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Dezembro 2009 Índice Geral do BLOCO
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09/11/09
• Telebrás, Eletronet e "Plano de Banda Larga" (104) - Mensagem de Clóvis Marques sobre o convite ao debate feito por Ethevaldo Siqueira
de Clóvis Marques <clovis1@terra.com.br>
responder a Celld-group@yahoogrupos.com.br, wirelessbr@yahoogrupos.com.br
data 9 de dezembro de 2009 12:55
assunto Re: [Celld-group] Telebrás, Eletronet e "Plano de Banda Larga" (103) -
Polêmica: Ethevaldo Siqueira convida Virgílio Freire, Rogério Santanna e Cézar
Álvares para debate
Prezados,
É muito bom ver o debate aberto sobre o tema "Plano de Banda Larga" com a
participação de pessoas tão influentes nas telecomunicações no Brasil. Torço
para que o Rogério Santanna aceite a convocação do Ethevaldo para ampliarmos
ainda mais os horizontes. Com certeza as contribuições do Ethevaldo, que possui
provavelmente um dos maiores arquivos sobre a história das telecomunicações no
Brasil; somadas às do Virgílio, cujo histórico em telecomunicações lhe garantem
o direito de expressar suas idéias e muito contribuir; agregadas aos Planos do
Rogério Santanna, cujo legado em Empresas Públicas como PROCEMPA e PROCERGS, por
exemplo, lhe auferem autoridade para propor um caminho para a eleboração de um
Plano Nacional de Banda Larga para o país; somadas às opiniões e contribuições
de tantas pessoas altamente capacitadas na Área de Telecom, com certeza levarão
a um Plano ambicioso e exequível.
Sem querer ser apenas um saudosista, gostaria de relembrar a publicação do
PASTE, em meados dos anos 90, tão duramente criticado por tanta gente, como um
Plano impossível de ser implementado e cujo resultado foi a superação de
praticamente em todos seus objetivos. Infelizmente o ex-Ministro Sergio Motta
não teve tempo de ver os resultados ao longo do tempo. O Ministro, que naquela
época, convocou as melhores cabeças, oriundas do Sistema Telebrás, para elaborar
o Plano e começou a colocá-lo em prática. Temos uma grande oportunidade, neste
momento, de contar com grandes nomes da Área de Telecomunicações no Brasil, e
porque não dizer do mundo, para elaborar um Plano que realmente atinja toda a
população, suprindo as necessidades de comunicação do país.
Diferentemente, o Plano do Hélio Costa, se é que se pode chamá-lo de Plano, foi
montado como uma colcha de retalhos, juntando as "exigências" das Operadoras,
mas que não apresenta a isenção necessária para sua implementação, pois tem como
mote primordial o interesse dos grandes grupos econômicos que tem mandado nas
telecomunicações do país nos últimos anos, enquanto foram relegadas as reais
necessidades de comunicação do Brasil. Sejamos realistas, se as Operadoras
realmente quisessem construir uma Rede Nacional de Banda Larga com capacidade e
abrangência necessárias ao atendimento de toda a população, já o teriam feito.
Falar que o Brasil possui pouco mais de 10 milhões de acessos de Banda Larga em
2009 é tão vergonhoso quanto falar da quantidade de "linhas telefônicas"
existentes na época da privatização, com o agravante que deveríamos estar
vivendo neste momento em um mercado de Competição Plena em regime privado.
Infelizmente, o que temos na prática são os "Acordos" entre os grandes grupos
econômicos para manter o status quo. Quer mais escancarado do que a
declaração do Presidente da Oi que teria preferido a aquisição da GVT pela
Telefónica??
Das idéias colocadas até o momento, sou contrário à ressureição da Telebrás como
Operadora Estatal, mas sou amplamente favorável a ter a Telebrás como líder por
parte do Governo na gestão de uma PPP, financiada com verbas privadas e do FUST,
para a criação de uma Rede unificada, que permita a oferta dos serviços a todos
os cidadãos e entidades públicas e privadas, de maneira universal e com custos
compatíveis, com o objetivo de, no mínimo, voltar a fomentar a competição e o
crescimento do setor de Telecom no Brasil. Tenho também que discordar quando o
Ethevaldo fala que temos outras prioridades, por exemplo na área de Educação,
que vêm antes da Banda Larga. Todos sete pontos colocados pelo Ethevaldo, podem
e serão amplamente beneficiados com a disponibilidade de acesso a Banda Larga a
toda a população. Da mesma forma, a Banda Larga traz benefícios relevantes às
áreas de Saúde, Segurança Pública, Transportes, etc.; contanto que ela seja
realmente disponível com capacidade, abrangência e custos compatíveis, o que
está longe de ocorrer hoje em nível nacional.
O que precisamos neste momento é que as ações sejam coordenadas e amplamente
debatidas para que realmente atinjam os objetivos do país. O Plano Nacional de
Banda Larga tem que ser um Plano de Governo, como foi o PASTE, devidamente
elaborado, regulamentado, conduzido e fiscalizado para que tenha o sucesso
desejado.
Abraço a todos,
Clóvis Marques
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