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Dezembro 2009 Índice Geral do BLOCO
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14/12/09
• Mais "ecos" da denúncia da AET contra a Telefonica, acusada de fraudar balanço
de Helio Rosa <rosahelio@gmail.com>
para Celld-group@yahoogrupos.com.br,
wirelessbr@yahoogrupos.com.br,
rbottesi@aet.org.br
data 14 de dezembro de 2009 15:06
assunto Mais "ecos" da denúncia da AET contra a Telefonica, acusada de fraudar
balanço
Olá, ComUnidade
WirelessBRASIL!
O tema da denúncia da AET contra a Telefonica volta à berlinda em nossos fóruns
com a divulgação da
notificação extra-judicial recebida pelo eng. Virgílio Freire.
Na origem deste imbróglio está o presidente da Associação dos Engenheiros em
Telecomunicações (AET), Ruy Bottesi, que está contestando publicamente os
números que a Telefônica divulgou em seu balanço de investimentos.
Vale informar, para quem não está acompanhado,
que o Estadão está sob censura prévia há 136 dias impedido judicialmente
de divulgar o processo policial a que responde o filho de José Sarney.
Espero que, na esteira da censura do Estadão, a Telefonica não fique motivada a
impedir a divulgação de comentários sobre a denúncia que, por sinal, já estão
difundidos na web.
A Telefonica tem o direito de notificar e processar quem quiser mas creio que
antes, será mais justo e elegante esclarecer cabalmente as acusações sofridas.
Já que houve a denúncia pública, o esclarecimento não é um favor ou cortesia, é
uma obrigação com seus clientes e com a sociedade.
Abaixo, como recordação para os "antigos" e ambientação para os recém-chegados,
transcrevo um "post" do
Blog da Flávia Lefèvre, adicionado de matérias mais recentes.
Sumário das transcrições:
Fonte: Folha
[03/11/09] Associação
pede investigação de investimento da Telefônica
Fonte: Teletime
[04/11/09] Denúncia
da AET contra Telefônica será debatida na Câmara - por Mariana Mazza
Fonte: Baguete
[04/11/09] AET
acusa Telefônica de fraudar balanço
Fonte: INFO
[04/11/09] "Anatel
me dá vontade de chorar", diz AET - por Felipe Zmoginski
Fonte: TelecomOnline
[01/09/09]
AET questiona investimentos da Telefônica na CVM
Fonte: TelecomOnline
[10/11/09]
AET protocola na Anatel pedido de auditoria na Telefônica
de Helio Rosa <rosahelio@gmail.com>
para
Celld-group@yahoogrupos.com.br
data 5 de novembro de 2009 06:30
assunto "Ecos" da denúncia da Associação dos Engenheiros de Telecomunicações (AET)
contra a Telefonica, acusada de fraudar balanço
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
01.
No dia 3 divulgamos este "post" do Blog
da Flávia Lefèvre:
03/11/09
• Msg
de Flávia Lefèvre: AET e os investimentos (?) da Telefonica
(...) Saiu hoje na Folha de São Paulo matéria (transcrição mais abaixo) a
respeito dos questionamentos feitos pela AET - Associação dos Engenheiros de
Telecomunicações a respeito dos investimentos que a Telefonica diz ter feito, a
despeito das evidências decorrentes das interrupções graves na prestação de
serviços - STFC e Comunicação de Dados - indicarem em outra direção. A AET
enviou carta a Securities & Exchange Commission, nos EUA para que se apurem as
informações constantes do balanço de 2008 da Telefonica. (...)
Flávia referenciou esta matéria:
Fonte: Folha
[03/11/09] Associação
pede investigação de investimento da Telefônica - por Elvira Lobato
(transcrição lá no final)
(...) Em carta enviada à presidente da SEC, Mary Schapiro, o engenheiro Ruy
Bottesi, presidente da associação, contesta a informação do balanço de que a
companhia investiu R$ 2,342 bilhões na rede no ano passado e afirma existirem
""fortes indícios de fraude" no dado. (...)
02.
