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Setembro 2008               Índice Geral do BLOCO

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23/09/08

• PLC (07) - Banda larga pela rede elétrica + Convergência: "Regulamentação pode inviabilizar projetos atuais" + "Eletronet"

----- Original Message -----
Sent: Tuesday, September 23, 2008 7:06 PM
Subject: [Celld-group] PLC (07) - Banda larga pela rede elétrica + Convergência: "Regulamentação pode inviabilizar projetos atuais" + "Eletronet"

01.
Este é o "Serviço ComUnitário" sobre "Power Line Communication (PLC) ou "Banda larga pela rede elétrica".

O objetivo do "Serviço" é informar e estimular o "compartilhamento" das opiniões, conhecimentos e experiências dos participantes.
Estamos também em "campanha" para incentivar a interação de nossos membros com as autoridades, entidades públicas e da sociedade civil e com a mídia.
Neste "maravilhoso novo mundo conectado" a participação individual é possível e faz uma enorme diferença!

02.
Transcrevemos hoje uma ótima matéria do "Convergência" sobre PLC  com um tópico sobre Eletronet.
Fonte: Convergência Digital
[23/09/08]  
Regulamentação da Anatel pode inviabilizar projetos atuais com PLC  por Fausto Rêgo

Abaixo estão "Resumos-resumidos" sobre PLC e Eletronet com a relação dos "posts" anteriores.

03.
"O que é PLC"
Fonte: Guia das Cidades Digitais
PLC é alternativa de conexão à internet banda larga 

(...) De nome difícil, mas princípio simples, o Power Line Communication (PLC) usa a rede elétrica para a transmissão de dados e voz. Os primeiros testes da tecnologia foram feitos na Inglaterra, na segunda metade dos anos 90. Atualmente, cresce aos poucos no Brasil, porém ainda sem utilizar todo o seu potencial: 96% das residências brasileiras têm energia elétrica, mas o PLC ainda é usado praticamente apenas em programas piloto.
O sinal de PLC é transmitido sobre os fios de cobre (ou alumínio) das redes de distribuição de baixa e média tensão e pode chegar a todos os cômodos de uma casa. Com ele, cada tomada se torna um ponto de acesso à internet, sem precisar de conversores ou instalações especiais, apenas de um decodificador, semelhante aos modens usados nas conexões em banda larga
wireless ou através de linha telefônica e TV a cabo, que separa a corrente elétrica dos sinais de voz, dados e Internet. (...)

04.
"O que é a Eletronet.
 
Eletronet é uma empresa que foi criada entre 1999 e 2000 para vender serviços de transmissão de dados em alta velocidade.
Possui 16 000 quilômetros de fibras ópticas do sistema de transmissão de energia elétrica das estatais do grupo Eletrobrás (Chesf, Eletronorte, Furnas e Eletrosul) e encontra-se em situação falimentar. A rede atravessa 18 estados, mas só chega até a periferia das grandes cidades.
Nova Estatal: Infovias do Brasil
Uma nova estatal de telecomunicações está em gestação no governo federal. A iniciativa é capitaneada pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que batizou o projeto de Infovias do Brasil.
Para materializar o projeto, o governo pretende assumir a rede de cabos de fibra óptica da Eletronet.
A empresa que tem como sócias a mutinacional AES, com 51% do capital, e a Eletrobrás, com 49%.
Desde 2003 a Eletronet está em estado letárgico e sua pouca atividade -- serviços para estatais de energia elétrica e algumas empresas privadas -- é administrada por um síndico nomeado pela Justiça.
A massa falida tem dívidas de 600 milhões de reais, dos quais 70% com as fabricantes de equipamentos Furukawa e Alcatel-Lucent.
O governo estuda agora comprar os créditos dos fornecedores por 134 milhões de reais, um deságio de 80%, e depois tornar a Eletronet subsidiária de uma estatal já existente ou criar uma nova empresa. 
Apesar da falência, no entanto, a joint venture ainda continua a prestar serviços pontuais para alguns órgãos e empresas. A idéia do governo seria reativar a companhia  - em projeto liderado pela Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação -, especialmente para levar adiante projetos de inclusão digital."

Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Thienne Johnson

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Para interagir com o Convergência Digital:
Diretores
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analobo@convergenciadigital.com.br
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Fonte: Convergência Digital
[23/09/08]  
Regulamentação da Anatel pode inviabilizar projetos atuais com PLC  por Fausto Rêgo

A Anatel promete decidir até novembro sobre a regulamentação do acesso em banda larga utilizando a rede de energia elétrica. Quem afirma é o gerente Operacional de Planejamento de Espectro da agência, Marco Antônio Tavares. Ele participou, na semana passada, do seminário de telecomunicações Aptel 2008, realizado no Rio de Janeiro (RJ), pela Associação Brasileira das Entidades Municipais de Tecnologia da Informação e Comunicação (Abemtic).

