BLOCO
Blog dos Coordenadores ou Blog Comunitário
da
ComUnidade
WirelessBrasil
Abril 2009 Índice Geral do BLOCO
O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão Celld-group e WirelessBR. Participe!
01/04/09
• WiMAX de Março (22) - 2009 - "Versão 16m: um WiMAX 'super móvel' - Parte II" por Jana de Paula + Matérias do e-Thesis e da mídia
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
Março terminou e
continuamos repercutindo em Abril o tradicional evento virtual
proporcionado pelo Portal e-Thesis
conhecido como "WiMAX de Março". :-)
Durante o "evento" estão sendo veiculadas na ComUnidade três tipos
de "mensagens padronizadas":
- os boletins do e-Thesis
- transcrição de matérias na íntegra (e-Thesis e mídia), como esta.
- convocação para ajudar na atualização da "Cartilha
Eletrônica do WiMAX" do e-Thesis.
Lembramos: o evento é um
"esforço concentrado" em março mas dura o ano todo...!!! :-)
As colaborações que
ainda não chegaram... continuam sendo "salivadas"... :-)
01.
Convidamos a todos para participar deste
"evento", lendo as matérias com calma, comentando, interagindo e estimulando o
debate.
02.
Aqui estão os artigos e notícias referenciados nos boletins anteriores do
e-Thesis e transcritos nas mensagens:
03.
Estamos também resgatando para nossa
coleção as matérias veiculadas pela mídia eletrônica em março.
Transcrições de hoje:
Fonte: Estadão
[26/03/09]
Anatel adia votações sobre TVA e ponto extra de TV por Gerusa Marques
Fonte; Teletime
[25/03/09] Câmara
recebe resposta da Anatel sobre certificação de equipamentos por Mariana
Mazza
Fonte: Teletime
[23/03/09] Demora na
certificação gera críticas na Câmara por Mariana Mazza
Fonte: Teletime
[19/03/09] Análise
de novas regras da faixa de 2,5 GHz é adiada novamente por Mariana Mazza
Transcrições anteriores:
Fonte: Teletime
[16/03/09]
Anatel discute faixa de 2,5 GHz e futuro do MMDS esta semana
por Mariana Mazza
Fonte: DCI
[08/03/09]
Brasil atingirá 15 mi de conexões banda larga em 2010, afirma Cisco por
Erika Sena
Fonte: Teletime
[17/03/09]
Falta de licença de SCM justifica suspensão da homologação em 2,5 GHz por
Mariana Mazza
Fonte: Convergência Digital
[18/03/09] Construção
Civil e TI 'roubam' mão-de-obra de Telecom por Ana Paula Lobo
Fonte: Estadão
[18/03/09]
Conselho da Anatel adia votação de principais itens da pauta de hoje
Fonte: IDGNow!
[10/03/09]
LTE: conheça a nova tecnologia que será a banda larga móvel turbinada por
Guilherme Felitti
Fonte: IDGNow!
[10/03/09] WiMax
x LTE: especialistas apontam complementação em vez de competição por
Guilherme Felitti, editor-assistente do IDG Now!
Fonte: Teletime
[11/03/09]
Decisão sobre certificação de equipamentos é adiada por Mariana Mazza
Fonte: Teletime
[12/03/09]
Celulares e fornecedores ressaltam necessidade de espectro por Helton
Posseti
Fonte: Adnews
[16/03/09] Cara,
cadê meu WiMax?
Fonte: Teletime
[16/03/09]
Anatel discute faixa de 2,5 GHz e futuro do MMDS esta semana por Mariana
Mazza
Fonte: Tele.Síntese
[16/03/09]
Temas importantes estão na pauta da Anatel desta semana Por Lúcia Berbert
Fonte: Teletime
12/03/09]
Celulares e fornecedores ressaltam necessidade de espectro por Helton
Posseti
Fonte: Teletime
[09/03/09] Certificação
pode ser retomada nesta semana por Mariana Mazza
Fonte: Teletime
[11/03/09] Decisão
sobre certificação de equipamentos é adiada por Mariana Mazza
Fonte: Baguete
[02/03/09] Bortolini
assume a Parks por Gláucia Civa
Fonte: Invest News
[02/03/09] Neovia
nomeia novo Diretor Financeiro
Fonte: Teletime
[06/03/09]
Bornhausen também cobra Anatel sobre faixas de 2,5 GHz por Mariana Mazza
Comentários?
