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ComUnidade WirelessBrasil

Setembro 2008               Índice Geral do BLOCO

O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão  Celld-group e WirelessBR. Participe!


19/09/08

• PLC (06) - Banda larga pela rede elétrica + Artigo do Teletime + Informações básicas

----- Original Message -----
From: Helio Rosa
To: Celld-group@yahoogrupos.com.br ; wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Cc: wanise@telecomonline.com.br ; marineide@telecomonline.com.br ; Jana de Paula
Sent: Friday, September 19, 2008 8:50 AM
Subject: PLC (06) - Banda larga pela rede elétrica + Artigo do Teletime + Informações básicas

Olá,
ComUnidade WirelessBRASIL!
 
01.
Este é o "Serviço ComUnitário" sobre "Power Line Communication (PLC) ou  "Banda larga pela rede elétrica".

O objetivo do "Serviço" é informar e estimular o "compartilhamento" das opiniões, conhecimentos e experiências dos participantes.
Estamos também em "campanha" para incentivar a interação de nossos membros com as autoridades, entidades públicas e da sociedade civil e com a mídia.
Neste "maravilhoso novo mundo conectado" a participação individual é possível e faz uma enorme diferença!
 
02.
Transcrevemos mais abaixo este ótimo artigo:
 
Fonte: TelecomOnline
[10/09/08]  
PLC volta à cena com a promessa de universalização da banda larga  por Marineide Marques
 
Vamos interagir?  :-)
Equipe do
TelecomOnline:

Wanise Ferreira (
wanise@telecomonline.com.br) - Jornalista com mais de 12 anos de experiência no mercado de TI e telecomunicações. Na Plano Editorial participou da criação da newsletter Telecom Urgente e do site Telecom Online, assumindo, posteriormente, o cargo de editora-executiva das publicações, assim como do Jornal Telecom. Sua experiência jornalística envolve ainda a cobertura da área de Economia em jornais de grande circulação, como o Globo e O Estado de São Paulo. No Jornal da Tarde foi também chefe de reportagem de Economia.

Marineide Marques (
marineide@telecomonline.com.br) - Jornalista com grande experiência na área de telecomunicações, acumula passagens por jornais, revistas e agências de notícias. Iniciou a cobertura do setor por ocasião da privatização do Sistema Telebrás, em 1998, para o InvestNews, da Gazeta Mercantil. Desde então, já escreveu sobre o tema para a Agência Estado, Valor Econômico, Forbes e IstoÉ. Antes disso, atuava nas editorias de Economia e Negócios.

03.
Na última mensagem transcrevemos o início de um artigo/entrevista publicado do
e-Thesis.
Hoje transcrevemos o final com a recomendação de visitar a fonte para ler o texto completo:
Fonte: e-Thesis
[16/09/08]  
Banda larga na rede elétrica: mitos e verdades  por Jana de Paula

(...) Os tipos de PLC
Há três tipos de rede PLC. O de média tensão (20 kV - 11,9 kW) é usado exclusivamente pelas concessionárias de energia elétrica. O de baixa tensão (220V-110V) é o indicado para o uso da rede de distribuição de energia das concessionárias no fornecimento de serviços de telecom para residenciais e escritórios. Há ainda PLC na rede interna, de uso do cabeamento interno de prédios e casas para estabelecer redes locais privadas.
No caso de um PLC em rede de baixa tensão, que é o que leva banda larga outdoor, o backbone de internet é levado pela mesma tensão dos transformadores (tensão média). Ou seja, a banda larga chega até os transformadores em média tensão e é distribuída para as casas em redes de baixa tensão (220 V-110 V). Neste ponto da rede é que também são instalados os regeneradores de PLC (para controlar interferências). O backbone de internet também pode vir direto da subestação (por fibra óptica). Quanto ao cliente, ele instala um modem PLC em sua casa e passa a ter banda larga.
 
