.
Para os bancos, os usuários do serviço pré-pago de telefonia, a maior parte deles também "não-bancarizados", são clientes potenciais para serem conquistados.

O uso do celular como cartão de pagamento "por proximidade" já está sendo chamado de "e-money". Uma das novas tecnologias para comunicações entre dispositivos é a NFC - Near Field Communication (comunicação por campo de curta distância).

O site comunitário WireelssBR possui uma
Seção NFC e, entre outros, há artigo em inglês contendo os fundamentos técnicos.

A importância do "mobile banking" está resumida aqui: "A proposta inovadora no 3GSM World Congress é uma associação global entre 19 operadoras, que possuem operações mundiais, com instituições financeiras mundiais, para o desenvolvimento de uma plataforma global de atendimento capaz de suportar mais de 1,5 bilhões de assinantes. A expectativa é que esta plataforma possa vir a movimentar mais de US$ 1 trilhão em 2012."  

03.
Transcrevemos mais abaixo estas duas matérias:

Fonte: TI Inside
[11/06/08]   Bancos acreditam no potencial na TV digital para promover a 'bancarização'

Fonte: TI Inside
[10/06/08]   Brasileiros temem usar celular para transações on-line

Fonte: e-Thesis
[18/04/08]   Cresce uso do mobile banking por Juniper Research

04. 
"Fundamentos"

Esta é uma ótima ambientação para o tema "Mobile Banking":

Fonte: Revista Teletime
[Junn 2005]   Mobile banking, a nova onda por
Massayuki Fujimoto

O artigo é de junho de 2005 (o link original está descontinuado) mas continua muito atual e os "fundamentos" estão todos lá...SMS, WAP, WAP 2.0, GSM, CDMA, 1xRTT, GPRS...  Vale conferir!  :-)

A transcrição está mais abaixo.
 
05.
Em março de 2007, Jana de Paula, do e-Thesis, conversou com Massayuki Fujimoto, superintendente de internet do Grupo Santander Banespa, na época.
O registro está aqui:
Fonte: e-Thesis
[14/03/07]   Mobile banking: interativo por Jana de Paula :
 
06.
Numa das matérias transcritas hoje há uma referência ao "midlleware Ginga":
(...) Apesar de o projeto da TV digital estar atrasado devido a indefinições técnicas aliadas à baixa venda de conversores de sinal digital (set-top box), os bancos brasileiros consideram que existe uma grande potencial de mercado para oferecer serviços bancários, como um novo canal de atendimento aos clientes.
No Ciab 2008, que começou nesta quarta-feira (11/6) em São Paulo, foram apresentadas duas propostas para os serviços bancários na TV digital.
O Banco do Brasil mostrou detalhes do projeto que pretende colocar no ar até o fim do ano usando o midlleware Ginga, software intermediário que permite o desenvolvimento de aplicações interativas para a TV digital; (...)

Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Thienne Johnson

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Fonte: TIInside
[11/06/08]   Bancos acreditam no potencial na TV digital para promover a 'bancarização'

Apesar de o projeto da TV digital estar atrasado devido a indefinições técnicas aliadas à baixa venda de conversores de sinal digital (set-top box), os bancos brasileiros consideram que existe uma grande potencial de mercado para oferecer serviços bancários, como um novo canal de atendimento aos clientes.

No Ciab 2008, que começou nesta quarta-feira (11/6) em São Paulo, foram apresentadas duas propostas para os serviços bancários na TV digital.

O Banco do Brasil mostrou detalhes do projeto que pretende colocar no ar até o fim do ano usando o midlleware Ginga, software intermediário que permite o desenvolvimento de aplicações interativas para a TV digital; e a ATP, fornecedora de soluções e serviços de tecnologia bancária, apresentou o HandBank, adotado pelo Lemon Bank e Banestes (ES), que fazem parte da Rede Verde- Amarela (RVA), que utiliza o padrão GEN europeu no set-top-box.

Segundo José Luis Prola Salinas, vice-presidente de TI e logística do Banco do Brasil, o projeto prevê a interatividade total, com segurança, para não só fornecer informações aos correntistas, mas também a possibilidade de ele fazer a compra de produtos oferecidos, por exemplo, por canais de venda direta pela TV.

