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Novembro 2008               Índice Geral do BLOCO

O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão  Celld-group e WirelessBR. Participe!


13/11/08

PLC (08) - Banda larga pela rede elétrica - Informações básicas + Notícias recentes

----- Original Message -----
From: Helio Rosa
To: Celld-group@yahoogrupos.com.br ; wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, November 13, 2008 8:53 PM
Subject: PLC (08) - Banda larga pela rede elétrica - Informações básicas + Notícias recentes

Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!

01.
Este é o "Serviço ComUnitário" sobre "Power Line Communication (PLC) ou  "Banda larga pela rede elétrica".
O "Serviço" se completa com o debate do tema.

"Resumos" com informações sobre este e outros temas são reciclados regularmente para recordação e ambientação dos recém-chegados.
Contamos com a colaboração de todos para as necessárias atualizações e eventuais correções.

Estamos também em "campanha" para incentivar a interação de nossos membros com as autoridades, entidades públicas e da sociedade civil e com a mídia.
Neste "maravilhoso novo mundo conectado" a participação individual é possível e faz uma enorme diferença!

02.
A motivação deste "Resumo" é esta notícia recente:
Fonte: INFO Online
[10/11/08]   Elétricas poderão explorar banda larga por Felipe Zmoginski, de INFO Online

Texto que será votado pela Anatel prevê que empresas de energia como Copel e Eletropaulo possam oferecer conexão à web. 
A Anatel, agência que regula o setor de telecomunicações no Brasil, concluiu no final de outubro uma consulta pública que recebeu 450 sugestões de empresas e cidadãos para criar as regras que vão regular a exploração da banda larga por rede elétrica no país. 
O texto atual prevê que concessionárias de energia elétrica possam oferecer diretamente ao consumidor planos de banda larga. Uma possibilidade também contemplada no texto é a formação de parcerias entre empresas de energia e concessionárias de serviço banda larga. 
Neste segundo modelo, empresas tradicionais do mercado de banda larga poderiam oferecer conexão ao usuário, porém explorando a infra-estrutura das elétricas e dividindo receitas com elas. (...) [Ver transcrição na íntegra mais abaixo]

E estas, ainda não veiculadas em nossos fóruns (também transcritas mais abaixo):

Fonte: Convergência Digital
[13/11/08]   Banda larga incrementa demanda por circuitos de alta capacidade por Ana Paula Lobo

Fonte: Convergência Digital
[30/09/08] Sky critica proposta da Anatel para regulamentação do PLC por Luiz Henrique Ferreira

Fonte: Convergência Digital
[30/09/08]   Intelig adverte Anatel sobre regulamentação do PLC por Luiz Henrique Ferreira

03.

Anotamos na mídia recente alguns textos (transcritos mais abaixo), contendo informações básicas, que se completam no objetivo de colocar o tema em perspectiva:

Fonte: e-Thesis
[16/09/08]   Banda larga na rede elétrica: mitos e verdades  por Jana de Paula

Fonte: TelecomOnline
[10/09/08]   PLC volta à cena com a promessa de universalização da banda larga  por Marineide Marques
 
04.
O Teleco possui um Tutorial sobre o assunto:
PLC - Power Line Communications por  Edson Rodrigues Duffles Teixeira
 
E também uma página especial:
PLC - Power Line Communications
 
05.
No Portal da ABUSAR também encontramos um página especializada:
Redes PLC - Internet via Rede Elétrica
 
06.
Vale visitar o Guia das Cidades Digitais e ler mais dois textos:
- Um estado inteiro ligado por PLC (sobre o Pará)
- Pilotos indicam necessidade de aprimoramento

07.
Artigos da nossa participante e Coordenadora-adjunta da ComUnidade, Thienne Johnson  (thienne@datamazon.com )
PLC Funciona?
Redes de Controle e PLC

Aqui está um pequeno texto de autoria de Thienne Johnson expandindo as siglas": :-)

PLC, BPL, DPL e PLT ... Qual a diferença?

Power Line Communication (PLC) é uma tecnologia que usa as redes de transmissão de energia elétrica para transmitir dados. Para saber como a tecnologia PLC funciona, veja o Blog PLC.
Em diversos artigos, a tecnologia PLC é também chamada de PLT (Power Line Telecoms), BPL (Broadband over Power Lines) ou DPL (Digital Power Line), mas o uso dessas denominações para significar a mesma tecnologia não é exata.
Vamos aos detalhes. Existem 2 classes de PLC [1]:
 
PLIC -  Power Line ou Internal Telecoms (também chamado de BPL In-House)
É usada na rede elétrica residencial para fornecer serviço de rede local, como o sistema Homeplug. Pode-se integrar PLC e WiFi e receber dados a uma distância de algumas centenas de pés.
 
PLOC - Power Line Telecoms
É a rede de comunicação entre sub-estações elétricas e as redes residenciais. Os modems PLC usam 11 volts e transmitem em alta frequência (1.6 a 30 MHz). A velocidade assimétrica de um modem é, geralmente, de 256 kbps a 2.7 Mbps. No repetidor situado no medidor, a velocidade é de até 45 Mbps e pode ser conectado a até 256 modems PLC. Nas estações de média voltagem, a velocidade pode chegar a até 135 Mbps. Para conectar à Internet, pode-se usar backbones de fibra ou redes sem fio.

A tecnologia BPL (Broadband over Power Lines) é o uso de tecnologia PLOC para fornecer acesso de banda larga à Internet através das linhas de energia elétrica. Um computador (ou outro dispositivo) deve possuir um modem BPL ligado à rede elétrica em um prédio equipado para ter o acesso de alta-velocidade.