Hoje estamos registrando alguns "ecos" da denúncia da AET:
Fonte: Teletime
[04/11/09] Denúncia
da AET contra Telefônica será debatida na Câmara - por Mariana Mazza
Fonte: Baguete
[04/11/09] AET
acusa Telefônica de fraudar balanço
Fonte: INFO
[04/11/09] "Anatel
me dá vontade de chorar", diz AET - por Felipe Zmoginski
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Fonte: Teletime
[04/11/09] Denúncia
da AET contra Telefônica será debatida na Câmara - por Mariana Mazza
Após diversas denúncias por parte da Associação dos Engenheiros de
Telecomunicações (AET) e uma longa reportagem na Folha de S. Paulo sobre essas
manifestações, a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI)
decidiu discutir as suspeitas de que a Telefônica não realizou os investimentos
anunciados publicamente no ano de 2008. A comissão aprovou nesta quarta-feira,
4, requerimento do deputado Jorginho Maluly (DEM/SP) para a realização de uma
audiência pública sobre a polêmica. "O presente requerimento visa esclarecer por
meio de audiência pública a recente denúncia feita à Securities & Exchange
Comission - SEC, sobre a provável fraude no balanço comercial da Telefônica em
2008", explica o deputado no documento debatido hoje.
Inicialmente, Maluly queria "convocar" a Telefônica a prestar esclarecimentos,
mas o termo foi revisto e agora a empresa será "convidada" a comparecer na
comissão. A denúncia feita pela AET já havia sido encaminhada ao Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), à Comissão de Valores Mobiliários
(CVM) e à própria CCTCI antes mesmo de ser enviada à SEC, a CVM
norte-americana.
Na carta, a associação levanta suspeitas sobre o real investimento de R$ 2
bilhões ao longo de 2008, que a Telefônica tem divulgado. As dúvidas surgiram
depois que a AET contatou fornecedores de equipamentos de telecomunicações no
Brasil e nenhum deles, segundo a entidade, confirmou a existência de contratos
que comprovem esse montante de investimentos. A audiência ainda não tem data
para ocorrer.
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Fonte: Baguete
[04/11/09] AET
acusa Telefônica de fraudar balanço
A Associação dos Engenheiros de Telecomunicações (AET) está acusando a
Telefônica de fraudar balanços voltados a investimentos feitos na rede da
operadora, informa o Computerworld.
Em carta enviada à SEC (Securities and Exchange Commission), órgão que
regulamenta o mercado de capitais nos Estados Unidos, o presidente da entidade
Ruy Bottesi afirma que a empresa não realizou uma série de investimentos
declarados.
Segundo Bottesi, a AET contatou fornecedores de equipamentos para
telecomunicações que atuam no Brasil, questionando contratos com a Telefônica, e
recebeu negativas em todos os casos.
Ericsson, Huawey, Motorola, Siemens, Lucent-Alcatel, Nortel, Nokia e Cisco são
algumas das empresas que o presidente afirma ter contatado.
Outra fato que a associação aponta como inconsistente é o investimentos de R$
270 milhões de dólares em serviços de tecnologia da informação (TI) declarado no
balanço de 2008. Segundo a AET, serviços de TI não podem ser classificados como
investimentos, e sim como despesas operacionais.
À Folha de São Paulo, a operadora afirmou não ter recebido qualquer solicitação
por parte da SEC a respeito da investigação e reiterou que todas as informações
são tornadas públicas em seus documentos oficiais com relação ao seu programa de
investimentos.
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Fonte: INFO
[04/11/09] "Anatel
me dá vontade de chorar", diz AET - por Felipe Zmoginski
SÃO PAULO - O presidente da Associação dos Engenheiros em Telecomunicações (AET),
Ruy Bottesi, está contestando publicamente os números que a Telefônica divulgou
em seu balanço de investimentos.
Na opinião da Associação, que já avaliou a qualidade da rede Speedy a pedido da
Anatel, a Telefônica não fez os investimentos de R$ 2,34 bilhões divulgados em
seu balanço, não está preocupada em fornecer um bom serviço e conta com a
desatenção da Anatel, que não cumpriria sua função de fiscalizar as teles.
Para Botesi, os consumidores pagam caro por um serviço ruim e estão sem proteção
da agência reguladora e da Comissão de Ciência e Tecnologia do Congresso. O
engenheiro enviou pedidos de investigação contra à Telefônica para a Anatel, CVM
e até a SEC, órgão que regula a bolsa de valores de Nova York.
Na entrevista abaixo, Botessi critica duramente os serviços de banda larga
disponíveis para o usuário brasileiro, diz que a Anatel não cumpre suas funções
legais e que a saída para melhorar a banda larga no Brasil passa por uma
rigorosa fiscalização das teles e seus investimentos nas redes de dados.
- Por que o senhor está contestando o balanço de investimentos da Telefônica?
Eu tenho mais de 20 anos de experiência nesse setor e não posso acreditar que
com mais de R$ 2 bilhões em investimentos o Speedy ofereça um serviço tão ruim,
com tantas falhas e tão criticado pelos consumidores. Para esclarecer isso, a
AET pesquisou junto aos grandes fornecedores de TI do Brasil se eles tinham
recebido contratos importantes da Telefônica em 2008. E ninguém confirmou isso.
