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Dezembro 2009 Índice Geral do BLOCO
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13/12/09
• 1ª Confecom (52): Lembrança de algumas de nossas dúvidas iniciais + Artigos de Nivaldo Cordeiro
de Helio Rosa <rosahelio@gmail.com>
para Celld-group@yahoogrupos.com.br, wirelessbr@yahoogrupos.com.br
cco nivaldocordeiro@yahoo.com.br,
data 13 de dezembro de 2009 10:41
assunto 1ª Confecom (52): Lembrança de algumas de nossas dúvidas iniciais +
Artigos de Nivaldo Cordeiro
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
Amanha começa a 1ª Confecom - Conferência Nacional de Comunicação.
02.
Dentro da idéia de "ouvir" várias as opiniões, creio que seja válido divulgar
alguns artigos de Nivaldo Cordeiro.
Conheço o Nivaldo da web mas não sou seu leitor assíduo.
Encontrei-o agora, via Google, quando procurava artigos críticos em
relação à Confecom, para "equilibrar a ecologia", como diria o Smolka. :-)
Da web, arrisco uma montagem do seu resumo biográfico:
José Nivaldo Cordeiro nasceu no Ceará, é economista e mestre em
Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV/SP), ocupou vários
cargos na administração federal. Reside atualmente em São Paulo onde é
empresário. Declaradamente liberal, é um respeitado crítico das idéias
coletivistas.
Acredita que o papel do Estado deve se cingir a garantia da ordem pública.
Professa a idéia de que a liberdade, a riqueza e a prosperidade devem ser
conquistadas mediante esforço pessoal, afastando coletivismos e a intervenção
estatal nas vidas dos cidadãos.
É um dos mais relevantes articulistas nacionais do momento, escrevendo artigos
diários para diversos jornais e sites nacionais. É Diretor da ANL – Associação
Nacional de Livrarias. E-mail:
nivaldocordeiro@yahoo.com.br
Mas abaixo estão transcritas estas matérias:
Fonte: IMIL
[18/11/09]
Conecom: A sovietização do Brasil - por Nivaldo Cordeiro
Fonte: Brasil Acima de Tudo
[22/11/09]
Origens da CONFECOM - por Nivaldo Cordeiro
Fonte: Mídia Sem Máscara
[23/11/09]
Covardia do Estadão sobre a Confecom - por Nivaldo Cordeiro
Fonte: Mídia Sem Máscara
[24/11/09]
Confecom é o Foro de São Paulo em ação - por Nivaldo Cordeiro
03.
Aqui estão as nossas dúvidas - e respostas - iniciais, selecionadas das
primeiras mensagens sobre a Confecom:
(...) Márcio, seu registro
motivou-me a procurar saber mais sobre o assunto e abrir uma nova "Série" para
que o "Serviço ComUnitário" possa acompanhá-lo. :-)
E já vou arriscando um "resumo comentado", aguardando colaborações para
corrigi-lo e ampliá-lo.
A 1ª Confecom não é somente um evento técnico, como pode parecer à primeira
vista.
Uma das notícias abaixo informa que "a realização da Conferência é uma
reivindicação antiga de diversas organizações e movimentos sociais".
Estes movimentos lutam pela "democratização dos meios de comunicações" mas tenho
que confessar que ainda não encontrei uma definição precisa desta expressão
nem as motivações e ideologias nos bastidores destas reivindicações.
Posso imaginar que será um evento muito importante mas, pelo noticiário, pode
ser enquadrado como "chapa branca" o que enfraquece sua representatividade.
O governo vai liberar R$ 8,2 milhões para a organização do encontro que será
presidido pelo ministro das Comunicações.
Do site da Abert anotamos: "A conferência terá representantes do poder público e
da sociedade civil, eleitos em conferências municipais, estaduais e distrital. A
eleição dos delegados será feita com base em regras ainda não divulgadas pelo
Ministério das Comunicações".