Já a tecnologia DPL (Digital Power Line) é uma tecnologia anterior, usada para transmitir dados a 1 Mbps pela rede elétrica, projetada pela Nortel Networks. Foi desenvolvida na década de 90, mas foi abandonada devido à dificuldades de implementação [2]. Leia o artigo “Nothing wrong with the technology, everything wrong with the market”[3], para saber mais detalhes
.

08.
Aqui está nossa coleção (parcial) de textos sobre o assunto:

Fonte: Convergência Digital
[13/11/08]   Banda larga incrementa demanda por circuitos de alta capacidade por Ana Paula Lobo

Fonte: INFO Online
[10/11/08]   Elétricas poderão explorar banda larga por Felipe Zmoginski, de INFO Online

Fonte: Convergência Digital

[30/09/08] Sky critica proposta da Anatel para regulamentação do PLC por Luiz Henrique Ferreira

Fonte: Convergência Digital
[30/09/08]   Intelig adverte Anatel sobre regulamentação do PLC por Luiz Henrique Ferreira

Fonte: TelecomOnline
[10/09/08]   PLC volta à cena com a promessa de universalização da banda larga  por Marineide Marques

Fonte: Telebrasil
[12/08/03]   PLC de nova geração para a última milha

Fonte: e-Thesis
[16/09/08]   Banda larga na rede elétrica: mitos e verdades  por Jana de Paula  

Fonte: Tele.Síntese
[27/08/08]   Indústria está otimista com regulamentação de PLC por Bruno De Vizia   (bruno@momentoeditorial.com.br)

Fonte: Guia das Cidades Digitais
[29/04/08]   PLC é alternativa de conexão à internet banda larga

Fonte: Plantão INFO
[22/08/08]   Regra vai fomentar web pela rede elétrica 

Fonte: Computerworld
[30/08/07]   Internet por rede elétrica: a revolução nascerá por Taís Fuoco

Fonte: Computerworld
[30/08/07]   Internet por rede elétrica: a revolução que não chegou a nascer por Vinicius Cherobino

Fonte: Computerworld
[18/05/07]   Brasil Telecom terá banda larga pela rede elétrica a partir de setembro por Taís Fuoco
 
Fonte: Redação PSL - Brasil
[03/05/07]   Banda larga pela rede elétrica: Aneel prepara regulamento para 2008
 
Fonte: Computerworld
[20/04/07]   Barreirinhas terá conexão gratuita à web pela rede elétrica em julho
 
Fonte: Computerworld
[30/03/07]   Banda larga pela rede elétrica leva telemedicina a bairro gaúcho por Taís Fuoco
 
Fonte: Computerworld
[26/03/07]   Banda larga pela rede elétrica: o Brasil quer fazer parte por Taís Fuoco
 
Fonte: Computerworld
[01/03/07]   Banda larga pela rede elétrica: a terceira onda está prestes a explodir

Fonte: JB Online
[05/01/07]   Porto Alegre tem internet pela tomada 
 
Fonte: Telebrasil
[12/08/03]   PLC de nova geração para a última milha  (transcrição no final da mensagem)
 
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Thienne Johnson

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Fonte: INFO Online
[10/11/08]   Elétricas poderão explorar banda larga por Felipe Zmoginski, de INFO Online
 
SÃO PAULO - Texto que será votado pela Anatel prevê que empresas de energia como Copel e Eletropaulo possam oferecer conexão à web.
 
A Anatel, agência que regula o setor de telecomunicações no Brasil, concluiu no final de outubro uma consulta pública que recebeu 450 sugestões de empresas e cidadãos para criar as regras que vão regular a exploração da banda larga por rede elétrica no país.
 
O texto atual prevê que concessionárias de energia elétrica possam oferecer diretamente ao consumidor planos de banda larga. Uma possibilidade também contemplada no texto é a formação de parcerias entre empresas de energia e concessionárias de serviço banda larga.
 
Neste segundo modelo, empresas tradicionais do mercado de banda larga poderiam oferecer conexão ao usuário, porém explorando a infra-estrutura das elétricas e dividindo receitas com elas.
 
Para definir as regras do setor, técnicos da Anatel acompanharam experiências piloto de banda larga pela rede elétrica (chamada de PLC, Power Line Communications) em várias regiões do país, como Restinga, em Porto Alegre e Barreirinhas, no Maranhão. Tecnologias em uso no exterior, como modelos de PLC explorados no Texas, Estados Unidos, e na Espanha, foram avaliados.
 
Esta semana, no dia 13, uma empresa do grupo Eletropaulo, a AES Eletropaulo Telecom vai demonstrar um apartamento com conexão que chega pela rede elétrica. A empresa deverá anunciar na data seu plano de negócio para explorar o serviço.
 
Para usar web por PLC, o usuário deve ter um modem específico. No Brasil, a Panasonic já exibiu alguns modelos de modem capazes de conectar PCs à banda larga só pela rede elétrica.
 
Viabilidade econômica
O uso de linhas de transmissão de energia para conectar um usuário até um servidor deverá superar não só as barreiras regulatórias, mas também econômicas.
 
Em áreas como as regiões centrais de grandes cidades a tecnologia pode revelar-se pouco interessante, visto que já há nestas regiões infra-estrutura de DSL, cabo e fibra óptica disponível.
 
Em localidades distantes, como pequenas cidades no interior do Brasil ou mesmo na periferia de grandes centros, o PLC deve revelar-se economicamente mais atraente, pois nestas localidades seria mais barato explorar as linhas elétricas para transmissão de dados, uma vez que a infra-estrutura elétrica já está pronta.
 
