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Outubro 2008               Índice Geral do BLOCO

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01/10/08

• TV Digital (30) - Interatividade e Ginga: Resumo + Coleção de notícias

----- Original Message -----
Sent: Wednesday, October 01, 2008 4:43 PM
Subject: TV Digital (30) - Interatividade e Ginga: Resumo + Coleção de notícias
 
 
01.
Este é o "Serviço Comunitário" sobre "TV Digital.

O objetivo do "Serviço" é informar e estimular o "compartilhamento" das opiniões, conhecimentos e experiências dos participantes.
O "Serviço" se completa com o debate do tema.

Estamos também em "campanha" para incentivar a interação de nossos membros com as autoridades, entidades públicas e da sociedade civil e com a mídia.
Neste "maravilhoso novo mundo conectado" a participação individual é possível e faz uma enorme diferença!
 
02.
É uma longa "tradição" na ComUnidade: acompanhamos programas governamentais sem fazer política partidária, com espírito crítico, para "ajudar a dar certo".
De um modo geral, independente do governo de plantão, os programas são bons mas não vingam por incompetência e má administração, falta de acompanhamento e auditoria e, não raro, muita malandragem e corrupção.
 
Estamos acompanhando a implantação da TV Digital.
Sem maiores considerações, vemos que a imposição de um padrão sem levar em conta os estudos anteriores patrocinados pelo próprio governo e a precipitada implantação parecem obedecer à fatores outros que não os diretamente ligados ao interesse da população.
O início prematuro das transmissões, a ausência de estudos sobre os canais de retorno no "mundo real" e a venda de conversores capengas é simplesmente um escândalo.
Mas está aí e veio para ficar.
Agora tem que dar certo, com transparência, sem enganação ou prejuízo para o consumidor.
No momento, nossa ajuda é procurar entender.
 
03.
Como disse numa mensagem anterior, comecei a estudar um Tutorial para fazer aplicativos em linguagem NCL e compreender melhor a tal da "interatividade".
Serviu como motivação!
Em complemento, colecionei várias notícias sobre o tema (transcritas mais abaixo).
Mas fiquei com enorme dificuldade de colocar tudo em perspectiva com a simples leitura dos textos: haja!  :-)
Como não sou jornalista (nem "estou" mais engenheiro...) mas sou curioso e chegado num "resumo-resumido", tentei fazer um pequeno texto apenas com os dados das matérias publicadas, o que é uma atividade de alto risco.  :-)
E arrisquei também alguns comentários simples, simplistas e simplórios (riscos mais elevados ainda...)  :-))
 
Sobre o Fórum SBTVD continuo perguntando (perseverar é preciso...):  :-)
É mais uma entidade "chapa branca" que recebe forte influência do governo?
Ou é mais um "balcão de negócios"?
Como tem sido sua atuação? Técnica? Política? Isenta?
Quais são as "forças" atuantes no seu interior?
 
Aqui esta o "resumão"... :-)

Middleware, os "Gingas", os "interesses", a Academia pragmática, o "canal de retorno", o "Fórum Nacional de TV Digital"...

Muito genericamente, "middleware" (alguns traduzem como "mediador") é um programa ou software intermediário que interliga outros dois aplicativos que normalmente encontram-se em camadas diferentes.

No caso da TV Digital é a ligação entre o "ambiente sofware/hardware" do receptor e o "ambiente" do conversor (set-top box).
Nesta situação, um "programador de interatividade" pode "operar" apenas o "middleware" sem necessidade de maiores conhecimentos sobre os dois ambientes.

Pelo que consta, ainda não existe um padrão de middleware universal para TV Digital.
"Lá fora" três grupos principais tentam formalizar um padrão aberto:
- a Europa com sistema DVB tenta padronizar o MHP,
- os Estados Unidos com ATSC tenta o DASE e
- o Japão com ISDB tenta o ARIB.

O SBTVD - "Sistema Brasileiro de TV Digital" especificou um middleware com a denominação de Ginga para ser o "padrão" nacional e está sendo desenvolvido pela PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) e pela UFPB (Universidade Federal da Paraíba). 

Há mais uma entidade desenvolvendo um middleware compatível com o Ginga.
As empresas TOTVS e a Quality estabeleceram uma aliança chamada TQTVD (TOTVS - QUALITY para TV Digital) e desenvolvem o middleware AstroTV que é uma "implementação comercial 100% compatível com a especificação brasileira do Middleware Ginga".

O middleware desenvolvido pela PUC-Rio é conhecido como Ginga-NCL
O middleware desenvolvido pela UFPB é conhecido como Ginga-J

Do website do Ginga anotamos estas duas "manchetes":

O Ginga-NCL foi desenvolvido pela PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro). Ele define um ambiente de apresentação para aplicações declarativas escritas em NCL (Nested Context Language) e sua linguagem de script Lua.

O Ginga-Java foi desenvolvido pela UFPB (Universidade Federal da Paraíba). Ele provê uma infra-estrutura de execução de aplicações baseadas na linguagem Java, com facilidades especificamente voltadas para o ambiente de TV digital.

Assim, vemos que o middleware Ginga pode ser dividido em dois subsistemas principais, que permitem o desenvolvimento de aplicações seguindo dois paradigmas de programação diferentes. Dependendo das funcionalidades requeridas no projeto de cada aplicação, um paradigma possuirá uma melhor adequação que o outro.
 
Os interesses comerciais, como sempre, são enormes.
O middleware totalmente desenvolvido no país representa uma grande oportunidade para as empresas que desenvolvem de softwares que poderão explorar tanto no mercado nacional quanto internacional novas formas de interatividade.
A PUC-rio é uma universidade particular e a UFBP é federal e, aparentemente, nos bastidores, travam uma feroz batalha para emplacar seus sub-sistemas.

Consta que o Ginga-NCL da PUC-Rio (também conhecido como Ginga 1.0) esteja pronto e em condições de ser "embarcado" (jargão da mídia) nos conversores (set-top box).

O Ginga-J - ou Ginga Java - parece ser a melhor aposta devido à universalização do Java. Mas está "sub-judice" pois utilizou em seu desenvolvimento módulos proprietários sujeitos ao pagamento de royalties para a empresa americana Via Licensing.
Não há como não perguntar: O desenvolvimento de um sistema complexo como este demanda um enorme tempo. Como ninguém percebeu que estavam usando "programas proprietários"?

Para solucionar o impasse o "Grupo do Ginga-Java" fez parceria com a Sun Microsystem para desenvolver "aplicativos substitutos" que permitam uma versão "free" chamada de "BSD".
Consta que o interesse da Sun é vender "grandes sistemas" para as emissoras que precisarão armazenar "terabytes" de informação.
Mas não está descartada uma versão chamada "GPL" que permitiria a cobrança pelo licenciamento.
 
O Fórum SBTVD (ou Fórum Nacional de TV Digital) é uma entidade muito estranha. Não possui e-mail para contato, não há uma relação dos integrantes em seu portal e consta que "entidades de classe"  não participam do Fórum... por decisão do governo! 
O Fórum é presidido pelo diretor de tecnologia da emissora SBT/Silvio Santos.

Não está muito claro se o Fórum tem preferência por um dos sub-sistemas mas se opõe fortemente à liberação prematura do Ginga-NCL antes do Ginga-Java pois quer garantir que os aparelhos que forem para o mercado sejam compatíveis entre si. "Meno male".

As principais entidades da área de software - Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), a Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex), a Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes) e a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação, Software e Internet (Assespro) pressionam para que o Ginga-NCL possa ser "embarcado" de imediato, sem esperar pelo Ginga-Java.
 
Repetindo, assim, fica evidenciado o forte conflito de interesses comerciais entre fabricantes de conversores, radiodifusores, desenvolvedores de software e até da "Academia"!.
Esses interesses não permitiram a participação de fabricantes no grupo de trabalho que está, ao lado da Sun Microsystems, desenvolvendo a versão do Ginga Java free. Até porque quem entra nesse grupo é obrigado a assinar um contrato dizendo que não vai cobrar patente.
Esse grupo é composto de apenas sete empresas, entre elas - duas de radiodifusão - Globo e SBT - e duas de software - TQTVD e Hyrix. Este número é considerado bem aquém do ideal para a discussão técnica e da mobilização necessária de um setor que pode estar tendo pela frente uma chance única de ganhar presença mundial.
 
A Intel anunciou um acordo com a TQTVD para suporte do middleware "AstroTV". O grande diferencial da plataforma da Intel, segundo a TQTVD, desenvolvedora dessa aplicação, é o tempo de resposta de processamento.
 