"Os ministros chefes da Secretaria-Geral, Luiz Dulci, e da Secretaria de
Comunicação Social da Presidência da República, Franklin Martins, participarão
da coordenação dos trabalhos para a realização da Conferência".
Os nomes das autoridades envolvidas me trazem uma certa apreensão... :-) (...)
(...)
Continuo por aqui, na minha santa ignorância, procurando saber o que significa
"democratização dos meios de comunicações" na ótica desses movimentos.
Já li em algum lugar que seria o controle público da mídia. "Controle público" é
o mesmo que "controle pelo governo"?
Realmente eu gostaria de entender exatamente as motivações e ideologias
desses movimentos!
Se alguém puder comentar e até mesmo definir, será muito bom! :-) (...)
Comentários?
Ao debate!
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Fonte: IMIL
[18/11/09]
Confecom: A sovietização do Brasil - por Nivaldo Cordeiro
No próximo dia 14 de dezembro acontecerá em Brasília um grande evento
político, a CONFECOM Conferência Nacional de Comunicações. Quem olha o
assunto pela primeira vez pode não se dar conta da importância do mesmo.
Aqui não se trata meramente de um evento para tratar do setor de
comunicações e nem mesmo se trata de preservar a liberdade de imprensa. O
que está em jogo é um ensaio inovador de formulação de políticas públicas, a
partir de um modelo basista aos moldes dos sovietes leninistas devidamente
controlados por maioria do partido governante. O que ganha o governo com
isso? O que ganha o PT?
Praticamente, se este ensaio der certo, ficará criada uma forma de decisão
política paralela ao Congresso Nacional, cabendo a este apenas a figura
homologatória de fazer a norma positiva. É uma ousadia sem precedentes do
governo Lula, ensaiar essa sovietização do Brasil, passando por cima da
Constituição e do Poder Legislativo. Mesmo que as tais recomendações do
relatório final da CONFECOM sejam devidamente recusadas pelos legisladores,
haverá a vitória política de Lula e do PT por ter levado a cabo a gigantesca
mobilização, que está mexendo com gente de todos os recantos do Brasil. Um
processo que certamente será repetido com outros temas no futuro. É uma
tentativa de acabar com a democracia representativa como a conhecemos, mesmo
sem alterações na Constituição.
Lamento não ter ouvido uma palavra da grande imprensa contra essa violência
às instituições. As empresas do setor são vítimas coniventes. Nem um
discurso no Congresso Nacional contra a usurpação do seu poder. Os
representantes eleitos são coniventes. Certamente que essa omissão custará
caro aos brasileiros. Tenho visto, há anos, aqueles que têm dinheiro e poder
para enfrentar os revolucionários comunistas irem recuando a cada passo de
avanço dos inimigos da sociedade aberta. Sempre preservando interesses
particularistas e recebendo, em troca, concessões econômicas, nem sempre
legítimas. O episódio do Mensalão revelou o grau de corrupção de que o
sistema é capaz. Este método de cooptação, todavia, parece que foi esgotado
e o partido de Lula resolveu agora implantar o modelo consagrado nos manuais
de Lênin. Todo o poder aos sovietes!
