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Abril 2009               Índice Geral do BLOCO

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12/04/09

• TV Digital (42) - Interatividade: "O que é Java DTV? Tem custo ou não?" por Cristina De Luca

----- Original Message -----
From: Helio Rosa
To: Celld-group@yahoogrupos.com.br ; wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Cc: Cristina De Luca
Sent: Sunday, April 12, 2009 9:18 PM
Subject: TV Digital (42) - Interatividade: "O que é Java DTV? Tem custo ou não?" por Cristina De Luca
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
 
01.
O "Serviço ComUnitário" acompanha a implantação da TV Digital e o registro de artigos, notícias e mensagens está no BLOCO e nestas Seções do site comunitário WirelessBR:
 
TV Digital - Informações básicas
TV Digital - "TV no Celular - Tecnologia "One Seg"
TV Digital - Interatividade - Ginga
 
02.
Nas vésperas do "feriadão" a jornalista Cristina de Luca, que acompanha de perto o tema "Interatividade", produziu ótimas matérias com novas informações e perguntas ainda sem respostas.
 
Fonte: Coluna "Circuito" de Cristina de Luca - Convergência Digital
[09/04/09]   TV Digital: O que é Java DTV? Tem custo ou não? por Cristina De Luca
Fonte: Coluna "Circuito" de Cristina de Luca - Convergência Digital
[06/04/09]   TV Digital: Decisão é pelo Java DTV? por Cristina de Luca
Fonte: Coluna Circuito de Cristina de Luca - Convergência Digital
[06/04/09]    TV Digital: Que Ginga?

03.
Registramos também outras matérias da mídia:

Fonte: Teletime
[06/04/09]   Ginga-J deve ser o middleware do Sistema Brasileiro
Fonte: Tele.Síntese
[06/04/09]   Brasil vai adotar o Java-DTV no Ginga da TV digital 
Fonte: Uai
[02/04/09]   Interatividade possível
 
04.
Até o momento, dos 4500 participantes, tivemos "zero" repercussões sobre o tema "interatividade".  :-)
Ninguém "mexendo" com programação Ginga para dar algum depoimento?
Continuamos perseverando. Desistir?  Nunca!  :-))  :-))

À propósito, alguém sabe se o Rodrigo Corbera já fugiu do cativeiro?....     :-)
 
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Thienne Johnson
 
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Fonte: Coluna "Circuito" de Cristina de Luca - Convergência Digital
[09/04/09]   TV Digital: O que é Java DTV? Tem custo ou não? por Cristina De Luca
 
Depois de passar os dois últimos dias tentando ouvir o Fórum SBTVD sobre os motivos que o levou a não anunciar oficialmente a decisão do Conselho deliberativo pelo uso do middleware fixo completo, incluindo a nova especificação do Ginga-J, decidi publicar a entrevista feita na terça-feira,07/04, com Paulo Riskalla, líder da área de Software OEM da Sun Microsystems para América Latina.
 
Do Fórum continuei ouvindo esta semana que "nada foi decidido, ainda", "não há sobre o que falar", "e a decisão não deve sair esta semana, só na próxima", embora muitas fontes confirmem o contrário.
 
Procurei a Sun, então, para tentar entender, exatamente, o que é o Java DTV. E tentar saber que custos sobre ele poderiam ser objeto de uma negociação que, segundo algumas fontes, estaria atrasando o anúncio oficial do Fórum SBTVD.
 
Riskalla foi didático e objetivo.
 
"Java DTV é um conjunto de APIs, que pode ser considerado uma única API dentro do Ginga-J e que, funcionalmente, substitui o GEM. Sua especificação foi criada a quatro mãos, pela Sun e um grupo definido pelo Fórum", diz. "A especificação é, portanto, de co-propriedade da Sun e do Fórum SBTVD. O Fórum tem a possibilidade de harmonizar a especificação com os outros módulos do Ginga e, se quiser, fazer a implementação ou apenas determinar que empresas o façam. O Fórum também pode definir que tipo de licença deverá reger essa implementação", explicou.
 
Então, não há nenhuma cobrança da Sun para o Java DTV?
 
"Não há custos sobre a especificação", responde Riskalla. Pode haver cobrança sobre uma implementação. O Fórum pode pedir que a Sun ou qualquer outra empresa faça uma implementação de referência. Para isso há custo. Há custo para o desenvolvimento da implementação comercial e pode haver cobrança por ela. Mas não houve qualquer pedido do Fórum para a Sun nesse sentido".
 