Ao debate! :-)
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Thienne Johnson
Ver a Parte I aqui:
Versão 16m: um WiMAX 'super móvel'
Mal o mercado mundial dá início às implementações comerciais do WiMAX
802.16e e já se projeta e programa - detalhadamente - a nova versão da
tecnologia de banda larga sem fio - o 802.16m. Por enquanto, o padrão criado
pelo IEEE está na fase de pré-rascunho, preparando-se para a publicação de
um primeiro briefing, agendado para o segundo semestre de 2010. O que não
quer dizer que se saiba pouco desta nova versão. Já existem equipes inteiras
de especialistas debruçando-se sobre suas pré-especificações em todo o
mundo, inclusive no Brasil. O CPqD, por exemplo, conta com uma equipe
interdisciplinar que acompanha passo a passo os caminhos que trilha a versão
m do WiMAX. Conversamos por telefone com um destes especialistas da
fundação. Álvaro Augusto Machado de Medeiros, da Gerência de Sistemas de
Comunicação Sem Fio do CPqD, nos explicou em linguagem acessível o que este
WiMAX 'super móvel' poderá trazer à comunicação em alta velocidade.
No momento, o importante é fazer com que o WiMAX 802.16m atenda a alguns
requisitos mínimos para ser aprovado pela UIT - IMT Advanced, como um dos
padrões de 4G. Um destes pré-requisitos é a taxa de 100Mbps para usuários
fixos e 1 Gbps para os móveis, muito acima da exigida da versão e, de 384
kbps estacionário e de 2 Mb móvel. Além disso, o delay da interface aérea
não pode ser superior a 10 milisegundos. Mas o grande diferencial da versão
m do WiMAX é sua capacidade de operação na interface aérea. Enquanto na
versão e, a interface aérea se compõe de um único quadro de 5 milisegundos -
o que permite, por exemplo, mobilidade até 120 km/hora-, a versão m
multiplica por 4 o número de quadros, fornecendo, assim, maior mobilidade e
flexibilidade de uplinks e downlinks. Isto proporciona, por exemplo, que a
taxa de download seja maior que a de upload - ou a possibilidade de se
baixar dados a uma velocidade muito maior do que a atual. Além disso, a
velocidade em mobilidade sobe para 350 km/h, o que pode ser caracterizado
como 'mobilidade plena'.
A velocidade de uplink e downlink, na versão m do WiMAX pode ser regulada na
própria rede, o que confere maior velocidade em aplicações que requerem
muitos dados - como VoIP de boa qualidade, multimídia, navegação web etc. A
interface aérea traz ainda outra vantagem - um uso mais flexível e otimizado
do espectro. Por exemplo, uma operadora que disponha de canais em 100 MHz
pode dividi-los em bandas de 10MHz, obtendo maior liberdade na utilização de
seu espectro disponível para fornecimento de um portfólio variado de
serviços, numa mesma célula. Maior confiabilidade à rede e aos serviços
prestados é outra vantagem obtida com este uso mais inteligente do espectro:
podem-se dividir os canais para a prestação de serviços de vídeo, voz sobre
IP etc. É claro, as redes capazes de operar neste nível precisam estar num
ambiente IP e com recursos de IMS (IP Multimedia SubSystems).
Esta capacidade gera a possibilidade de fluxos de serviços - também
oferecida pela versão e - e permite priorizar este ou aquele serviço,
aumentando sua confiabilidade e segurança. Por exemplo, um operador de WiMAX
não vai querer lançar um serviço de VoIP onde o delay torna a chamada
inviável. A interface aérea, assim, por trabalhar com transmissão dos dados
em vários quadros de 5 milisegundos, permite a hierarquia de serviços que
sigam classes de serviços, best-effort, QoS etc. Isto é um ganho
significativo, pois nem mesmo na internet fixa esta classe de serviço atinge
o ponto ótimo.