Se não fossem os interesses externos, aparentemente não haveria necessidade de disputa pois consta que as atualizações dos softwares poderiam ser feitas "pelo ar", pelas próprias emissoras. E também através de um download da Internet e inserção no "set-top box" com o uso de um "pen drive".  A conferir.

Apesar da ausência de maiores latidos percebe-se que é um embate de cachorros grandes, todos farejando o mercado exterior já que o nacional....está devagar, quase parando. :-)

A batalha na área de software é apenas uma parte da guerra pois sem "canal de retorno" não haverá interatividade.
 
Continuando com nossa estranheza em relação ao Fórum SBTVD, vemos que as operadoras de telecom - fixa e móveis - também não participam.
Os executivos do Fórum afirmaram que há uma mobilização para atraí-las, principalmente porque houve uma decisão significativa: não há "canal de retorno", mas sim "canal de interatividade" (ops!), e esse pode ser ocupado pela tecnologia mais adequada - 3G, ADSL, WiMAX, entre outras.
E comento: parece que, ao planejar a interatividade, que ajudou a justificar a importância da TV Digital para a "inclusão", esqueceram de um pequeno "detalhe": o canal de retorno.

Será que é isso mesmo?
O Fórum SBTVD, uma organização colegiada responsável pela implantação da TV Digital, não possui representantes das "entidades de classe" nem das operadoras de telefonia. Alguém ouviu falar em representantes dos consumidores? Não? Nem eu... 
Este Fórum parece ter poderes de uma "agência de regulação e execução" e tudo se passa como se o Governo, que fez enorme esforço na imposição de um padrão, agora "não tem mais nada com isso". Posso estar paranóico mas é muito estranho...  :-)  A conferir.
 
Mas a "banda larga em 3G" e o iPhone e similares estão aí... e a IPTV também.
Pode não ser o único mas certamente é um grande fantasma para a "TV Digital" destepaís
 
Quanto ao conteúdo não "resumido" das notícias abaixo, não entendi bem as consequências do anúncio da Yahoo que está cooperando com a Intel para criar canais de Web em computadores que permitirão acompanhar programas de TV (widgets).
 
Temos em nossos fóruns muitos participantes atuando na área técnica e na produção de conteúdo.

Como disse no início, a "tentativa de resumo" acima foi feita apenas com base nas matérias abaixo.  :-)
Vamos corrigir e complementar?
 
Ao debate!  :-)

Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
 
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"Atores" citados nas matérias:

 
Américo Tomé, gerente da Intel para a América Latina
André Barbosa, assessor da Casa Civil
David Britto, diretor da Quality Software
Guido Lemos, da Universidade Federal da Paraíba
Hélio Rotenberg, presidente da Positvo
Luiz Fernando Maluf, diretor para a América Latina da Sun Microsystem.
Nelson Wortsmann, consultor da Brasscom
Roberto Franco, presidente do Fórum SBTVD e diretor de tecnologia do SBT
Salustiano Fagundes, diretor presidente da HXD
 
 
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A eterna recomendação: prefiram sempre ler na fonte!
 
Fonte: HojeMídia
 
Fonte: Gazeta Mercantil
 
Fonte: Convergência Digital
 
Fonte: Adnews
[24/09/08]   Em debate, o potencial da TV digital no Brasil por Christiane Aguiar - Redação Adnews
 
Fonte: IDG Now!
[24/09/08]   Indústria de software pressiona por interatividade na TV digital por Daniela Moreira, editora assistente do IDG Now!
 
Fonte: Convergência Digital
[24/09/08]   TV Digital: Entidades de Software endossam Ginga 1.0 por Ana Paula Lobo
 
Fonte: Convergência Digital
[24/09/08]   TV Digital: Operadoras ainda não assustam, mas preocupam por Ana Paula Lobo
 
Fonte: B2B magazine
[24/09/08]   TV digital interativa: sem data certa para estrear por Thiago Borges   
 
Fonte: Convergência Digital - Coluna Circuito
[23/09/09]   É hora de o Brasil ficar à reboque na TV Digital? por Cristina De Luca
 
Fonte: BemParaná
[19/09/08]   TV Digital - Maior interatividade na TV
 
 
Fonte: Convergência Digital
[12/09/08]   TV Digital: Um caminho sem volta para a conectividade por Cristina De Luca, especial para o Convergência Digital
 
Fonte: Convergência Digital
[01/09/08]   Brasil vai à UIT para validar o Ginga como padrão IPTV por Cristina de Luca, especial para o Convergência Digital
 
Fonte: Reuters
 
Fonte: Blog de Ranato Cruz - Estadão
[08/03/08]   As patentes e a TV digital interativa por Renato Cruz
 
 
 

 
Transcrições:
 
Fonte: HojeMídia
 
A distância entre o computador e o televisor está cada vez menor, mesmo com a expansão da TV Digital por quase todo o mundo. Ao contrário da caixa preta que leva o sinal digital ao aparelho de TV, o dispositivo que faz o mesmo com o micro e o notebook tem cara de pen drive, jeito de pen drive e fica espetado na entrada USB do equipamento, como um pen drive. Nesse caso, ser pequeno é vantagem, pois garante portabilidade e, conseguinte, acessibilidade à TV Digital aonde seu sinal alcançar.
 
Ainda não existem números de mercado quanto ao aumento de venda desses aparelhinhos no Brasil, mas uma pesquisa sobre hábitos do consumidor realizada pela empresa Choice Stream mostra que 55% dos norte-americanos assistem programas de TV por outros meios que não sejam o televisor convencional. Desses meios, 36% são o computador.
 
O sucesso dos receptores, segundo os analistas de mercado, vai depender também da expansão da TV Digital no Brasil. Atualmente, em Belo Horizonte, as emissoras Record, Rede TV e Globo têm transmissão digital, mesmo assim, somente dos programas exibidos na TV aberta. As outras emissoras têm até 2010 para adotarem a nova tecnologia, segundo determinou o Fórum do Comitê do Sistema Brasileiro de Televisão Digital.
 
Além de avaliar a real necessidade de ter o equipamento, o consumidor deve ficar de olho em características que influenciam na captação do sinal, a exemplo, o tipo da antena, facilidade de configuração e portabilidade.
 
Segundo o professor do curso de Engenharia de Telecomunicações da Universidade Fumec, Severino Carneiro, um aparelho portátil não deve ter muitos apetrechos, se não perde sua principal vantagem, que é facilitar a mobilidade do usuário.
 
Observação que se aplica, principalmente, às antenas maiores alternativas que acompanham os receptores, uma vez que as menores nem sempre captam o sinal dependendo de onde estão localizadas, por exemplo, em salas fechadas ou aeroportos.
 
Carneiro alerta ainda que o consumidor não deve esperar por uma TV Digital 100% no notebook ou no desktop quando o sinal é captado por esse dispositivo. “Esse tipo de transmissão sempre oferece perda de qualidade da imagem. Comparada a um televisor digital ou com conversor, a imagem exibida nos computadores se assemelha aos vídeos da Internet”, destaca.
 
Para o funcionário público Antônio Nascimento, 52 anos, a imagem não é assim tão ruim, apesar de ter percebido a diferença em relação a um televisor. Ele só não vê muita utilidade, pessoalmente falando, já que os programas que gosta de assistir são exibidos na TV a Cabo. “Se conseguir captar as imagens durante o trajeto de uma viagem ou em locais onde as pessoas passam grande tempo paradas, será interessante”, avalia.
 
Com 21 anos, viciada confessa em televisão e computador, a estudante de Estética, Denise Mantuano, 21 anos, adorou a novidade. “Como sempre carrego meu notebook em viagens, essa anteninha garantiria diverssão em várias situações. Por exemplo, na praia nós temos um televisão, mas quando duas pessoas querem assistir canais diferentes fica difícil”, afirma.
 
Denise ainda não tem um receptor de TV Digital para computador, mas se mostrou empolgada quando conheceu o produto, diferente do namorado, o operador de telemarketing, Leonardo de Melo, de 19 anos. Ele gosta de computador, mas diz detestar televisão. ½Por isso não acho muito funcional. Comprar uma antena para exibir em menor resolução um programa que a TV já exibe é bobagem”, atesta.

Aparelhos localizaram só dois canais
 
O INFO.COM testou alguns dos receptores de TV Digital para computador das principais marcas vendidas no Brasil. São eles: Leadership, TeleSystem, AIKO e AOC. Todos foram enviados à redação acompanhados com CD de instalação do software de gerenciamento do dispositivo. As marcas Leadership, TeleSystem e AIKO utilizam o mesmo programa de exibição, o Presto. Já o AOC usa programa próprio para visualização dos programas.
 
As imagens dos quatro aparelhos apresentaram as mesmas nitidez e qualidade de som. A principal diferença apresentada entre as marcas foi em relação à rapidez da conexão e da busca pelos canais.
 