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Fonte: Convergência Digital
[13/11/08]   Banda larga incrementa demanda por circuitos de alta capacidade por Ana Paula Lobo

Vamos interagir?
Equipe do Convergência Digital
Ana Paula Lobo - analobo@convergenciadigital.com.br
Luiz Queiroz -
queiroz@convergenciadigital.com.br
Cristina de Luca -
deluca@convergenciadigital.com.br


Mesmo com os planos das operadoras de construírem infra-estruturas próprias de última milha para redução de custos com aluguel de meios de transmissão - TIM e Embratel estão licitando seus backbones - a demanda por circuitos de alta capacidade superou todas as expectativas da Eletropaulo Telecom para 2008.

O crescimento deverá ficar acima de 30% e, até o momento, segundo a diretora geral da empresa, Teresa Vernaglia, não foi sentida nenhuma redução de pedidos. "Há um tempo para a maturação dessas redes próprias e as teles precisam de circuitos agora para atender a explosão da banda larga", diz.

"A procura pelo nosso serviço é intensa e marcante. Principalmente por parte das operadoras móveis, que estão com a 3G à porta. Mas as operadoras fixas também estão ampliando suas malhas. E posso dizer que, mesmo com a crise, não percebemos redução de pedidos", acrescentou a executiva. Os canais mais procurados são os com capacidade de ou superior a 55 Mbits.

Nesta quinta-feira, 13/11, em evento para a imprensa na capital paulista, a Eletropaulo Telecom anunciou estar pronta para a oferta comercial de banda larga via rede elétrica. Fica faltando apenas a regulamentação do serviço por parte da Anatel.

A Eletropaulo Telecom possui uma rede de 2 mil quilômetros de fibras ópticas distribuídas por 24 municípios da Grande São Paulo. A companhia que completa 10 anos de atividade, registrou em 2007, um faturamento de R$ 65,3 milhões, atuando cmo "carrier das carriers", ou seja, vendendo infra-estrutura para operadoras, sem oferta para clientes finais.

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[16/09/08]  Banda larga na rede elétrica: mitos e verdades por Jana de Paula

Vamos interagir?  :-)
Jana de Paula: jana@e-thesis.inf.br


Expira no próximo dia 29 de setembro o prazo dado pela Anatel para a consulta pública ao regulamento do uso da rede elétrica para internet em banda larga. Para a maioria dos players Aprove Imagemenvolvidos neste mercado, esta regulamentação traz à discussão um tema de interesse e que movimenta vários pesos pesados das áreas de energia, telecomunicações e fabricantes há alguns anos.

Neste debate, porém, dois conceitos são apresentados como verdade absoluta quando, de fato, não passam de 'ouro de tolo'. Ou seja, de que será possível ampla e irrestrita banda larga em 98% da rede elétrica e, por conseguinte, à mesma proporção do território nacional. E o que faz da interferência a outros serviços de telecom um vilão invencível. Nesta conversa com Rogerio Botteon Romano (foto), pesquisador de telecomunicações da Gerência de Infra-estrutura de Redes do CPqD, foram abordados estes mitos e levantados os modelos de negócios factíveis, em curto e médio prazos.

Enquanto não se regulamenta o uso da rede externa de energia elétrica, o PLC - Power Line Communications, ou sistema de telecom que utiliza a rede elétrica de distribuição como meio de transmissão - vai sendo adotado para implantação de redes locais privadas no cabeamento interno, ou seja, na parte da rede do usuário, seja ele corporativo ou residencial. A Light, do Rio de Janeiro, tem este serviço de telecom para prédios residenciais. A Cemig, de Belo Horizonte, para residências e escolas. A maior, a Eletropaulo, fornece o PLC na rede interna para soluções residenciais, corporativas e de ensino na Região Metropolitana de São Paulo, além de vários outros projetos semelhantes prestados pelas diversas concessionárias de energia elétrica do país.

O que se deseja agora é regulamentar o uso da rede externa, como nova alternativa de fornecimento de banda larga em ampla escala. De fato, a rede elétrica tem potencial para transmitir multimídia (canais de TV), telefonia (voz) e internet em banda larga. Isto tudo adicionado a outro portfólio que inclui medição e balanço energético, com redução de custo eficiente. Este modelo já é adotado em mercados maduros, como nos Estados Unidos e no Reino Unido. Mas, para que a rede elétrica no país atue como mais um meio de transmissão de serviços de comunicação é necessário um amplo entendimento e a realização de minuciosos modelos de negócios que tragam rentabilidade e confiabilidade.

Até que se chegue a este consenso, algumas questões devem ser levantadas - e respondidas. Como será o modelo de banda larga via rede elétrica externa do país? As concessionárias de energia elétrica concederão suas redes para outros players, inclusive os de telecom? Ou atuarão diretamente no mercado? Que tipos de rede terão preferência? Uma rede totalmente fixa, com fibra óptica na interligação da central de transmissão com a subestação de eletricidade? Ou se dará prioridade a uma rede híbrida, onde a interligação dos dois serviços será feita por tecnologias de radiofreqüência, como Wi-Fi e WiMAX? Que tipo de 'limpeza' será exigida da rede elétrica para que ela esteja apta a transmitir em IP?

O fato é que o uso da rede elétrica para provimento de serviço em banda larga dá uma forte 'mexida' no mercado. Além da disposição das concessionárias da rede propriamente ditas, é fundamental a participação, desde o DNA deste tipo de serviços, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que terá que trabalhar em estreita parceria com a Anatel e a Aneel, as agências reguladoras de telecom e de energia elétrica. Um fato é claro: ao final do processo haverá um ganho bastante democrático: os serviços de telecom ganham um novo meio de transmissão, as concessionárias de energia podem se transformar em rede toda IP - e estar mais aptas a coibir roubos e evitar acidentes; e o usuário, além de receber banda larga pela velha rede elétrica, terá um serviço mais eficiente de fornecimento de eletricidade e, consequentemente, de melhor custo/benefício. Um verdadeiro nirvana...