Tavares afirmou que a Agência trabalha com a expectativa de finalizar o processo regulatório antes do recesso de fim de ano. A Consulta Pública nº 38 ("Proposta de Regulamento sobre Sistema de Acesso em Banda Larga utilizando Rede de Energia Elétrica") já recebeu mais de 200 contribuições e permanecerá aberta até o dia 29 de setembro.

A regulamentação gera grande expectativa para aqueles que já investiram na tecnologia PLC (Power Line Communication). Cirano Iochpe, coordenador do projeto que, há um ano e meio, leva acesso à internet ao bairro Restinga, na periferia de Porto Alegre (RS), revela preocupação com a possibilidade de ter de zerar a iniciativa.

Isso porque, diz Iochpe, os equipamentos instalados na área eram, à época, os únicos homologados pela Agência Reguladora. No entanto, agora, se a regulamentação for aprovada nos termos atuais, diz o executivo, eles não poderão ser mais utilizados - por causa da freqüência prevista pela Anatel para o uso da tecnologia. 

Atualmente o PLC funciona em quatro prédios do bairro: o posto de saúde (com aplicações de telemedicina), o Serviço Nacional da Indústria (Senai), a escola pública e o centro administrativo. A implantação do PLC foi uma alternativa de capilarizar o projeto da Infovia, rede multisserviços com 360 quilômetros de fibra óptica desenvolvida na capital gaúcha pela Procempa, empresa pública de tecnologia do município.

O gerente de Operações da Infovia, Lafaiete dos Santos, ressalta que o uso do PLC está sendo maturado neste projeto piloto. "Os equipamentos ainda não estão disponíveis na velocidade e na inteligência que suportariam nossas redes. Agora, a regulação pode mudar isso tudo. Nós estamos aprendendo, por isso a Procempa usa a tecnologia confiável disponível no mercado", sinaliza Santos.

Eletronet: Um sonho dourado

Sobre a possibilidade de aproveitar a estrutura da Eletronet - rede nacional que virou um "elefante branco" para o governo federal, por conta de dívidas milionárias -  o gerente da Infovia da Procempa prefere não alimentar grandes esperanças. "É uma novela", lamenta.

"Em Porto Alegre, usamos parte dessa rede, temos um swap de rede com a Eletronet que está operacional. Mas que bom se o Brasil pudesse ter esses 16 mil quilômetros de rede interligando todo mundo de norte a sul. Seria um sonho dourado", completa Santos.

Do Sul para o Nordeste. O Ceará, onde o projeto Cinturão Digital, rede de fibras ópticas do governo do estado em parceria com a companhia estadual de energia elétrica, também acalenta o sonho de que o imbróglio da Eletronet possa vir, um dia, a ser resolvido. Mas Fernando Carvalho, presidente da Empresa de Tecnologia da Informação do Estado do Ceará (Etice), não vê perspectiva imediata de que se possa usar o backbone já existente.

"A idéia é essa, a gente vem acompanhando com a Casa Civil a possibilidade de usar essa estrutura, mas o processo está na Justiça. Seria interessante que isso fosse usado para inclusão social. O canal de retorno para TV digital, por exemplo, é um serviço que precisa ser gratuito, tem de ter abrangência de 100% da população", destacou o presidente da Etice.

O Cinturão Digital cearense é uma rede de 3 mil quilômetros de fibra óptica criada para prover os órgãos do governo do estado de serviços de dados, voz e videoconferência, além de atrair empresas. Todos podem "transitar" por essa infovia desde que ofereçam serviços e paguem a cota de manutenção e expansão.

Nesse ambiente, o governo do Ceará não pretende atuar como competidor das operadoras de telecomunicação. Ao contrário, busca parcerias. "Hoje o ambiente é de monopólio. Apenas uma operadora atua no mercado de banda larga no Ceará. A idéia é proporcionar um ambiente de competição para as empresas. Não passa pela idéia do governo criar uma nova concessionária de telecom", observou Fernando Carvalho.

"Queremos que as empresas da área venham prestar o serviço. Essa infra-estrutura que preparamos faz com que empresas que nunca se interessariam em ir ao município de Tauá possam ir pra lá, com um custo mínimo", completa o presidente da Etice. Mesmo os serviços públicos a serem oferecidos, segundo o executivo, serão contratados. "Não há intenção de competir, absolutamente. Os serviços vão ser contratados com empresas que já estão no mercado", garantiu.

A Anatel propõe na consulta pública - aberta no dia 26 de agosto - que a comunicação a ser estabelecida pelo sistema BPL, confinada nas redes de energia elétrica, somente possa ocorrer na faixa de 1.705 kHz a 50 MHz.

Além disso, os equipamentos que compõem o sistema BPL devem possuir certificação expedida ou aceita pela Anatel, de acordo com a regulamentação vigente, e atender às normas cabíveis, referentes ao sistema elétrico, expedidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

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