O aparelho da LeaderShip apresentou problemas na conexão. Na primeira tentativa indicou erro na instalação do programa. Na segunda tentativa, erro de leitura no dispositivo. Na terceira vez, captou os sinais de dois canais. Ao ser desconectado e reconectado, repetiu as falhas, só funcionando na terceira tentativa.
 
Os receptores da TeleSystem, AIKO e AOC funcionaram assim que conectados ao computador. Mas o AOC, por ser um programa diferente, demorou cerca de 5 minutos para localizar os canais, enquanto que os outros o fizeram em alguns segundos. O aparelho da AOC encontrou apenas um canal, enquanto os outros localizam dois, redes Record e Globo. Apesar da Rede TV possuir transmissão digital em Belo Horizonte, nenhum dos dispositivos captou seu sinal.
 
Todos os equipamentos foram testados no mesmo computador e, como a busca de canais depende de onde a antena está posicionada, os testes foram repetidos em dois locais, um aberto e outro fechado.

Dispositivo não capta sinal de TV por assinatura
 
Um receptor de TV Digital para computadores custa em torno de R$ 300 no Brasil. Quem gosta de buscar seus produtos no exterior por causa do preço deve ficar atento quanto ao tipo do aparelho. No Brasil, o modelo de transmissão decidido pela Anatel e pelo Fórum SBTVD é o ISDB-T 1Seg, que também funciona no Japão. Assim, só os receptores com esse tipo de transmissão funcionarão aqui. O modelo adotado pelos Estados Unidos, Europa e alguns países da Ásia não são compatíveis com a recepção brasileira.
 
Essas antenas não precisam ser homologadas pela Anatel, como os aparelhos set-top box para televisores convencionais. A Agência informa que se o Fórum SBTVD achar interessante, a Anatel poderá aplicar ações para exigir a qualidade do produto. Os aparelhos set-top box precisam da homologação pois emitem rádiofreqüência e por isso podem causar interferências eu outras transmissões.
 
É importante lembrar ao consumidor que as antenas que captam sinal de TV Digital para computador só conseguem exibir canais de TV aberta. Os conteúdos pagos, como Net ou Sky, mesmo com transmissão digital, não são captados pelo aparelho. O presidente executivo da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA), Alexandre Annenberg, explica que o sinal que capta os conteúdos digitais das TVs pagas é diferente. Por isso, mesmo que o usuário possua TV por assinatura com conteúdo digital ele não conseguirá assistir o conteúdo pelo computador com essa antena.
 
Segundo Annenberg, há seis anos, quando o Fórum SBTVD ainda se reunia para decidir que tipo de sinal iria adotar, ABTA e as TVs abertas tomaram rumos diferentes, pois isso o sinal utilizado para os dois tipos de TV são diferentes. O executivo acredita que se as duas organizações tivessem tomado o mesmo rumo, isso ajudaria a aquecer as vendas dos receptores de TV Digital para os computadores. E a busca em grande escala ajudaria a diminuir o preço dos aparelhos.
 
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Fonte: Gazeta Mercantil
[25/09/08]   Interatividade deve ser aliada nas vendas   

A definição dos padrões do ginga, o software de interatividade que será utlilizado no Brasil, deve abrir novas oportunidades de negócios no mercado de software, na indústria e até mesmo para as geradoras de conteúdo. Até agora, a maior parte dos conversores e televisores que chegaram às lojas não são compatíveis com o software de interatividade. "Com certeza a interatividade vai trazer um novo apelo a este mercado", afirmou Izaias da Silva Jr, diretor de vendas da TQTVD, joint venture entre a Totvs e a Quality, que trabalha no desenvolvimento do ginga. Apesar da grande expectativa do mercado, ainda não há uma expectativa de quando serão definidas as especificações do novo software, afirmou Roberto Franco, presidente do Fórum Nacional de TV Digital e diretor de tecnologia do SBT, em seminário, ontem, em São Paulo.
Para Willian Lima, gerente da linha Bravia, da Sony, a definição das especificações do ginga pode influencia nas vendas dos conversores e receptores de televisão digital. "Com certeza, uma vez definido o padrão, novas possibilidades serão abertas", disse. Segundo Lima, a Sony, que atualmente comercializa apenas receptores externos, deve ampliar a linha de televisores após a definição do ginga. "As oportunidades são muito grandes", disse Lima.
 
Otimismo Jorge Cruz, diretor comercial da taiwanesa Proview, que lançou no mercado dois conversores em julho, afirmou que as vendas da empresa foram positivas. "Temos sempre mais pedidos do que produtos para entregar", afirmou Cruz. Segundo ele, a implantação do sinal digital está adiantada em vários estados. "O quadro geral é de euforia e acreditamos que a disponibilidade do sinal digital será muito mais rápida do que estava projetado inicialmente". O diretor contou que a empresa, que surpreendeu o mercado ao laçar conversores a até R$ 199, preço bem abaixo em relação a concorrência, prepara novidades. (Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 3)(Wilson Gotardello Filho)

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Fonte: Convergência Digital
 
O diretor para a América Latina da Sun Microsystem, Luiz Fernando Maluf, sustentou que até o final de outubro, estará finalizada a especificação do Ginga Java, desenvolvida em conjunto com o Fórum da TV Digital. Em novembro, a versão passará por uma revisão técnica. Antes do final do ano, garantiu o executivo, os desenvolvedores mundiais terão acesso à especificação - que será a primeira mundial no modelo free (sem cobrança de licença).
 
"Posso garantir que estamos fazendo todos os esforços porque a Sun não está focada na TV Digital. Nós queremos mobilidade e conectividade. Uma emissora vai armazenar mais de 1 terabyte de informações. Ela vai precisar de armazenar esses dados em grandes sistemas, que são o nosso negócio", frisou o executivo, que participou de um evento sobre TV Digital, desenvolvido pela Brasscom, nesta quarta-feira, 24/09, na capital paulista.
 
O executivo da Sun - que falou para uma platéia interessada em desenvolver aplicações de software para TV Digital - reforçou: Resolver, de forma correta e transparente, o problema de royalties é crucial.
 
"Hoje não temos problemas de tecnologia. Esses são solucionáveis. O cerne sempre está na parte na propriedade intelectual. Mais de 50% dos problemas mundiais no setor são provocados por questões relativas à propriedade intelectual. O modelo free precisa ser equacionado 100%. Estamos fazendo isso"..
 
Maluf não revelou preocupação com o fato de parte do mercado brasileiro - especialmente desenvolvedores de software - tentem uma versão 1.0 do Ginga, com interatividade, sem o Java, para ser lançada antes de dezembro.
 
Para ele, esse é um mercado em evolução e que reúne mais de 20 tecnologias. "Precisamos resolver questões mundiais. O Brasil está saindo como um exemplo. Estamos fazendo uma versão free, a BSD, que não haverá cobrança de royalties. Isso é um marco e será replicado em vários países", repetiu Maluf.
 
"Mas também haverá uma versão GPL onde poderemos cobrar pelo licenciamento, se assim o quisermos, em parceria com o Forum brasileiro. O cuidado precisa ser redobrado. Nâo podemos nos antecipar", completou o diretor da Sun Microsystems.
 
Com relação ao mercado nacional, o executivo assegura que o mercado de conversor será, sim, emergente."Há 98% da população com Televisão. É um mercado totalmente distinto do de computadores. O usuário mais leigo não vai apenas focar a questão da melhor qualidade da imagem. Ele  vai querer a interatividade. Eu vislumbro mercado emergente para quem faz conversor". completou Maluf.
 
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Fonte: Adnews
[24/09/08]   Em debate, o potencial da TV digital no Brasil por Christiane Aguiar - Redação Adnews
 
A TV digital vem sendo implantada por todo o mundo com o objetivo de facilitar o acesso às informações e apresentar novos padrões de interatividade e qualidade.
 
No Brasil, não apenas o novo padrão de transmissão mas também o desenvolvimento de plataformas que ofereçam suporte à essa tecnologia, têm feito com que empresas do setor de comunicação e desenvolvedoras de softwares se unam com o intuito de auxiliar a implementação dessa forma de convergência digital.
 
Durante o encontro "TV Digital: Uma nova oportunidade para as empresas de software", realizado em parceria pela Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação), Abes (Associação Brasileira das Empresas de Software), Assespro SP (Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet) e Softex, foram discutidos e apresentados modelos de negócios para o setor.
 
Estavam presentes no evento Roberto Franco, presidente do Fórum SBTVD, Nelson Wortsmann, consultor da Brasscom, além de representantes e executivos de empresas como Sun e TQTVD, que já estão explorando oportunidades nessa área.
 