O projeto do BB prevê o uso da tecnologia de gerador de carrossel, que envia aplicativos interativos, ou de set-top box, que pode ter o aplicativo carregado num disco rígido ou num pen drive. O banco vai oferecer também serviços usando a plataforma de IPTV.

Apesar de ainda não tem um modelo de negócio definido com as operadoras, Salinas reconhece o potencial que a televisão tem para promover a bancarização entre todas as camadas sociais.

Banco no controle remoto

ATP está lançando o primeiro produto brasileiro voltado para os bancos conveniados à Rede Verde-Amarela. Trata-se do HandBank, que coloca o banco no controle remoto da tevê digital dos clientes. Com essa iniciativa, a ATP será a primeira rede compartilhada do país, e a segunda do mundo, a oferecer esse serviço.

Os serviços bancários realizados pelo controle remoto se utilizarão dos padrões de segurança já utilizados na RVA. Será possível oferecer serviços de pagamento de contas, saldo, extrato e transações com valor agregado (arrecadação e recarga de celular, dentre outros) utilizando a interatividade da TV digital, além da integração com as soluções de correspondentes bancários, entre outras.

A solução, que foi desenvolvida pela Impacto Engenharia de Sistemas, é operada através do controle remoto do set-top box com sistema criptografado e uma interface com segurança. Da Redação

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Fonte: TI Inside
[10/06/08]   Brasileiros temem usar celular para transações on-line

Apenas 2% dos brasileiros utilizam o celular para transações on-line, enquanto outros 11% consideram a possibilidade de lançar mão do aparelho para esse fim. A grande maioria, porém, não pensa em usar um dispositivo móvel para transações on-line (67%) ou não dispõe do equipamento apropriado (21%).

As revelações constam da segunda edição do “Índice de Segurança Unisys para o Brasil”, pesquisa realizada por telefone com 1,5 mil pessoas na faixa etária de 18 a 60 anos, selecionadas aleatoriamente nas principais regiões metropolitanas do país.

O estudo da Unisys indica que, para a maioria dos brasileiros, os celulares e PDAs não são meios seguros para fazer transações financeiras pela web. Juntas, as classificações “muito seguros” e “razoavelmente seguros” chegam a somente 13%. Outros 39% avaliam como “não muito seguros” e na opinião de 43% eles “não são seguros”. À medida que aumenta a faixa etária, a idéia de uso de dispositivos móveis como meio seguro para a realização de transações on-line diminui.

Na comparação com as operadoras de telefonia (11%) e as lojas virtuais (4%), os bancos e outras instituições financeiras (63%) são quase sempre vistos como os mais seguros para a realização de transações on-line com dispositivos móveis. Contudo, 13% dos entrevistados acham que nenhum desses provedores de serviços assegura a proteção necessária para esse tipo de transação.

Um número consideravelmente maior de pessoas com escolaridade mais elevada (72%) acredita que os bancos oferecem os meios com mais segurança para transacionar pela internet.

De acordo com o levantamento, os homens (12%), os mais jovens (15%) – especialmente entre 18 e 24 anos – e aqueles com nível universitário (17%) têm maior probabilidade de usar um dispositivo móvel para fazer transações pela internet.

As entrevistas foram feitas entre 10 e 24 de março deste ano, em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife e Fortaleza. O levantamento, conduzido pela ICR (Independent Communications Research) para a Unisys, incluiu domicílios das classes A, B e C. Da Redação

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Fonte: e-Thesis
[18/04/08]   Cresce uso do mobile banking por Juniper Research

Em 2011, 816 milhões de consumidores acessarão serviços bancários e produtos através de seus celulares, ou dez vezes a mais que a quantidade de usuários destes serviços em 2007. De acordo com novo estudo do Juniper Research, as instituições financeiras aumentam a variedade de produtos entregues no ambiente móvel, inclusive os serviços de informações financeiras, transferência de fundos, pagamento de contas, gerenciamento de conta e serviços. De acordo com o estudo, o número anual global de transações de mobile banking irá passar de US$2,7 milhões, em 2007, para US$ 37 milhões em 2011, com um grande número de serviços em fase de implementação em âmbito mundial.