E a própria Sun, vai fazer uma implementação comercial da especificação Java DTV? _ quis saber. Segundo Riskalla, isso é uma possibilidade, mas ainda não está nos planos da companhia. O que a Sun fez foi deixar disponível para download em seu site a versão 1.0 da especificação que foi entregue ao Fórum. "Posso te dizer que, desde março, quando foi liberada, já tivemos um pouco mais de 600 downloads", afirma Riskalla.
 
Mas se a Sun ainda não tem planos de fazer uma implementação comercial, e submetê-la ao Java Community Process (JCP) e ao Sun Certified Programmer (SCP)  para que vire uma JCR certificada, alguma outra empresa pode fazê-lo? "Sim. E passar a cobrar de qualquer um que faça uso da tecnologia aprovada lá", explica Riskalla.
 
Sobre o quê, então, há custos na relação da Sun com o Fórum?
Riskalla explica que há cobrança sobre implementações comerciais da Sun usadas no middleware, como a máquina virtual Java, o Java TV e o JMF. "E posso assegurar que por termos interesse em ver o mercado brasileiro e latino americano crescer, definimos um valor bastante agressivo, competitivo, diferente de tudo que trabalhamos no mundo. É um valor para o teto, que pode cair em negociações envolvendo grandes volumes. Um valor para ajudar o mercado a decolar", explica o executivo.
 
Sobre esses valores, e a a possibilidade de queda deles em uma provável nova rodada de negociação do Fórum com a Sun, Riskalla não pode falar. Mas sua entrevista me levou a fazer outra série de perguntas para fontes do Fórum, integrantes ou não do Conselho Deliberativo.
 
Que APIs integram o GEM e do MHP foram substituídas pelo Java DTV?
 
Saem as APIs Havi e Davic e entram inovações brasileiras como a inclusão das APIs LWUIT, para tratamento de interface, que possibilita levar para a TV conquistas das interfaces dos celulares como ícones que  rodam, mudam de lugar, etc.
 
"GEM" e "MHP" são a espinha dorsal especificações da interatividade camada do Blu-ray, da plataforma "tru2way", e de middlwares adotados na Itália, Coreia, e outros países europeus. O que o Brasil está propondo é uma espeinha dorsal nova, royalty-free/open. Razão de um dos maiores argumentos favoráveis do Java DTV é o fato do Brasil ter a oportunidade de deixar de ser um seguidor de tecnologias, pora se tornar um propositor.
 
Quem propôs a renegociação de valores com a Sun?
 
A Eletros, representante dos fabricantes de televisores e conversores. A Eletros sempre alimentou o desejo de ter o menor preço possível para os componentes de software. O estranho é que componentes como a Máquina Virtual Java não são de fornecimento exclusivo da Sun. Podem ser adquiridos de outros fabricantes. E o próprio desenvolvedor do middleware pode fazer tudo do zero, já que todas as APIs são públicas. Segundo algumas fontes, é possível desenvolver um middleware do zero. E arcar apenas com os custos de certificação, para poder usar marcas como Java, entre outras.
 
O Fórum SBTVD tem interesse em desenvolver uma implementação de referência do Ginga-J com o Java DTV?
 
Essa possibilidade chegou a ser discutida e depois perdeu força para a corrente que defende que o Fórum SBTVD investa no desenvolvimento de uma suite de testes de conformidade para implementações do middleware Ginga. Até porquê, teoricamente o projeto Ginga CDN, financiado pelo governo, deve desenvolver uma implementação Ginga de referência e dar contibuidade às pesquisas de novas tecnologias que possam vir a ser incorporadas ao middleware Ginga. Um trabalho que deverá render os primeiros frutos em um ano, no cenário mais otimista.
 
Perguntas ainda sem resposta
 
Durante toda a semana procurei confirmar com o Fórum SBTVD os motivos que levaram ao adiamento do anúncio de escolha do Ginga-J com o Java DTV. Como o Java DTV faz uso de APIs da implementação Java TV, onde existe cobrança de licenciamento por parte da Sun, é bem possível que a negociação pendente com a empresa passe por aí.
 
De todo modo, a opinião geral era a de que este detalhe deveria ter sido negociado lá atrás, em março de 2008, quando da assinatura do memorando com a Sun. E não agora.
 
Há quem veja nesse pedido uma manobra para voltar a atrasar todo o processo.
 
Definido o uso do Java DTV, o Módulo Técnico do Fórum SBTVD precisa consolidar o trabalho de especificação do Ginga-J e submetê-la mais uma vez à aprovação do Conselho Deliberativo. Os mais otimistas dizem que isso deve acontecer na próxima reunião do Conselho, no dia 27 de abril, uma vez que dia 21 é feriado e, no meio de caminho, muitos de seus membros esatrão no NAB Show, em Las Vegas.
 
