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Outubro 2008 Índice Geral do BLOCO
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14/10/08
• Ajuda: Provedor Wireless exige Acess Point diferente - Debate - Coleção de mensagens
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----- Original Message -------------------------------------------------------------
----- Original Message
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From: bruno@openline.com.br
To: wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, October 12, 2008 10:09 PM
Subject: Re: [wireless.br] Ajuda: Provedor Wireless exige
Acess Point diferente
Ola
> > Comprei um Kit de um fabricande ,
onde tem a antena, cabo e placa PCI.
> > Irei me referir a quem me dará o sinal como meu
"provedor": ele olhou
> > as especificaçoes da placa e disse que é muito fraca, e
quer que eu
> > adquira um AP, pois diz que tem mais potencia.
> Numa rede Wi-Fi, que usa o mesmo canal lógico para
transmissões tanto
> no sentido provedor - cliente quanto cliente - provedor, a
manutenção
> de uma modulação elevada é crítica para a performance
agregada da
> rede. Assim, mesmo que o provedor conseguisse atender a
esse cliente
> em particular usando equipamentos de menor potência, isso
> comprometeria a performance global... a exigência em
manter a
> modulação no máximo permitido da regulação (400 mW) é bem
razoável.
Esse valor de 400mW máximo permitido você obteve como? Na
resolução 506/08 ou na 393/05?
Na minha experiência (não sei se é o caso deste provedor de
serviços) quando alguém utiliza a potência total pode ser um
sintoma de que não sabe muito bem o que está fazendo, tendo
em vista que a Anatel procura "orientar" a usarem a menor
potência de transmissão possível com um maior ganho de
antena, e não o contrário, como forma de preservacão de
espectro radioelétrico.
Isso sem contar que, como a comunicação é bi-direcional, um
AP com 400mW e omni ou setorial de 15dB (bastante comum) num
sentido com uma direcional de 24dB no outro já cria uma
desproporção que se traduz em maior ruído para o AP
"compensar" (já que, pelo padrão, ele tentará dar tratamento
igual a clientes desiguais, já que alguns estão mais perto
(ou com mais potência) que outros, mais distantes).
Se a relação sinal ruido (SNR) estiver dentro da faixa
projetada, se a modulação do AP (a, b ou g) estiver travada
na velocidade desejada, se a antena tem o ganho correto e
está alinhada com um mínimo de cuidado quanto a zona de
Fresnel, não será a potência do cliente que prejudicará o
AP, mas pelo contrário o fato de poder existirem clientes
que não tenham sido instalados com esse nível de cuidado é
que trará mais prejuízo ao conjunto.
Por outro lado, ao padronizar o cliente num determinado tipo
de equipamento se reduz o custo de suporte do prestador de
serviço.
Talvez seja esse o objetivo do prestador, e ele não soube
explicar ou quis usar a questão de potência como motivo em
seu lugar.
[]s, !3runo Cabral
Complementando: um
detalhe, a medida em dBm é exponencial, 18dBm em mW são
64mW, comparado com 400mW são quase 8 vezes mais potência
Não é simplesmente 26dBm - 18dBm = 8dBm que seria "pouco".
Como regra a cada 3dBm o nível em miliwatts dobra.
O ganho da antena também influencia no resultado final do
conjunto. É o chamado EIRP (algo como "potência irradiada").
Não foram citadas, no texto original, ganhos das antenas do
cliente, do provedor e a quantidade de cabo existente entre
a antena do cliente e o pigtail na placa de rádio (que
representa perda de sinal a ser levada em conta no cálculo.
Ao colocar um "radinho" numa caixa plástica atrás da antena
e descer apenas cabo de rede se evita perda de sinal do
cabo, melhorando um pouco o conjunto)
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----- Original Message
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From: Rubens Kuhl Jr.