E - ao contrário do padrão 802.16d (fixo/nômade) em relação 802.16e (móvel),
que são incompatíveis -, a versão 802.16m é compatível com a anterior, ou
seja, a versão e (certificada em 2007 e incluída, em 2008, como um dos
padrões do IMT 2000/3G). É que tanto o padrão e quanto o m se baseiam na
versão multiusuário da tecnologia OFDM (Orthogonal Frequency-Division
Multiple), ou seja, a Orthogonal Frequency-Division Multiple Access (OFDMA).
Pode não parecer muito à primeira vista, mas a compatibilidade total entre
as duas versões móveis do WiMAX representa, além de economia de custos de
desenvolvimento e implementação, uma migração transparente e o conseqüente
aproveitamento de todo o ecossistema de produtos- estações de base,
dispositivos, periféricos etc.
Há, ainda, há um terceiro ponto chave no 802.16m - a interoperabilidade. O
IMT Advanced exige que o padrão seja interoperável com outras redes móveis e
fixas existentes - Wi-Fi, 3G, DSL etc. - de modo a se garantir um roaming
global. Isto para não falar da LTE. Mas, de fato, a interoperabilidade com a
LTE é a mais fácil de obter, pois a long term evolution - desenvolvida pelo
grupo 3GPP e considerada a outra forte candidata a padrão de 4G - também é
baseada na tecnologia OFDMA. De qualquer forma, na 4G será preciso que, em
determinado momento, um usuário de WiMAX 802.16m possa se comunicar com
usuários de redes de celular (3G), Wi-Fi etc., a partir de seu aparelho ou
outro dispositivo móvel. Em resumo, todo o roadmap da UIT se volta para uma
comunicação móvel e interoperável num futuro próximo.
Outro pré-requisito é a capacidade de operação em várias freqüências - 450
MHz, 700 a 900 MHz, 1.8 a 2,6GHz.
Círculos virtuosos e nem tanto
Neste vôo rápido sobre o 802.16m tratamos de uma série de questões que
dependem do esforço de inúmeros órgãos certificadores e de todo o chamado
ecossistema. O IEEE criou o padrão. Ao IMT Advanced caberão as
especificações que deverão ser respeitadas para que o padrão seja
considerado de 4G. Ao WiMAX Forum cabe a definição dos requisitos,
certificações, homologações, testes etc. E aos players - fabricantes de
equipamentos, chipsets, dispositivos, modems, cartões de dados etc. - cabe a
produção do que vai ser usado nas redes, nas operadoras e pelos usuários.
Em tese, a tendência é de convergência plena, até o ponto em que LTE e WiMAX
se fundam. Em tese. De um ponto de vista puramente técnico isto é plenamente
possível. Do ponto de vista do usuário é o ideal. Mas se LTE e WiMAX vão
convergir depende só e exclusivamente do jogo de forças do mercado. Um
alento, pelo menos, é o fato de a próxima geração de comunicação móvel estar
baseada em dois padrões compatíveis, pois WiMAX e LTE são primos de primeiro
grau. Já é uma evolução em relação às gerações anteriores. Quem não sabe que
as tecnologias CDMA e GSM são totalmente incompatíveis? Ou, ainda, que
operadora que adotou TDMA sofreu o baque de ver a tecnologia que seguia ser
descontinuada? No momento, as divergências entre WiMAX e LTE são
superficiais - a LTE sendo a evolução natural das grandes operadoras móveis
mundiais de telecom e o WiMAX oriundo do mundo IP, da telefonia fixa e de
uma série de novos entrantes, com opções de serviços até hoje não
fornecidos.
Pelo menos se, num determinado momento, as forças do capital, de mercado, se
unirem, seja por questões econômicas, sociais, de preservação do meio
ambiente, forte recessão ou quaisquer outros fatores, fortes o suficiente,
nada, em termos tecnológicos, impede a convergência de WiMAX e LTE na Quarta
Geração da telefonia móvel. Por ora, não se deve esperar tanto. É melhor se
contentar com os ganhos mais imediatos, como a redução de custos que
tecnologias tão aparentadas possam trazer ao mercado.
Hoje em dia, a realidade é a disputa de mercado dos dois padrões - o WiMAX,
do IEEE, que pode ser aberto, em determinados estágios, e o proprietário do
3GPP, onde cada etapa do padrão pertence ao grupo que desenvolve a LTE.