Quem disputa nesta arena

O problema são os passos que se deve dar para atingir este admirável mundo novo. Como já dito, a primeira providência, após a regulamentação, as especificações e as definições de praxe, é a escolha do modelo ou modelos de negócios. "Para quem já tem backbone de fibra óptica, o negócio é bom de imediato. E, para quem não tem, é bastante viável o uso de rede WiMAX, com IP, numa solução híbrida. Assim, quem é que está mais próximo da rentabilidade? Primeiro quem tem backbone; depois, o dono da rede elétrica; e, em seguida, os vendors de infra-estrutura, modems e outros dispositivos móveis ou fixos e de serviços. No caso específico das concessionárias há um ganho extra: elas podem adotar o uso corporativo na própria rede, com significativa economia", avalia Romano.

Segundo o especialista, o CPqD tende mais para o modelo do PLC como integrante de uma solução híbrida, ou seja, composta de fibra, WMAX e/ou Wi-Fi, até para o mercado ganhar força. "Já que não é preciso instalar a rede, as soluções sem fio podem se mostrar atraentes, sobretudo em situações que requeiram muitos repetidores", acrescenta Romano. Uma vantagem do PLC surge de imediato: sua adoção em áreas de alta densidade populacional, pois, ao contrário do DSL, por exemplo, o sistema permite que a rede se regenere e se amplifique.

O modelo com inclusão digital

Muito se fala, nesta etapa de consultas e sugestões, sobre uma possível capacidade da banda larga via rede elétrica em projetos de inclusão social. De fato, existe o piloto coordenado pela Aptel PLC Brasil - com FITec, Cemar, Eletropaulo, Celg, EBA, Samurai, Positivo e Star One - para levar banda larga (45 Mbps) numa escola de ensino fundamental com 365 alunos em Barrerinhas, no Maranhão. O projeto de inclusão social e digital tem o apoio do Sebrae e da Secretaria Estadual de Saúde. Como este há outros - o Restinga, em Porto Alegre (RGS), o Bandeirante, em São Paulo (SP). Mas, pelo número e o porte dos players envolvidos nestes projetos, que se pode classificar de pequeno porte, é possível enxergar o nível de parceria envolvido e os custos implicados.

"Não vejo a inclusão digital como a principal aplicação do PLC. Prefiro acreditar que há outras formas de ele decolar", adverte Romano. Aí, novas questões se pousam. Quem vai realizar as instalações necessárias? O próprio governo? Haverá planos de metas de inclusão digital para os players interessados, como no caso das outorgas da 3G?Estarão as concessionárias de energia elétrica dispostas a reduzir a tarifa de concessão de eletricidade diante do aumento de receita originário destes serviços de banda larga através de sua rede? Como se vê, antes de se pensar em projetos de inclusão de grande porte, mais uma vez, é preciso se elaborar um minucioso plano que inclua um detalhado calendário de retorno sobre investimentos (ROI).

"Como já disse, os modelos de negócio mais viáveis para o PLC atualmente são o que implicam outro tipo de meio acoplado a ele, seja fibra óptica ou tecnologias de radiofreqüência. As grandes cidades, com seus amplos backbones de fibra óptica, podem ser consideradas o filé mignon deste negócio. As áreas com pouca densidade populacional não são atualmente o melhor mercado. Mas, com a regulamentação do PLC e a elaboração de um minucioso ROI é possível torná-lo rentável. A oferta de equipamentos ainda é incipiente, sobretudo internamente. O modem com gerenciador é um equipamento fundamental, por exemplo. Hoje há alguns players estrangeiros competindo no mercado local. A Current (dos EUA), por exemplo, realiza testes com a Eletropaulo em projetos de telecom em prédios residenciais (banda indoor)", pondera o especialista.

Interferência, o vilão

Está constatado, principalmente em redes que adotam meios sem fio, que existem problemas de interferências em linhas de visada. Também, nas redes externas de PLC já implantadas no mundo, notou-se o quanto os eletro-domésticos 'sujam ' a rede elétrica, bem como alguns tipos de lâmpadas compactas. Mas tudo é uma questão de especificação. Assim, a interferência, que é o problema número um quando se trata de PLC, pode, sim, ser mitigada. Até porque a capacidade de interferência em outras redes não é exclusiva do PLC.

As redes de TV a cabo, quando há rompimento do cabo coaxial, também são fortes poluidoras e trata-se de uma rede super utilizada. Mas, por ser um serviço regulamentado, quando há vazamento, seja por falha técnica, humana ou vandalismo, ou seja por conectores mal feitos e/ou mal instalados, é possível o controle, monitoramento e mitigação dos problemas verificados. O mesmo ocorrerá ao PLC, depois de regulamentado e, por ser uma rede subutilizada, seus problemas não serão maiores que o verificado neste exemplo da TV a cabo.

"Trata-se de um segmento onde a regulamentação é indispensável. Todos os países que adotam este tipo de serviço elaboraram suas regras. O fato é que o PLC está numa freqüência que pode interferir em vários serviços, já que trabalha numa faixa ampla - de 1,7 MHz a 30 MHz. E, como atua em todas as faixas em modulação similar ao DSL, ao TLC e ao rádio etc., a interferência deve ser controlada para a prestação de um serviço de qualidade. Hoje a mitigação deste problema está avançada. O CPqD fez vários testes nos chamados PLC de segunda geração e constatou isso", disse Romano.