To: wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, October 12, 2008 11:49 PM
Subject: Re: [wireless.br] Ajuda: Provedor Wireless exige
Acess Point diferente
>> rede. Assim, mesmo que o provedor
conseguisse atender a esse cliente
>> em particular usando equipamentos de menor potência, isso
>> comprometeria a performance global... a exigência em
manter a
>> modulação no máximo permitido da regulação (400 mW) é bem
razoável.
>
> Esse valor de 400mW máximo permitido você obteve como? Na
resolução
> 506/08 ou na 393/05?
506/08; 400mW permitido o valor de EIRP em 2.4 GHz em
qualquer cidade do país independente da população. Mais do
que isso só em cidades com menos de 500 mil habitantes.
Considerando link P2P com antena de 24 dBi, a diferença para
6 dBi é de 18 dB, dividido por 3 (válido só para link P2P),
dá 6 dB, então 26 dB (400 mW) - 6 dB dá 20 dB de potência
máxima de saída no equipamento se ele estiver grudado à
antena.
> Na minha experiência (não sei se é o
caso deste provedor de serviços)
> quando alguém utiliza a potência total pode ser um sintoma
de que não
> sabe muito bem o que está fazendo, tendo em vista que a
Anatel procura
> "orientar" a usarem a menor potência de transmissão
possível com um
> maior ganho de antena, e não o contrário, como forma de
preservação
> de espectro radioelétrico.
Preservação do espectro e maximização de cobertura e
capacidade são 3 objetivos conflitantes entre si. Em geral,
resolve-se maximizando potência e cobertura no instante
zero, e diminuindo potência apenas com acréscimo de novas
células para aumento de capacidade.
> Isso sem contar que, como a
comunicação é bi-direcional, um AP
> com 400mW e omni ou setorial de 15dB (bastante comum) num
sentido
Numa antena multi-ponto de 15 dB, a potência tem que ser
reduzida em 9 dB, não em 3 dB...
> com uma direcional de 24dB no outro
já cria uma desproporção que
> se traduz em maior ruído para o AP "compensar" (já que,
pelo padrão,
> ele tentará dar tratamento igual a clientes desiguais, já
que alguns
> estão mais perto (ou com mais potência) que outros, mais
distantes).
A única coisa que o AP tenta compensar é seguir a modulação
estabelecida para aquele nó... quanto mais potência, melhor
a modulação, menor a ocupação de airtime.
> Se a relação sinal ruído (SNR)
estiver dentro da faixa projetada,
> se a modulação do AP (a, b ou g) estiver travada na
velocidade desejada,
> se a antena tem o ganho correto e está alinhada com um
mínimo de
> cuidado quanto a zona de Fresnel, não será a potência do
cliente
> que prejudicará o AP, mas pelo contrário o fato de poder
existirem
> clientes que não tenham sido instalados com esse nível de
cuidado
> é que trará mais prejuízo ao conjunto.
E é o que esse provedor está tentando fazer,não ?
Rubens
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----- Original Message
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From: carlosvin76
To: Celld-group@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, October 13, 2008 4:08 PM
Subject: [Celld-group] Re: Ajuda: Provedor Wireless exige
Acess Point diferente
Gazu,
De repente e resolve com uma antena melhor, qual é a antena
que vc comprou?.
Uma antena de 24 dBi apotada na direção do seu provedor
poderá ser suficiente (sempre que exista linha de visada
direta), mas não esqueça de colocar um centelhador coaxial
entre a antena e a entrada da placa e aterrar a conexão para
evitar queimar os seus componentes no PC.
A solução do AP faz precisamente isso tb, aumentar a
potência na saída da antena (EIRP = Potência do Rádio em dBm
+ Ganho da antena em dBi - perda de cabos e conectroes em
dB).
A respeito da transmissão, o que faz com a primeira solução
é aumentar o ganho da antena, na segunda é incrementar a
Potência do rádio, a idéia será aumentar a EIRP, supondo
perda de cabos constante.