Caso aprovada na reunião do dia 27, a especificação do Ginga-J segue para consulta pública na ABNT e referendo do Comitê de Desenvolvimento. Processo que deve consumir todo o mês de maio, já que demora no mínimo 30 dias.
 
Resumo da ópera: dá tempo para ter conversores com middleware no mercado antes do Natal?
 
Os mais otimistas dizem que sim. Os pessimistas dizem que não. E que se a interatividade for postergarda para 2008, será muito mais complicado defender o padrão brasileiro nos países latino americanos.
 
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Fonte: Coluna "Circuito" de Cristina de Luca - Convergência Digital
[06/04/09]   TV Digital: Decisão é pelo Java DTV? por Cristina de Luca
 
Acertou quem disse que poderia ser uma das reunões mais longas do Coselho Deliberativo do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital. No início da manhã desta segunda-feira, 06/04, parecia o contrário. A informação, recebida às 10h, foi de que a decisão, na votação do Conselho Deliberativo, foi, de fato, pelo Java-DTV.
 
Mas, no meio da tarde, por volta das 16h30, a informação da assessoria de imprensa do Fórum SBTVD, contudo, não foi a esperada.
 
Oficialmente, "a decisão do Fórum SBTVD ainda não foi tomada". E, sim, se dará esta semana. Mais, ninguém se atreveu a dizer. Data, prazo para um anúncio? "Deve sair ao longo desta semana", recebi por SMS.
 
Cruzem os dedos, senhores. O Fórum SBTVD não só precisou, como, agora, demonstra toda a sua 'ginga' e jogo de cintura em mais esse capítulo em torno da definição do middleware para os conversores fixos e televisores com conversores embutidos. Detalhes importantes estão em negociação.
 
E é sempre bom lembrar que qualquer decisão do Conselho Deliberativo passa pelo crivo do Comitê de Desenvolvimento do Governo Federal - formado pelos ministros - que pode referendá-la ou não. Geralmente o governo confirma a decisão do Conselho Deliberativo. Mas pode discordar e assumir o ônus de decidir diferentemente, como aconteceu com a decisão pela obrigatoriedade do DRM no conversor.
 
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Fonte: Coluna Circuito de Cristina de Luca - Convergência Digital
[06/04/09]    TV Digital: Que Ginga?
Esta segunda-feira, 06/04, é um dia importante para o Fórum SBTVD e o futuro do mercado de TV Digital no Brasil. Pela primeira vez desde que foi criado, o Fórum poderá tomar uma decisão sem consenso, por voto. Na pauta, a especificação do middleware Ginga para receptores fixos e televisores com receptores embutidos. E, ironia das ironias, para decidir que Ginga teremos, o Fórum precisará mostrar toda a sua 'ginga'.
 
Passados quinze dias da última reunião do Conselho Deliberativo, ninguém arrisca um palpite. "Pode ser a reunião mais rápida ou a mais longa da história do SBTVD". "Tudo pode acontecer". "As opniões continuam muito divididas", formam as frases mais ouvidas nos últimos dias.
 
Uma coisa é certa. Se realmente tomada hoje _ como espera a maioria e deseja o Conselho Deliberativo, formado por treze conselheiros dos setores de Recepção, Radiodifusão, Software, Transmissão e  sete  representantes indicados pelo Poder Executivo _ a decisão deixará ao menos um segmento industrial feliz: o de software, que terá finalmente uma diretriz clara para trabalhar.
 
Explico.
O middleware Ginga é desenvolvido em três partes: uma é o Ginga-NCL, já definido; a outra, o Ginga-J, sobre o qual pairam as dúvidas; e a terceira, uma camada comum a esses dois módulos, declarativo e procedural, encarregado da comunicação entre eles, de modo a balancear o uso do melhor em termos de performance para a aplicação interativa.
 
É possível ter aplicações interativas só usando o módulo NCL? É. E já existem várias delas em teste no mercado. É inegável que a linguagem NCL, somada à linguagem Lua _ interativa, com alto poder computacional (é sete vezes mais eficiente em termos de utilização que o Action Script, utiizando um espaço quarenta vezes menor) e de penetração (já é uma das linguagens mais usadas no mundo na área de entretenimento) _ dá aos desenvolvedores brasileiros a oportunidade de resolver de forma fácil e eficiente um conjunto muito grande de tarefas da TV digital.
 
Mas é igualmente inegável que só com NCL/Lua, podemos deixar de fazer coisas de forma tão eficiente quanto Java faz. Por quê? Porque o Java dá conta de tarefas computacionais mais complexas, como as necessárias a transações que demandem requisitos de segurança forte.
 