PLC nas faixas de 80 MHz a 1,6 MHz
De início (há dez anos), o plano entre os pioneiros, era de as próprias concessionárias de energia se tornarem as fornecedoras de serviços de telecom. Os sistemas PLC foram desenvolvidos inicialmente por pesquisadores da Nor.Web - empresa formada entre Northern Telecom (Nortel) e United Utilities. As primeiras redes de telecom em PLC basearam-se em fibra óptica, numa rede totalmente com fio. Neste caso, o centro de operação do sistema de comunicações  é interligado à subestação de energia elétrica por fibra óptica e transmitido ao consumidor até a rede primária de média tensão/PLC (o transformador instalado nas ruas, dos quais se bifurcam os fios para as residências) As residências, tecnicamente, recebem a chamada rede secundária de baixa tensão (a conexão entre a rede primária e a secundária seria a última milha).
Assim, enquanto na concessão de telefonia fixa comutada o xis da questão é a última milha, na da rede elétrica a ponta principal fica entre o transformador e a subestação, que é onde se instala a rede de transmissão de dados, voz imagem etc.
 
A rede híbrida
No caso da rede híbrida, a estação de base, ou centro de operações (telefonia, multimídia e internet), é interligada à rede secundária de baixa tensão (a que fica nas vias públicas, no transformador), dispensando a interligação com a subestação. A banda larga chega sem fio na casa do cliente, com uma vantagem: o cliente que dispuser de uma antena wireless, femtocell, Wi-Fi, WiMAx etc. pode adquirir mobilidade nesta rede. Este tipo de rede híbrida WLAN-PLC está num estágio entre a segunda e a terceira geração. (...)
 
04.
Sobre a Consulta Pública da Anatel:

Fonte: e-Thesis
[26/08/08]   Consulta pública para uso de rede elétrica em banda larga  por e-Thesis  

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) colocou hoje em consulta pública sua proposta de Regulamento sobre Condições de Uso do Sistema de Acesso em Banda Larga utilizando Rede de Energia Elétrica (BPL). A Anatel propõe que a comunicação a ser estabelecida pelo sistema BPL, confinada nas redes de energia elétrica, somente possa ocorrer na faixa de 1.705 kHz a 50 MHz. Além disso, os equipamentos que compõem o sistema BPL devem possuir certificação expedida ou aceita pela Anatel, de acordo com a regulamentação vigente, e atender às normas cabíveis, referentes ao sistema elétrico, expedidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O texto completo da proposta estará disponível na biblioteca da Anatel e na página da Agência na internet. As manifestações, fundamentadas e devidamente identificadas, devem ser encaminhadas preferencialmente por meio do formulário eletrônico do Sistema Interativo de Acompanhamento de Consulta Pública, disponível na página da Agência, até 24h do dia 29 de setembro de 2008, fazendo-se acompanhar de textos alternativos e substitutivos, quando envolverem sugestões de inclusão ou alteração, parcial ou total, de qualquer dispositivo.
 
Link direto para o texto da Consulta e formulários para "contribuir": 
Fonte: Anatel
Proposta de Regulamento sobre Condições de Uso do Sistema de Acesso em Banda Larga utilizando Rede de Energia Elétrica
 
05.
O Teleco possui um Tutorial sobre o assunto:
PLC - Power Line Communications por  Edson Rodrigues Duffles Teixeira
 
E também uma página especial:
PLC - Power Line Communications
 
06.
No Portal da
ABUSAR também encontramos um página especializada:
Redes PLC - Internet via Rede Elétrica
 
07.
Vale visitar o Guia das Cidades Digitais e ler mais dois textos:
-
Um estado inteiro ligado por PLC (sobre o Pará)
-
Pilotos indicam necessidade de aprimoramento
 
08.
Artigos da nossa participante e Coordenadora-adjunta da ComUnidade, Thienne Johnson  (thienne@datamazon.com )

PLC Funciona?
Redes de Controle e PLC

Aqui está um pequeno texto de autoria de Thienne Johnson "expandindo as siglas": :-)

PLC, BPL, DPL e PLT ... Qual a diferença?

Power Line Communication (PLC) é uma tecnologia que usa as redes de transmissão de energia elétrica para transmitir dados. Para saber como a tecnologia PLC funciona, veja o Blog PLC.
Em diversos artigos, a tecnologia PLC é também chamada de PLT (Power Line Telecoms), BPL (Broadband over Power Lines) ou DPL (Digital Power Line), mas o uso dessas denominações para significar a mesma tecnologia não é exata.
Vamos aos detalhes. Existem 2 classes de PLC [1]:
 
PLIC -  Power Line ou Internal Telecoms (também chamado de BPL In-House)
É usada na rede elétrica residencial para fornecer serviço de rede local, como o sistema Homeplug. Pode-se integrar PLC e WiFi e receber dados a uma distância de algumas centenas de pés.
 
