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Novembro 2008               Índice Geral do BLOCO

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21/11/08

• PGO: "Entenda o setor de telecomunicações no Brasil" + "Para os amigos, tudo. Até uma nova lei" + Msgs de Rogério Gonçalves e Alice Ramos

----- Original Message -----
From: Helio Rosa
To: Celld-group@yahoogrupos.com.br ; wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Cc: tele171@yahoo.com.br ; Alice Ramos ; bruno@openline.com.br
Sent: Friday, November 21, 2008 5:14 PM
Subject: PGO: "Entenda o setor de telecomunicações no Brasil" + "Para os amigos, tudo. Até uma nova lei" + Msgs de Rogério Gonçalves e Alice Ramos
 
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
 
No dia 21 de abril deste ano o "Serviço ComUnitário", com este "post", Fusão Oi/BrT e PGO (01) - "Entenda o setor de telecom no Brasil", começou a acompanhar a mídia e a incentivar o debate nos fóruns.

Rogério Gonçalves referenciou hoje, em sua mensagem, esta notícia:
Fonte: Estadão
Lula assina decreto do PGO que permite fusão Oi/BrT
 
Temos muitos recém-chegados (graças ao bom Deus!) e certamente muitos vão se interessar pela novas repercussões e vale uma recordação/ambientação.

Conforme indicado acima, no citado primeiro "post" de uma longa série no BLOCO, citamos esta matéria que vale a pena reler:
Fonte: Folha Online, em Brasília
[25/04/08   Entenda o setor de telecomunicações no Brasil por Lorenna Rodrigues
(Obs: este texto vale como um resumo e agradecemos adaptações e atualizações para que possa participar das nossas constantes "repetições"...)  :-)
 
Muito atual também esta matéria:
 
Fonte: Observatório da Imprensa
[29/04/08]   Para os amigos, tudo. Até uma nova lei por Carlos Brickmann  
 
Recebi em "pvt" a informação que a BrT já "começou o processo antecipado de demissão de funcionários para não macular a nova empresa" e agradecemos confirmações, se possível, através de alguma publicação.
 
Outras matérias de ontem/hoje não transcritas nesta mensagem (obrigado, Bruno Cabral, pelas indicações!):

Fonte: Teletime
[20/11/08]   Novo PGO sai nesta sexta, 21
Dowload do Decreto
 
Fonte: Estadão
[20/11/08]   PPS apresentará no Congresso decreto para sustar PGO por Gerusa Marques - Agencia Estado
 
Fonte: Convergência Digital
[21/11/08]   Sai Decreto da Revisão do PGO que garante fusão Oi/BrasilTelecom

Fonte: Convergência Digital
[21/11/08]   PGO: Telcomp solicita transparência da Anatel e critica governo federal

Fonte: TelecomOnline
[21/11/08]   Oi entrega pedido de anuência prévia na Anatel e assume negociação direta com Brasil Telecom
 
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
 
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Fonte: Folha Online, em Brasília
[25/04/08   Entenda o setor de telecomunicações no Brasil por Lorenna Rodrigues
 
Um ano antes da privatização da telefonia, em 1998, foi sancionada a Lei Geral de Telecomunicações, que organizou o setor e determinou a criação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), dando assim os primeiros passos para a abertura do setor à iniciativa privada. A LGT dividiu o serviço em três regimes jurídicos: público, privado e misto.
 
No serviço público a tarifa é regulada pela Anatel que pode ainda estabelecer obrigações quanto à qualidade do serviço e a universalização da oferta.
Já no privado, preço e qualidade são regulados pelo mercado.
 
A telefonia fixa é considerada serviço misto.
Há empresas com a tarifa controlada pela Anatel e uma série de obrigações a cumprir, mas também outras que prestam serviços privados, cuja tarifa é regulada pelo mercado.
Essas últimas são chamadas de espelho, enquanto as primeiras são concessionárias.
 
Até hoje, as concessionárias eram Telefônica, Brasil Telecom, Oi, Sercomtel, CTBC e Embratel.
Com a fusão da Oi e Brasil Telecom, foi criada uma empresa de telefonia fixa de capital nacional.
 