Qual o melhor dos mundos? Ter os dois. Razão pela qual tantos defendem esse caminho.
 
São maioria? Impossível prever, dizem todos os integrantes do Fórum com quem tive a oportunidade de conversar, de diversos segmentos, software, academia, radiodifusão, indústria de receptores, governo...
 
Sendo, o Conselho Deliberativo do Fórum SBTVD precisará definir, então, que especificação de Ginga-J usar: a com GEM (Globally Executable MHP) ou a com Java-DTV (especificação livre recém criada pela Sun)? Qual das duas abre mais portas para o padrão brasileiro no mercado internacional? Sobretudo nos países latino americanos, onde o lobby do padrão DVB, europeu, vem usando a indefinição em torno da especificação do middleware Ginga para receptores fixos e televisores como argumento contrário ao padrão nipo brasileiro? E aí,novamente, as opiniões se dividem. Há quem advogue que a única forma de manter o argumento "livre de royalties" para o middleware seja optar pelo Java-DTV. E há quem acredite que a boa penetração do GEM em outros mercados possa facilitar a disseminação do padrão nipo brasileiro em outros países.
 
Uma decisão o mais rápido possível aceleraria também os complexos trabalhos de harmonização do middleware brasileiro com os diferentes padrões de middleware existentes, e de adequação aos requisitos gerados pela convergência tecnológica com outras redes (Internet e telefonia móvel, entre as principais).
 
A guerra dos Ginga é ruim para os negócios
Considerando que o Ginga é o único componente genuinamente nacional do "sistema nipo-brasileiro" de TV Digital, a definição da especificação que tanta curiosidade gera em outros mercados, faria muito bem aos negócios, nos mercados interno e externo.
 
Quer um bom exemplo?
Daria ainda mais brilho ao cartão de visitas do SBTVD na próxima NAB Show, de 17 a 23 de abril, em Las Vegas, onde o Fórum SBTVD participará, este ano com estande próprio. Segundo a assessoria de imprensa do Fórum, já estão confirmadas a presença, no mesmo espaço, da UFPB - Universidade Federal da Paraíba e das empresas Mopa, Telavo, Transtel Conti e EiTV. Outras empresas, como a TQTVD e a HXD Interactive Television, também articulam a ida ao evento.
 
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Fonte: Teletime
[06/04/09]   Ginga-J deve ser o middleware do Sistema Brasileiro

Uma complicada negociação com a Sun deve levar ao desfecho da definição do middleware que será adotado no Sistema Brasileiro de TV Digital. A reunião desta segunda, 6, do Fórum SBTVD, que deveria decidir qual linguagem procedural será adotada no Ginga, levou apenas à definição de "um caminho". O caminho, conforme apurou este noticiário, é mesmo a linguagem da Sun, o JavaDTV, "mas ainda depende desta negociação", diz um dos conselheiros do Fórum. Ainda há uma questão em relação a royalties, explica o presidente do Fórum, Frederico Nogueira. A Sun garantiu que não cobrará royalties pelo uso da linguagem JavaDTV, contudo, ainda há cobrança sobre o uso do Java Virtual Machine, que é justamente o que permite que os dispositivos executem os aplicativos desenvolvidos na linguagem da Sun.
 
A expectativa é que a definição saia de uma reunião com a Sun, que deve acontecer até sexta-feira, dia 10. "Queremos anunciar o middleware antes ou durante a NAB", revela outro conselheiro. É importante ressaltar que desta definição dependem negociações em curso com outros países da América Latina que ainda não têm padrões definidos para a TV digital aberta. Uma definição antes do principal evento internacional do setor é estratégico para que essas negociações avancem.
 
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Fonte: Tele.Síntese
[06/04/09]   Brasil vai adotar o Java-DTV no Ginga da TV digital 
 A decisão foi menos polêmica do que se imaginava. Hoje, o Fórum SBTVD definiu, por 12 votos a um, o Java DTV (especificação livre, recém criada pela Sun) para ser adotado no Ginga-J, o middleware da TV digital.
 
A discussão que foi travada durante meses era se o Brasil deveria adotar esse padrão aberto, ou se deveria optar pelo GEM (Globally Executable MHP).O GEM, embora tenha boa penetração em outros mercados, tem cobrança de royalties maior do que a do JavaDTV.
Inicialmente, argumentava-se que o JavaDTV, se tinha como desvantagem a necessidade de maior tempo para o desenvolvimento e penetração em outros mercados, tinha como vantagem a não cobrança de royalties.
 