Em longo prazo, o PLC pode se transformar em opção tecnológica para implantação da rede de comunicação orientada nos conceitos de SmartGrid, além de rede de acesso externo à banda larga.

Os tipos de PLC

Há três tipos de rede PLC. O de média tensão (20 kV - 11,9 kV) é usado exclusivamente pelas concessionárias de energia elétrica. O de baixa tensão (220V-110V) é o indicado para o uso da rede de distribuição de energia das concessionárias no fornecimento de serviços de telecom para residenciais e escritórios. Há ainda PLC na rede interna, de uso do cabeamento interno de prédios e casas para estabelecer redes locais privadas.

No caso de um PLC em rede de baixa tensão, que é o que leva banda larga outdoor, o backbone de internet é levado pela mesma tensão dos transformadores (tensão média). Ou seja, a banda larga chega até os transformadores em média tensão e é distribuída para as casas em redes de baixa tensão (220 V-110 V). Neste ponto da rede é que também são instalados os regeneradores de PLC (para controlar interferências). O backbone de internet também pode vir direto da subestação (por fibra óptica). Quanto ao cliente, ele instala um modem PLC em sua casa e passa a ter banda larga.

PLC nas faixas de 80 MHz a 1,6 MHz

De início (há dez anos), o plano entre os pioneiros, era de as próprias concessionárias de energia se tornarem as fornecedoras de serviços de telecom. Os sistemas PLC foram desenvolvidos inicialmente por pesquisadores da Nor.Web - empresa formada entre Northern Telecom (Nortel) e United Utilities. As primeiras redes de telecom em PLC basearam-se em fibra óptica, numa rede totalmente com fio. Neste caso, o centro de operação do sistema de comunicações é interligado à subestação de energia elétrica por fibra óptica e transmitido ao consumidor até a rede primária de média tensão/PLC (o transformador instalado nas ruas, dos quais se bifurcam os fios para as residências) As residências, tecnicamente, recebem a chamada rede secundária de baixa tensão (a conexão entre a rede primária e a secundária seria a última milha).

Assim, enquanto na concessão de telefonia fixa comutada o xis da questão é a última milha, na da rede elétrica a ponta principal fica entre o transformador e a subestação, que é onde se instala a rede de transmissão de dados, voz imagem etc.

A rede híbrida

No caso da rede híbrida, a estação de base, ou centro de operações (telefonia, multimídia e internet), é interligada à rede secundária de baixa tensão (a que fica nas vias públicas, no transformador), dispensando a interligação com a subestação. A banda larga chega sem fio na casa do cliente, com uma vantagem: o cliente que dispuser de uma antena wireless, femtocell, Wi-Fi, WiMAx etc. pode adquirir mobilidade nesta rede. Este tipo de rede híbrida WLAN-PLC está num estágio entre a segunda e a terceira geração.

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Fonte: TelecomOnline
[10/09/08]   PLC volta à cena com a promessa de universalização da banda larga  por Marineide Marques

Vamos interagir?  :-)
Equipe do
TelecomOnline:

Wanise Ferreira (
wanise@telecomonline.com.br) - Jornalista com mais de 12 anos de experiência no mercado de TI e telecomunicações. Na Plano Editorial participou da criação da newsletter Telecom Urgente e do site Telecom Online, assumindo, posteriormente, o cargo de editora-executiva das publicações, assim como do Jornal Telecom. Sua experiência jornalística envolve ainda a cobertura da área de Economia em jornais de grande circulação, como o Globo e O Estado de São Paulo. No Jornal da Tarde foi também chefe de reportagem de Economia.

Marineide Marques (
marineide@telecomonline.com.br) - Jornalista com grande experiência na área de telecomunicações, acumula passagens por jornais, revistas e agências de notícias. Iniciou a cobertura do setor por ocasião da privatização do Sistema Telebrás, em 1998, para o InvestNews, da Gazeta Mercantil. Desde então, já escreveu sobre o tema para a Agência Estado, Valor Econômico, Forbes e IstoÉ. Antes disso, atuava nas editorias de Economia e Negócios.

Consulta pública retoma o debate sobre a tecnologia, que ainda precisa vencer desafios técnicos e mercadológicos.
 
A consulta pública aberta pela Anatel trouxe aos holofotes o PLC, sigla para Power Line Communications, tecnologia que permite a oferta de banda larga pela rede elétrica. A tecnologia não é nova – só no Brasil ela é testada há quase dez anos -, mas os avanços registrados nos últimos anos dão esperança de que ela possa se tornar realidade. A promessa do PLC é animadora: transformar todas as tomadas em ponto de rede e levar banda larga a todas as localidades sem necessidade de novos cabeamentos, afinal a rede energia elétrica cobre praticamente todo o Brasil. É o sonho da universalização do acesso à internet.
 
Até lá, no entanto, falta vencer os desafios técnicos e mercadológicos, afinal a tecnologia ainda não se provou mais barata que o ADSL. No Brasil, praticamente todas as concessionárias de energia elétrica já testaram o PLC em maior ou menor grau. Agora, com a proposta de regulamentação em curso, o interesse foi redobrado, dada a perspectiva de disponibilidade de equipamentos.
 
A consulta pública aberta pela Anatel não visa regulamentar a tecnologia, mas sim estabelecer as condições de uso e as características dos equipamentos, que passarão a ser certificados pelo órgão regulador. O regulamento também estabelece as freqüências nas quais os sistemas podem operar. Apesar de o PLC funcionar por cabo, há emissões indesejadas, que vazam pelo fato de o cabo da rede elétrica não ser blindado. Com o regulamento, a Anatel estabelece as condições para que estas emissões não interfiram nos demais serviços e como devem ser tratadas estas interferências. De maneira geral, as emissões acontecem na faixa entre 1,7 MHz e 30 MHz. A consulta pública vai até 29 de setembro e a expectativa é de que a regulamentação esteja publicada até o final do ano.
 
