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Maio 2008               Índice Geral do BLOCO

O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão  Celld-group e WirelessBR. Participe!



16/05/08

• Consulta Pública (9) - "Idec questiona" + "PGA-T" + Debate sobre a Anatel

----- Original Message -----
From: Helio Rosa
To: Celld-group@yahoogrupos.com.br ; wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, May 16, 2008 9:57 AM
Subject: Consulta Pública (9) - "Idec questiona" + "PGA-T" + Debate sobre a Anatel

Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
 
01.
O Ministério das Comunicações está fazendo uma Consulta Pública para aprimorar as políticas do setor de comunicações com prazo até 09 de junho (por carta até 02 junho).
São 21 perguntas que poderão eventualmente se constituir em 21 temas para debates em nossos Grupos.
 
02.
Quem acompanha as "mensagens/posts" sobre esta tema deve estar, como eu, com suspeitas de que esta não é uma consulta séria.

O Minicom aparentemente não tem interesse na divulgação e os órgãos da mídia, em conseqüência, não recebem as notícias mastigadas em forma de "pauta" e não divulgam, apesar da importância do tema.
 
Mas não estamos sós: o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) comunga nas nossas apreensões e o Portal Convergência Digital repercute:

Fonte: Convergência Digital

(...)  Em carta enviada nesta quarta-feira, 14/05, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) solicitou ao Ministério das Comunicações que divulgue a consulta sobre as políticas de telecomunicações, esclareça os termos técnicos que dificultam a participação social e aumente o prazo para contribuições. Segundo o órgão, a Anatel também discute a questão sem deixar claro como esse processo será integrado ao conduzido pelo Ministério das Comunicações. (...) [Prefiram ler na fonte mas a transcrição está mais abaixo]
 
03.
Recentemente fizemos uma Série de mensagens com este Assunto: "Inclusão digital desarticulada" (tudo registrado no BLOCO).

Na área regulatória ocorre algo semelhante e já temos Assunto para uma eventual nova série: "Regulamentação Desarticulada".  :-)

Vejam a opinião do IDEC neste recorte da notícia acima citada:
 

(...) Paralelamente a essa consulta, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) também está discutindo as mudanças no setor de telecomunicações, sem deixar claro como esse processo será integrado ao conduzido pelo Ministério das Comunicações. O Idec estranha o fato de a discussão das políticas do setor propostas pelo Ministério das Comunicações ocorrer ao mesmo tempo em que a Anatel define as regras. (...)
 
04.
E entra em cena o PGA-T - Plano Geral de Atualização do Marco Regulatório do Setor de Telecomunicações do Brasil!  Ufa!  :-)
 
Eis as notícias:
Fonte: TelecomOnline
[13/05/08]   Revisão do setor de telecom se prolongará por 10 anos Márcio de Morais
 
Convergência Digital 
[13/05/08]   Anatel avalia mudanças nas regras do setor nesta quarta-feira
 
05.
Gostaria de propor um debate sério, equilibrado e em bom nível com este tema:

A Anatel está aparelhada em termos de "quadros técnicos" para suportar a atual carga de trabalho, tão complexa e diversificada?
Tem condições de trabalhar com independência e isenção no interesse da população?

Vamos voltar ao assunto mas já fizemos uma visita ao Portal da Anatel:
 
Missão, atribuições e características

  A missão da Anatel é promover o desenvolvimento das telecomunicações do País de modo a dotá-lo de uma moderna e eficiente infra-estrutura de telecomunicações, capaz de oferecer à sociedade serviços adequados, diversificados e a preços justos, em todo o território nacional.
 
 Autarquia especial criada pela Lei Geral de Telecomunicações (Lei 9.472, de 16 de julho de 1997), a Agência é administrativamente independente, financeiramente autônoma, não se subordina hierarquicamente a nenhum órgão de governo - suas decisões só podem ser contestadas judicialmente.
Do Ministério das Comunicações, a Anatel herdou os poderes de outorga, regulamentação e fiscalização e um grande acervo técnico e patrimonial.
Compete à Agência adotar as medidas necessárias para o atendimento do interesse público e para o desenvolvimento das telecomunicações brasileiras, atuando com independência, imparcialidade, legalidade, impessoalidade e publicidade.
 