Na verdade, só a Huawei apresentou um contratinho para fornecer modem de banda
larga. Onde estão os outros contratos? Que investimentos são esses? Por que o
Speedy está tão ruim?
- A Telefônica diz que o Speedy melhorou...
Aliás, devemos notar que 2008 foi um ano em que, a partir de setembro, todo
mundo cortou investimentos por causa da crise mundial. E justamente nesse ano o
investimento da Telefônica cresceu, foi para mais de dois bilhões, com a rede
piorando? Isso precisa ser melhor explicado...
- Não é função da Anatel pedir estas explicações?
Sim, mas a Anatel não vem cumprindo seu dever legal, de fiscalizar as teles. Eu
já participei de reuniões da agência, do Conselho Consultivo, dá vontade de
chorar! O presidente da Agência, o Ronaldo Sardenberg, é um embaixador, não
entende de telefonia. Se você perguntar a ele como um telefone funciona, ele não
sabe responder.
- Por que dá vontade de chorar nas reuniões?
Veja, há uma parte dos conselheiros que trabalha bem, gente que se esforça para
criar um mercado forte de telefonia, proteger os consumidores. Outra parte, no
entanto, só embola as discussões, não quer nada com nada e, no final, terminamos
os encontros sem decidir nada.
- Foi por isso que a AET pediu ajuda a outros organismos?
Pedimos explicações para a CVM (órgão regulador da Bovespa), para o Governo
Federal e para o BNDES. O Banco de Desenvolvimento, aliás, emprestou recursos
para a Telefônica. Enviei uma carta ao Luciano Coutinho (presidente do BNDES)
pedindo explicações sobre o destino desse dinheiro e como resposta obtive a
informação de que “os dados são confidenciais”. Como assim!? É um banco público
emprestando dinheiro para uma concessionária de licença pública e nós, os
cidadãos, não podemos saber onde será aplicado o empréstimo? É brincadeira, viu!
- A AET pediu ajuda à Comissão de Ciências e Tecnologia do Congresso?
Nós pedimos auxílio às entidades de defesa dos consumidores, como Procon e Pro
Teste. Não nos aproximamos dos políticos, até porque nem a população vê isso com
bons olhos. Os deputados podem até tomar alguma medida dura agora, pois estamos
perto das eleições, mas não são bons parceiros no longo prazo.
- Foi por isso que o senhor decidiu escrever às autoridades americanas?
Sim, pois a Telefônica tem ações negociadas em Nova York. É justo que os
investidores saibam se os dados divulgados no balanço da empresa estão certos.
- O senhor está preparado para a reação da Telefônica? Em nota, a empresa diz
que “reserva-se o direito de avaliar e adotar as medidas administrativas e
jurídicas que julgar cabíveis”.
Eu sou um homem experiente, tenho mais de 20 anos de janela neste mercado. Vou
ficar muito feliz se a Telefônica mostrar que estou errado, que de fato eles
investiram R$ 2 bilhões em sua rede. Mas quero ver as notas-fiscais, quero ver o
balancete de investimentos. Se tivermos que ir para a Justiça para esclarecer
isso, então que seja. Quem sabe disso tudo não surgem serviços melhores para os
usuários?
- Por que a AET iniciou essa briga em torno dos investimentos em banda larga?
Somos uma associação de engenheiros, que defende os interesses dos profissionais
e também os interesses dos cidadãos. Queremos respeito e serviços de qualidade
para os brasileiros. Desde que chegou ao Brasil, a Telefônica iniciou uma
política de demissões, de terceirizações, que deixam os prestadores de serviço
sem nenhum compromisso com o assinante. Você se lembra de quando houve falha nas
linhas fixas da Telefônica este ano? Quem assumiu a responsabilidade foi uma
empresa terceira, a Trópico Sistemas. Quem é a Trópico?
Nós damos a concessão para uma empresa terceirizar todas duas funções e
responsabilidades? O pior, o que eu te digo ouvindo colegas de profissão, é que
esta cultura de super terceirização contaminou outras teles que atuam no Brasil.
Empresas privadas têm o direito de pensar no seu lucro, mas nós cidadãos temos o
direito de exigir bons serviços também.
- A AET se opõe também à cobrança da taxa básica de assinatura por parte das
teles fixas?