O aumento da confidencialidade dos dados do cliente, graças às medidas de segurança incorporadas ao ambiente móvel, promove este crescimento no uso de serviços financeiros móveis e será crucial para novos níveis de oferta e uso de serviços.

No entanto, o Juniper adverte que uma série de obstáculos ainda deve ser superada para implantação dos serviços e sua adoção pelos usuários. Os principais entraves, hoje, são: regulamentação do mercado financeiro, custos das transações de pagamento, compartilhamento de receita e dificuldades de suporte ao cliente.

A troca de valores financeiros mundiais deve dobrar entre 2007 e 2011, sendo que nos países emergentes este crescimento será de quatro vezes, no período, em função da remessa de lucros de imigrantes a seus países de origem. Neste particular, China e Extremo Oriente concentram o maior número de usuários de serviços móveis, seguidas por Europa Ocidental e Índia.

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Revista Teletime (link descontinuado)
[Junho 2005] Mobile banking, a nova onda por Massayuki Fujimoto

"É interessante imaginar a associação entre bancos e operadoras móveis para a captação de transações eletrônicas, pois o celular pré-pago nada mais é do que um cartão de débito, e o celular pós-pago, um cartão de crédito."

No Brasil, existem mais de 70 milhões de celulares, número superior aos PCs, telefones fixos ou aparelhos de TV. A barreira da renda faz com que muitos brasileiros optem por um celular pré-pago, em vez de um telefone fixo. Nesta nova sociedade móvel, cada um tem o seu celular, pós ou pré-pago, e o leva permanentemente para onde for. Por isso, o celular pode ser o caminho para os bancos ficarem mais próximos dos seus clientes ao mesmo tempo em que reduzem seus custos com o aumento de usuários de banking remoto.

Na indústria financeira, o serviço de mensagem de texto (SMS) é utilizado de várias maneiras e podemos dividi-lo entre mensagens programadas e mensagens por eventos. Ambas são do tipo SMS MT (Mobile Terminated - mensagens enviadas para o celular do usuário).

O envio do saldo para o celular do correntista, por exemplo, é uma mensagem programada. Se esse serviço tiver grande adesão pelos correntistas, o banco não precisará manter toda a sua atual capacidade de atendimento de chamadas. Mais de 70% das chamadas nas centrais são para consulta de saldo. Menos de 60% dos correntistas dos bancos utilizam o call center. Como faríamos para oferecer o serviço para uma base maior de correntistas e ter maior escala? A maioria dos bancos que tem esse serviço só o cadastra pela internet ou pelo call center. O melhor canal para oferecer e cadastrar este serviço é a rede de máquinas de auto-atendimento (ATM) porque mais de 90% dos correntistas dos bancos são usuários deste canal.

As mensagens por evento são aquelas geradas a partir de um evento ou compra. Bancos e empresas de cartões de crédito passaram a oferecer serviços de alertas em que informam transações realizadas através de cartões de crédito e de débito. Toda vez que uma compra é realizada, um SMS é enviado com os dados da transação, em média 20 segundos após o evento. Além de dar maior segurança ao cliente, reduz-se a perda com fraudes de bancos e empresas de cartões. Uma forma inteligente de se oferecer este serviço aos clientes é empacotá-lo com a tarifa mensal do seguro contra perda ou roubo do cartão de crédito. Muitos usuários de cartão de crédito não contratam o seguro por não conseguirem dimensionar o benefício. Outros acham que pagar somente pelas mensagens também é muito caro. Se o seguro oferecer uma tarifa mensal que inclua mensagens ilimitadas de alertas de compras, o cliente perceberá um diferencial neste seguro e ficará mais propenso a contratá-lo.

SMS Token
Outra aplicação do SMS na área de prevenção a fraude na indústria financeira é o SMS Token. Toda vez que o correntista desejar realizar uma transação no internet banking, para alguns tipos de operações de maior risco em faixas de valores mais altas, pode ser solicitada a digitação de uma senha adicional enviada pelo banco por SMS para o celular do correntista. Essa senha teria validade somente para uma transação e por um período de tempo limitado.

