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Abril 2009               Índice Geral do BLOCO

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21/04/09

• 1ª Confecom - Conferência Nacional de Comunicação (02) - Comentários de Márcio Patusco + "O desafia na organização"

----- Original Message -----
From: Helio Rosa
To: Celld-group@yahoogrupos.com.br ; wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Cc: marciopatusco@oi.com.br
Sent: Tuesday, April 21, 2009 1:13 PM
Subject: 1ª Confecom - Conferência Nacional de Comunicação (02) - Comentários de Márcio Patusco + "O desafia na organização"
 
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
 
Olá, Márcio Patusco!
Obrigado pelas explicações e comentários (mensagem abaixo)!

Como o Márcio pertence ao Clube de Engenharia que vem preparando temas a serem discutidos na Confecom, convidei-o para coordenar este tema aqui na ComUnidade.
Obrigado, Márcio, pela aceitação!  Sucesso  :-)

Márcio, por favor, fale-nos um pouco do Clube de Engenharia, OK?  :-)

Você citou também a expressão "sociedade civil organizada".
Seria interessante conhecermos uma relação de entidades, órgãos, clubes, agremiações, ONGs que pretendem se fazer representar na Confecom.

Continuo por aqui, na minha santa ignorância, procurando saber o que significa "democratização dos meios de comunicações" na ótica desses movimentos.
Já li em algum lugar que seria o controle público da mídia. "Controle público" é o mesmo que "controle pelo governo"?

Realmente eu gostaria de entender exatamente as motivações e ideologias desses movimentos!
Se alguém puder comentar e até mesmo definir, será muito bom!  :-)

Abaixo está a mensagem do Márcio e mais esta notícia com os primeiros problemas e conflitos na organização da 1ª Confecom:
Fonte: Observatório do Direito à Comunicação
[17/04/09]   Após convocação oficial, próximo desafio é a montagem da comissão organizadora

E aqui está uma matéria (não transcrita) saída do forno, continuando um dos temas abordados na mensagem anterior:
Fonte: Observatório da Imprensa
[21/04/09]   Em defesa da propriedade cruzada por Venício A. de Lima
Recorte:
(...) Agora, começa a disputa .... sobretudo, pela definição de quais questões e como serão debatidas dentro da temática geral "Comunicação: meios para a construção de direitos e de cidadania na era digital". (...)

No final desta mensagem relacionei os "posts" do BLOCO que repercutiram a Conferência Nacional Preparatória de Comunicações de 2007 citada pelo Márcio.
 
Ao debate!  :-)
 
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
 
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----- Original Message -----
From: Marcio Patusco
To: Helio Rosa
Cc:
Celld-group@yahoogrupos.com.br ; wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, April 20, 2009 9:36 PM
Subject: Re: 1ª Confecom - Conferência Nacional de Comunicação (01)
 
Oi, Helio,
 
Sim, as conferências são organizadas pelo Governo. No entanto, a representatividade depende da organização da sociedade. Não deixar essa oportunidade escapar por entre os dedos e ter uma nova lei de comunicações, que contemple os nossos anseios só depende de participação objetiva e organizada. Notar que já é uma vitoria de movimentos sociais a simples realização da conferência.
 
Em setembro de 2007, sob os auspícios da Câmara, Senado, Ministérios e Anatel, houve o que se denominou Conferência Preparatória de Comunicações, que evidenciou claramente a inadequação da nossa legislação de Comunicações, aqui englobadas as telecomunicações, radiodifusão, tv por assinatura e produção e distribuição de conteúdo.
 
Em diversos países, essas matérias já vinham sendo unificadas em uma regulamentação única, principalmente pelo fenômeno tecnológico da convergência em diversos níveis. Praticamente unânimes foram as declarações feitas por políticos, técnicos e representantes estrangeiros presentes, quanto à necessidade de se rever o marco regulatório brasileiro de comunicações. Ao final dessa Conferência Preparatória em 2007, ficou agendada a realização de uma conferência nacional que viesse a tratar dessa dicotomia regulatória a que estamos submetidos no Brasil, com leis arcaicas e que não mais sustentam a modernidade dos serviços.
 
Durante o ano de 2008, em vários Estados, manifestações da sociedade civil organizada favoráveis a realização da conferência nacional aconteceram e deram eco para a aprovação da Conferência Nacional agora efetivada.
 
Portanto, em hipótese nenhuma trata-se de evento técnico. Ele deve ser encarado como uma oportunidade de mudança do arcabouço regulatório brasileiro em comunicações, que possa suportar a modernidade dos recentes desenvolvimentos tecnológicos. Se bem acompanhado pela sociedade civil, pode representar avanços na forma de prestação de serviços e um incentivo a uma maior competiçao em nosso país.
 
O Clube de Engenharia, ao qual pertenço, vem preparando temas a serem discutidos na Confecom. Acreditamos que várias outras entidades estarão fazendo o mesmo. Da discussão desses assuntos é que se delineará uma nova regulamentação para o Setor e sua capacidade de adequação para o futuro.
 