O grande desafio da tecnologia é justamente superar as interferências. “A rede elétrica, por sua própria constituição, apresenta muito ruído, mas a tecnologia já está bastante evoluída”, afirma o diretor do Fórum PLC na Associação de Empresas Proprietárias de Infra-Estrutura e de Sistemas Privados de Telecomunicações (Aptel), Paulo Pimentel. Nos primeiros estágios do PLC, a conexão era seriamente prejudicada pela interferência de outros dispositivos elétricos. Ou seja, a rede caía cada vez que se ligava o secador de cabelo ou o liquidificador. A evolução da tecnologia já suporta oscilações como estas, dada o isolamento conseguido nos equipamentos.
 
Na avaliação de Pimental, a regulamentação deve alavancar o primeiro grande uso do PLC, que são as aplicações de automação e medição de uso próprio da concessionária de energia. Essas aplicações já são usadas em baixa escala no Brasil e permitem a leitura remota dos medidores de energia elétrica, sem que um técnico precise ir ao local para realizar a tarefa. “A Itália tem 30 milhões de medidores conectados com a tecnologia”, informa Pimentel.
 
Mas é na oferta de serviços de banda larga que está a grande atratividade do PLC. Na teoria, as concessionárias de energia podem se tornar provedoras de serviços de telecomunicações, competindo com as teles. Ou podem ser parceiras das teles, entrando com a oferta de infra-estrutura para que elas ofereçam o serviço ao consumidor final. O modelo de negócios do PLC ainda é uma incógnita, já que a tecnologia é tão nova, mas os caminhos seguidas pela Brasil Telecom e pela Copel, por exemplo, mostram que as possibilidades são amplas.
 
Pioneirismo com o Videon
 
A BrT foi a primeira operadora brasileira a utilizar comercialmente o PLC. A solução vem sendo usada desde o início do ano na versão indoor, ou seja, dentro da casa do assinante, para transmissão do Videon, o serviço de IPTV da concessionária. Os testes começaram em 2006 e se mostraram satisfatórios, de acordo com o Sebastião do Nascimento Neto, engenheiro consultor de telecom da BrT. “Alcançamos taxas de transmissão de 200 megabits”, diz. Ele destaca que o PLC vem se mostrando bastante apropriado para fazer a conexão internamente, entre o modem, por onde chega o sinal do ADSL, e o aparelho de televisão. “Na maioria das vezes, a TV não está ao lado do computador e nem sempre é possível levar o cabo do ADSL até a sala de visitas. O PLC foi a solução”, explica.
 
Os planos da BrT para o PLC não param por aí. A operadora parte agora para testes com a solução outdoor, usando a rede de distribuição da concessionária de energia. Para esta primeira experiência, os trâmites foram acertados com a Celg, de Goiás, e os primeiros pilotos começam ainda este ano. “Enxergamos o PLC como complementar ao ADSL, para levar a banda larga onde a minha rede não alcança”, explica Nascimento.
 
Segundo o consultor, é vislumbrada uma série de serviços a serem oferecidos por meio da tecnologia PLC. A BrT começa a testar, por exemplo, uma espécie de PLC gateway, capaz de alimentar pequenos prédios comerciais. O equipamento é plugado na caixa de força do edifício e transforma todas as tomadas em ponto de rede. O ADSL, que chega pela rede de cabos telefônicos da concessionária de telefonia, é ligado no mesmo dispositivo, levando a banda larga para todo o prédio. Dessa forma, é eliminada a necessidade de modems em cada andar ou para cada microcomputador. “É uma solução apropriada para pequenos edifícios comerciais e muito atraente para hotéis e pousadas, por exemplo”, diz Nascimento.
 
Ele destaca que nos países europeus e no Japão já são comercializados gateways que integram ADSL, Wi-Fi e a interface de voz. Assim, com um único equipamento, a operadora oferece os três serviços, com a vantagem de dispensar o cabeamento interno. “A maioria das residências não tem cabeamento preparado para a variedade de serviços que existe hoje. O PLC resolve o problema usando a rede elétrica, que já está presente em todas as casas”, diz.
 
Nascimento assegura que a evolução dos equipamentos permitiu minimizar as interferências do uso da rede elétrica. “Os dispositivos mais modernos são capazes de absorver as flutuações sem derrubar a rede. A taxa de sucesso está em 80%”, informa.
 
Disputa com as teles
 
Enquanto a BrT vê a Celg como parceira, o modelo da Copel, no Paraná, é de concorrer diretamente com as teles na disputa pelo cliente final. “Com o PLC, resolvemos o problema de acesso”, diz o consultor para a área de telecom da Copel, Orlando César de Oliveira, que prevê uma revolução no setor com o início das ofertas comerciais de PLC. A própria Copel já testou a tecnologia em 2001 e 2002, sem que os resultados permitissem um lançamento comercial. Agora, com a evolução dos sistemas, está mais otimista. A empresa prepara um novo teste com PLC envolvendo 300 assinantes e um modelo inédito de negócio: a web sob demanda, ou WoD. A idéia é oferecer, pela rede elétrica, serviços de voz, banda larga, vigilância/segurança e vídeo sob demanda. Segundo Oliveira, a tecnologia disponível hoje permite o acesso a uma velocidade de 50 megabits por segundo. “Entramos na era da wideband”, diz ele.
 