Apesar de todas as oportunidades do SMS, muitos bancos e empresas ainda não o oferecem por não confiarem no nível de serviço (Service Level Agreement - SLA) das operadoras para a entrega do SMS.
Alguns serviços têm atraso na entrega das mensagens e as operadoras não garantem a entrega de 100% dentro do prazo desejado pelos bancos (em 20 segundos no máximo).
Como a receita de voz tem caído nos últimos anos, as operadoras encontraram nos serviços de dados, em especial o SMS, a possibilidade de manter seu nível de receita.
De fato, o SLA na entrega do SMS é muito bom para quase todas as operadoras. Muitas teles dobram a capacidade total de suas plataformas de SMS de seis em seis meses.

Em 2000, foi lançado o serviço WAP no Brasil, com um minibrowser para navegação na internet instalado no aparelho.
Mas, a alta expectativa com o novo canal gerou uma grande decepção quando o serviço foi lançado.
A interface era pobre, sem recursos gráficos, somente com texto e links.
A performance era baixa, pois o sistema era discado à velocidade de 9,6 Kbps.
E o custo era alto, pois era cobrado por minuto de conexão com as tarifas de chamadas móveis.
Para se consultar um saldo pelo WAP, levava-se quase três minutos, e pagava-se aproximadamente R$ 2,70.
Os aparelhos WAP eram poucos e muito mais caros, em torno de R$ 1,5 mil.
Na tecnologia TDMA, a mais usada à época no Brasil, só havia um modelo com pouca disponibilidade de unidades à venda.
O serviço não tinha cobertura ampla e ficava disponível somente nas áreas urbanas de algumas poucas capitais.

Mesmo assim, alguns bancos apostaram no novo canal, desenvolveram suas plataformas de WAP banking, criaram seus WAP sites e pagaram caro para terem links em posições privilegiadas nos menus dos portais WAP das operadoras.
Pelo custo do canal para os usuários, poucos correntistas aderiram ao serviço.
A maior parte do investimento realizado pelos bancos foi em vão pela falta de usuários no canal, e o WAP banking ficou marcado na indústria financeira como um grande trauma.
Muitos bancos baniram quase que definitivamente qualquer iniciativa de projetos em celulares por causa desta experiência.

Com a entrada das operadoras GSM no Brasil a partir de 2002, chegou ao mercado a tecnologia móvel de 2,5G, o GPRS, ou serviço de transmissão de dados móveis por pacotes.
A transmissão dos dados pode chegar a uma velocidade de 57,6 Kbps e o modelo de cobrança é por pacotes trafegados (enviados e recebidos), não mais por minutos conectado.
Com isso, o custo de uma consulta de saldo no WAP banking caiu para menos de R$ 0,10 (se o usuário tiver um plano de dados da operadora) e o tempo necessário para obter a informação do saldo caiu para menos de um minuto.
Ficou muito mais rápido e barato. Além disso, os aparelhos WAP 2,5G apresentam preços muito mais baixos do que os da época do WAP 2G.
Um aparelho WAP 2,5 G mais barato custa em torno de R$ 199, em dez vezes sem juros.
A tecnologia concorrente do GSM, o CDMA, tem sua versão 2,5G também.
Trata-se da tecnologia 1xRTT que apresenta as mesmas vantagens para o serviço WAP banking.
A velocidade de transmissão do 1xRTT é superior à do GPRS, porém o GPRS apresenta maior área de cobertura e maior diversidade de modelos e preços.

Do lado dos bancos, nada muda na plataforma de serviço WAP banking se for acessada de um aparelho 2G (discado) ou 2,5G (por pacotes).
É como no internet banking quando é acessado por linha discada ou por banda larga. O conteúdo do serviço não mudou.
Mudou a velocidade de acesso e a forma de cobrança pelo acesso.
Na linha discada se paga por minuto de conexão e na banda larga se paga uma mensalidade fixa por mês.
Hoje, 20% dos celulares vendidos no Brasil são WAP 2,5G.
Do total de celulares em uso, aproximadamente 5% já são WAP 2,5G, ou seja, 3,5 milhões de aparelhos.
O tempo médio para troca do celular velho por um novo no País é de aproximadamente 14 meses.
Portanto, a base de aparelhos WAP 2,5G em uso tende a aumentar muito nos próximos meses.
Essa base em pouco tempo será comparável ao número de PCs no Brasil e tornará comparável o canal WAP banking com o internet banking se o bancos voltarem a acreditar nesse canal.