Abraços,
Marcio Patusco Lana Lobo
Clube de Engenharia - DETI
 
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Fonte: Observatório do Direito à Comunicação
[17/04/09]   Após convocação oficial, próximo desafio é a montagem da comissão organizadora
 
Após quase dois meses de espera, o governo federal publicou nesta sexta-feira (17) o decreto que institui oficialmente a Conferência Nacional de Comunicação, a partir de agora denominada 1a CONFECOM. Como adiantado anteriormente por membros do Executivo, a Conferência terá como tema “Comunicação: meios para a construção de direitos e de cidadania na era digital” e sua etapa nacional ocorrerá de 1o a 3 de dezembro.
 
O decreto confirmou o Ministério das Comunicações (Minicom) como o órgão responsável pela coordenação do processo, com colaborações diretas da Secretaria-Geral e da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. “A publicação do decreto acaba com uma expectativa que já se arrastava há mais de dois meses, desde a primeira reunião que a CNPC - Comissão Nacional Pró-Conferência realizou com interlocutores do Governo Federal” comemora Carolina Ribeiro, integrante do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social.
 
A convocação oficial foi saudada pelas entidades da sociedade civil e pelas comissões legislativas integrantes da Comissão Nacional Pró-Conferência em videoconferência realizada nesta sexta-feira. Na avaliação de representantes destes setores, ela marca de fato o início efetivo do processo e traz a partir de agora novos desafios. “Não podemos achar que com o decreto está tudo resolvido, agora é que começamos de fato uma jornada com muitas tarefas daqui pra frente”, assinalou o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados, Luiz Couto (PT-PB).
 
Comissão organizadora
 
Convocada a conferência, as atenções voltam-se agora para a composição da comissão organizadora nacional e para a elaboração do regimento interno. Segundo o decreto de convocação, caberá ao Minicom a publicação de uma portaria instituindo a comissão, o que deve ocorrer nos próximos dias. “A comissão será plural, representativa e aberta, incluindo os setores da sociedade civil” disse o ministro das comunicações, Hélio Costa, em matéria divulgada no site da pasta.
 
Na plenária das comissões nacional e estaduais pró-conferência de comunicação realizada nessa quinta-feira em Brasília, foi informado que o governo já possui uma proposta fechada de composição, com sete representantes de movimentos sociais, sete do governo federal, sete do empresariado e quatro do Congresso Nacional.
 
Na avaliação de Carolina Ribeiro, a proposta tem um problema grave de método. “A CNPC - Comissão Nacional Pró-Conferência apresentou ao governo uma proposta de composição da Comissão Organizadora e esperava um retorno para que ela mesma, que congrega 33 entidades, pudesse indicar ao Executivo as representações que considera legítimas. Mas isso não ocorreu e a sinalização é que o governo fechará a lista final sem discutir as indicações da sociedade com a CNPC”, lamenta.
 
Outro problema, para Jacira Silva, do Movimento Negro Unificado (MNU), é a proporção igual entre empresários e representantes de organizações da sociedade. “É essencial que a composição da comissão organizadora garanta fortemente a participação da sociedade civil e dos profissionais de comunicação em percentual significativo para que a Conferencia seja o marco histórico da democratização dos meios de comunicação”, afirma.
 
Já o coordenador do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, Celso Schroder, considera razoável a proporção decidida pelo governo. “Precisamos de uma comissão que seja operacional, não de formulação ou que leve para dentro da organização do processo os debates que ocorrerão na Conferência”, defende. Para Schroder, é nos debates da CONFECOM que a diversidade da sociedade brasileira deve estar contemplada, “não deixando ninguém de fora”.
 
Regimento interno
 
Instalada a comissão organizadora, sua primeira tarefa será a elaboração do regimento interno da Conferência. Segundo o decreto, ele "disporá sobre a organização e o funcionamento da 1a CONFECOM nas suas etapas municipal, estadual, distrital e nacional". Será ele também que irá estipular a forma de eleição de delegados, incluindo os limites e a proporção entre segmentos sociais e poder público.
 
A discussão sobre as regras do processo é a principal preocupação atualmente para as comissões nacional e estaduais pró-conferência de comunicação. Estas questões foram o principal tema da plenária realizada em Brasília nessa quinta-feira. Entre os pontos mais discutidos estão a proporção dos segmentos na eleição de delegados, o caráter deliberativo ou não-deliberativo da Conferência e a formatação das etapas e o temário do processo. Nas próximas duas semanas, as comissões estaduais e nacional irão aprofundar o debate para amarrar propostas coletivas em nova plenária marcada para o dia 22 de maio.
 
Mobilização
 
Na avaliação dos integrantes da Comissão Nacional Pró-Conferência, todas estas disputas demandarão um grau ainda maior de mobilização das entidades da sociedade civil comprometidas com a democratização do setor. “Agora a palavra de ordem é mobilização para que o debate chegue efetivamente aos movimentos sociais e à população brasileira”, aponta Augustino Veit, da Campanha Ética na TV. “É momento de mobilizar, promover cursos ou seminários de formação e atuar junto aos governos dos Estados para que as conferências estaduais e regionais sejam não só convocadas como também viabilizadas”, acrescenta André Ricardo, da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira).
 
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