Nós entendemos que cobrar alguma taxa é necessário para manter a rede em bom
funcionamento. O que acontece nos últimos anos, no entanto, são reajustes acima
da inflação e cobrança de preços elevados demais. Por que a Anatel não pede às
teles suas planilhas de custos? Por que não ver o quanto custa manter a rede em
pé e qual é o preço justo por isso? O que nós defendemos não é o fim da taxa,
mas uma taxa justa.
Para aderir a banda larga popular, criada por decreto pelo governo paulista, a
Telefônica vai exigir que o usuário assine também uma linha fixa. Isso é
correto?
Há tecnologias que permitem fornecer apenas a banda larga. Se for assim,
empurrando telefone fixo, que é uma coisa que tende a sumir no mundo, então não
vale. O que nós esperamos do governo José Serra é que ele defenda os paulistas,
que exija bons serviços da Telefônica e não que crie medidas demagógicas para
ajudas as teles.
OUTRO LADO
Procurada pelo Plantão INFO para comentar o pedido de investigação feito pela
AET, a Telefônica informou que não foi notificada pela SEC e reafirmou os
números divulgados em seu balanço. Veja a nota da Telefônica:
1 - A Telefônica não recebeu qualquer solicitação por parte da SEC – Securities
& Exchange Commission e, portanto, não fará comentários, neste momento, a
respeito da referida investigação.
2 - Em estrito respeito a todos os seus clientes, acionistas e sociedade em
geral, a Telefônica esclarece que, como empresa de capital aberto, presta contas
de forma constante e sistemática a todas as autoridades que regulam e fiscalizam
o mercado de capitais.
3 – O Relatório de Administração e as Demonstrações Financeiras da Empresa, por
sua vez, além de aprovados pela assembléia de acionistas, são auditados por
empresas independentes, antes de serem submetidos à Comissão de Valores
Mobiliários – CVM e publicados.
4 – Especificamente em relação ao seu programa de investimentos, a Telefônica
reitera todas as informações tornadas públicas em seus documentos oficiais,
quais sejam as demonstrações financeiras divulgadas trimestralmente e
consolidadas a cada ano. Estes documentos mostram investimentos crescentes ao
longo dos últimos três anos. Em 2006, eles totalizam R$ 1,72 bilhão; em 2007, os
recursos atingiram R$ 1,99 bilhão; em 2008, R$ 2,34 bilhões.
Finalmente, a Telefônica, a fim de resguardar os seus interesses e o de seus
acionistas, reserva-se o direito de avaliar e adotar as medidas administrativas
e jurídicas que julgar cabíveis.
Fonte: TelecomOnline
[01/09/09]
AET questiona investimentos da Telefônica na CVM
Associação de engenheiros pede comprovação dos contratos com fornecedores
Depois de enviar carta à Comissão de Ciência e Tecnologia, da Câmara dos
Deputados, a AET (Associação dos Engenheiros de Telecomunicações) decidiu
questionar também na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) o volume de
investimentos anunciado pela Telefônica para este ano. Segundo a solicitação, a
entidade diz que não consegue identificar junto aos fornecedores tradicionais da
operadora a realização dos contratos para ampliação e modernização da
infraestrutura da operadora.
A Telefônica disse que irá investir este ano R$ 2,4 bilhões na empresa, dos
quais R$ 700 milhões para a sua rede de dados, que está ligada ao Speedy. A
empresa ficou dois meses sem comercializar o seu serviço de banda larga por
determinação da Anatel por conta de panes ocorridas na rede. Ela retomou as
vendas na quinta-feira, 27.
A AET pede à CVM o mesmo que solicitou à CCT, "um posicionamento especificamente
sobre os volumes de recursos da Telefonica alocados para CAPEX nos últimos anos
no Brasil, incluindo 2009". Também requer a comprovação dos contratos firmados
com todos os respectivos fornecedores da empresa.
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Fonte: Folha
[03/11/09] Associação
pede investigação de investimento da Telefônica - por Elvira Lobato
Engenheiros questionam gastos de R$ 2,34 bi no balanço da empresa de 2008
Associação de Engenheiros de Telecomunicações envia carta a órgão do mercado
dos EUA dizendo haver "indícios de fraude'; Telefônica nega
A Associação dos Engenheiros de Telecomunicações acusou a Telefônica perante a
SEC (Securities & Exchange Commission, responsável por fiscalizar o mercado de
ações nos Estados Unidos) de suposta fraude nos dados divulgados no balanço de
2008 sobre os investimentos para a modernização de sua rede em São Paulo.