Diante desta evolução toda do WAP banking, os bancos deveriam reavaliar o "gelo" dado a este canal nos últimos anos e voltar a incentivar seus correntistas para o seu uso.
Para isso, basta uma campanha de comunicação sobre seu uso, suas facilidades e vantagens que existem com a tecnologia 2,5G.
Afinal, o serviço já existe e está no ar, basta avisar o cliente.

Em 2003, foi lançado no Brasil o serviço de mobile banking baseado no chip GSM, o SIM card usado para identificar o usuário da operadora em sua rede.
O programa de acesso aos serviços bancários é instalado neste chip que vai dentro de todos os aparelhos GSM. O programa não ocupa mais do que 8 Kbytes do total de 32 Kbytes que um chip comum tem.
A maioria das operadoras GSM no Brasil já emite cartões com 64 Kbytes de espaço e com a tecnologia Javacard.
O programa de mobile banking foi desenvolvido com SIM ToolKit, uma tecnologia de padrão aberto GSM para desenvolver aplicativos nos SIM cards.
Este aplicativo foi desenvolvido com arquitetura cliente-servidor e utiliza o canal de sinalização do SMS.
Tem alto nível de segurança pela própria codificação nativa do GSM e o programa se comunica sob uma criptografia de chaves dinâmicas com o banco.
Se for necessário, pode-se ainda restringir o acesso à conta corrente pelo número do celular, também garantido pela impossibilidade de clonagens dos SIM cards.

Nesta solução, o correntista acessa o menu de opções de serviços no chip da operadora e escolhe o seu banco.
Entra com os dados de agência, conta e senha e pode realizar todas as operações que faz pela internet tais como consultar saldo, extrato, realizar pagamentos, transferências, TED, DOC e ainda realizar recarga de créditos pré-pagos no seu próprio aparelho.
Cada transação custa R$ 0,15 para o correntista e é cobrada na conta do celular, ou é debitada do saldo de créditos de pré-pago.
A transação de recarga não é cobrada. Ou seja, se o celular não tiver mais crédito algum, o usuário ainda poderá recarregá-lo acessando sua conta corrente, mesmo sem crédito.
Cada vez que o correntista recarrega o celular, a operadora paga uma comissão para o banco.
O banco passa a ter também uma nova fonte de receita com este canal.
O serviço pode ser acessado tanto de um celular pós-pago quanto de um pré-pago.
Do aparelho mais simples que custa R$ 99, em dez vezes sem juros, ao mais sofisticado. O serviço não depende da tecnologia do aparelho como o WAP banking.

No CDMA, há o Brew banking com as mesmas funcionalidades da outra solução no GSM, porém com uma interface mais gráfica e amigável.
O aplicativo é colorido com o logo do banco e tem campos formatados para a digitação dos dados.
Existem algumas dificuldades quanto à penetração e o preço dos aparelhos Brew.
Outra barreira é o custo para o usuário no acesso ao serviço.
Inicialmente, o usuário precisa baixar o aplicativo do Brew banking em seu celular.
O custo do tráfego desta transmissão é pago pelo usuário.
Diante dessas dificuldades da penetração do aparelho e a barreira dos custos do serviço, em termos de canal, não é o WAP banking por 1xRTT uma melhor alternativa para quem usa a tecnologia CDMA?

A vantagem dos bancos brasileiros é a sua competência para gerenciar risco de crédito e a modernidade do sistema financeiro, um dos mais avançados do mundo.
Porém, não se pode negar a capacidade das operadoras de processar eventos.
Talvez fosse interessante imaginar a associação entre bancos e operadoras móveis para a captação de transações eletrônicas, pois o celular pré-pago nada mais é do que um cartão de débito, e o celular pós-pago, um cartão de crédito.
Temos no Brasil condições diferenciadas em relação ao resto do mundo para antecipar esta convergência.