Um dos grande destaques foi a apresentação do middleware Ginga, desenvolvido no Brasil pela PUC - RJ e Universidade Federal da Paraíba.
 
Baseado em padrões de tecnologia abertos, o Ginga otimiza os recursos e aplicações da TV digital com baixo processamento de memória. Outro diferencial apresentado é a interatividade e o sincronismo com as mídias. O middleware brasileiro possui suporte tanto para linguagem Java quanto Lua, e promete ser uma alternativa ao padrão MHP.
 
Roberto Franco, afirmou que o projeto atende requisitos únicos e permite desenvolvimento de aplicações interativas independentes da plataforma de hardware dos fabricantes dos set-top boxes.
Segundo Franco, o middleware totalmente desenvolvido no país representa uma grande oportunidade para as empresas que desenvolvem de softwares que poderão explorar tanto no mercado nacional quanto internacional novas formas de interatividade. Além disso, poderão aprimorar serviços como T-banking, T-commerce, T-advertising e T-government, que prometem mudar o cotidiano dos telespectadores.
 
Já para David Britto, diretor da Quality Software, o grande desafio tem sido conseguir o apoio de empresas detentoras de padrões que possam auxiliar no desenvolvimento dessas aplicações e no aperfeiçoamento do Ginga. De acordo com ele, essas empresas não querem participar do projeto por não aceitarem os termos de exploração livre das tecnologias.
 
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Fonte: IDG Now!
[24/09/08]   Indústria de software pressiona por interatividade na TV digital por Daniela Moreira, editora assistente do IDG Now!
 
São Paulo - Associações defendem que o Ginga comece a ser embarcado nos conversores, para que o mercado de aplicativos possa florescer.
 
Os líderes das principais entidades da indústria nacional de software defendem a estréia da interatividade na TV digital com a máxima urgência possível, do contrário o setor poderá perder a “janela” de oportunidade com a oferta de aplicativos para o filão.
 
Em um evento realizado nesta quarta-feira (24/09), a Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), a Softex, a Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes) e a Assespro defenderam que o middleware Ginga, componente necessário para que a TV digital ofereça interatividade, deve começar a ser embarcado o quanto antes nos conversores vendidos no mercado.
 
O Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD) está trabalhando com dois subsistemas para o Ginga. O primeiro, conhecido como Ginga-NCL já está pronto e já poderia ser embarcado nos conversores. Esta é a demanda das empresas de software.
 
Porém, antes de liberar a adoção desta versão, o Fórum quer garantir que os aparelhos que forem para o mercado rodando o Ginga-NCL sejam também compatíveis com o outro subsistema do middleware, o Ginga-J, baseado na linguagem de programação Java, da Sun.
 
Segundo Salustiano Fagundes, diretor presidente da HXD e membro do módulo técnico do Fórum, os primeiros conversores com Ginga devem chegar ao mercado em até um ano. Ele acredita que dispositivos móveis, que recebem o sinal One Seg, podem sair na frente, estreando a interatividade até o final de 2008.
 
“A barreira é a compatibilidade com a versão Java, o que será resolvido com a especificação. Então já poderão ser lançados equipamentos ‘Ready do Java’”, defendeu Nersol Wortsman, diretor da Brasscom. As especificações devem ficar prontas até o final de novembro, segundo David Britto, que também é membro do Fórum.
 
Sem poupar críticas ao atraso no lançamento do Ginga, Wortsman também defendeu uma participação maior das empresas de software nas decisões sobre a implementação da TV digital. “Defendemos que haja uma reformulação no Fórum”, disse ele.
 
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Fonte: Convergência Digital
[24/09/08]   TV Digital: Entidades de Software endossam Ginga 1.0 por Ana Paula Lobo

As principais entidades da área de software - Brasscom, Softex, ABES, Assespro - entregaram um documento oficial à direção do Fórum SBTVD na reunião do Conselho Administrativo, realizada há 15 dias. Nele, elas defendem a adoção o quanto antes da versão Ginga NCL/Lua no mercado brasileiro. A decisão das entidades foi antecipada pelo Convergência Digital em informação obtida pela jornalista Cristina de Luca, na coluna Circuito.
 
Temor é que ficar à espera da versão Ginga Java free - prometida para dezembro pela Sun Microsystems- termine por fazer o Brasil perder uma "janela única de oportunidade". Medida, no entanto, é recebida com cuidado redobrado pelo Fórum SBTVD. Há um forte conflito de interesses entre fabricantes de conversores, radiodifusores, desenvolvedores de software e Academia.
 
"Não gosto de falar em Ginga 1.0, porque isso me faz pensar em várias versões pela frente. Não gosto desse nome. Como presidente do Fórum SBTVD posso afirmar que precisamos ter cautela para que essa versão NCL/Lua, de fato venha a ter conformidade com a versão Ginga Java e não haja problemas de interoperabilidade mais à frente", ponderou Roberto Franco, que participou nesta quarta-feira, 24/09, de um debate sobre a participação da Indústria de Software na TV Digital, promovida pela Brasscom, na capital paulista.
 
Franco admite que uma das maiores preocupações dos radiodifusores é que não venha a existir um legado em relação à essa versão Ginga 1.0, a ser lançada antes do Ginga Java Free. "Temos que ter compromissos formais de plataformas mínimas interoperáveis para que o investimento feito em dezembro pelo consumidor não venha a ser perdido em curto espaço de tempo", exemplifica o executivo. O presidente do Fórum SBTVD diz que já há um legado - conversores vendidos sem o Ginga -que terá de vir a ser administrado mais cedo ou mais tarde.
 
"Quem comprou agora um conversor sem interatividade vai gostar de saber que terá de trocá-lo em menos de um ano?", indaga. A divisão da indústria da TV digital com relação ao lançamento imediato do middleware Ginga é evidente. Se de um lado os desenvolvedores de aplicativos querem a interatividade o quanto antes para que possam mostrar o valor das suas soluções e, claro, ganhar dinheiro com os negócios a serem fechados, de outro, há o posicionamento dos fabricantes. Eles simplesmente se mantêm fora dessa discussão. A Academia também preferiu ficar à parte dessa discussão inicial.
 
"Os interesses comerciais dos fabricantes e da Academia não permitiram a participação deles no grupo de trabalho que está, ao lado da Sun Microsystems, desenvolvendo a versão do Ginga Java free. Até porque quem entra nesse grupo é obrigado a assinar um contrato dizendo que não vai cobrar patente. E vivemos num mundo competitivo. Não houve ainda a percepção do momento", lamentou David Britto, diretor da TQTVD, que está desenvolvendo o seu próprio middleware- o AstroNet.
 
O Grupo de Trabalho que desenvolve o Ginga Java, com a Sun, é composto de apenas sete empresas - duas de radiodifusão - Globo e SBT - e duas de software - TQTVD e Hyrix. Número considerado bem aquém do ideal para a discussão técnica e da mobilização necessária de um setor que pode estar tendo pela frente uma chance única de ganhar presença mundial.
 
As entidades de classe - que não participam do Fórum SBTVD por decisão do governo - mesmo formalizando o apoio ao lançamento do Ginga 1.0 tentam minimizar os conflitos, mas assumem que a TV Digital vive, hoje, um momento de definição.
 
"São gigantes, competidores entre si que estão sentando à mesa para dialogar sobre um tema absolutamente recente. Não é simples. Não é mais apenas uma questão tecnológica. Ela é política e financeira. Não é uma mudança da convergência. É cultural", sublinhou Nelson Wortsman, diretor de Convergência Digital da Brasscom.
 
A questão é tão delicada que Roberto Franco, com o "chapéu" de diretor da SBT, assume que já faz testes com interatividade com o Ginga NCL/Lua e, até o momento, não há nada que reforce a idéia que a interatividade não poderia ser aplicada - nas cidades onde há TV digital. "Como SBT quero interatividade para ontem. Essa é a verdade. Mas há que sem pensar no todo", detalhou.
 
Franco assume que a capilaridade da TV digital no Brasil ainda é pequena - há um custo considerável de investimento - mas também observa que há uma realidade nacional: A burocracia. "No Rio de Janeiro, por exemplo, levamos oito meses negociando com o Ibama para colocar uma antena digital no mesmo lugar onde já havia outra antena. Esse é apenas um exemplo. Teremos essa negociação em todo o país. E não apenas nós, mas todos os radiodifusores", completou o executivo.
 