Dentre as atribuições da Anatel, merecem destaque:
 
- implementar, em sua esfera de atribuições, a política nacional de telecomunicações;
- expedir normas quanto à outorga, à prestação e à fruição dos serviços de telecomunicações no regime público;
- administrar o espectro de radiofreqüências e o uso de órbitas, expedindo as respectivas normas;
- expedir normas sobre prestação de serviços de telecomunicações no regime privado;
- expedir normas e padrões a serem cumpridos pelas prestadoras de serviços de telecomunicações quanto aos equipamentos que utilizarem;
- expedir ou reconhecer a certificação de produtos, observados os padrões e normas por ela estabelecidos;
- reprimir infrações dos direitos dos usuários; e
- exercer, relativamente às telecomunicações, as competências legais em matéria de controle, prevenção e repressão das infrações da ordem econômica, - ressalvadas as pertencentes ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
 
06.
No final desta mensagem estão relacionados os "posts" anteriores sobre a Consulta Pública em tela.
 
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
 
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Fonte: Convergência Digital
[15/05/08]   Idec questiona falta de transparência no debate sobre novo Marco Regulatório para Telecom da Redação
 
Em carta enviada nesta quarta-feira, 14/05, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) solicitou ao Ministério das Comunicações que divulgue a consulta sobre as políticas de telecomunicações, esclareça os termos técnicos que dificultam a participação social e aumente o prazo para contribuições. Segundo o órgão, a Anatel também discute a questão sem deixar claro como esse processo será integrado ao conduzido pelo Ministério das Comunicações.
 
No último mês, o Ministério das Comunicações abriu uma consulta pública, por meio da Portaria nº 179 de 22 de abril de 2008, para que qualquer pessoa possa opinar em novas definições e rumos das políticas públicas no setor de telecomunicações.
Embora o IDEC tenha reconhecido a importância dessa iniciativa, a forma como ela está sendo proposta traz alguns problemas para a participação social, e, conseqüentemente, para os resultados que poderiam ser obtidos.
 
Segundo o assessor técnico do Idec, Marcos Pó, essa consulta apresenta três problemas. "O primeiro deles diz respeito à falta de divulgação da consulta, o segundo refere-se aos termos técnicos trazidos nas 21 questões do documento – que não pertencem ao dia-a-dia da maioria da população brasileira – e a última ao prazo final estipulado para o envio das contribuições".
 
Para o Idec, a divulgação da consulta pública, que nem está mantida em destaque no site do Ministério, não cumpre o requisito básico de estimular a participação da sociedade. "Para que todos possam efetivamente participar de um debate é necessário saber que ele está acontecendo. Além de existir pouca divulgação nos canais de comunicação do Ministério, as pessoas interessadas têm que percorrer um caminho pouco claro e se cadastrar, para só depois conseguir acessar o documento", sinaliza o assessor técnico do órgão.
 
O Idec entende que antes de iniciar a consulta pública, o Ministério das Comunicações deveria promover debates e esclarecer a população sobre conceitos e conhecimentos específicos presentes no texto da consulta. O texto disponível na consulta pública traz apenas alguns esclarecimentos e 21 perguntas, mas carece de explicações e informações adicionais para que qualquer cidadão brasileiro possa compreender todo o contexto das políticas de telecomunicações e contribuir com qualidade com a consulta.
 
A fim de contribuir para o entendimento da sociedade em relação às questões que envolvem o setor de telecomunicações e facilitar a participação na consulta, o Idec disponibilizou em seu site (www.idec.org.br)  esclarecimentos de alguns termos, expressões e conceitos.
 
Somando-se à dificuldade de compreensão do setor pela sociedade civil e o curto prazo para o envio de contribuições – 9 de junho para contribuições feitas pela internet e 2 de junho para contribuições enviadas pelo correio – a realização de um estudo aprofundado por qualquer pessoa interessada em fazer propostas e contribuições fica comprometida. Por isso, o Idec pede a prorrogação do prazo da consulta. A íntegra da carta enviada ao Ministério das Comunicações, que sugere 15 dias de prazo para que se manifestem, pode ser encontrada no site do Idec, www.idec.org.br.
 
Paralelamente a essa consulta, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) também está discutindo as mudanças no setor de telecomunicações, sem deixar claro como esse processo será integrado ao conduzido pelo Ministério das Comunicações. O Idec estranha o fato de a discussão das políticas do setor propostas pelo Ministério das Comunicações ocorrer ao mesmo tempo em que a Anatel define as regras.
 