PLOC - Power Line Telecoms
É a rede de comunicação entre sub-estações elétricas e as redes residenciais. Os modems PLC usam 11 volts e transmitem em alta frequência (1.6 a 30 MHz). A velocidade assimétrica de um modem é, geralmente, de 256 kbps a 2.7 Mbps. No repetidor situado no medidor, a velocidade é de até 45 Mbps e pode ser conectado a até 256 modems PLC. Nas estações de média voltagem, a velocidade pode chegar a até 135 Mbps. Para conectar à Internet, pode-se usar backbones de fibra ou redes sem fio.

A tecnologia BPL (Broadband over Power Lines) é o uso de tecnologia PLOC para fornecer acesso de banda larga à Internet através das linhas de energia elétrica. Um computador (ou outro dispositivo) deve possuir um modem BPL ligado à rede elétrica em um prédio equipado para ter o acesso de alta-velocidade.

Já a tecnologia DPL (Digital Power Line) é uma tecnologia anterior, usada para transmitir dados a 1 Mbps pela rede elétrica, projetada pela Nortel Networks. Foi desenvolvida na década de 90, mas foi abandonada devido à dificuldades de implementação [2]. Leia o artigo “Nothing wrong with the technology, everything wrong with the market”[3], para saber mais detalhes
.

09.
Aqui está nossa coleção (parcial) de textos sobre o assunto:

Fonte: TelecomOnline
[10/09/08]  
PLC volta à cena com a promessa de universalização da banda larga  por Marineide Marques
 
Fonte: Telebrasil
[12/08/03]  
PLC de nova geração para a última milha

Fonte: e-Thesis
[16/09/08]  
Banda larga na rede elétrica: mitos e verdades  por Jana de Paula
 
Fonte: Tele.Síntese
[27/08/08]  
Indústria está otimista com regulamentação de PLC por Bruno De Vizia   (bruno@momentoeditorial.com.br)
 
Fonte: Guia das Cidades Digitais
                 PLC é alternativa de conexão à internet banda larga

Fonte: Plantão INFO
[22/08/08]  
Regra vai fomentar web pela rede elétrica
 
Fonte: Computerworld
[30/08/07]  
Internet por rede elétrica: a revolução nascerá por Taís Fuoco
 
Fonte: Computerworld
 
Fonte: Computerworld
 
 
 
Fonte: Computerworld
[30/03/07]  
Banda larga pela rede elétrica leva telemedicina a bairro gaúcho por Taís Fuoco
 
Fonte: Computerworld
 

Fonte: JB Online
[05/01/07]   Porto Alegre tem internet pela tomada 
 
Fonte: Telebrasil
[12/08/03]  
PLC de nova geração para a última milha  (transcrição no final da mensagem)
 
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Thienne Johnson
 
---------------------------------
 
Fonte: TelecomOnline
[10/09/08]  
PLC volta à cena com a promessa de universalização da banda larga  por Marineide Marques
 
Consulta pública retoma o debate sobre a tecnologia, que ainda precisa vencer desafios técnicos e mercadológicos.
 
A consulta pública aberta pela Anatel trouxe aos holofotes o PLC, sigla para Power Line Communications, tecnologia que permite a oferta de banda larga pela rede elétrica. A tecnologia não é nova – só no Brasil ela é testada há quase dez anos -, mas os avanços registrados nos últimos anos dão esperança de que ela possa se tornar realidade. A promessa do PLC é animadora: transformar todas as tomadas em ponto de rede e levar banda larga a todas as localidades sem necessidade de novos cabeamentos, afinal a rede energia elétrica cobre praticamente todo o Brasil. É o sonho da universalização do acesso à internet.
 
Até lá, no entanto, falta vencer os desafios técnicos e mercadológicos, afinal a tecnologia ainda não se provou mais barata que o ADSL. No Brasil, praticamente todas as concessionárias de energia elétrica já testaram o PLC em maior ou menor grau. Agora, com a proposta de regulamentação em curso, o interesse foi redobrado, dada a perspectiva de disponibilidade de equipamentos.
 