Para o teste, a Copel fechou acordo com a BPL Global, que funcionará como integradora das soluções da sueca Ilevo. Nesta primeira fase, o projeto consumirá cerca de R$ 1 milhão, considerando apenas a compra dos equipamentos. Segundo Oliveira, o objetivo é dar impulso à tecnologia PLC e atrair investidores para o projeto. Em uma segunda fase, a Copel quer usar o PLC para cobrir todo um município, com a ambição de chegar a 3 milhões de usuários na fase 3. “Mas, antes disso, o business plan terá que mostrar a viabilidade econômica do projeto”, diz o consultor.
 
A idéia da Copel é oferecer ela própria os serviços de voz e acesso à internet, constituindo-se em mais um player no mercado de telecomunicações. “A Copel tem 3,5 milhões de consumidores, dos quais já tem todos os dados e conhece os hábitos de consumo”, destaca. A empresa já atua na oferta de conectividade para o mercado corporativo por meio da Copel Telecom, que também trabalha em parceria com as teles vendendo capacidade de infra-estrutura. A rede da empresa cobre 180 cidades, com mais de 180 quilômetros de fibra, e atende 600 empresas. Para este público, a Copel está dando mais um passo na oferta de serviços: a empresa entrou com pedido de licença de STFC (Serviço Telefônico Fixo Comutado) para oferta de voz. Com isso, ganhará um plano de numeração e entra na disputa direta do cliente com as concessionárias de telefonia.
 
Para oferecer o serviço de telecom, seja ele em qualquer modelo de negócios, praticamente todas as concessionárias de energia constituíram subsidiárias para a área de telecomunicações, já que a regulação do setor de energia elétrica veta a oferta pela própria empresa. Uma das mais antigas é a Infovias, braço da mineira Cemig, que realizou testes com o PLC em 2002. “Desde então, problemas como interferências e quedas foram minimizados”, explica o gerente de engenharia de redes, Wanderley Maia Filho. Agora, com a regulamentação dos sistemas, ele conta que a idéia é usar o PLC na última milha, aquela que chega ao usuário final. “A tecnologia deverá ser usada complementarmente à rede óptica”, explica. Maia Filho faz uma ressalva: o PLC deverá ainda ser avaliado do ponto de vista econômico, comparativamente a outras tecnologias em estudo pela Infovias, como Wi-Fi, Wi-Mash e WiMAX. O modelo de negócios, no entanto, não deverá ser alterado. “Continuamos com foco no corporativo. Não temos a intenção de chegar ao cliente residencial”, diz ele.
 
Outras empresas, sem a licença para serviços de telecom, avaliam os sistemas somente para uso próprio. É o caso da Celesc, de Santa Catarina, que também testou o PLC há mais de cinco anos para conhecer a performance da tecnologia. “A tecnologia não estava tão madura, motivo pelo qual optamos por investir na infra-estrutura óptica”, afirma o chefe da divisão de manutenção e instalação de telecomunicações da concessionária, Edson Luiz Souza. Segundo ele, a Celesc deve aguardar para ver o que acontece com a tecnologia pós-regulamentação, para decidir pela adoção ou não do PLC. “Os preços dos equipamentos ainda não são competitivos”, pondera Souza.
 
Não são apenas as concessionárias de energia que estão de olho no potencial de negócios com PLC. Os fabricantes de equipamentos também estão atentos às possibilidades que se abrem com a nova tecnologia. E ela deve por em cana nomes até então distantes do mercado de telecomunicações, como é o caso da Panasonic, mais conhecida pela fabricação de aparelhos de áudio e vídeo. “A proposta da Panasonic é integrar a solução de PLC aos equipamentos”, diz o consultor técnico da empresa, Eduardo Kitayama. Ele conta que, no Japão, a Panasonic já comercializa equipamentos como porteiro eletrônico e até TV de plasma com conexão para PLC, além do próprio modem de acesso. “A regulamentação deve favorecer a disseminação da tecnologia”, diz ele. Enquanto isso, a Panasonic procura parceiros no Brasil para demonstrar suas soluções baseadas em PLC. Kitayama informa que a empresa está fechando uma parceria com um fabricante de medidores de água e energia elétrica para embutir a tecnologia nos equipamentos, o que permitirá a leitura dos dados remotamente.
 
Outra aposta da Panasonic, e de toda a comunidade envolvida com PLC no Brasil, são os novos testes com a tecnologia que começam a ser feitos em Barreirinhas, no Maranhão. A Aptel já havia realizado uma experiência piloto de seis meses em 2004. Agora, parceria com a iniciativa privada e governos, serão aportados mais de R$ 5 milhões em dois anos de experiências, que envolvem inclusive aplicações inovadoras, como o uso do PLC como canal de retorno para a TV digital.
 
Essa aplicação, em particular, conta com o apoio da Comunidade Européia, que está colocando 2 milhões de euros no projeto, além do suporte de fabricantes europeus e japoneses. O interesse da Comunidade Européia se justifica pelo fato de o PLC já estar em estágio mais avançado na região, que deseja disseminar o padrão, mais amplamente usado em aplicações outdoor, ao passo que o padrão japonês tem se mostrado mais adequado a aplicações indoor.
 
Outros fabricantes deverão aportar mais R$ 1,5 milhão na experiência piloto, que pretende mostrar a viabilidade do PLC para oferta da banda larga. Em parceria com a Panasonic, será usado um link do Gesac (Governo Eletrônico – Programa de Atendimento ao Cidadão) para levar o acesso a uma biblioteca local, transformando as tomadas em pontos de rede. Outro sistema, desta vez outdoor, deve conectar outros 50 pontos em toda a cidade e a idéia é estender a experiência para mais de 100 pontos até o final do ano. O presidente da Aptel, Pedro Luiz Jatobá, acredita que a regulamentação do PLC deve favorecer a vinda de outros fornecedores para o país, contribuindo para disseminar o uso da tecnologia.
 