Essas empresas têm concessão para operar o serviço até 2025.
Na época da privatização, o governo dividiu o país em regiões e cada uma das empresas recebeu uma área --com exceção da Embratel, que atua em todo o país. Nessa época, foi criado o Plano Geral de Outorgas que impede que uma mesma concessionária esteja presente em duas áreas diferentes. Se por acaso o controle de duas empresas passar a ser de uma mesma companhia, ela tem 18 meses para se desfazer de uma das áreas.
 
É o PGO que proíbe, por exemplo, que a Brasil Telecom e a Oi se fundem. O governo, porém, está em vias de anunciar novo documento para permitir a fusão das empresas.
 
Com a privatização, foram criadas também as empresas espelho, que atuariam nas mesmas áreas das concessionárias, mas sem a regulação da tarifa e sem obrigações.
Isso porque, enquanto as concessionárias herdaram as redes da Telebrás, as espelhos teriam que começar do zero.
Foi o caso da Vésper --comprada depois pela Embratel-- da Intelig e da GVT.
 
Para atuar como empresa espelho, basta pedir uma autorização para a Anatel.
A TIM, por exemplo, tem uma licença para oferecer serviços de telefonia fixa como uma empresa espelho.
 
Celular
No caso da telefonia celular, um serviço considerado privado, a Anatel não define tarifas: o preço é regulado pelo mercado.
Não há obrigações previstas em contratos, a não ser, por exemplo, no caso do leilão para freqüências em que a Anatel condicionou a venda das faixas à universalização do serviço.
 
Na telefonia móvel, há uma limitação física para a prestação do serviço.
Assim como as emissoras de rádio precisam ser divididas em estações ou, do contrário, uma teria interferência na outra, cada operadora de celular tem que usar uma faixa de freqüência diferente para evitar as interferências.
As faixas são leiloadas pela Anatel.
No ano passado, por exemplo, foram vendidas bandas para serviços de terceira geração, que permitirão maior rapidez no envio de dados e o acesso à internet pelo celular.
 
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Fonte: Observatório da Imprensa
[29/04/08]   Para os amigos, tudo. Até uma nova lei por Carlos Brickmann  
 
Alguns atribuem a frase ao ex-presidente Getúlio Vargas; mas parece mais provável que seja de outro presidente da República Velha, Arthur Bernardes, nas primeiras décadas do século passado. "Para os amigos, tudo; aos inimigos, a lei".
 
O Brasil mudou, como mostra o escândalo da compra da Brasil Telecom pela Oi: agora, para os amigos, também se oferece a lei. A gigantesca transação, que acaba de ser fechada, é integralmente ilegal: a Lei de Outorgas, em pleno vigor, proíbe uma operadora de telefonia fixa de comprar outra empresa do mesmo ramo que opere em outra praça. Mas ninguém se importou com isso (e a imprensa tratou a ilegalidade como uma side-story, uma curiosidade, mais vinculada aos amores e ódios de alguns jornalistas pelo banqueiro Daniel Dantas do que à manutenção da integridade legal). O BNDES, parte do governo, se dispôs a financiar boa parte da operação, mesmo sabendo que a lei a proíbe. E não é pouca coisa, não: são quase 2,6 bilhões de reais.
 
Nossa imprensa (e nossa sociedade) aceitou a tese de que, já que o governo se propõe a mudar a lei, desrespeitá-la não chega a ser grave. Afinal de contas, a lei vai ficar bonitinha, certinha, para regularizar o fato consumado.
 
E, se alguém perguntar por que a lei não foi mudada antes, para que a operação já se realizasse de maneira correta, dentro do novo quadro jurídico, a resposta é simples: os amigos merecem mais do que uma lei genérica, à qual possam adaptar-se. Para os amigos, a lei deve ser sob medida, tailor-made. Primeiro se faz o negócio, depois se muda a lei, de maneira a que cada detalhe sirva perfeitamente à transação que já foi feita, e permitindo que se torne legal o uso maciço de dinheiro público em benefício de grupos particulares – particulares, sim, mas amigos de quem vale a pena ser amigo.
 