Enquanto o IEEE permite que aqueles que participam do ecossistema coloquem
suas próprias especificações, dependendo do uso que queiram fazer deles,
como ocorre no caso do Wi-Fi, o 3GPP define toda a arquitetura, todo o
padrão LTE. No caso do WiMAX, após paga taxa pelo uso do padrão, o
interessado pode realizar desenvolvimento próprio, já tendo garantida 'a
interface principal' com o equipamento que vem da rede. A LTE define tudo.
Mas o WiMAX não está livre de pressões políticas, mesmo nesta fase de
pré-rascunho, apesar de os players de seu ecossistema se interessarem em
criar um círculo virtuoso em torno do padrão. Digamos, por exemplo, que
nesta fase de pré-certificação, de simulações, uma das empresas que
desenvolvem o padrão (a empresa A) tenha determinada interface tão boa
quanto à de outro membro do grupo (a empresa B). Os especialistas testaram
ambas e concluíram que as duas são boas e 'podem virar pré-requisito'. É
claro que entre as empresas A e B, ganhará a que tiver mais força de
mercado, mais capital para investir... Mais instrumentos de pressão, enfim.
"Quando se definiu o 802.16d a idéia era utilizar o OFDM. Contudo, viu-se
que flexibilidade e maior banda só poderiam ser alcançadas através do OFDMA,
isto é, OFDM não iria muito longe. Então, ficou no senso comum que a
tecnologia para uma próxima geração de comunicação sem fio teria que ser
OFDMA. O IEEE 802.16, não perdeu tempo e trabalhou rápido em uma versão
OFDMA móvel (IEEE 802.16e), com a idéia de conquistar mercado primeiro,
antes de o padrão fixo (802.16d) tornar-se o carro chefe do WiMAX. O pessoal
do 3GPP, que define os padrões GSM, WCDMA (o famoso 3G) e LTE, demoram um
pouco mais para definir um escopo completo de rede. A vantagem de sair
depois é que dá para trabalhar melhor alguns aspectos que não foram
contemplados ou que não obtiveram êxito no padrão que saiu primeiro. Desta
forma, mesmo utilizando a mesma tecnologia, algumas características tornam o
LTE mais adaptado a operação em redes móveis, cujos terminais apresentam
grande mobilidade. A desvantagem é que sair depois pode implicar em perda de
mercado. Na 4G, ambas as tecnologias (WiMAX e LTE), irão utilizar padrões
(IEEE 802.16m e LTE Advanced, respectivamente) baseados em tecnologia OFDMA.
Como ambos estão em fase de definição, espera-se que ambas convirgam para um
padrão único, e para o roaming global demandado pelo IMT-Advanced. Mas, como
sabemos, existem vários outros fatores além do tecnológico que podem
influenciar nesta decisão", explica Álvaro.
O WiMAX no CPqD
No momento, o CPqD já desenvolve soluções em 802.16e. A mesma equipe
multidisciplinar também avalia a versão 802.16m - são equipes de hardware,
software, interface, autenticação, gerência e segurança de rede, entre
outras. Seu parceiro atual é a WxBR, cujo projeto é industrializar as
soluções em 16e desenvolvidas pelo CPqD.
Há, também, projetos dedicados à viabilidade de soluções nas bandas de
450MHz e 700MHz, mas as soluções em 3,5 e 2,5GHz, por ora, têm prioridade,
pois serão elas a primeiras a operarem WiMAX, assim que a Anatel definir as
regras, licitar as bandas e permitir a formação de um mercado de WiMAX no
Brasil.
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Fonte: e-Thesis
[26/03/09]
Sprint lança WiMAX em 10 cidades dos EUA, este ano por e-Thesis
A Sprint anunciou o lançamento da rede de WiMAX móvel em dez cidades, em
2009, e em mais cinco em 2010. Atlanta, Chicago, Dallas/Ft. Worth, Honolulu,
Las Vegas, Filadélfia, Portland e Seattle e Charlotte deverão ter o serviço
antes do final deste ano. Boston, Houston, Nova Iorque, São Francisco e
Washington estão agendadas para 2010. A divisão de WiMAX da Sprint foi
rebatizada como Sprint 4G e pretende divulgar novos dispositivos de WiMAX
este ano. Entre eles, um cartão WiMAX 'single-mode', laptops com WiMAX
embarcado e um modem de banda larga em WiMAX para pequenos escritórios.