O interesse pela tecnologia chega também ao meio acadêmico. A UniverCidade, instituição privada de ensino do Rio de Janeiro, inseriu a matéria de BPL (Broadband Power Line) no curso de graduação tecnológica e no curso de pós-graduação em redes de computadores da Escola de Ciências Exatas e Tecnologia. A iniciativa contou com a parceria da AES Communications, prestadora de serviços de telecomunicações no Estado do Rio de Janeiro que vem realizando testes com a tecnologia há anos. A AES Com equipou um laboratório com a tecnologia, além de treinar os professores, que abordam a evolução da tecnologia, requisitos para sua implementação, principais aplicações, interação com outras tecnologias, topologias de rede e configuração de equipamentos.

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Fonte: Convergência Digital
[30/09/08] Sky critica proposta da Anatel para regulamentação do PLC por Luiz Henrique Ferreira

A proposta da Anatel de regulamentação de uso do sistema de acesso em banda larga via a rede de energia elétrica (PLC) é omissa e não contempla a forma como se dará a oferta do serviço de banda larga ao usuário final. Esta foi a questão apontada pela Sky em sua contribuição à consulta pública encerrada nessa segunda-feira (29) e disponibilizada na página da Agência nesta terça-feira (30).

Na opinião da Sky, a Anatel deve aproveitar o momento de discussão e dispor sobre as regras da oferta dos serviços através dessa tecnologia. Para a empresa, esse ponto é crucial para garantir a competição no setor e alcançar os princípios fundamentais consagrados na Lei Geral de Telecomunicações.

A operadora de TV por Assinatura reconhece que a proposta apresentada pela Agência representa um avanço para o País, a competição e, sobretudo, para o consumidor. Entretanto, a Sky ressalta a necessidade de as autoridades reguladoras atentarem para a criação de regras de concorrência relativas ao acesso às redes.

Para a operadora, a vantagem da conexão à internet via rede elétrica é que a infra-estrutura já está disponível e, sendo assim, não há necessidade de grandes investimentos para a sua implantação. Portanto, qualquer localidade que desfrute de energia elétrica terá condições de ter acesso à internet em alta velocidade.

Mas para que isso aconteça a empresa defende que sejam estabelecidas adequadamente regras de oferta dos serviços de banda larga via rede elétrica "ex ante" [termo que indica o que os agentes econômicos desejam ou esperam fazer], priorizando o acesso por novos entrantes e fomentando a competição através da regulamentação. Para a Sky, caso isso não ocorra, o que se verá é o fortalecimento do monopólio de acesso à última milha pelas concessionárias locais, gerando efeitos perversos no mercado de telecomunicações e desestímulos aos investimento na infra-estrutura e na inovação tecnológica.

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Fonte: Convergência Digital
[30/09/08]   Intelig adverte Anatel sobre regulamentação do PLC por Luiz Henrique Ferreira

A Intelig acredita que o caminho trilhado pela Anatel com a proposta de regulamentação do PLC (Power Line Communication) é perigoso e pode exigir novas regulamentações específicas para cada nova tecnologia que vier a surgir. A manifestação da Intelig faz parte das contribuições à consulta pública sobre a proposta de regulamentação das condições de uso do sistema de acesso em banda larga utilizando a rede de energia elétrica.

A consulta se encerrou nesta segunda-feira (29), e as contribuições estão disponíveis a partir desta terça-feira (30), na página da Agência. Segundo a Intelig, o posicionamento da Anatel coloca em risco o efeito das novas tecnologias sobre a competição, uma vez que o tempo que a agência irá levar para regulá-las certamente anulará a vantagem que elas proporcionariam.

A Intelig sugere, em sua contribuição, a retirada da menção ao serviço que deverá ser prestado por meio da rede de energia elétrica, ou seja, serviços baseados no SCM (banda larga), mantendo o termo genérico "serviço de telecomunicações". Dessa forma, o regulamento passaria a ser editado como "Regulamento sobre Condições de Uso da Oferta de Serviços de Telecomunicações utilizando Rede de Energia Elétrica".

O segundo ponto levantado pela empresa diz respeito à transparência que deve ser dada à oferta da rede de energia elétrica às operadoras de telecomunicações. Segundo a Intelig, as prestadoras de telecomunicações possuem hoje uma série de amarras (desde oferta pública até preços tabelados) para a exploração industrial de suas redes.

Paraa Intelig, tais obrigações, conquistadas ao longo do tempo, são um passo no caminho da justa competição, por isso esse espírito deve ser preservado. No entanto, ocorre que as concessionárias de energia elétrica não estão sujeitas à regulamentação da Anatel, salvo se forem prestadoras de algum serviço de telecomunicações.

Por isso, a prestadora sugere que o texto seja expedido na forma de resolução conjunta, assim como aconteceu com o regulamento para compartilhamento de infra-estrutura entre os setores de Energia Elétrica, Telecomunicações e Petróleo. De acordo com a Intelig, tal resolução traria mais segurança jurídica para a questão regulada, visto que isso abarcaria os dois órgãos reguladores afetados, Anatel e Aneel.

A Intelig defende ainda a necessidade de colocar no texto mecanismos que busquem garantir a transparência do acesso às redes de energia elétrica disponíveis a todos os interessados. A empresa sugere a adoção de mecanismo de publicidade já constante na Resolução Conjunta nº. 01, no seu artigo 9º, como forma de dar a devida transparência à oferta de rede de energia elétrica disponível para se prestar serviços de telecomunicações.
 


 

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