Na recepção claro que o AP é melhor que a sua placa, mas com
a antena de alto ganho vc consegue obter bons níveis na
recepção, um cálculo mais preciso pode encontrar em software
de cálculo gratuito, busque por "link budget" na internet e
faça um teste.
Abraços,
Carlos.
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----- Original Message
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From: bruno@openline.com.br
To: wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, October 13, 2008 5:59 PM
Subject: Re: [wireless.br] Ajuda: Provedor Wireless exige
Acess Point diferente
Olá Rubens e demais colegas
--- "Rubens Kuhl Jr." <rubensk@gmail.com>
escreveu:
> >> rede. Assim, mesmo que o provedor conseguisse atender a
esse cliente
> >> em particular usando equipamentos de menor potência,
isso
> >> comprometeria a performance global... a exigência em
manter a
> >> modulação no máximo permitido da regulação (400 mW) é
bem razoável.
> > Esse valor de 400mW máximo permitido você obteve como?
Na resolução
> > 506/08 ou na 393/05?
> 506/08; 400mW permitido o valor de EIRP em 2.4 GHz em
qualquer cidade
> do país independente da população.
Opa, só para esclarecer, eu havia entendido que estava se
referindo ao EIRP, só que os 400mW do APzinho lá do provedor
não é EIRP, é potência NOMINAL. Da forma que escreveu ficou
parecendo que estava se referindo a potência nominal do
equipamento e não a EIRP, por isso minha pergunta.
> Mais do que isso só em cidades com
menos de 500 mil habitantes.
> Considerando link P2P com antena de 24 dBi, a diferença
para
> 6 dBi é de 18 dB, dividido por 3 (válido só para link
P2P),
> dá 6 dB, então 26 dB (400 mW) - 6 dB dá 20 dB de potência
> máxima de saída no equipamento se ele estiver grudado à
antena.
Correto mas infelizmente pela descrição do autor original da
pergunta este provedor não está fazendo ponto a ponto para
atender os clientes, mas ponto-multiponto. Por outro lado em
se considerando seu cálculo exemplo, os 18dBm da placa PCI
do autor da pergunta estão bem mais perto dos 20dBm (100mW x
64mW) do que dos 26dBm prometidos pelo provedor ao cliente
pela simples compra do AP de 400mW (se ele planeja usar em
400mW você já pode deduzir por si só que não está
respeitando as limitações de potência irradiada da
freqüência "livre", de 1W de EIRP)
> > Na minha experiência (não sei se é
o caso deste provedor de serviços)
> > quando alguém utiliza a potência total pode ser um
sintoma de que não
> > sabe muito bem o que está fazendo, tendo em vista que a
Anatel procura
> > "orientar" a usarem a menor potência de transmissão
possível com um
> > maior ganho de antena, e não o contrário, como forma de
preservação
> > de espectro radioelétrico.
>
> Preservação do espectro e maximização de cobertura e
capacidade são
> 3 objetivos conflitantes entre si. Em geral, resolve-se
maximizando
> potência e cobertura no instante zero, e diminuindo
potência apenas
> com acréscimo de novas células para aumento de capacidade.
Sou forçado a discordar neste ponto, a maioria dos
"provedores" procura a maior potência no AP com a maior
antena, espalha os clientes numa área grande e depois não
entende por que ocorrem ruídos e deficiências de
comunicação, ao invés de seguir as orientações
radioelétricas e procurar manter mais células de
tamanho menor, minimizando o ruído recebido e maximizando a
capacidade da célula, em detrimento da cobertura maior.
Sei que não é o seu caso, óbvio, pois é um grande conhecedor
do assunto, mas é bastante comum no mercado principalmente
em cidades menores onde 3 ou 4 provedores (as vezes mais)
concorrem apenas entre si ou no máximo com o ADSL da tele.