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Fonte: Convergência Digital
[24/09/08]   TV Digital: Operadoras ainda não assustam, mas preocupam por Ana Paula Lobo
 
No médio prazo, as operadoras que estão investindo em DTH (rede de televisão via satélite) - Embratel, Oi e Telefónica - não preocupam. Ao contrário. Elas são vistas como parceiras e já há negociações em curso, mas se a interatividade demorar a acontecer na TV tradicional, o mercado pode vir a ganhar outros contornos com a presença maior de aplicativos de empresas estrangeiras. Fórum SBTVD tenta atrair as concessionárias de telecom e busca uma "harmonização" com as operadoras de cabo.
 
"É muito complexo afirmar que a ação das operadoras de cabo está certa ou errada. É claro que não houve uma harmonização, mas elas têm os seus negócios imediatamente atingidos. O ideal é que se busque uma harmonização. Que elas deixem os padrões proprietários e tentem usar os padrões abertos. Mas o ideal nem sempre é alcançado", frisou Roberto Franco, presidente do Forum SBTVD ao ser questionado se a ação das TVs a cabo - que estão fazendo pacotes populares vendendo imagem melhor e banda estreita ( de 64 a 128 Kb) para clientes de menor poder executivo e usando a marca Digital.
 
Para Salustiano Fagundes, da Hyrix, desenvolvedora de aplicativos para TV digital, as teles num médio prazo não são concorrentes. Elas, até, buscam para seus conversores de satélite e de IPTV, aplicações voltadas para a interatividade e avaliam o Ginga. Mas, o mercado pode sofrer, sim, se a interatividade na TV tradicional não acontecer num curto prazo. "É claro que se a TV aberta terrestre não se adequar, o mercado vai se reduzir porque as teles não vão esperar. Elas têm negócios e vão usar a solução de momento disponível", advertiu o executivo.
 
Indagados do porquê das operadoras de telecom - fixas e móveis - estarem fora do Fórum SBTVD, os executivos da entidade afirmaram que já há uma mobilização para atraí-los. Principalmente porque houve uma decisão significativa: Não há canal de retorno, mas sim canal de interatividade, e esse pode ser ocupado pela tecnologia mais adequada - 3G, ADSL, WiMAX, entre outras.
 
"A proposta é que as operadoras sentem à mesa e discutam conosco o futuro da TV Digital. Elas têm um papel importante nessa cadeia de titãs", completou Nelson Wortsman, diretor de Convergência Digital da Brasscom. O tema TV Digital e o mercado de software reuniu especialistas da área nesta quarta-feira, 24/09, na capital paulista.
 
Indagados do porquê das operadoras de telecom - fixas e móveis - estarem fora do Fórum SBTVD, os executivos da entidade afirmaram que já há uma mobilização para atraí-los. Principalmente porque houve uma decisão significativa: Não há canal de retorno, mas sim canal de interatividade, e esse pode ser ocupado pela tecnologia mais adequada - 3G, ADSL, WiMAX, entre outras.
 
"A proposta é que as operadoras sentem à mesa e discutam conosco o futuro da TV Digital.
 


Fonte: B2B magazine
[24/09/08]   TV digital interativa: sem data certa para estrear por Thiago Borges   
 
Após quase dez meses de sua implementação, o Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD) ainda não emplacou. Telespectadores que residem em três capitais (São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte) podem captar som e imagem digitais em seus televisores, desde que tenham o aparelho que faz a conversão do sinal. Mas, na visão de Luiz Maluf – diretor da Sun na América Latina -, de Nelson Wortsman – diretor da Brasscom -, e outros representantes do setor acreditam que só a interatividade dará força ao sistema. “A TV digital só vai conquistar o mercado de massa se agregar algo nov, algo que possa mudar a vida das pessoas – seja em lazer, serviços, comércio, etc.”, afirmou Wortsman.
 
Durante o evento "TV Digital: Uma nova oportunidade para as empresas de software" realizado nesta quarta-feira (24/09), em São Paulo, foi discutido o que as indústrias de software têm feito para dar impulso ao sistema. “Passamos da infância para a adolescência”, explicou Wortsman. A questão é que ainda não foi definida uma data específica para o início das transmissões com opções de interatividade. “Se não sair agora, vamos perder uma oportunidade ímpar de pegar uma tecnologia brasileira inovadora e leva-la para fora”, observou Salustiano Fagundes, presidente da HXD, empresa focada na criação de aplicações interativas para TV digital.
 
O impasse da interatividade passa pela regulamentação do Ginga, o middleware que possibilita o funcionamento das aplicações recebidas nos aparelhos. A Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) desenvolveu um middleware baseado na linguagem NCL-Lua, pronto para ser utilizado e com lançamento defendido por empresas interessadas – caso da HXD.
 
Mas o Fórum SBTVD (entidade criada pelo governo federal que reúne representantes das emissoras de radiodifusão, fabricantes, empresas de software e instituições acadêmicas para discussão do sistema), vai contra essa idéia.  Roberto Franco, presidente da entidade, quer o lançamento somente após o Ginga baseado em linguagem Java for aprovado – questão que não foi resolvida antes porque alguns componentes são patenteados e foi necessário desenvolver uma nova plataforma livre de royalties. A Sun está por trás dessa plataforma e promete disponibiliza-la até o final do ano.
 
Salustiano, da HXD, diz que, se forem esperar todo o processo – entrega do Ginga especificado em Java, o desenvolvimento de aplicações e o início do uso -, a interatividade só chegará daqui a dois anos. Já Wortsman, da Brasscom, defende o lançamento do middleware com responsabilidade para que fabricantes não tenham de se adaptar às mudanças de hardware que possam ser necessárias futuramente, caso haja a integração com a linguagem Java. É a mesma posição de Franco, cuja entidade será responsável por definir um padrão de qualidade a ser seguido. “O Fórum vai disponibilizar o Ginga somente quando houver uma especificação que atenda a todas as demandas [de linguagem]”, ressaltou.
Chance de ouro – Wortsman disse que a implementação de um sistema interativo eficaz é a chance de ouro de o Brasil sair na frente do restante do mundo – assim como aconteceu no caso da automação bancária (há cerca de duas décadas), no modelo eletrônico adotado para as eleições ou no recolhimento de impostos pela Receita Federal. o desafio é criar uma ponte entre as linguagens Java e NCL. David Brito, presidente da Quality (empresa que, junto à Totvs, criou a joint-venture TQTVD para TV digital), compartilha da mesma opinião e diz que o Brasil está na dianteira mundial do desenvolvimento de middleware do tipo, tanto é que a empresa que comanda tem um projeto que integra as duas bases – o AstroTV.
 
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Fonte: Convergência Digital - Coluna Circuito
[23/09/09]   É hora de o Brasil ficar à reboque na TV Digital? por Cristina De Luca
 
Não estranhem. A pergunta é significativa. O momento para a TV digital no Brasil é decisivo. Os desenvolvedores de aplicação precisam definir seus planos. Empresas de software brasileiras não resistem a projetos com longa maturação. Falta grana. E será que vale a pena corrermos este risco aqui? Com tanto já feito?
 
Enquanto isso o mercado anda. A Samsung deve ser a primeira empresa a lançar um produto comercial baseado no topo da família System on Chip da Intel, o CE3100, e no  "Canal Widgets", desenvolvido pelo Yahho!, demonstrados em agosto no último IDF.  "Será receptor avançado, com conexão internet, com venda no início do ano que vem", informou o gerente de novas tecnologias da Intel para a América Latina, Américo Tomé.
 
Será essa uma das razões pelas quais a Samsung Brasil lidera a lista dos fabricantes de receptores contrárias ao lançamento de uma especificação Ginga 1.0, sem o módulo de Java? Ganhar tempo para ter um produto topo de linha, com produção em escala? Só o tempo dirá.
 
Durante a Set 2008, depois de ser apresentado a todas as possibilidade de interatividade desenvolvidas pela TQTVD, uma delas usando um protótipo do set-top-box da Tecsys com o chip Intel CE2110, precursor do CE3100, Benjamin Sicsú, vice-presidente da Samsung, limitou-se a dizer que, como fabricante, nunca teve a menor dúvida de que a interatividade é um recurso importante.
 
OK. Está claro.
 
Que os set-top-boxes terão recursos interativos, isso ninguém duvida mais. Que rodarão o Ginga, também parece questão fechada. A dúvida hoje é quando. A indústria de software continua sendo a única a ter pressa. E quanto mais o tempo passa, mais se percebe porquê.
 
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Ginga no CE3100
 
Perguntei ao Américo Tomé, da Intel, se dependendo da memória do set-top-box seria possível, do ponto de vista técnico, ter o Ginga e Canal Widgets do Yahoo! instalados na mesma máquina. A resposta foi sim.
 