"Diante da falta de transparência, agravada por iniciativas paralelas do Ministério e da Anatel, o cidadão não conseguirá participar efetivamente das discussões sobre as mudanças. O que percebemos é que a política de telecomunicações está mudando sem contar com a participação do consumidor, que sempre acaba pagando a conta", conclui a advogada do Idec, Daniela Trettel.
 
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Fonte: TelecomOnline
[13/05/08]   Revisão do setor de telecom se prolongará por 10 anos Márcio de Morais
 
Proposta será analisada amanhã na reunião do Conselho. PGO não entra na pauta.
 
O presidente da Anatel, Ronaldo Sardenberg, informou esta tarde que o programa de revisão do marco regulatório infra-legal, contido no Plano Geral de Atualização do Marco Regulatório do Setor de Telecomunicações do Brasil (PGA-T), vai se estender pelos próximos 10 anos e envolverá portarias, resoluções, normas, regulamentos e atos do Conselho Diretor, editados no decorrer do último decênio, desde a criação da Agência.

“O plano é uma proposta de linha de ação, que vai passar pelos processos regulares da Agência”, esclareceu Sardenberg, que evitou chamá-lo de diretriz, por orientação do Ministério das Comunicações.”Diretriz quem estabelece é o ministério”, justificou-se. O PGA-T será apreciado nessa quarta-feira (14) pelo colegiado do órgão regulador, antecipando-se em pelo menos uma ou duas semanas ao exame do novo Plano Geral de Outorgas (PGO). Sardenberg admitiu que a versão em análise na Agência poderá sofrer novas mudanças, caso o projeto de lei da convergência e da entrada das teles no conteúdo (o PL29) for aprovado.
 
O conselheiro Antônio Bedran, relator do PGA-T, o definiu como “um programa amplo, abrangente, um planejamento tático-estratético”, sem, no entanto, antecipar qualquer item do programa de atualização. Bedran e Sardenberg estiveram no evento “Infrações e Sanções nos Serviços Regulados”. A incorporação da Brasil Telecom (BrT) pela Oi/Telemar permanece inviável sem o novo PGO. O negócio, anunciado há cerca de 50 dias, colocou em cheque o PGO e grande parte das regras em vigor. A proposta do novo PGO, para consulta pública, deverá integrar a pauta da reunição do Conselho Diretor do dia 21 ou 28 deste mês, segundo estimativa do seu relator, conselheiro Pedro Jaime.
 
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Convergência Digital 
[13/05/08]   Anatel avalia mudanças nas regras do setor nesta quarta-feira
 
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) analisa amanhã (14 maio) mudanças nas regras do setor de telecomunicações. De acordo com o presidente da agência, Ronaldo Sardenberg, será elaborado um plano que especificará as mudanças necessárias para atualização de regulamentos, portarias e normas da própria agência para os próximos dez anos.
 
"Estamos no meio de uma revolução tecnológica e em uma revolução de investimentos. Houve um monte de mudanças no Brasil", afirmou.
 
A primeira mudança, segundo Sardenberg, será no PGO (Plano Geral de Outorgas), que proíbe a compra de uma empresa de telecomunicações por outra da mesma área --e atualmente impede que a compra da Brasil Telecom pela Oi seja aprovada pela agência. As mudanças no PGO e a atualização de normas do setor foram pedidas pelo Ministério das Comunicações. Em fevereiro o ministério enviou documento à Anatel recomendando à agência que retirasse dois artigos do PGO e que revisse as "restrições regulatórias" para permitir a convergência entre voz, vídeo e dados. O plano -- chamado de Plano de Atualização do Marco Regulatório das Telecomunicações -- atenderá a segunda parte do pedido feito pelo órgão. A expectativa é de que as modificações no PGO sejam analisadas pelo conselho até o final do mês. Antes de serem aprovadas, porém, os dois planos serão submetidos à consulta pública.
 
Na semana passada, Sardenberg apresentou as mudanças no plano de atualização para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Acho que ele gostou" disse Sardenberg.
 
Segundo Sardenberg, as mudanças sugeridas no plano serão apenas em normas da própria agência e não em leis, que teriam que passar pelo Congresso Nacional. O plano apontará quais mudanças deverão ser feitas, mas cada modificação tramitará separadamente dentro da agência. Fonte: Folha Online.

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