Se essa decisão tinha até uma razão econômica de ser (o
custo de registro de estações na Anatel que era imputado em
função da res. 365/04 não ser bastante clara neste ponto),
com a res. 506/08 e o barateamento dos equipamentos, não
mais se sustenta essa preferência por grandes e
problemáticas células em detrimento
da menores e mais ágeis.
> > Isso sem contar que, como a
comunicação é bi-direcional, um AP
> > com 400mW e omni ou setorial de 15dB (bastante comum)
num sentido
>
> Numa antena multi-ponto de 15 dB, a potência tem que ser
reduzida em 9
> dB, não em 3 dB...
Você fez 18dB da placa - 15 dB da antena para chegar nesse
"3 dB"? Porque o que escrevi foi o exemplo de provedor
hipotético com antena omni de 15dB e cartão de 400mW
transmitindo para os clientes. Perdoe-me se não me fiz
entender.
> > com uma direcional de 24dB no
outro já cria uma desproporção que
No caso, a potência irradiada na direção provedor -> cliente
(26dB com ganho de 15 na antena = 12W) será menor que a na
direção oposta (cliente -> provedor, 26dB com ganho de 24 na
antena = 100W), sendo que a resolução especifica 1W como
máximo de EIRP para qualquer conjunto usado nas freqüências
ditas livres (com restrições adicionais em função do tipo da
antena)
Um verdadeiro bombardeio dos clientes ao AP!!!
Para quem quiser calcular a potência irradiada em função da
potência nominal e ganho de antena, este javascript pode ser
usado:
http://www.neasmn.org/ben/dbw_calculator.htm
> > se traduz em maior ruido para o AP
"compensar" (já que, pelo padrão,
> > ele tentará dar tratamento igual a clientes desiguais,
já que alguns
> > estão mais perto (ou com mais potência) que outros, mais
distantes).
>
> A única coisa que o AP tenta compensar é seguir a
modulação
> estabelecida para aquele nó... quanto mais potência,
melhor a
> modulação, menor a ocupação de airtime.
Se pegar o datasheet dos cartões verá que, quanto maior a
modulação, MENOR A POTÊNCIA. Os cartões de 600mW, por
exemplo, só transmitem nessa potência em 6 a 18 ou 24Mbps,
em 54Mbps a potência será bem mais baixa
Quanto ao que o AP tentar compensar, eu me referi a se o
provedor seta o AP para todas as velocidades (1, 2, 5.5, 11,
6, 12, 18, 24, 36, 48, 54Mbps) e aparece um cliente de sinal
mais fraco, o AP vai tentar conectar em cada uma até chegar
naquela que consiga conversar com o cliente. Isso é o que
chamo "tentar compensar",
requer tempo de processamento no AP e o fará ficar "mais
pesado", principalmente se forem muitos clientes nessa
situação.
Se por outro lado o provedor setar apenas uma velocidade por
ex. 54Mbps, qualquer cliente com sinal mais baixo não
conseguirá nem ao menos conectar no AP, portanto mantendo-o
livre e disponível para as conexões dos outros clientes
Não me entenda mal, muitos provedores agem como se fossem
empresas de celular com potência máxima nas torres e
clientes com potência baixa ou sem antena, como se o
espectro "livre" fosse só deles.
Dai a exigência de APs (e cartões de rádio) cada vez mais
potentes quando as coisas não funcionam, numa corrida maluca
que só faz todos os provedores da região perderem (tanto em
qualidade quanto em investimento jogado fora nos
equipamentos de menor potência)
> > Se a relação sinal ruido (SNR)
estiver dentro da faixa projetada,
> > se a modulação do AP (a, b ou g) estiver travada na
velocidade
> > desejada,
> > se a antena tem o ganho correto e está alinhada com um
mínimo de
> > cuidado quanto a zona de Fresnel, não será a potência do
cliente
> > que prejudicará o AP, mas pelo contrário o fato de poder
existirem
> > clientes que não tenham sido instalados com esse nível
de cuidado
> > é que trará mais prejuízo ao conjunto.