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Fonte: e-Thesis
[14/03/07]   Mobile banking: interativo por Jana de Paula

As redes WiMAX estão mais próximas do mobile banking do que se imagina. Bancos como o Itaú e empresas varejistas como as Casas Bahia encontram-se em fase conclusiva de projetos de rede WiMAX para integrar agências e caixas eletrônicos ou lojas numa rede sem fio. Assim, durante o período de compras de Natal, por exemplo, o banco instala um caixa eletrônico móvel na Rua 25 de Março, em São Paulo, em pontos estratégicos. Ou, como projeta a Casas Bahia, interliga-se toda sua cadeia na Grande São Paulo numa rede WiMAX, o que vai lhe custar nada além de seis antenas. Massayuki Fujimoto, superintendente de internet do Grupo Santander Banespa, adianta para o Thesis algumas das novidades que acredita que serão divulgadas pelo setor financeiro este ano.

As iniciativas em WiMAX no caso de mobile banking devem ser analisadas caso a caso, aliás como em qualquer processo de adoção de tecnologia de ponta na área financeira. É assim no caso do WAP, no do SMS e no m-payment. Por enquanto, as próximas ações ficam em sigilo, sobretudo no caso do WiMAX, que aguarda a regulamentação do uso das freqüências, sem a qual a área financeira não tem como se mexer.

A verdade, porém é que o WiMAX não faz muita falta ao setor bancário. Ao menos no momento e não enquanto não se conhecem suas próximas estratégias. É forte, por exemplo, o interesse pelo SMS (sistema de mensagens curtas) interativo, sobre o qual todos os grandes bancos, a exceção do Itaú, e aí se incluem Banco do Brasil, Real e Bradesco, definem projetos a serem lançados ainda este ano. O SMS interativo é uma das poucas plataformas com forte aplicação no mercado financeiro que possui excelentes características de adoção. Tem mídia própria, está presente em todos os celulares, é muito bem aceito entre o público jovem, tem tarifa barata e independe de operadora (desde 2003, quando foi implantada a interoperabilidade) e, no caso de celulares GSM, qualquer serviço baseado em SMS pode ser utilizado em todo o mundo, em roaming internacional onde tenha rede GSM.

SMS seguro

Sem imagem"Até agora, no país, os bancos usam bem o SMS para relacionamento, alerta de compras, de saldo etc. Ou seja, basicamente informação, conteúdo e de forma não interativa. Mas isso tende a mudar com a disseminação do SMS interativo, que ganhou mercado a partir de campanhas de programas de TV (Globo, SBT e MTV). Além do mais, seu sucesso em mercados mais maduros, como o europeu e asiático, confirma sua capacidade de disseminação", afirma Fujimoto (foto).

Em âmbito mundial, o SMS interativo é uma próspera realidade. Em Portugal, por exemplo, o banco Millennium BCP lançou com tanto sucesso o SMS interativo que foi imediatamente seguido por concorrentes de peso, como Santander Totta e Banco Espírito Santo. Graças a comandos simples, o cliente consulta saldo e faz todo o tipo de transação bancária. A resposta do público português foi tamanha que hoje o SMS é ferramenta mais forte que o call center ou internet banking. Processo semelhante verifica-se na Espanha, África do Sul, Oriente Médio e Leste Europeu.

"O SMS é simples de usar, e voltado para a massa. Enquanto as plataformas baseadas em Java ou Brew exigem aparelhos mais sofisticados que rodam em redes de 2,5 e 3G, o SMS está em todos os tipos de celulares, inclusive nos mais baratos pronto para uso imediato, sem necessidade de instalação de nenhum aplicativo no celular ", salienta Fujimoto.

No Brasil, a questão da segurança inibe iniciativas mais arrojadas da parte dos bancos. Por se tratar de um padrão aberto que roda de maneira ‘transparente' na rede da operadora, é encarado como entrave às melhores práticas de sigilo bancário. Mas isto não pode ser caracterizado como falha e, muito menos, permanente. Nos países acima citados, por exemplo, criou-se uma série de procedimentos que resolvem a questão da confiabilidade dos dados trafegados.

A plataforma SMS que, em geral, ‘fica' na rede da operadora e é, portanto, acessível aos funcionários que a gerem, teve, em Portugal seu acesso limitado.