E bem sabemos o que são os sovietes: uma caricatura de democracia direta, em
que os delegados livremente eleitos são marionetes do partido e cumprem
disciplinadamente as decisões tomadas dentro do chamado centralismo
democrático. Calar diante do que está acontecendo é mais do que omissão e
covardia: é entregar o país aos celerados revolucionários. Não podemos
subestimar o que estão fazendo. É hora dos que têm responsabilidade agir, em
nome da liberdade da gente brasileira, em nome das gerações futuras. O fato
é tão importante que o a Executiva Nacional do PT
baixou uma resolução específica para o evento, para a qual convido
você, meu caro leitor, fazer uma leitura atenta. Já no Preâmbulo do
documento estão contidas todas as más intenções políticas do PT:
A Conferência Nacional de Comunicação convocada pelo governo Lula é uma
importante conquista dos movimentos que lutam pela democratização do setor
no Brasil. O PT apóia o conjunto de reivindicações desses movimentos,
conforme resolução aprovada em conferência partidária realizada em abril de
2008. Na 1ª Confecom, a intervenção petista se dará de duas maneiras: uma,
ao lado das lutas especificas de cada área; outra, mais ampla, na construção
de um novo modelo legal para todo o setor das comunicações sem o que
dificilmente haverá avanços nas questões pontuais. A definição de um marco
regulatório democrático estará no centro de nossa estratégia, tratando a
comunicação como área de interesse público, criando instrumentos de controle
público e social e considerando a mudança de cenário provocada pelas
tecnologias digitais. O PT também lutará para que as demais ações estatais
nessa área promovam a pluralidade e a diversidade, o controle público e
social dos meios e o fortalecimento da comunicação púbica, estatal,
comunitária e sem finalidade lucrativa. Mais do que combater os monopólios e
todos os desvios do sistema atual, é preciso intervir para que eles não se
repitam ou se acentuem nesse novo cenário tecnológico que dentro de poucos
anos superará completamente o antigo modelo.
A Conferência não é tida como um ato de rotina administrativa do governo,
mas como conquista dos movimentos, que todos sabemos são aparelhados pelo
PT. No Capítulo Segundo, declara que o marco regulatório deve estabelecer,
entre outras coisas: Atribuições e limites para cada elo da indústria de
comunicação (criação, produção, processamento, armazenamento, montagem,
distribuição e entrega), impedindo que uma mesma empresa possa atuar nos
mercados de conteúdo e infra-estrutura.
No seu Capítulo Terceiro está escrito que o PT defenderá a criação do
Conselho de Comunicação Social, a própria institucionalização da censura
prévia, já rejeitada anteriormente pela sociedade.
No Quarto, que a Internet deve ser regulada, ou seja, controlada
politicamente. Não há dúvida de que os documentos que vão emergir desse
conclave sovietizado estarão em sintonia com a vontade política expressa
nessa resolução.
É a instância partidária se sobrepondo ao Estado, não apenas ao Poder
Legislativo, como também ao Poder Executivo. Quem manda é o partido. Há um
site (http://proconferencia.org.br/
Um clone do Manifesto Comunista aplicado às comunicações. Lá está escrito
que É dever do Estado garantir que todo mundo possa acessar e produzir
conteúdos para se informar e se comunicar. Bem sabemos o que significa isso:
o fim da liberdade de produzir e veicular notícias sem a censura prévia dos
comissários do partido.
Fique atento, caro leitor: os sovietes já chegaram e estão agindo para tomar
o poder total no Brasil. A luta pela liberdade precisa se tornar uma
mobilização de massa imediatamente.
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Fonte: Brasil Acima
de Tudo
[22/11/09]
Origens da CONFECOM - por Nivaldo Cordeiro
Existe um problema da democratização dos meios de comunicação?
Na cabeça dos revolucionários, sim, porque uma parte da cadeia produtiva do
setor está na mão da iniciativa privada e o conteúdo produzido não está
integralmente sob seu controle, nos termos propostos por Gramsci.
O que mais impressiona na CONFECOM são os seus números. Trata-se de um
experimento de mobilização de massa que só tem paralelo nos tempos de
eleição, com assembléias em todo o território nacional, organizadas nos
níveis municipal e estadual, para culminar com o evento apoteótico do
próximo dia 14. O encontro terá 1539 delegados, o triplo da nossa Câmara de
Deputados. Segundo o último informativo do site Pró-Conferência, são
esperadas ao menos cinco mil "propostas" a serem examinadas, uma imitação
barata de um processo constituinte, no qual os meros delegados dessa
balbúrdia dão-se poderes de deputados.