>
> E é o que esse provedor está tentando fazer, não ?
Pelo que o cliente descreveu me pareceu que o provedor está
acreditando que potência é tudo, ignorando a regulação
completamente. Você está sendo mais otimista que eu nesse
sentido ;-)
Por outro lado, ao cliente eu diria que é preferível comprar
o equipamento recomendado pelo provedor e não um outro, pois
assim o provedor não poderá imputar ao cliente eventuais
deficiências no serviço, alegando ser falha no componente
adquirido pelo cliente.
[]s, !3runo Cabral
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----- Original Message -----
From: Rubens Kuhl Jr.
To: wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 14, 2008 1:55 AM
Subject: Re: [wireless.br] Ajuda: Provedor Wireless exige
Acess Point diferente
> Se essa decisão tinha até uma razão
econômica de ser (o custo de
> registro de estações na Anatel que era imputado em função
da res.
> 365/04 não ser bastante clara neste ponto), com a res.
506/08 e
> o barateamento dos equipamentos, não mais se sustenta essa
> preferência por grandes e problemáticas células em
detrimento
> da menores e mais ágeis.
Mais células no começo significa maiores custos, CAPEX e
OPEX. Quanto os problemas, as operadoras celulares começaram
com células grandes que apresentam problemas conhecidos de
zonas de sombra... é sempre assim que começa, especialmente
num mundo de crédito reduzido (pós-quebra da NASDAQ, com
downs regulares como 9/11, crise russa, crise imobiliária,
insira aqui a próxima crise).
Eu imagino que a sua preocupação tenha 2 origens:
1) Ao transmitir em potência alta(dentro do permitido pela
regulação) num espectro não-licenciado, se tem um problema
do tipo "tragédia dos comuns" em que todos tem direito ao
espectro mas a competição entre os operadores pode tornar
tudo inusável;
2) A performance em Wi-Fi é muito sensível ao aumento da
distância devido ao protocolo de acesso ineficiente
A solução de (1) é a convivência coordenada. Todos são
usuários secundários do espectro, e enquanto irradiam dentro
dos limites da regulação, tem o mesmo direito.
A solução de (2) é alterar o protocolo, quer para soluções
proprietárias como o SCDMA da Navini (infelizmente fora de
linha), quer para soluções pre-WiMAX como Alvarion e Aperto.
Talvez alguma manipulação de ACK timeout, RTS/CTS e
agrupamento de pacotes ajude, mas meios de acesso
compartilhado precisam de soluções ou no domínio do código
ou do tempo.
>> > Isso sem contar que, como a
comunicacão é bi-direcional, um AP
>> > com 400mW e omni ou setorial de 15dB (bastante comum)
num sentido
>>
>> Numa antena multi-ponto de 15 dB, a potência tem que ser
reduzida em 9
>> dB, não em 3 dB...
>
> Você fez 18dB da placa - 15 dB da antena para chegar nesse
"3 dB"?
Não. Se a antena tem 15 dBi, ela tem 9 dB mais que a antena
prevista para a potência padrão, que é 6 dBi. Num sistema
ponto-multiponto, a potência transmitida tem que ser 26 dBm
- 9 dB = 17 dbM. Num sistema ponto-a-ponto, os 9 dB da
diferença podem ser divididos por 3, permitindo 23 dBm. Essa
diferença é justamente uma forma do regulador melhorar a
chance de convivência do espectro.
Note que a questão é o sistema, e não a direcionalidade da
antena...um cliente num sistema ponto-multiponto não pode se
beneficiar desse fator de 3x.
>> > com uma direcional de 24dB no
outro já cria uma desproporção que
>
> No caso, a potência irradiada na direção provedor ->
cliente
> (26dB com ganho de 15 na antena = 12W) será menor que a na
direção
> oposta (cliente -> provedor, 26dB com ganho de 24 na
antena = 100W),
> sendo que a resolução especifica 1W como máximo de EIRP
para qualquer
> conjunto usado nas freqüências ditas livres (com
restrições
> adicionais em função do tipo da antena)
Sistema fora da norma é fora da norma, não adianta tentar
resolver como isso funcionaria...