Hoje, os serviços de WiMAX da Sprint estão disponíveis exclusivamente em
Baltimore, onde a companhia lançou sua rede nacional de WiMAX móvel, em
setembro de 2008. A Comcast, uma das parceiras da Sprint, através da sua
coalizão de WiMAX com a Clerwire, anunciou recentemente seus planos de
revender serviços de WiMAX ainda este ano.
A Sprint comprometeu-se, também, a lançar um telefone com tecnolodia
celular-WiMAX ainda este ano, sem porém precisar a data oficial. A companhia
disse que seu roadmap de produtos para 2009 e 2010 inclui um telefone
'trimode' - um dispositivo com CDMA, EV-DO e WiMAX. Embora a empresa não
tenha dado detalhes sobre o produto, é quase certo que ele seja um aparelho
para usuário high-end do segmento corporativo. O fato é que a operadora
enfatiza mais seus novos serviços nos notebooks do que nos telefones. Ela já
lançou um modem USB e planeja oferecer laptops com WiMAX embarcado e um
modem de banda larga o segmento SoHo.
De acordo com especialistas, o serviço de WiMAX da Sprint é
significativamente mais rápido do que as ofertas de banda larga móvel em 3G
de seus concorrentes. A Sprint oferece velocidades de downlink superiores a
12 Mbps e taxas de downlink entre 2 e 4 Mbps.
Todd Rowley, VP da Sprint 4G, disse em comunicado que a "disponibilidade da
Sprint 4G em mais locais este ano e o agressivo plano de expansão dos
serviços demonstra o compromisso de prover capacidades de 4G e dispositivos
com cobertura nacional para nossos usuários corporativos, finais e de
governo".
Ao ampliar a instalação de WiMAX para as principais cidades dos EUA, a
Sprint busca, também, manter a dianteira em relação a seus rivais AT&T e
Verizon, que planejam o lançamento de serviços 4G baseados em LTE, num prazo
de dois anos.
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Fonte: e-Thesis
[26/03/09]
WiMAX nos EUA - um pouco além da Clearwire por ABI Research
Embora o mercado se concentre na Clearwire, porque sua instalação está em
curso e devido à quantidade de espectro detida pela companhia, vários outros
provedores de serviços nos Estados Unidos já lançaram redes comerciais de
WiMAX. É claro que o espectro da obtido pela Clearwire abrange todo o país e
o capital investido na companhia significa que ela é "a" que se deve
acompanhar. Mas não é a única. Muitos dos provedores de serviços que lançam
redes de WiMAX nos EUA são pequenos wireless internet services providers
(Wisps), mas vários irão se fundir com outros, ou serão adquiridos, o que
torna importante sua observação. Os seguintes são provedores de serviços que
já dispõem de serviços comerciais a partir de redes 802.16e, embora usadas
primariamente para uso fixo ou fixo/portátil com planos de mobilidade:
* Agosto de 2007: AT&T Alascom (Juneau, Alaska) - Alvarion (e em Agosto de
2008 em Anchorage)
* Janeiro de 2008: TDS Telecom (Madison, Wisconsin) - Alvarion
* Março de 2008: Xanadoo (Springfield, Illinois) - Cisco
* Junho de 2008: Digital Bridge (Jackson Hole, Wyoming) - Alvarion
* Setembro de 2008: Sprint Nextel (Xhom) (Baltimore, Maryland) - Samsung
* Outubro de 2008: Towerstream (Chicago, Illinois) - Alvarion
* Outubro de 2008: Wisper High Speed Internet (várias cidades, Minnesota) -
Alvarion
* Em algum momento de 2008: Razzolink (Salinas Valley, California) - Cisco
* Dezembro de 2008: Sprint 4G (EV-DO/WiMAX) (Baltimore, Maryland) - Samsung
* Janeiro de 2009: Clearwire (Clear) (Portland, Oregon) - Motorola
É interessante notar que os seis primeiros provedores listados reivindicam
para si o primeiro lançamento de uma rede móvel de WiMAX em 802.16e.