"Como o Ginga já foi portado para o CE2110 e o CE3100 é compatível com o CE2110, ter o Ginga rodando no CE3100 é muito simples", afirmou Américo. "O mais complicado aí é a integração da interface. As funcionalidades de um de outro deveriam ser cessadas sempre do mesmo jeito, de modo transparente para o usuário. A padronização da interface é importante para garantir que não haja mudança na experiência de uso do consumidor final. Que ele continue assistindo a sua televisão, e o acesso à interatividade, com ou sem internet, seja feita da forma mais transparente possível", concluiu.
 
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Incerteza bloqueia investimentos
 
Quem melhor definiu a resistência dos fabricantes de set-top-boxes à não adoção do Ginga 1.0 foi Hélio Rotenberg, presidente da Positvo.
 
- A TV Digital seria um bom produto para a área Educacional?, perguntei a ele.
 
- Maravilhoso, repondeu.
 
- E vocês não querem ser os primeiros a entrar nesse mercado?
 
- Nossa. Aí entra a nossa área de conteúdo. Temos uma série de produtos prontos para serem usadaos na TV Digital.
 
- Mas precisa da interatividade. Alguém tem que quebrar esse ciclo do Ginga...
 
- Não dá. Tem o problema dos royalties. Você já viu o que dá para fazer com o Ginga sem o java. É muito pouco. Não dá para investir em hardware que só faz metade das coisas possíveis. Sem java fica limitado. É difícil. A gente trabalha em um ambiente tão incerto de negócios, que não para apostar em coisas mais incertas ainda.
 
E a Positivo fala com conhecimento de causa. A aposta incial na TV digital foi uma aposta de volume, baseada na crença de que o brasileira migraria para o novo sistema para ter uma imagem melhor. Mas os conversores para as TVs de tubo não venderam bem.
 
"A gente pretende reverter isso, mostrando para a população as vantagens", disse Hélio.
 
Em paralelo, a empresa criou há três semanas uma área de pesquisa e desenvolvimento da TV Digital. "Mas esse pessoal ainda demora de quatro a cinco meses para começar definir o que fazer", disse Hélio.
 
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Enquanto isso, a fase de discussões e definições sobre os requisitos mínimos dos conversores, a memória que terão, o software, etc, avança no Fórum SBTVD entre emissoras, empresas de software, fabricantes de hardware e o governo.
 
É muita cultura diferente para juntar, com interesses e modelos de negócios que ainda não convergiram. Concordo com quem diz que a TV Digital só vai acontecer no Brasil quando discutirmos a interatividade. E quem vai determinar os rumos dessa interatividade são os grandes players: o governo, os bancos, as emissoras.
 
Se um grande banco quiser fazer o serviço, se o governo quiser, see uma grande emissora conseguir definir como ganhará dinheiro, aí sim, a engrenagem toda se movimentará.
 
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Em tempo
 
A Comcast, maior operadora de cabos dos Estados Unidos, já anunciou uma parceria com a Yahoo e a Intel para oferecer widgets a partir do ano que vem, em televisores, decodificadores e outros aparelhos conectados a eles.
 
As pequenas janelas permitirão que os telespectadores conversem ou troquem e-mails com amigos, assistam a vídeos, acompanhem ações ou placares esportivos ou se mantenham atualizados e termos de notícias e informações meteorológicas, tudo isso por meio do controle remoto do televisor.
 
Parte disso já é possível apenas com o uso do Ginga-NCL, como demonstraram a MOPA, a HXD e a TQTVD na SET 2008. O Brasil, que podia sair na frente, como fez na automação bancária, corre o risco de ficar à reboque.
 
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Fonte: BemParaná
[19/09/08]  
TV Digital - Maior interatividade na TV
 
Agência Estado 
 
A tão propalada - e desconhecida - interatividade na TV digital finalmente deu as caras. Ainda não está no televisor mais próximo a você, mesmo que tenha um decodificador. Mas, na semana passada, o que era só uma promessa ganhou os holofotes e pôde pela primeira vez ser conferido de fato. Pelas projeções mais otimistas, deve estrear até dezembro.
 
Na Broadcast&Cable, evento que aconteceu no início do mês reuniu emissoras, fabricantes e acadêmicos, dezenas de televisores LCD e plasma espalhados pelo Centro de Exposições Imigrantes, na zona sul, exibiam os testes de interatividade de Globo, Record, SBT e Band. Os controles remotos, necessários para experimentar, eram disputados.
 
Pela interatividade, o telespectador pode acessar um menu transmitido pela emissora juntamente ao sinal de TV. A Globo, por exemplo, exibiu um relativo à Olimpíada: era possível visualizar o quadro de medalhas atualizado, o calendário dos jogos e notícias. A navegação é muito parecida à do PC, por ícones. Só que, para acessar cada opção, ao invés de mover o mouse, usam-se as teclas do controle remoto.
 
O SBT exibiu um menu com previsão de tempo e notícias minuto a minuto sobre política, economia, internacional e esportes. A Record apresentou receitas culinárias e mapa com a situação do trânsito em São Paulo. Já a Band tinha uma enquete sobre quais deveriam ser as prioridades dos candidatos à prefeitura.
 
Com os testes, as emissoras começam a planejar sua interatividade. O SBT quer ter um "portal" de serviços. "Será como a primeira página de um site. Iremos mudar constantemente. Em uma eleição, por exemplo, poderemos informar como anda a apuração. O telespectador acessa quando quiser", diz o diretor de tecnologia da rede, Roberto Franco.
 
A Record, por outro lado, planeja ter conteúdo ligado aos programas que estejam no ar. "Não é saudável ao programa competir com outro tipo de informação. A TV não é internet", opina o diretor de tecnologia da emissora, José Roberto Amaral.
 
Já a Globo estuda formas menos "intrusivas". "O formato com mais ‘cara’ de TV é o de colocar ícones na lateral da tela. Quando o telespectador clica, vê dados como as estatísticas de uma partida de futebol, por exemplo, sem modificar a exibição do jogo na tela", conta Daniel Domingos, da Globo.
 
E quando vai chegar?
 
Se os testes das emissoras chamaram atenção no Broadcast&Cable, a pergunta que não queria calar era "quando a novidade vai estrear?". Falta, primeiro, o receptor compatível começar a ser vendido. A maioria dos palestrantes evitava falar em prazos. O discurso era de que seria em "muito, muito pouco tempo". Só os pequenos fabricantes Visiontec e DTI, na área dos estandes, anunciavam que iriam lançar em dezembro seus modelos com Ginga, o software da interatividade.
 
O Ginga já está pronto. A demora para sua estréia se deve a uma questão de licenças de uso. Uma da metades do software foi totalmente desenvolvida no Brasil e não tem impedimentos. Já a outra - que permitiria aos aplicativos de interatividade serem compatíveis com outros padrões mundiais - pode ser passível de cobrança de direitos, o que desagrada fabricantes e emissoras.
 
Uma alternativa à segunda metade está sendo desenvolvida. O prazo previsto é até o final de outubro. Quem toma decisões e analisa essas questões é o Forum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre, formado por governo, emissoras, grandes fabricantes de eletrônicos, acadêmicos e empresas de softwares. É aí que se montou um impasse.
 
Grandes fabricantes defendem que se espere até a conclusão dos problemas com licenças, para que não seja necessário atualizar nada. "É preciso resolver tudo antes. Mesmo se isso ocorrer em outubro, será necessário um período de testes Lançar em dezembro é impossível", diz o engenheiro de desenvolvimento da Samsung Domingos Stavridis.
 
Acadêmicos, empresas de software e governo, por outro lado, defendem que já seria possível lançar o Ginga, mesmo incompleto. Depois, quando o problema estivesse contornado, o usuário faria uma atualização de software.
 
Segundo um dos responsáveis por desenvolver o Ginga, o pesquisador Guido Lemos, da Universidade Federal da Paraíba, seria possível fazer o lançamento até o fim do ano. "Mesmo que não consigamos resolver a questão dos direitos, o que já temos permite rodar aplicações interativas", diz. "Esse seria o caminho mais correto, para não paralisarmos o processo de adoção da TV digital", opina o assessor da Casa Civil André Barbosa.
 
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SÃO PAULO - A Positivo Informática está perdendo dinheiro no segmento de conversores para sinal de TV digital. Segundo o presidente da empresa, Hélio Rotenberg, a demanda pelos produtos ficou muito abaixo do esperado uma vez que a taxa de adesão pelas camadas mais baixas da população à nova tecnologia não ocorreu na velocidade prevista pela Positivo.
 
"Como iríamos imaginar São Paulo, o maior mercado do país, oferecendo TV digital mas sem ter filas em lojas para comprar conversores?", afirmou o executivo, que confirmou que, por conta da baixa demanda, sua companhia está "perdendo dinheiro" com os aparelhos.
 