> Se pegar o datasheet dos cartões
verá que, quanto maior a modulação,
> MENOR A POTÊNCIA. Os cartões de 600mW, por exemplo, só
transmitem
> nessa potência em 6 a 18 ou 24Mbps, em 54Mbps a potência
será bem
> mais baixa
Como os pacotes de controle e eventuais broadcasts
(inclusive ARP) são transmitidos na pior modulação, ela é o
determinante do limite de potência. Se a potência efetiva na
modulação maior é menor, azar o seu... :-)
> Não me entenda mal, muitos
provedores agem como se fossem empresas > de celular com
potência máxima nas torres e clientes com potência > baixa
ou sem antena, como se o espectro "livre" fosse só deles.
Mas ele também não é só dos outros operadores, é de todos.
> Dai a exigência de APs (e cartões de
rádio) cada vez mais potentes
> quando as coisas não funcionam, numa corrida maluca que só
faz
> todos os provedores da região perderem (tanto em qualidade
quanto
> em investimento jogado fora nos equipamentos de menor
potência)
Essa reação é a que menos resolve. Se alguém está irradiando
muito fora da regulação, denúncia na Anatel. Se está dentro,
melhorar a direcionalidade ou mudar de canal (largura ou
posição) vai resolver muito mais do que aumentar a sua
própria potência. Quanto mais seu próprio sinal parecer
ruído para os outros usuários, menos eles vão retransmitir
ou tentar subir a potência deles, e melhor fica para todo
mundo.
Rubens
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De: "bruno@openline.com.br" <bruno@openline.com.br>
Data: Ter, 14 de Out de 2008 8:39 am
Assunto: Re: [wireless.br] Ajuda: Provedor Wireless exige
Acess Point diferente
Olá
Resumidamente, chegamos então as seguintes conclusões:
1) exigir os 26dBm torna o provedor irregular quanto a
emissão irradiada pelo conjunto (em PmP). Os 18dBm do kit
adquirido pelo cliente, por outro lado, estariam dentro da
norma (confere?) (mesmo que o provedor não aceite o kit)
2) os provedores que insistem nisso devem repensar suas
redes.
Além do WCDMA da Navini outro sistema que me vem a memória é
o Turbocell da ex-Karlnet-depois-terrorbeam-agora-proxim. Eu
já usei CTS/RTS (em 2002) e o resultado não foi muito bom
(tinha célula grande e um concorrente com potência
amplificada), por outro lado sistemas mais atuais como o
Mikrotik podem ajustar
o ack "a fino" (isso não era possível em 2002) e talvez
melhorar um pouco essa questão de tamanho de célula - ou
aproveitar o custo baixo desse tipo de equipamento e fazer
mesmo mais células
3) ao setar apenas uma velocidade de modulação os pacotes de
controle não seriam enviados na velocidade padrão mais
baixa, o que equivale ao AP não ser visto por clientes com
sinal pior (concorda?)
4) As orientações de redirecionamento, repolarização e
antenas mais direcionais são todas válidas, assim como as de
colocar o AP o mais próximo possível da antena para
minimizar perdas de cabos e conectores (o que inviabiliza
uso de kit pci no micro do cliente). Excepcionalmente no
caso do autor original do post
2,3km é realmente muito perto e não deveria influenciar
tanto para o provedor (a não ser na questão do suporte de
equipamento diferente na rede dele)
5) ao invés de brigar com o provedor, o cliente deveria
aceitar a recomendação dele e com isso evitar que ele culpe
o kit do cliente por eventuais problemas no acesso (essa
você não contestou ;-))
Agradeço o debate salutar, é sempre bom trocar idéias com
pessoas de alto nível.
[]s, !3runo Cabral