Em carta enviada à presidente da SEC, Mary Schapiro, o engenheiro Ruy Bottesi,
presidente da associação, contesta a informação do balanço de que a companhia
investiu R$ 2,342 bilhões na rede no ano passado e afirma existirem ""fortes
indícios de fraude" no dado.
A Telefônica não quis responder à acusação do presidente da AET. A empresa disse
que não foi informada oficialmente sobre a queixa feita à SEC e que reafirma os
dados de investimentos publicados no balanço do ano passado.
Na carta à SEC, Bottesi afirma que a associação consultou todos os fornecedores
de equipamentos e de serviços de telecomunicações presentes no Brasil e que
nenhum deles recebeu encomenda da Telefônica nem assinou contrato com a
Telefônica. Entre as empresas consultadas, o presidente da associação cita
Ericsson, Huawei, Motorola, Siemens, Lucent-Alcatel, Nortel e Nokia.
""Não conseguimos companhias que tenham fornecido serviços ou equipamentos [à
Telefônica] em 2008. Não há registro de para onde os investimentos declarados
foram, nenhum traço", diz a carta, que relata os colapsos no serviço de banda
larga da Telefônica, o Speedy, em São Paulo, e diz que a empresa é campeã em
reclamações dos consumidores.
No balanço de 2008, a Telesp (concessionária de telefonia fixa da Telefônica no
Estado, que ainda mantém sua antiga razão social) informou ter gasto R$ 459,2
milhões no ano passado em desenvolvimento de sistemas e R$ 471,8 milhões em
equipamentos de assinantes, entre outros investimentos.
A associação levantou suspeita de que a empresa tenha contabilizado pagamentos
de serviços de tecnologia como se fossem investimentos, quando seriam despesas
operacionais. ""Apenas uma pequena parte relativa à compra de software pode ser
considerada investimento, mas, mesmo os softwares mais caros custam apenas
algumas centenas de milhares de dólares, não milhões", diz a associação de
engenheiros.
A associação compara o investimento em comunicação de dados declarado em 2008
pela Telefônica (R$ 559,8 milhões) com contratos de valor menor de outras
empresas no exterior, e concluiu que o dado seria falso.
""Se eles realmente investiram em banda larga, os colapsos dramáticos da rede em
2008 e em 2009 não teriam acontecido", prossegue a associação na carta.
Outro dado do balanço questionado foi o investimento de R$ 471, 8 milhões em
equipamentos de assinantes. Segundo a carta, não fica claro se o investimento se
refere a aparelho telefônico ou a modem para banda larga e que, como os preços
unitários desses dois itens são de cerca de R$ 30, significaria que a empresa
teria substituído 9 milhões de aparelhos no ano, para uma base de 13 milhões de
clientes.
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Fonte: TelecomOnline
[10/11/09]
AET protocola na Anatel pedido de auditoria na Telefônica | da Redação
Para associação dos engenheiros, explicações da
operadora sobre investimentos foram insuficientes
A AET (Associação dos Engenheiros de Telecomunicações) não se convenceu com o
argumentos dados pela Telefônica à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) sobre
os investimentos realizados pela operadora em 2008. Ao comparar dois relatórios
anuais distintos, um da própria empresa e outro de uma consultoria independente,
a entidade diz que não há evidências da aplicação de recursos na qualidade e
melhorias da rede. Por conta disso, ela protocolou um pedido de auditoria na
Anatel para que sejam explicados os investimentos realizados nos últimos 10
anos.
A AET considera que os relatórios da Administração e Demonstrações Financeiras
da Telefônica, apresentados como sua defesa, e também no balanço da
concessionária, os documentos "dão apenas publicidade de ações, sem a devida
comprovação". Já no relatório da Ernst & Young, relativo ao mesmo período, a
entidade diz que são relacionadas diversas empresas subsidiárias e associadas,
"algumas sem ponto de presença transparente em São Paulo", sendo que algumas
receberam volumosos investimentos diretos da operadora.
A AET considera que há riscos para a União uma vez que se tratam de bens
reversíveis no encerramento do contrato de concessão. "Já não é possível
distinguir claramente o que é uma empresa concessionária de serviços públicos e
seus bens reversíveis para a União, uma vez que já desintegraram e
descaracterizaram totalmente os ativos da empresa estatal Telecomunicações de
São Paulo S/A - Telesp, misturando bens reversíveis com os não reversíveis
envolvendo empresas subsidiárias e associadas, bem como ofertando para os
clientes serviços que não fazem parte do contrato de concessão renovado no ano
de 2005, sem a devida remuneração ao Estado pelo uso contínuo da rede do STFC",
diz a carta da entidade enviada à Anatel.
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