Obviamente, alguns dentre eles podem alegar algumas qualificações, como a de
primeira rede continental nos EUA (TDS Telecom), primeira parte da futura
rede nacional móvel do país (Sprint) e primeira rede de WiMAX móvel para
usuários corporativos (Towerstream).
Outras atividades de WiMAX nos EUA
A Quad Cities Online anunciou intenção de construir uma rede em 802.16e
network usando espectro do Black Hawk College, na área de Quad Cities area
compreendida em Iowa e Illinois. Nth Air também reivindica pr si o primeiro
teste no Vale do Silício com equipamentos em 802.16e da companhia PureWavem
em 1º de maio de 2007. O serviço foi chamado de "trial de rede" mas foi
oferecido a usuários em maio de 2007, antes do lançamento comercial da AT&T,
em agosto de 2007.
Horizon WiCom surgiu recentemente. Este provedor de serviços planejou a
construção de uma rede de WiMAX móvel no corredor Nordeste do país. Ele
adquiriu espectro em 2,5GHz na região da Verizon Wireless e testou
equipamentos da Navini Networks. A Cisco comprou, depois, a Navini Networks.
Tanto Cisco quanto WiCom estão centradas no espaço corporativo, o quer torna
interessante observar como elas se saem.
Espectro de 3.65 GHz abre mais possibilidades
Outro ponto a se notar é que haverá crescimento significativo nos EUA para
pequenos Wisps que usam espectro de 3,65GHz, pouco regulamentado e
essencialmente livre. Os Wisps simplesmente precisam de se registrar num
website e pagar uma pequena taxa. Este espectro tem o benefício de ser de
graça com o de 5GHz, mas com melhor propagação, com a vantagem de ser muito
pouco regulamentado.
A FairPoint Communications usa uma solução de WiMAX da Nortel que emprega
rádios Airspan 802.16-2004 (802.16d) sobre espectro de 3.65GHz. O provedor
irá oferecer serviços em Maine, New Hampshire e Vermont. Há centenas de
provedores de serviços através dos EUA interessados em usar espectro de 3.65
GHz.
Conclusão
Embora a Clearwire controle a maias sigificativa rede a ser observada nos
EUA, há outras redes que merecem atenção. Muitos Wisps podem usar espectro
de 3.65GHz até porque ele é essencialmente gratuito. Estes Wisps podem
partir para fusões, do que mesmo modo que ocorreram as fusões em os ISPs de
linha discada locais na década de 1990. O ABI Research prevê que haja uma
forte atividade de fusões e relacionamentos para roaming nos EUA nos
próximos anos.
Autor: Philip Solis - Analista principal de Banda Larga Móvel do ABI
Research
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Fonte: Estadão
[26/03/09]
Anatel adia votações sobre TVA e ponto extra de TV por Gerusa Marques
BRASÍLIA - O conselho diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)
adiou a votação de vários temas que estavam na pauta da reunião de hoje. A
conselheira Emília Ribeiro disse que pediu mais 40 dias de prazo para
analisar o ato de concentração referente à compra da operadora de televisão
por assinatura TVA pela Telefônica.
O negócio já havia sido aprovado pela Anatel do ponto de vista regulatório,
em outubro do ano passado, e resta agora a votação do parecer do conselho
diretor sobre a concentração de mercado para que o processo seja encaminhado
ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Emília disse que quer analisar esse assunto junto com o processo de
destinação das frequências de 2,5 gigahertz, que também estava na pauta de
hoje. Essas frequências podem ser usadas para prestar serviço de TV por
assinatura via micro-ondas terrestres (MMDS). A conselheira disse que, como
algumas operadoras da TVA usam essa tecnologia, os assuntos devem ser
pensados em conjunto.
O conselheiro Plínio de Aguiar Júnior, por sua vez, pediu vista do processo
de revisão do regulamento dos direitos dos usuários dos serviços de TV por
assinatura. Nesta revisão, a Anatel terá de decidir, por determinação da
Justiça, se permite ou não a cobrança pelo ponto extra da TV paga. Aguiar
Júnior também pediu vista do processo que trata das regras de certificação
dos equipamentos que utilizam a tecnologia WiMAX de banda larga sem fio.