A expectativa original da Positivo, quando entrou nesse mercado no final do ano passado, era vender cerca de 20 mil aparelhos por mês. "Nossa média, hoje, é de cerca de mil aparelhos vendidos por mês", afirmou o presidente da companhia.
 
Segundo o executivo, os conversores mais equipados, voltados principalmente para consumidores de classe mais alta e que tenham TV de tela de LCD ou plasma, continuam vendendo razoavelmente bem. O problema de demanda ocorre nos equipamentos mais simples, que a empresa colocou no mercado para suprir as classes C e D da população.
 
"Acreditávamos que o consumidor de renda mais baixa, que muitas vezes assina o plano básico de uma TV à cabo apenas para ter um sinal bom das emissoras abertas, iria trocar essa assinatura mensal pelo gasto único de um conversor e ter uma melhor qualidade no sinal em sua TV convencional", afirma Rotenberg. "Isso não aconteceu", lamenta.
 
Outra dificuldade enfrentada pela Positivo no mercado de conversores foi a entrada da concorrente Proview, com um aparelho mais barato. "Fomos obrigados a baixar o preço depois do lançamento deles", afirma Rotenberg.
 
Ainda assim, o executivo afirma que a Positivo não tem intenção de abandonar o mercado de conversores. Segundo ele, essa é uma posição estratégica e que acompanha a expectativa da empresa de que o futuro para a tecnologia é uma convergência digital cada vez maior. Dessa forma, explica Rotenberg, é importante que a empresa esteja bem posicionada para se beneficiar das oportunidades que essa convergência poderá criar para a indústria.
 
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Fonte: Convergência Digital
[18/09/08]   "Não somos aventureiros da TV Digital", sustenta presidente da Positivo por Ana Paula Lobo e Cristina de Luca
 
Sem querer citar nomes de mercado, o presidente da fabricante, Hélio Rotenberg, assegurou, em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira, 18/09, que os conversores para TV Digital permanecem nos planos da companhia, mesmo com as vendas bem abaixo da expectativa. O executivo fez severas críticas ao modelo de divulgação da TV Digital no país.
 
"Acreditávamos que iríamos vender conversores para TVs de tubos, que são os consumidores que precisam melhorar a qualidade da imagem de suas TVs, mas não houve esclarecimento para isso. Será que acham que esse papel é apenas nosso, da indústria? As emissoras pouco falam de Tv Digital", afirmou. A Positivo está vendendo cerca de 1000 conversores/mês, número bem abaixo da expectativa inicial: 25 mil.
 
Rotenberg seguiu a linha recém-adotada pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa, e disse não entender o posicionamento das emissoras de TV. "Elas não estão falando de TV digital como achamos que fariam". Em contrapartida, as operadoras de cabo passaram a vender pacotes populares - com o serviço delas - e apenas com canais abertos - como se fossem TV Digital. "A confusão se estabeleceu na cabeça do consumidor. Ele não foi orientado", destacou.
 
Com relação ao preço, a Positivo chegou a baixar para R$ 399,00 o custo dos conversores para TVs de tubo depois que a Proview lançou o seu por R4 299,00. "Chegamos a nosso limite de preço, sendo que este é o preço para os conversores de tubo. Esses foram os que encalharam".
 
Segundo o executivo, os conversores topo de linha, HDMI para TVs de plasma, venderam bem. Razão pela qual a empresa anunciou, no fim se agosto, a criação de uma equipe de desenvolvimento de produtos para TV Digital. No ano passado, a empresa conseguiu um aporte da Finep para desenvolver inovação tecnológica na área.
 
"Ainda temos produtos em estoque, mas também temos a maior equipe de pesquisa para TV digital do país. A aposta continua, mas temos que esperar. Não somos aventureiros de mercado", disparou, sem no entanto, revelar quem seriam esses "aventureiros".
 
Segundo Rotenberg, essa equipe de desenvolvimento já tem algumas propostas de produtos inovadores no forno. Perguntado se a Positivo investiria em conversores com maior capacidade de memória e interatividade, disse apenas que o projeto do produto já existe, mas a Positivo não investirá nessa linha enquanto a questão do middleware Ginga não estiver resolvida. "Sem o Java, os recursos de interatividade ficam prejudicados", afirmou.
 
A prova que a Positivo se mantém no mercado é a inclusão da recepção digital no novo modelo de PCTV que integra a nova linha de desktops topo de linha da empresa. O Positivo PCTV V535 XL Digital traz um conversor embarcado, com capacidade para receber o sinal digital ou analógico. Tem ainda processador Pentium Dual Core E220, 2G de RAM, HD de 250GB e gravador de DVD. A empresa não divulgou o preço da máquina.
 
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Fonte: Convergência Digital
[12/09/08]   TV Digital: Um caminho sem volta para a conectividade por Cristina De Luca, especial para o Convergência Digital
 
A Intel e a Tecsys anunciaram nesta sexta-feira, 12/09, o lançamento de três set-top-boxes para TV Digital no Brasil usando o precursor dos System on Chip Intel, apresentados no último IDF, o CE2110.
 
O protótipo de um deles rodava algumas as aplicações interativas baseadas no Astro, implementação do middleware Ginga,  no estande da TQTVD no SET 2008, realizado no fim de agosto, em São Paulo.
 
Ainda este ano, a Tecsys colocará três modelos de set-top-boxes no mercado, com marcas de terceiros: Amplimatic e Jabil (fabricante multinacional). Um deles será para recepção por satélite. Os outros dois, terrestre.
 
"A TV Digital é uma das principais apostas da Intel para o mercado brasileiro na área de soluções embarcadas", disse Américo Tomé, Gerente de Novas tecnologias da Intel para a América Latina.
 
A Intel está prevendo um crescimento exponencial no mercado de set-top-boxes a taxas de 30%, até 2012. Também em 2012, o Brasil deverá ser o segundo maior mercado de set-top-boxes avançado com recursos de interatividade e conectividade, que demandam uma caixa com maior capacidade de memória, software embutido (no nosso caso o Ginga).
 
Sem disputa com o Ginga e parceria com a TQTVD
 
A Intel anunciou também um acordo com a TQTVD para suporte do AstroTV. O grande diferencial da plataforma da Intel, segundo a TQTVD, desenvolvedora dessa aplicação - disponibilizada no vídeo abaixo - é o tempo de resposta de processamento.
 
Para os telespectadores brasileiros, a interatividade na TV ainda é um conceito muito distante. Uma fronteira nova no mundo da radiodifusão. Explorar essa nova frente, do ponto de vista de desenvolvimento de aplicações, atendendo primeiro às demandas das radiodifusoras e, em seguida, das agências de propaganda, tem animado os desenvolvedores de software no Brasil.
 
Algumas aplicações interativas criadas apenas para mostrar o potencial deste mercado foram apresentados por empresas como o C.E.S.A.R, a TQTVD, a Mopa e a HXD durante o SET 2008, realizado no fim de agosto em São Paulo. Uma dessas aplicações, bem complexa, rodava em uma plataforma Intel CE2110.
 
Desenvolvida combinando as linguagens NCL, Lua e Java, fazendo uso da capacidade de memória flash do receptor para armazenamento de pequenas aplicações enviadas pelo canal de retorno, a aplicação se aproximava muito do conceito apresentado pela Intel e a Yahoo! no último IDF, de usar a interatividae para aproximar a internet da televisão, oferecendo aos usuários pequenos aplicativos baixados e usados a partir da tela da TV.
 
Ao ser questionado se há competição entre o Ginga, middleware brasileiro, e a plataforma desenvolvida pela Intel, o gerente da Intel para a América Latina, Américo Tomé, negou essa "disputa" e garantiu que as plataformas são complementares.
 
*A jornalista viajou ao Intel Editor`s Day, na Bahia, a convite da Intel do Brasil
 
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Fonte: Convergência Digital
[01/09/08]   Brasil vai à UIT para validar o Ginga como padrão IPTV por Cristina de Luca, especial para o Convergência Digital
 
ATUALIZADA -Os esforços de internacionalização do Ginga, o middleware brasileiro de TV Digital pode escrever um capítulo decisivo mundialmente, e porque não, também para o seu desenvolvimento mais acelerado no próprio Brasil.
 
Representantes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e da Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi) defenderam nesta segunda-feira, 01/09, em reunião da União Internacional de Telecomunicações (UIT), a validação do GINGA, como um dos middlewares de padrão aberto existente atualmente para sistemas IPTV.
 