"Os bancos portugueses definiram um número de canais dedicados exclusivamente para os bancos (digamos 10 mil canais), aos quais ninguém tem acesso a não ser a administração do banco e um único funcionário em cada operadora. Todas as mensagens, após serem lidas e respondidas, são apagadas da plataforma de SMS. Entretanto, a indispensável contraprova da transação bancária fica arquivada num banco de dados seguro, e pode ser acessada pela operadora, usuário e banco quando requisitada", explica Fujimoto. Ou seja, a chamada custódia natural dos registros de SMS, que antes estava com as operadoras, é transferida para os bancos para evitar exposição da informação bancária.

Celular ou cartão?

Por todas as razões acima, acredita-se que Bradesco, Real e Banco do Brasil preparam-se para lançar este ano suas versões de SMS interativo. Todos são bancos de massa e o sucesso da plataforma de envio de mensagens deve-se, sobretudo, a sua facilidade de uso e ao seu baixo custo. E enquanto o WiMAX não ‘sai', os bancos aproveitam-se das diversas tecnologias disponíveis nos celulares para criar suas plataformas de mobile payment, ou simplesmente m-payment. Além dos três bancos, as operadoras Vivo e Oi também estudam soluções que transformam o celular num cartão de crédito e/ou débito.

Já que pelo m-payment não é nem preciso ter conta bancária, pois se pode carregar um crédito pré-pago adquirido em lojas, este parece ser um segmento com atratividade tanto para bancos quanto para operadoras.

"Digamos que um cliente pré-pago reserve um real para este tipo de transação. Ele é um cliente Claro e transfere um real para outro, da TIM, e assim sucessivamente. Ora, isso cria uma espécie de moeda de âmbito nacional. Levando-se em conta que 80% dos 100 milhões de celulares do Brasil são pré-pagos, enxerga-se o tamanho deste mercado.", avalia Fujimoto.

Neste processo se requer a criação de uma Câmara de Compensação de Créditos Pré-Pago entre todas as operadoras. E tem muita gente se mexendo para isso, em vários segmentos: as próprias operadoras móveis, fundos privados, fundos equity, de investimento e empresas de varejo estão entre os stakeholders que devem anunciar a implantação desta câmara ainda este ano.

A capacidade de liquidez do processo é de fato vantajosa. Na hipótese de ele gerar dez reais por cliente/mês, numa base de 80 milhões de celulares pré-pagos, são 800 milhões de reais por mês. Há ainda o fato de 30% dos usuários não utilizarem todo o seu crédito em um mês, o que incrementa ainda mais a atratividade do poder financeiro no mercado para quem vai operar esse caixa. Os lojistas que receberem esses créditos pré-pagos poderão trocá-los por dinheiro com a Câmara, mediante uma taxa de desconto. "Poucos tiveram esta visão ou perceberam a importância disso", pondera Fujimoto. O superintendente do Santander/Banespa sugere o seguinte exercício:

Cria-se, por exemplo, uma espécie de Vale Alimentação via celular, com incentivos do Programa de Auxílio ao Trabalhador (PAT) para criar uma rede com larga capilaridade - o que reduz o custo de distribuição destes créditos, além da vantagem de o usuário não portar dinheiro no bolso. Caso uma entidade governamental encampe esta idéia, o pagamento eletrônico via celular adquire liquidez imediata. É aí que entra o trabalho da Câmara de Compensação em conjunto com órgãos reguladores para evitar que esta moeda eletrônica aumente a oferta de dinheiro e impacte a inflação. Pode-se adotar uma série de procedimentos de controle monetário como, por exemplo, a exigência de recolhimento compulsório ao Banco Central de todos os reais transformados em créditos pré-pagos voltados para pagamentos. Por isso, é necessário a participação de um grande banco neste sistema de mobile payment, em conjunto com as operadoras celulares e órgãos do governo.

A questão é que a abrangência da Anatel não atinge este cenário e não é generalizada a preocupação com a regulamentação do pagamento móvel. Caso bastante diverso do WiMAX, onde a pressão da regulamentação é tão forte que inibe o mercado. Nenhuma das duas alternativas é ideal para o processo de disseminação da mobilidade no tráfego seguro de dados

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