O conselheiro adiou também a votação do processo que avalia o pedido de
licença, feito pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), para
prestar serviços de transmissão de dados. A conselheira Emília, relatora do
processo, disse na semana passada que desde 2001 o Serpro vem prestando esse
serviço a órgãos públicos federais sem recolher imposto. E que desde 2007
essa atuação do Serpro é "clandestina", porque ele está sem licença. Segundo
ela, para ter a autorização da Anatel, o Serpro terá que pagar a dívida, que
estaria em "milhões de reais".
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Fonte; Teletime
[25/03/09] Câmara
recebe resposta da Anatel sobre certificação de equipamentos por Mariana
Mazza
O gabinete do deputado Paulo Bornhausen (DEM/SC) recebeu nesta quarta-feira,
25, as explicações formais da Anatel sobre a suspensão da emissão de
certificados para equipamentos com tecnologia WiMAX a serem operados na
faixa de 2,5 GHz. Os esclarecimentos atendem a um pedido do parlamentar
feito há cinco meses, em 29 de outubro de 2008. E a documentação da Anatel
não convenceu o deputado da necessidade de adiar a homologação dos
equipamentos.
No documento, antecipado por este noticiário na semana passada, a agência
reguladora justifica a suspensão alegando que, no momento, não existe um
procedimento definido para que as empresas de MMDS e SCM, que operam em 2,5
GHz, possam fazer uso dos equipamentos caso eles fossem homologados.
Ressalta ainda a necessidade de se debater o futuro da destinação desta
faixa antes de dar sequência às certificações.
Para Bornhausen, a Anatel não conseguiu explicar com clareza os motivos para
se omitir na certificação. "A resposta foi insuficiente. É evasiva e não vai
direto ao ponto. O voto da conselheira Emília Ribeiro é muito mais claro ao
dizer que não há nada que impeça a certificação, pelo contrário. A
certificação é obrigação da agência", afirmou Bornhausen, fazendo referência
ao voto já divulgado da relatora do processo, conselheira Emília Ribeiro.
Com a resposta tardia da Anatel e os sucessivos adiamentos da deliberação
sobre o assunto, em pauta no Conselho Diretor, o deputado pediu hoje à
Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) que
priorize a realização de uma audiência pública para que o assunto possa ser
esclarecido. O presidente da CCTCI, deputado Eduardo Gomes (PSDB/TO)
garantiu que o agendamento do encontro será uma das prioridades da comissão.
Crise
Bornhausen criticou a demora da agência em solucionar a questão, alegando
que a omissão dos certificados pode gerar graves danos ao país, não só
econômicos, mas também sociais. "A Anatel está criando dificuldades em um
momento de crise. Ela está virando as costas para um setor que foi, nos
últimos 10 anos, um dos principais fomentadores de investimentos no Brasil",
analisou o parlamentar. "Há um prejuízo não mensurável no momento em que se
está negligenciando o papel das telecomunicações no desenvolvimento do
país", complementou.
O fato de a Anatel ter avaliado com agilidade outros assuntos ao longo de
2008 e não ter feito o mesmo com relação aos equipamentos de WiMAX é outra
queixa do deputado. "A mesma celeridade do caso BrOi deveria ser aplicada a
todos os projetos importantes para o país". Bornhausen quer agora que o
presidente da Anatel, embaixador Ronaldo Sardenberg, compareça pessoalmente
à comissão para explicar a atuação da agência no caso.
Além do presidente da Anatel, a CCTCI pretende convidar para a audiência
representantes da TVA, ITSA, Neotec, Acom, ABTA, Acel e Cisco. A data do
encontro ainda não está fechada. Enquanto isso, o tema continua na pauta do
Conselho Diretor da Anatel, com previsão para deliberação na reunião dessa
quinta-feira, 26. A certificação e homologação de equipamentos WiMAX em 2,5
GHz está suspensa há 10 meses.
