----- Original Message -----
From: Rubens Kuhl Jr.
To: wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, October 05, 2008 9:31 PM
Subject: [wireless.br] WiMAX World em Chicago - Opiniões de
Rubens Kuhl Jr.
Esta semana eu estive em Chicago para a WiMAX World, tanto
para acompanhar o evento quanto fazer uma palestra, e seguem
minhas impressões:
- Óbvio que o lançamento do XOHM foi marcado para coincidir
com o evento. A cidade onde ele foi lançado, Baltimore, se
deve a fusão com a Clearwire não ter ainda sido fechada,
pois senão o lançamento teria sido em Chicago, que é uma
cidade bem mais marcante para as comunicações móveis.
- Óbvio também que o anúncio da "Mobile Broadband", esforço
de EVDO/3G para inclusão de chips de acesso em computadores
e dispositivos, foi também sincronizado com o evento.
Curioso porém que a estratégia deles é repetir a estratégia
da Intel para WiMAX e brigar com WiMAX por esse "sweet spot"
onde o próprio usuário arca com o custo de CPE sem notar,
não cita WiMAX... essa linha "WiMAX no ecziste" será a a
tônica do 3G, talvez?
- Na feira haviam lançamentos muito interessantes em cada um
dos 29 fabricantes já homologados de 802.16e, mas o sistema
WiMAX do tamanho de um pino de lapela da Altair foi o que
mais me chamou a atenção.
Acho que o grande desafio do WiMAX para dispositivos será o
da gestão de energia, pois já há anos de otimização de
consumo nos sistemas ligados a celulares. Essa otimização
porém ainda não vale para 3G, eu estou inclusive bastante
curioso para saber a duração de bateria de um iPhone 3G.
- No congresso, havia muito foco das consultorias em mostrar
idéias e ferramentas para montagem de business-plan, o que
está alinhado com o fato de que há mais trials e estudos do
que operações comerciais, mas com alguma "puxagem de
sardinha" para as ferramentas/informações dessas
consultorias.
- Já os fabricantes conseguiram no congresso difundir
questões tecnológicas que os futuros operadores WiMAX
precisam mesmo saber... neles eu notei uma boa isenção,
inclusive com grande transparência sobre que recursos que
eles imaginam implementar também estarão disponíveis em
equipamentos de outros fabricantes.
- Entre os operadores, a reclamação unânime era preço das
CPEs. O lado bom disso é que ninguém reclamou de
disponibilidade, que era o problema anterior... este
elefante saiu da sala, agora falta o ganho de escala chegar
aqui e permitir negócios viáveis. Interessante também ver
diversas operações comerciais com deployment à toda no
mundo, contrastando com o estrangulamento que acontece no
Brasil por causa da indisponibilidade de espectro em 3.5 GHz
e de equipamentos
certificados em 2.5 GHz.
- Cada vez mais países estão licitando espectro, com vários
já com várias faixas entre (2.3, 2.5, 3.5, 3.65) em uso, não
apenas uma.
Num ambiente onde os americanos só falavam que perderam
muito dinheiro no mercado de ações, o otimismo sobre WiMAX
era alto. E o andamento da tecnologia justifica essa
percepção, mas o próximo ano será o de "reality check", do
que se conseguiu ou não. Quem viver, verá.
Rubens