Hoje, porém, na decisão do Fórum, optou-se pelo JavaDTV, mesmo constando que haverá o pagamento de royalties à Sun. A Sun havia estabelecido o valor de R$ 0,89 centavos por equipamento, a serem pagos sob a forma de royalties. Mas constatou-se que outros fabricantes têm a mesma tecnologia com custo menores, de até R$ 0,40 por equipamento. O fórum deliberou, então, que o governo brasileiro deve renegociar os valores com a Sun e fazer com que o preço mais baixo seja estendido para os demais países latino-americanos que adotarem o padrão nipo-brasileiro de TV digital.  A expectativa é de que o acordo para os novos royalties esteja fechado em uma semana.  ( Da Redação )
 
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Fonte: Uai
[02/04/09]   Interatividade possível

Aplicações que garantem principal atrativo da TV digital engatinham em pesquisas nos laboratórios por Frederico Bottrel - Estado de Minas
 
Imagens com qualidade digital, mobilidade para ver televisão em equipamentos portáteis e interatividade. Esse era o trio de vantagens apresentadas pela TV digital quando era uma novidade, em dezembro de 2007, no Brasil. Até hoje apenas as duas primeiras já são realidades concretas nas cidades que recebem o sinal digital das emissoras no país. A interatividade, que, potencializada na web, revolucionou a maneira como as pessoas fazem a internet, ainda se resume a fase de testes no universo da TVD. Em um futuro próximo – ou não – os telespectadores poderão, clicando no controle remoto, participar de um programa, dando opinião ou escolhendo câmeras alternativas na transmissão de um jogo de futebol, por exemplo.
 
É um balde de água fria nos que acreditavam que a TV digital significaria uma revolução democrática na forma como a televisão é feita no país, a partir da possibilidade de que, assim como na web, todos tivessem facilidades para transmitir conteúdo. Aquela interatividade que reconfigurou a internet, a partir da participação intrínseca dos usuários, está longe de ser a mesma pesquisada na TV digital, que ainda engatinha nos laboratórios. O que os pesquisadores indicam é que é preciso começar devagar.
 
“Nesse momento, estamos bem longe de associar a interatividade da TV com a da internet. Teremos inicialmente um grau de interação bem distante do que é a internet hoje, com aplicações mais básicas. Coisas como participar de uma enquete ou verificar detalhes adicionais como a escalação de um time em transmissões esportivas, ou a tabela de um campeonato”, define Guilherme Marcondes, gerente de desenvolvimento de software do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), em Santa Rita do Sapucaí, a 406 quilômetros de Belo Horizonte, no Sul de Minas.
 
Para efetivar a interação entre telespectadores e emissoras, há a padronização técnica, regulamentada pelo Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital. A normatização garante que todos trabalhem no mesmo sentido, gerando equipamentos e serviços que “falem a mesma língua”. O sistema que garantirá interatividade no padrão brasileiro é conhecido como Ginga. Ele tem, por sua vez, dois subsistemas: o NCL (Nested Context Model) e o J (Java). Apenas o primeiro foi totalmente especificado. E é com base nele que já existem soluções no mercado que dão os passos iniciais.
 
O NCL permite a execução de aplicações graficamente mais simples, de acordo com Rodrigo Cascão Araújo, da RCASoft: “Interações que exijam mais atenção à segurança, como transações bancárias ou compras eletrônicas, ainda dependerão da normatização do Ginga-J”. A empresa, sediada em Campinas (SP), lançou um middleware (camada intermediária de software) que transforma o conversor padrão em instrumento para interatividade.
 
Quem comprou um set-top box da Proview, apontado como o mais barato do mercado, e tiver interessado em experimentar deve baixar um pacote de arquivos no site da RCASoft. O modelo XPS-1000 (o único compatível com esse middleware) custa em média R$ 200, em lojas de equipamentos eletrônicos. O download do pacote custa o mesmo preço. Depois de baixar, o usuário deve colocar os arquivos em um pendrive e conectá-lo ao conversor. Quem compra recebe e-mail com instruções passo a passo. Segundo Araújo, a compra desse pacote garante atualizações futuras para aplicações que ainda serão desenvolvidas, inclusive no subsistema J.
 
É claro que, na prática, tudo depende dos serviços oferecidos pelas emissoras, como ressalta Marcondes. “A chegada da interatividade depende de vários fatores, inclusive modelos de negócios de interesse entre as emissoras de conteúdo e fabricantes de equipamentos. Não é só uma questão de solução técnica. Depende da questão de mercados de negócios e, é claro, de investimento das empresas”. O Inatel mantém, atualmente, quatro projetos relativos ao desenvolvimento de equipamentos e programas voltados para a interatividade na TV digital.
 

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