A consulta pública aberta pela Anatel não visa regulamentar a tecnologia, mas sim estabelecer as condições de uso e as características dos equipamentos, que passarão a ser certificados pelo órgão regulador. O regulamento também estabelece as freqüências nas quais os sistemas podem operar. Apesar de o PLC funcionar por cabo, há emissões indesejadas, que vazam pelo fato de o cabo da rede elétrica não ser blindado. Com o regulamento, a Anatel estabelece as condições para que estas emissões não interfiram nos demais serviços e como devem ser tratadas estas interferências. De maneira geral, as emissões acontecem na faixa entre 1,7 MHz e 30 MHz. A consulta pública vai até 29 de setembro e a expectativa é de que a regulamentação esteja publicada até o final do ano.
 
O grande desafio da tecnologia é justamente superar as interferências. “A rede elétrica, por sua própria constituição, apresenta muito ruído, mas a tecnologia já está bastante evoluída”, afirma o diretor do Fórum PLC na Associação de Empresas Proprietárias de Infra-Estrutura e de Sistemas Privados de Telecomunicações (Aptel), Paulo Pimentel. Nos primeiros estágios do PLC, a conexão era seriamente prejudicada pela interferência de outros dispositivos elétricos. Ou seja, a rede caía cada vez que se ligava o secador de cabelo ou o liquidificador. A evolução da tecnologia já suporta oscilações como estas, dada o isolamento conseguido nos equipamentos.
 
Na avaliação de Pimental, a regulamentação deve alavancar o primeiro grande uso do PLC, que são as aplicações de automação e medição de uso próprio da concessionária de energia. Essas aplicações já são usadas em baixa escala no Brasil e permitem a leitura remota dos medidores de energia elétrica, sem que um técnico precise ir ao local para realizar a tarefa. “A Itália tem 30 milhões de medidores conectados com a tecnologia”, informa Pimentel.
 
Mas é na oferta de serviços de banda larga que está a grande atratividade do PLC. Na teoria, as concessionárias de energia podem se tornar provedoras de serviços de telecomunicações, competindo com as teles. Ou podem ser parceiras das teles, entrando com a oferta de infra-estrutura para que elas ofereçam o serviço ao consumidor final. O modelo de negócios do PLC ainda é uma incógnita, já que a tecnologia é tão nova, mas os caminhos seguidas pela Brasil Telecom e pela Copel, por exemplo, mostram que as possibilidades são amplas.
 
Pioneirismo com o Videon
 
A BrT foi a primeira operadora brasileira a utilizar comercialmente o PLC. A solução vem sendo usada desde o início do ano na versão indoor, ou seja, dentro da casa do assinante, para transmissão do Videon, o serviço de IPTV da concessionária. Os testes começaram em 2006 e se mostraram satisfatórios, de acordo com o Sebastião do Nascimento Neto, engenheiro consultor de telecom da BrT. “Alcançamos taxas de transmissão de 200 megabits”, diz. Ele destaca que o PLC vem se mostrando bastante apropriado para fazer a conexão internamente, entre o modem, por onde chega o sinal do ADSL, e o aparelho de televisão. “Na maioria das vezes, a TV não está ao lado do computador e nem sempre é possível levar o cabo do ADSL até a sala de visitas. O PLC foi a solução”, explica.
 
Os planos da BrT para o PLC não param por aí. A operadora parte agora para testes com a solução outdoor, usando a rede de distribuição da concessionária de energia. Para esta primeira experiência, os trâmites foram acertados com a Celg, de Goiás, e os primeiros pilotos começam ainda este ano. “Enxergamos o PLC como complementar ao ADSL, para levar a banda larga onde a minha rede não alcança”, explica Nascimento.
 
Segundo o consultor, é vislumbrada uma série de serviços a serem oferecidos por meio da tecnologia PLC. A BrT começa a testar, por exemplo, uma espécie de PLC gateway, capaz de alimentar pequenos prédios comerciais. O equipamento é plugado na caixa de força do edifício e transforma todas as tomadas em ponto de rede. O ADSL, que chega pela rede de cabos telefônicos da concessionária de telefonia, é ligado no mesmo dispositivo, levando a banda larga para todo o prédio. Dessa forma, é eliminada a necessidade de modems em cada andar ou para cada microcomputador. “É uma solução apropriada para pequenos edifícios comerciais e muito atraente para hotéis e pousadas, por exemplo”, diz Nascimento.
 