A Comissão Nacional declarou, com todas as letras: "Conquistada, defendida e
organizada com ajuda e participação direta de entidades dos movimentos
sociais, a Confecom leva em âmbito nacional o debate pela democratização da
comunicação e a comunicação como direito humano. Dentre os movimentos
sociais, entidades ligada a radiodifusão comunitária, ao movimento sindical
e a comunicação livre elaboraram propostas para serem discutidas na Confecom".
Existe um problema da democratização dos meios de comunicação? Na cabeça dos
revolucionários, sim, porque uma parte da cadeia produtiva do setor está na
mão da iniciativa privada e o conteúdo produzido não está integralmente sob
seu controle, nos termos propostos por Gramsci.
Portanto, é apenas uma aparente falsa questão, que nada tem de tola. Foi
conquistada? Sim, conquistada por um decreto! É de fazer rir quem lê o
lengalenga revolucionário. Diante desse tom triunfalista fui pesquisar a
origem e o porquê do processo ter chegado a esse nível de mobilização. A
primeira pista está no próprio site da Comissão Nacional, que proclama que a
CONFECOM foi "Anunciada pelo atual Governo Federal durante o Fórum Social
Mundial em Belém". Foi lá anunciada, mas a coisa toda já estava maquinada de
antemão, em projeto de grande envergadura.
O anúncio referido está na boca de Frei Betto, conforme podemos ver no vídeo
disponível no Youtube. Obviamente que a fala foi de improviso, mas não a
decisão, tomada adrede e devidamente planejada. Ele anunciou a CONFECOM nos
termos que ela está sendo criada. Encerrou sua fala proclamando: "Voltarmos
ao trabalho de base para fortalecermos os movimentos sociais". Aqui está o
ponto. A CONFECOM não precisa produzir nada de prático, pois o produto do
trabalho é o seu próprio processo. Como ninguém se deu conta, as pessoas sãs
deixaram os alucinados revolucionários concluírem seu projeto. Todo o Poder
Legislativo e o empresariado do setor foram afogados e atropelados pelo
assembleísmo basista, que só PT tem condições de pôr em movimento. Uma
vitória tática muito importante para os revolucionários.
A CONFECOM será a apoteose dessa mobilização basista, maluca, levando
milhares de "propostas", cujo teor, se lidas com cuidado, pode ser resumido
em algumas idéias-força: fim da empresa privada no setor, onde possível;
onde não for, regulação intensíssima, elevação da tributação e especialmente
a censura travestida de cotas por temas, raças, horários e outras
infinidades de alucinações de "controle social" que, na prática, poderão
decretar o fim da liberdade de comunicação e da livre empresa.
Se o PT fizer o sucessor, e parece que vai conseguir, o experimento deverá
ser multiplicado por todos os temas considerados "estratégicos". De
república sindical o Brasil será finalmente o paraíso dos sovietes.
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Fonte: Mídia Sem Máscara
[23/11/09]
Covardia do Estadão sobre a Confecom - por Nivaldo Cordeiro
A simples idéia de fazer a conferência é um mal em si; realizá-la é apenas
um passo para a destruição do capitalismo de livre empresa no Brasil. Dizer
que o contrário, como fez o editorial, é acariciar a cascavel antes do bote.
Uma postura mais pusilânime diante da gravidade dos fatos seria impossível
ao jornal.
Pode-se combater a ameaça de uma cascavel preparada para o bote
acariciando-lhe a cabeça? Ou um leão caçando, afagando a sua juba? Pois foi
mais ou menos isso que o jornal Estadão fez em dois editoriais sobre a
CONFECOM, que quero aqui comentar. Na verdade, o título aqui mais apropriado
seria algo da série que tenho escrito, do tipo "Estadão mente sobre a
CONFECOM". Faço a concessão porque sei que o Estadão, outrora tão odiado
pelas esquerdas enquanto "barão da mídia", está morrendo de medo, como de
resto todos os empresários do setor. A mídia, desde o início, devia ter sido
a vanguarda de resistência contra a tomada do poder pelos leninistas, mas se
acovardou. Agora está em xeque e sua própria sobrevivência como negócio
sofre ameaça imediata, no estilo daquela feita por Hugo Chávez na Venezuela
e pelo casal Kirchner na Argentina.