O golpe dos preços
A Lei de Outorgas, que proíbe a compra de uma operadora de telefonia fixa por outra, de outra praça, tem um objetivo claro: estimular a concorrência. E é duro ver nos meios de comunicação, sem qualquer crítica, aquela velha história de que uma empresa de porte, operando em escala, terá condições de oferecer preços menores. Afinal de contas, qualquer jornalista que trabalhe na área econômica sabe com perfeição que o que rebaixa preços é a concorrência. Sem concorrência, por que o conglomerado Oi-Brasil Telecom iria baixar seus preços?
 
História velha
Aliás, mesmo que o pessoal não soubesse que a concorrência é importante na redução de preços, um caso bem recente deveria no mínimo acionar-lhes a memória. Lembra quando a Brahma comprou a Antarctica? Os objetivos eram dois: primeiro, garantir que uma grande empresa brasileira ganhasse porte para resistir às multinacionais; segundo, baixar os preços.
 
A grande empresa brasileira ganhou porte e se tornou um alvo muito mais desejável pelas multinacionais. Hoje, sua sede é na Bélgica. E alguém se lembra de alguma redução no preço de algum de seus produtos? Ler mais:  Para os amigos, tudo. Até uma nova lei

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----- Original Message -----
From: Rogerio Gonçalves
To: wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, November 21, 2008 1:04 AM
Subject: [wireless.br] Helio Costa e o novo PGO

Alô Povo e "Pova" do WirelessBR.

Tá lá no Estadão:
Lula assina decreto do PGO que permite fusão Oi/BrT

"Costa acredita que a união das duas empresas trará mais competição ao mercado e, conseqüentemente, redução de preços das tarifas.
Segundo ele, não deve haver concentração de mercado com a fusão da Oi e a Brasil Telecom. Costa lembrou que a principal empresa do País continua sendo a Telefônica, que é controlada pelo grupo espanhol de mesmo nome, que atua no Estado de São Paulo. A Oi e a Brasil Telecom juntas vão atuar em praticamente todo o Brasil, com exceção de São Paulo, triângulo mineiro e a região de Londrina, no Paraná."


Ou seja. Se o novo oligopólio (Broi) não vai invadir a praia do outro (Telefonica), de onde é que o ministro bonitão tirou essa idéia cretina de que vai haver mais competição no mercado? Só se for no mercado da telefonia móvel, porque no da telefonia fixa isso não vai rolar, literalmente, nem por decreto...

Falta pedir ao Hélio Costa para não esquecer de mandar as carteirinhas de idiotas para todos os assinantes do STFC da Broi, já que eles é que irão bancar a despesa de R$ 13 bilhões da compra da BRT, devidamente entubada nas tarifas mensais de telefonia fixa.

Será que alguém ainda lembra que a tarifa de assinatura era R$ 10,00 quando as concessionárias do STFC foram privatizadas juntas por cerca de R$ 11 bilhões em 1998? Alguém ainda lembra também que uma das principais justificativas para as assinaturas terem subido feito rojão era justamente a amortização dos investimentos realizados na aquisição do controle acionário das ex-subsidiárias Telebrás?

Ou o nosso ministro tem um QI um pouco superior ao de um frango, igual ao meu, ou estamos diante de um dos trambiqueiros mais idiotas do mundo, que acredita que vai conseguir enganar alguém com esse papo-furado.

Além de Hélio Costa, H e C também formam as iniciais de Habeas Corpus. Não duvido nada que, por causa do trambique da Broi, o nome do ministro bonitão esteja encalacrado em algum ponto do inquérito da operação Satiagraha.

Valeu?
Um abraço
Rogério

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----- Original Message -----
From: Alice Ramos
To: wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Cc: tele171@yahoo.com.br ; Helio Rosa
Sent: Friday, November 21, 2008 1:40 PM
Subject: Re: [wireless.br] Helio Costa e o novo PGO

Caro Rogério,

Você disse tudo que estava na minha pauta de hoje para o Marcelo Bechara, amigo. Só discordo quando você diz que a BROI não vai entrar em São Paulo, na verdade, a Oi já está lá abrindo caminho e pagando para usarem seus serviços, enquanto aqui, " eles nos roubam descaradamente". E mais, a SKY está na mira deles...... e o sonho de consumo maior, é em 5 anos estarem na Europa e América Latina.
Comprar sem meter a mão no próprio bolso, para quem pode, é um excelente negócio, concorda?
Tô nessa!!!!!!

Abraços,
Alice Ramos
 


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