Ele destaca que nos países europeus e no Japão já são comercializados gateways que integram ADSL, Wi-Fi e a interface de voz. Assim, com um único equipamento, a operadora oferece os três serviços, com a vantagem de dispensar o cabeamento interno. “A maioria das residências não tem cabeamento preparado para a variedade de serviços que existe hoje. O PLC resolve o problema usando a rede elétrica, que já está presente em todas as casas”, diz.
 
Nascimento assegura que a evolução dos equipamentos permitiu minimizar as interferências do uso da rede elétrica. “Os dispositivos mais modernos são capazes de absorver as flutuações sem derrubar a rede. A taxa de sucesso está em 80%”, informa.
 
Disputa com as teles
 
Enquanto a BrT vê a Celg como parceira, o modelo da Copel, no Paraná, é de concorrer diretamente com as teles na disputa pelo cliente final. “Com o PLC, resolvemos o problema de acesso”, diz o consultor para a área de telecom da Copel, Orlando César de Oliveira, que prevê uma revolução no setor com o início das ofertas comerciais de PLC. A própria Copel já testou a tecnologia em 2001 e 2002, sem que os resultados permitissem um lançamento comercial. Agora, com a evolução dos sistemas, está mais otimista. A empresa prepara um novo teste com PLC envolvendo 300 assinantes e um modelo inédito de negócio: a web sob demanda, ou WoD. A idéia é oferecer, pela rede elétrica, serviços de voz, banda larga, vigilância/segurança e vídeo sob demanda. Segundo Oliveira, a tecnologia disponível hoje permite o acesso a uma velocidade de 50 megabits por segundo. “Entramos na era da wideband”, diz ele.
 
Para o teste, a Copel fechou acordo com a BPL Global, que funcionará como integradora das soluções da sueca Ilevo. Nesta primeira fase, o projeto consumirá cerca de R$ 1 milhão, considerando apenas a compra dos equipamentos. Segundo Oliveira, o objetivo é dar impulso à tecnologia PLC e atrair investidores para o projeto. Em uma segunda fase, a Copel quer usar o PLC para cobrir todo um município, com a ambição de chegar a 3 milhões de usuários na fase 3. “Mas, antes disso, o business plan terá que mostrar a viabilidade econômica do projeto”, diz o consultor.
 
A idéia da Copel é oferecer ela própria os serviços de voz e acesso à internet, constituindo-se em mais um player no mercado de telecomunicações. “A Copel tem 3,5 milhões de consumidores, dos quais já tem todos os dados e conhece os hábitos de consumo”, destaca. A empresa já atua na oferta de conectividade para o mercado corporativo por meio da Copel Telecom, que também trabalha em parceria com as teles vendendo capacidade de infra-estrutura. A rede da empresa cobre 180 cidades, com mais de 180 quilômetros de fibra, e atende 600 empresas. Para este público, a Copel está dando mais um passo na oferta de serviços: a empresa entrou com pedido de licença de STFC (Serviço Telefônico Fixo Comutado) para oferta de voz. Com isso, ganhará um plano de numeração e entra na disputa direta do cliente com as concessionárias de telefonia.
 
Para oferecer o serviço de telecom, seja ele em qualquer modelo de negócios, praticamente todas as concessionárias de energia constituíram subsidiárias para a área de telecomunicações, já que a regulação do setor de energia elétrica veta a oferta pela própria empresa. Uma das mais antigas é a Infovias, braço da mineira Cemig, que realizou testes com o PLC em 2002. “Desde então, problemas como interferências e quedas foram minimizados”, explica o gerente de engenharia de redes, Wanderley Maia Filho. Agora, com a regulamentação dos sistemas, ele conta que a idéia é usar o PLC na última milha, aquela que chega ao usuário final. “A tecnologia deverá ser usada complementarmente à rede óptica”, explica. Maia Filho faz uma ressalva: o PLC deverá ainda ser avaliado do ponto de vista econômico, comparativamente a outras tecnologias em estudo pela Infovias, como Wi-Fi, Wi-Mash e WiMAX. O modelo de negócios, no entanto, não deverá ser alterado. “Continuamos com foco no corporativo. Não temos a intenção de chegar ao cliente residencial”, diz ele.
 