Pode-se ignorar voluntariamente a revolução em curso o quanto se queira,
pode-se recusar a lhe dar combate, mas ela não ignorará ninguém,
especialmente aqueles que estão envolvidos com os meios de comunicação. Como
diriam os do meio sindical, "é a hora da onça beber água". O interessante do
momento em que vivemos é que acabou-se o tempo da desconversa e da fuga. O
caminho desapareceu e só restar se virar para enfrentar a serpente do mal e
o leão de fogo do comunismo internacional.
Voltemos aos editoriais. O de 24 de agosto começou narrando o fato de que os
representantes das associações empresariais (seis das oito entidades)
recusaram-se a indicar participantes do circo de sovietes armado pelo PT, no
que muito bem fizeram. Seria dar-se voluntariamente ao carrasco. Antes um
tímido e amedrontado "não" do que o "sim" conivente para a guilhotina. A
simples realização do evento é, já em si, a derrota da livre iniciativa que
está no setor. Indicar representantes seria de ingenuidade atroz.
Qual a posição do Estadão? A mais ridícula possível: "A ideia de uma
conferência para o setor não é má. Desde 2003, o governo federal já realizou
eventos semelhantes para debater outras áreas, que vão da cultura à
juventude, e eles foram úteis em apontar problemas, carências e demandas que
podem ser resolvidos pelo poder público. A Conferência Nacional de
Comunicação, no entanto, tem uma particularidade. O seu tema, "Construção de
direitos e de cidadania na era digital", conforme estabeleceu o decreto de
convocação, envolve não apenas os chamados "movimentos sociais", mas diz
respeito, diretamente, às empresas que atuam na comunicação social. Se esse
grupo se manifesta desconfortável com os rumos das discussões - a ponto de
retirar-se dos preparativos da Confecom -, um sinal amarelo se acende".
Implicitamente, toma o lado do governo e condena a posição empresarial. A
simples idéia de fazer a conferência é um mal em si; realizá-la é apenas um
passo para a destruição do capitalismo de livre empresa no Brasil. Dizer que
o contrário, como fez o editorial, é acariciar a cascavel antes do bote. Uma
postura mais pusilânime diante da gravidade dos fatos seria impossível ao
jornal. Na seqüência, passou a argumentar que a expressão utilizada no
decreto de chamamento "controle social da mídia" em termos jurídicos, como
se ainda fosse o caso, se é que algum dia o foi. A CONFECOM não foi feita
nem para combater oligopólios (tarefa do CADE e da SDE) e nem para respeitar
a ordem estabelecida. Como escrevi anteriormente, é o brado do PT idêntico
ao de Lênin: "Todo o poder aos sovietes".
O tom sonso e acovardado foi mantido no segundo editorial, publicado na data
de hoje (22): "A iniciativa foi oportuna, tanto pelo tema - a regulamentação
dos meios de comunicação no Brasil - como pelo método". Só faltou dizer como
Paulo Maluf dos bons tempos, antes de cair refém do PT: "Estupra, mas não
mata". E, da forma mais sonsa possível, completou: "Esse tipo de conferência
não pode - nem deve - substituir as instituições da democracia
representativa, mas serve para arejar a administração pública". Ora, até a
fuligem que cai na borda da Marginal do Tietê sabe que a CONFECOM foi feita
para substituir as instituições. A quem o jornal agrada que essa encenação
de covardia? Ou será conivência?
E ainda vestiu a carapuça da propaganda petista: "Há tempos, o Estado
critica as distorções antidemocráticas geradas pela presença dos monopólios
- mais de fato que de direito - e dos oligopólios na TV e na radiodifusão.
Portanto, se a conferência preparar o caminho para que esses anacronismos
sejam corrigidos, tanto melhor". O Brasil está em véspera da tomada do poder
total pelo PT e o Estadão veio com essa conversa de cerca-Lourenço.