Se passar por esta etapa, o Ginga possui grandes chances de ser recomendado pela UIT. Procurada pelo Convergência Digital, a Anatel, por meio da Assessoria, disse que não falaria sobre o tema. A decisão final deve ser tomada na próxima reunião da UIT, no início de outubro, no Brasil, antes da Assembléia Geral da organização, na África do Sul. O IPTV é um dos mais promissores sistemas de transmissão de TV Digital.A indicação do Brasil foi feita por japoneses e brasileiros, em outubro de 2007, na primeira reunião da UIT-IPTV em Tóquio.
 
De lá para cá, uma contribuição técnica sobre o GINGA-J e GINGA-NCL foi aprovada dentro do "Focus Group on IPTV" da UIT criando, assim, a base para o início dos trabalhos de recomendação do GINGA como um middleware para sistemas IPTV. Através de reuniões em Genebra, como a desta segunda-feira, 01/09, o GINGA-NCL passou a integrar a documentação do "Question 13/Study Group 16" da UIT, responsável por definir recomendações na área de "Multimedia application platforms and end systems for IPTV".
 
Recentemente, os japoneses propuseram a recomendação formal à UIT do GINGA-NCL para sistemas IPTV. "Eu diria que o Ginga-NCL é uma das proposições mais fortes para se tornar padrão", afirma o professor Luiz Fernando Soares, da PUC-Rio, coordenador do desenvolvimento do Ginga. E os próprios japoneses reconhecem isso.
 
Apesar do significado especial que a chancela da UIT pode vir a representar para o Ginga, neste momento em que se discute a criação de um roadmap no Forum SBTVD, capaz de viabilizar o aparecimento das primeiras aplicações interativas comerciais na TV Digital já no primeiro semestre de 2009, esse esforço de internacionalização é histórico. Isso porque é a primeira vez que o Brasil consegue aprovar um tema para apreciação na UIT.
 
Outros esforços estão em curso
 
Além da frente aberta na UIT, Luiz Fernando Soares submeteu o Ginga também ao grupo do W3C (SYMM) que trabalha na nova versão do SMIL que deve incluir uma profile da linguagem para TV Digital Interativa.
 
"O W3C foi muito importante ao atestar a qualidade da linguagem NCL e ao propor  uma fusão do NCL com a SMIL para criação de um novo padrão multimídia", explica Luiz Fernando. A apresentação formal do Ginga ao W3C tem como principal objetivo definir uma profile SMIL, cujas aplicações possam vir a ser facilmente convertidas para NCL e vice-versa.
 
Dessa forma será possível - e é esse o plano dos especialistas brasileiros  -desenvolver "players" SMIL (Synchronized Multimedia Integration Language) e NCL que dêem suporte às duas linguagens. E, no futuro, viabilizar a integração das duas linguagens em um único padrão W3C, ou no mínimo, assegurar que todas as funcionalidades de SMIL estejam presentes na NCL e vice-versa.
 
O professor Luiz Fernando Soares é Invited Expert do grupo de trabalho de de sincronização de mídia (W3C SYMM Group), e mantém um trabalho em conjunto com o professor Dick Bulterman, presidente deste grupo,há mais de oito anos.
 
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Fonte: Reuters
 
SAN FRANCISCO (Reuters) - Depois de anos de largadas falsas em seus esforços de levar a Web aos televisores, o Yahoo anunciou na quarta-feira que está cooperando com a Intel para criar canais de Web em computadores que permitirão acompanhar programas de TV.
 
A empresa de Internet e a maior fabricante mundial de chips estão trabalhando no que chamam de "Canal Widgets", que permitirá que os telespectadores interajam com e assistam a uma série de widgets dinâmicos de TV -pequenos aplicativos que rodam na Web e complementam programas de TV.
 
Os widgets aparecerão no canto da tela de TV e trabalharão mais ou menos como as janelas do sistema picture-in-picture disponíveis nos televisores mais avançados. As pequenas janelas permitirão que os telespectadores conversem ou troquem e-mails com amigos, assistam a vídeos, acompanhem ações ou placares esportivos ou se mantenham atualizados e termos de notícias e informações meteorológicas, tudo isso por meio do controle remoto do televisor.
 
Os serviços widget de TV estão sendo desenvolvidos para operar com uma nova classe de chip Intel para bens de consumo eletrônico, que permite imagens de alta definição, áudio com qualidade de home theater, recursos gráficos tridimensionais e a fusão de recursos de Internet e televisão.
 
Os aparelhos baseados no chip Intel CE3100 devem chegar ao mercado no primeiro semestre de 2009, anunciou a Intel. A Comcast, maior operadora de cabos dos Estados Unidos, anunciou em comunicado separado, também em parceria com a Intel, que planejava oferecer widgets a partir do ano que vem, em televisores, decodificadores e outros aparelhos conectados a eles.
 
"A TV mudará fundamentalmente a maneira pela qual falamos sobre, imaginamos e experimentamos a Internet", afirmou Eric Kim, vice-presidente sênior da Intel e gerente geral de seu grupo digital doméstico, no comunicado conjunto com o Yahoo.
 
A Intel exibiu a nova estrutura de software para os televisores e aparelhos integrados a televisores que usarão seus chips em sua conferência anual de programadores, realizada esta semana em San Francisco.
 
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Fonte: Blog de Ranato Cruz - Estadão
[08/03/08]  
As patentes e a TV digital interativa por Renato Cruz
 
Ginga
Um problema jurídico impede o lançamento da TV digital interativa no Brasil. Blocos de software que fazem parte do Ginga, sistema de interatividade criado por pesquisadores locais, podem exigir pagamento de royalties para a empresa americana Via Licensing. “As especificações técnicas do Ginga já estão prontas desde 2 de dezembro”, disse Paulo Henrique Castro, coordenador do Módulo Técnico do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD).
 
A Via Licensing é dona de patentes do MHP, software de interatividade europeu, e também do OCAP, americano. O Ginga adotou o GEM, bloco de software que faz parte do MHP e do OCAP, exatamente para se tornar compatível com as tecnologias internacionais. Esta semana, porém, o Fórum do SBTVD fechou acordo com a empresa americana Sun Microsystems, criadora da linguagem de programação Java, para desenvolver um substituto do GEM em software livre, que não exige pagamento de royalties.
 
Não existe no mercado nenhum conversor (também chamado de set-top box) ou televisor com o Ginga. Segundo o professor Luiz Fernando Soares, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, um dos pais do Ginga, os lançamentos podem acontecer no segundo semestre.
 
Em 2 de dezembro, quando a TV digital estreou no Brasil, os pesquisadores que criaram o Ginga diziam que a tecnologia estava pronta, enquanto a indústria falava que não. “Existe muito ruído”, disse o professor Guido Lemos, da Universidade Federal da Paraíba, que liderou os trabalhos do Ginga-J, parte do sistema que usa o GEM. “Estão querendo transformar o Ginga-J numa Geni.” Segundo Lemos, não houve interatividade na estréia da TV digital porque os equipamentos ficaram prontos um mês antes, e vieram cheios de problemas.
 
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Fonte: Teleco
 
Middleware é um termo geral, normalmente utilizado para um de código de software que atua como um aglutinador, ou mediador, entre dois programas existentes e independentes. Sua função é trazer independência das aplicações com o sistema de transmissão.
 
Permite que vários códigos de aplicações funcionem com diferentes equipamentos de recepção (IRDs). Através da criação de uma máquina virtual no receptor, os códigos das aplicações são compilados no formato adequado para cada sistema operacional. Resumidamente, podemos dizer que o middleware possibilita o funcionamento de um código para diferentes tipos de plataformas de recepção (IRDs) ou vice-versa.
 
O Middleware se faz necessário para resolver o novo paradigma que foi introduzido com a TV Digital: a combinação da TV tradicional (broadcast) com a interatividade, textos e gráficos. Esta interatividade necessitará de várias características e funcionalidades, encontradas no ambiente WEB: representação gráfica; identificação do usuário; navegação e utilização amigável etc.
 
Assim, os desenvolvedores de aplicações deixaram de se preocupar com os protocolos existentes nas camadas inferiores do sistema de transmissão e focalizaram uma interface padrão para desenvolvimento de seu trabalho. Html e Java são formatos aceitos na maioria dos Middlewares em funcionamento.
 
Além disso, o formato de apresentação Web traz um alto grau da familiaridade para o usuário e, com “Return Path”(canal de retorno do usuário), permite um ambiente de interação com receptor. Esta inovação revoluciona o sistema de TV. Um sistema que basicamente apenas difundia informação agora permite que o receptor interaja com o transmissor.
 
Padrões de Middleware
Ainda não existe um padrão de Middleware universal. Três grupos tentam formalizar um padrão aberto:
- a Europa com sistema DVB tenta padronizar o MHP,
- os Estados Unidos com ATSC tenta o DASE e
- o Japão com ISDB tenta o ARIB. Ler mais

 

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