Outras empresas, sem a licença para serviços de telecom, avaliam os sistemas somente para uso próprio. É o caso da Celesc, de Santa Catarina, que também testou o PLC há mais de cinco anos para conhecer a performance da tecnologia. “A tecnologia não estava tão madura, motivo pelo qual optamos por investir na infra-estrutura óptica”, afirma o chefe da divisão de manutenção e instalação de telecomunicações da concessionária, Edson Luiz Souza. Segundo ele, a Celesc deve aguardar para ver o que acontece com a tecnologia pós-regulamentação, para decidir pela adoção ou não do PLC. “Os preços dos equipamentos ainda não são competitivos”, pondera Souza.
 
Não são apenas as concessionárias de energia que estão de olho no potencial de negócios com PLC. Os fabricantes de equipamentos também estão atentos às possibilidades que se abrem com a nova tecnologia. E ela deve por em cana nomes até então distantes do mercado de telecomunicações, como é o caso da Panasonic, mais conhecida pela fabricação de aparelhos de áudio e vídeo. “A proposta da Panasonic é integrar a solução de PLC aos equipamentos”, diz o consultor técnico da empresa, Eduardo Kitayama. Ele conta que, no Japão, a Panasonic já comercializa equipamentos como porteiro eletrônico e até TV de plasma com conexão para PLC, além do próprio modem de acesso. “A regulamentação deve favorecer a disseminação da tecnologia”, diz ele. Enquanto isso, a Panasonic procura parceiros no Brasil para demonstrar suas soluções baseadas em PLC. Kitayama informa que a empresa está fechando uma parceria com um fabricante de medidores de água e energia elétrica para embutir a tecnologia nos equipamentos, o que permitirá a leitura dos dados remotamente.
 
Outra aposta da Panasonic, e de toda a comunidade envolvida com PLC no Brasil, são os novos testes com a tecnologia que começam a ser feitos em Barreirinhas, no Maranhão. A Aptel já havia realizado uma experiência piloto de seis meses em 2004. Agora, parceria com a iniciativa privada e governos, serão aportados mais de R$ 5 milhões em dois anos de experiências, que envolvem inclusive aplicações inovadoras, como o uso do PLC como canal de retorno para a TV digital.
 
Essa aplicação, em particular, conta com o apoio da Comunidade Européia, que está colocando 2 milhões de euros no projeto, além do suporte de fabricantes europeus e japoneses. O interesse da Comunidade Européia se justifica pelo fato de o PLC já estar em estágio mais avançado na região, que deseja disseminar o padrão, mais amplamente usado em aplicações outdoor, ao passo que o padrão japonês tem se mostrado mais adequado a aplicações indoor.
 
Outros fabricantes deverão aportar mais R$ 1,5 milhão na experiência piloto, que pretende mostrar a viabilidade do PLC para oferta da banda larga. Em parceria com a Panasonic, será usado um link do Gesac (Governo Eletrônico – Programa de Atendimento ao Cidadão) para levar o acesso a uma biblioteca local, transformando as tomadas em pontos de rede. Outro sistema, desta vez outdoor, deve conectar outros 50 pontos em toda a cidade e a idéia é estender a experiência para mais de 100 pontos até o final do ano. O presidente da Aptel, Pedro Luiz Jatobá, acredita que a regulamentação do PLC deve favorecer a vinda de outros fornecedores para o país, contribuindo para disseminar o uso da tecnologia.
 
O interesse pela tecnologia chega também ao meio acadêmico. A UniverCidade, instituição privada de ensino do Rio de Janeiro, inseriu a matéria de BPL (Broadband Power Line) no curso de graduação tecnológica e no curso de pós-graduação em redes de computadores da Escola de Ciências Exatas e Tecnologia. A iniciativa contou com a parceria da AES Communications, prestadora de serviços de telecomunicações no Estado do Rio de Janeiro que vem realizando testes com a tecnologia há anos. A AES Com equipou um laboratório com a tecnologia, além de treinar os professores, que abordam a evolução da tecnologia, requisitos para sua implementação, principais aplicações, interação com outras tecnologias, topologias de rede e configuração de equipamentos.
 

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