Inacreditável. Para, no final, ensaiar um tímido alerta: "Qualquer clamor
autoritário é inadmissível quando se trata de regulamentar a comunicação
social". Toda a CONFECOM, desde o princípio, desde a fala inaugural de Frei
Betto no Fórum Social Mundial (ver documentos Para entender a CONFECOM) é um
clamor mais do que autoritário, é um clamor totalitário.
Se nem um participante agigantado da mídia, como o é o Estadão, se defende,
o que esperar? Todo poder aos sovietes.
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Fonte: Mídia Sem
Máscara
[24/11/09]
Confecom é o Foro de São Paulo em ação - por Nivaldo Cordeiro
Nos documentos da CONFECOM estão contidas as "propostas" bastante
semelhantes ao que vimos na Venezuela, na Argentina e agora no Equador. Isso
leva a crer que o processo histórico ganhou aceleração e os novos
revolucionários estão com pressa, bastante seguros de seu próprio poderio.
Quando Hugo Chávez estatizou e passou a controlar o setor de comunicações na
Venezuela a coisa toda deu ruído, muita gente protestou e ficou por isso
mesmo. Creditou-se a esquisitice totalitária ao estilo sargentão de Chávez.
Nada mais falso. Chávez apenas pôs em prática o plano continental do Foro de
São Paulo para o setor, que objetiva "recuperar na América Latina o terreno
perdido no Leste europeu". A Venezuela iniciou a implantação do plano porque
era onde havia as condições políticas para isso. Nos demais países
esperou-se o tempo certo.
O que foi feito lá à força acabou de virar legislação na Argentina, onde
também as condições políticas foram reunidas para tanto. O casal Kirchner
tomou conta da situação e está em rota de destruir o que resta de oposição.
Não coincidentemente a Folha de S. Paulo trouxe artigo informando que o
Equador iniciou processo de discussão de sua política de comunicação, nos
mesmos termos de Chávez e dos Kirchner.
Se compararmos, veremos que essa política é basicamente uma cópia daquela
que estará sendo apresentada à CONFECOM, conforme a série de artigos que
tenho escrito. Não há nenhuma coincidência: o comando do Foro continua no
Brasil. É aqui que está a inteligência e a orientação revolucionária,
inspirando as ações políticas em todo o continente.
Só adquire toda lógica a investida do Brasil com Zelaya em Honduras quando
olhamos o panorama completo. Hoje o blog do César Maia deu que o senador
Richard Lugar, do estado norte-americano de Indiana, repreendeu severamente
a atuação de Lula e nominou o chanceler Amorim de "infeliz" e o Marco
Aurélio Garcia de "nefasto", por atrapalharem a normalidade naquele país.
Mais claro impossível: todo o território latino-americano é considerado área
das forças em ação no Foro de São Paulo. O senador não percebeu que está
lidando com gente capaz de enfrentar o poderio americano e com o atrevimento
suficiente para tanto. O ódio que as esquerdas congregadas no Foro de São
Paulo devotam aos EUA tangencia a patologia. Mesmo com Obama nas alturas, um
dos seus. [Os EUA são ainda a única força capaz de obstar os planos
políticos, se a direita política voltar ao poder].
Nos documentos da CONFECOM estão contidas as "propostas" bastante
semelhantes ao que vimos na Venezuela, na Argentina e agora no Equador. Isso
leva a crer que o processo histórico ganhou aceleração e os novos
revolucionários estão com pressa, bastante seguros de seu próprio poderio.
Não parece haver no momento força capaz de deter a marcha dos
acontecimentos, seja no plano interno, seja no plano internacional. Afinal,
o Foro de São Paulo é uma fração local do governo globalizado em formação.
Uma nova ordem está sendo instaurada e, pelo jeito, será duradoura. Quem
viver verá.
[Procure "posts" antigos e novos sobre este tema no Índice Geral do BLOCO] ComUnidade WirelessBrasil