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Fonte: Teletime
[23/03/09] Demora
na certificação gera críticas na Câmara por Mariana Mazza
Mais uma vez a Anatel tentará deliberar sobre dois assuntos polêmicos dentro
e fora da agência reguladora. Estão na pauta da reunião do Conselho Diretor
dessa quinta-feira, 26, a proposta de alteração da destinação da faixa de
2,5 GHz e o processo sobre a suspensão da emissão de certificados para
equipamentos que usam tecnologia WiMAX nessa faixa. Os dois temas estão
sendo tratados de forma conjunta pela Anatel, apesar da pressão de empresas
e autoridades para que a certificação seja retomada o mais rapidamente
possível.
Com os recorrentes adiamentos na deliberação por conta de pedidos de vista
dos conselheiros, a Câmara dos Deputados ganhou novo fôlego para entrar no
debate. O deputado Paulo Bornhausen (DEM/SC), autor de um requerimento de
audiência pública sobre o assunto aprovado no ano passado, pretende
intensificar as negociações para marcar o encontro com membros da Anatel,
empresas e indústria com o objetivo de esclarecer o que está ocorrendo com
as certificações.
"Não há justificativa para postergar um procedimento corriqueiro como a
homologação dos equipamentos. A Anatel pode dizer 'sim' ou 'não',
justificando sua decisão, mas nunca suspender a emissão dos certificados",
afirma o deputado. "Essa indecisão da Anatel não deixa outro caminho a não
ser a discussão na Câmara dos Deputados." O parlamentar pretende negociar
ainda nesta semana a realização da audiência e o presidente da Anatel,
embaixador Ronaldo Sardenberg, pode ser chamado a prestar pessoalmente os
esclarecimentos na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e
Informática (CCTCI).
A homologação dos equipamentos está suspensa há 10 meses com base em uma
decisão informal do Conselho Diretor da Anatel. O processo presente na pauta
do Conselho Diretor, de iniciativa da área técnica da agência, pede um
posicionamento formal sobre a manutenção da suspensão. A relatora do caso,
conselheira Emília Ribeiro, já divulgou publicamente seu voto, onde
determina a retomada imediata da emissão dos certificados. Parecer nesse
sentido também foi emitido pela procuradoria da Anatel.
A Anatel tem analisado a certificação de forma conjunta com a proposta de
mudança de destinação do 2,5 GHz por entender que há uma interdependência
entre os processos. A nova proposta para a faixa de 2,5 GHz pretende incluir
os serviços de telefonia fixa e móvel no rol de usuários dessas
radiofrequências ao lado das empresas de MMDS e de SCM. Além da inclusão, a
área técnica sugere que o SMP passe a ter prioridade na faixa a partir de
2012, no lugar do MMDS, que passaria a operar em caráter secundário. A
homologação dos equipamentos de WiMAX interessa especialmente as empresas de
MMDS e SCM pela possibilidade de incluir serviços de banda larga em seus
pacotes.
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Fonte: Teletime
[19/03/09] Análise
de novas regras da faixa de 2,5 GHz é adiada novamente por Mariana Mazza
A Anatel, mais uma vez, decidiu adiar a decisão sobre o futuro da faixa de
2,5 GHz e sobre a homologação de equipamentos de WiMAX nesta faioxa. O
assunto estava pautado na reunião do conselho diretor da agência desta
semana. A conselheira Emília Ribeiro pediu vistas do processo, que está sob
a relatoria de Antônio Bedran. A proposta vinda da área técnica é incluir
outros serviços na faixa, como SMP e o STFC. Ainda de acordo com a sugestão
da superintendência responsável, o SMP passaria a ter prioridade na operação
da faixa de 2,5 GHz já a partir de 2012, assumindo o lugar hoje ocupado pelo
serviço de MMDS.
Com o adiamento da análise da nova destinação, a Anatel suspendeu também a
deliberação sobre a retomada da certificação e homologação de equipamentos
que usam tecnologia WiMAX na faixa de 2,5 GHz. Desta vez, foi o conselheiro
Bedran quem pediu vistas, sendo que o documento tinha acabado de retornar de
um mês de análise pelo presidente, embaixador Ronaldo Sardenberg.
Dentro da Anatel, a nova destinação e a retomada da emissão dos certificados
têm sido analisadas de forma conjunta. A validação de equipamentos para a
faixa de 2,5 GHz está suspensa há praticamente 10 meses por um ato informal
do Conselho Diretor da Anatel.
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